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Representa a média anual de atendimento a consultas por analista em cada Gerência.

No documento BRASIL. Governo Federal (páginas 74-78)

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Item 7 Representa a média anual de atendimento a consultas por analista em cada Gerência.

2.11. SUPERINTENDÊNCIA DE REGISTRO – SRE

2.11.1. C

OMPETÊNCIA

A Superintendência teve suas atribuições aumentadas consideravelmente no ano de 2005, incorporando às suas atividades aquelas relacionadas ao registro de emissor e de oferta pública de distribuição de valores mobiliários de determinados fundos de investimento.

Tal decisão administrativa da CVM busca aprimorar a especialização dos servidores e, por conseqüência, a qualidade do serviço público prestado pela Comissão.

Como exemplo do que se procura alcançar com a medida, pode ser citado o extraordinário crescimento das chamadas operações estruturadas no mercado brasileiro, em especial as de securitização de créditos, que demandou a centralização das atividades de registro e acompanhamento em uma só área especializada da CVM.

Assim, as principais atividades desempenhadas pela área referem-se à análise dos pedidos e concessão de registro das ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários e das ofertas públicas de aquisição de ações – OPA.

Ademais, a SRE tem a seu encargo o registro dos seguintes emissores de valores mobiliários, bem como o acompanhamento das informações por eles prestadas ao público:

I. emissores de títulos ou contratos de investimento coletivo, como os certificados de investimento audiovisual e os certificados de potencial adicional de construção – CEPAC; e

II. fundos de investimento, tais como: a. fundo de investimento imobiliário - FII;

b. fundo de investimento em direitos creditórios - FIDC; c. fundo de investimento em participações - FIP;

d. fundo de investimento em empresas emergentes - FIEE;

e. fundo de financiamento da indústria cinematográfica nacional - FUNCINE.

Também são monitorados os programas de recibos de depósito de ações de emissão de empresas brasileiras no exterior e as atividades de agentes fiduciários nas emissões de debêntures, de certificados de recebíveis imobiliários e de contratos de investimento coletivo.

2.11.2. C

OMENTÁRIOS

G

ERAIS

O ano de 2005 foi marcado pelo crescimento significativo do volume registrado de ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, que atingiu montante superior a R$ 70 bilhões, representando um vigoroso crescimento de 142% em relação ao volume registrado no ano anterior.

Tal performance é fruto de uma série de fatores como:

i. a expansão do crédito no país, inclusive o arrendamento mercantil que registrou crescimento de

quase 60% em 2005;

ii. o continuado interesse do investidor estrangeiro em ativos, principalmente ações, ofertados no

iii. o início de um processo de diversificação de aplicações por parte dos investidores institucionais;

iv. a redução do custo de desconto de créditos pelos instrumentos de securitização de recebíveis;

v. o aprofundamento do mercado de capitais, expondo seus benefícios a novas empresas, mediante,

por exemplo, inversões de fundos de participação ou securitização de recebíveis, que no futuro, diante de experiência exitosa, podem tornar-se companhias abertas através do lançamento de ações e outros valores mobiliários de sua emissão ao público; e

vi. o moderno arcabouço regulatório existente, que favorece e agiliza a realização das ofertas de

valores mobiliários, ao mesmo tempo em que busca proteger o investidor e a poupança popular. Vale ressaltar os seguintes fatos ocorridos:

a) A moderna técnica de engenharia financeira parece ter fincado raízes no mercado de capitais, tendo as operações estruturadas de securitização de recebíveis, através do lançamento de cotas de FIDC e Certificados de Recebíveis Imobiliários, atingido o montante superior a R$ 10 bilhões, com crescimento de cerca de 89% em relação ao volume registrado no ano de 2004.

b) O retorno das companhias de arrendamento mercantil à captação de recursos via emissão de debêntures, sendo responsáveis por 69% do volume recorde ofertado em debêntures. As concessionárias de energia elétrica também foram relevantes emissoras de debêntures no período, levantando quase R$ 5 bilhões dos mais de R$ 41 bilhões registrados.

c) As ofertas públicas iniciais de ações, com a abertura de capital de novas empresas, continuaram a ser destaque, caracterizando a entrada no mercado de oito empresas, que buscaram se posicionar nos mais altos níveis de conduta das companhias listadas em bolsa – Novo Mercado e Nível II - , comprometendo-se a adotar práticas de governança corporativa e de ampla divulgação de informações, superiores às adotadas pelas demais empresas listadas.

d) O ágil regime de colocações propiciado pelos registros de prateleira continuaram a ser utilizados de forma crescente pelas empresas, com a aprovação de 12 programas de distribuição de valor próximo a R$ 37 bilhões, quase quatro vezes o volume dos programas arquivados em 2005.

e) Os valores mobiliários ofertados por outros emissores que não as companhias abertas responderam por 67 % do número das ofertas primárias e aumentaram sua fatia no volume das ofertas primárias, atingindo cerca de 20% do total.

Em relação aos registros de Oferta Pública de Aquisição de ações (OPA), vale assinalar o registro da maior OPA realizada no País, envolvendo ações de emissão da Companhia de Bebidas das Américas – AMBEV, em valor superior a R$ 3.6 bilhões.

Apesar da grande demanda pelos registros, a atividade consultiva, de supervisão e aplicação da legislação exigiu dos participantes da área técnica um grande esforço para atingir as metas traçadas. Em conseqüência, manteve-se significativo o crescimento do serviço prestado ao público externo pela SRE, consubstanciado na contínua evolução, em relação a anos anteriores, do número de processos tramitados e encerrados pela área em 2005, que correspondeu a mais de 12% do total dos processos abertos na CVM nesse ano.

Como decorrência do comportamento da economia, conforme já assinalado, tal expansão já se refletiu em termos de recolhimento da taxa de fiscalização decorrente dos registros das ofertas de distribuição de valores mobiliários e das OPA, cujo valor recolhido teve acréscimo superior a 60%, e que tem apresentado evolução considerável, de pouco mais de R$ 6 milhões em 2003, para mais de R$ 9 milhões em 2004 e, finalmente, para quase R$ 15 milhões arrecadados em 2005.

Para atingir tal resultado, foi importante ter uma equipe técnica e administrativa aplicada que contribuiu efetivamente para o bom desempenho da área.

2.11.3. O

FERTAS

P

ÚBLICAS DE

D

ISTRIBUIÇÃO

O volume financeiro dos registros das ofertas primárias de valores mobiliários em 2005 atingiu R$ 61 bilhões, quase três vezes e meia o volume verificado no ano anterior de R$ 18 bilhões, que, por sua vez, já representava mais que o dobro do observado em 2003. Foram concedidos 338 registros, 13% a mais que em 2004.

Já as ofertas secundárias, restritas às operações de distribuição de ações e certificados de depósito de ações, evoluiram para cerca de R$ 10 bilhões, com 18 registros concedidos, enquanto as ofertas secundárias de ações em 2004 atingiram o montante de R$ 4.7 bilhões, mediante 12 registros concedidos.

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