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2 AS FERRAMENTAS DIGITAIS ENTRAM NA COBERTURA

2.2 As ferramentas digitais na visão dos jornalistas

2.2.4 Os cuidados na cobertura auxiliada pelo Twitter

Os entrevistados revelaram também que era preciso ter cuidado com o conteúdo

postado no Twitter, já que muitas vezes ele partia de coordenações de campanha. Na

avaliação de E., a notícia que chega via Twitter é mais primária, mais bruta: “É notícia de

uma fonte só. Então é um desafio porque você tem que apurar esta informação. O fato de estar

publicado sempre dá um caráter de verdade, mas às vezes é só uma armadilha”.

Tem os malas do Twitter. Na campanha, eu exclui uns três. Tem que tomar cuidado porque alguns fazem panfletagem. E para a gente o interessante é a informação. [...] O Twitter para mim se apresentou como fonte de fato a partir da eleição. Mas o grande problema são os interesses envolvidos na disseminação de boatos. É uma fonte de consulta como qualquer outra, e a credibilidade tem que ser checada o tempo todo. Às vezes uma pessoa que nem era ligada às campanhas espalhava um boato e aquilo se disseminava na rede e parecia que era verdade. É sempre preciso fazer uma rechecagem. [...] Em uma outra situação, um correspondente internacional tuitou que o Obama não vinha mais. Foi um pega para capar. Depois, ele disse “gente, foi só uma brincadeirinha”. Dependendo da legitimidade que o tuiteiro tem, tudo o que ele escreve parece verdade. Tem que tomar o maior cuidado. (E.) Acho que foi mais uma ferramenta para dar visibilidade aos candidatos. Eles podiam falar a qualquer hora. A gente tinha que filtrar o que ia usar também, pois vinha muita coisa que não era aproveitável. (A.).

Saber diferenciar a criação de ondas por meio das coordenações de campanhas das que

surgem espontaneamente em meio aos internautas também é uma preocupação dos repórteres

G. e H. e do editor Q.:

A minha preocupação é a profissionalização. É a tentativa das campanhas - que são milionárias - de tirar essa coisa espontânea e forçar tendências nas redes sociais. Isso é um problema que está crescendo. E qual é a obrigação do repórter nesse caso? É ficar atento, cauteloso e tentar identificar o que é planejado, do espontâneo, do natural. Forçar crises, forçar tendências nas redes sociais durante o período eleitoral é uma estratégia de campanha. Não tenho dúvida desse uso. Agora, cabe a mim triar e às vezes até mostrar essa forçada de mão. As redes sociais são aliadas, pautam, te ajudam, mas é preciso cautela, pulga atrás da orelha. (G.)

O PT faz muitas ações coordenadas. Recentemente, por exemplo, o PT tentou esvaziar o público do mensalão, dizendo que o julgamento era uma novela. Aí, fizeram uma enxurrada de posts sobre a Carminha (personagem da novela “Avenida Brasil”, da TV Globo) no

Twitter. Tudo de perfis associados ao PT. Eles tentam usar o Twitter como instrumento de luta política. Mas é possível usar isso para identificar como o PT está pensando e como o PSDB está se posicionando. (H.)

O Twitter é um novo lugar para você assistir esse enfrentamento entre governo e oposição, PT e PSDB. É uma nova plataforma onde as coisas estão se desdobrando. (J.)

O PT tem toda uma estrutura. Tem uma matéria “PT treina patrulha virtual”, de 18 de outubro de 2011, que mostra isso. A rede do PT na internet tem mais capilaridade. [...] O PT instrumentaliza melhor o uso das redes. O deputado Rui Falcão e o Dutra fizeram bem isso. É uma estratégia, o PT se preparou melhor para isso. (H.)

Uma coisa que é muito importante para eles (candidatos) é (o uso do Twitter como canal de) contra-informação. Se eles estão em meio a uma polêmica ou situação ruim, eles usam as redes sociais para rastrear isso, para tentar ver de onde está vindo e para criar estratégias para neutralizar isso. Os governos usam muito isso também, alguns têm equipes voltadas para isso. O governo do estado (do Rio) mesmo, quando teve a invasão do Alemão, percebeu que havia uma resistência por parte da comunidade, um certo temor, e eles criaram um gabinete de pessoas para neutralizar aquilo, para colocar informações na rede dizendo que a ocupação traria benefícios a médio prazo, que a comunidade ia se libertar do poder do tráfico. [...] O jornalista tinha e tem que ter o cuidado de, quando surge uma onda dessas e ela é visivelmente patrocinada por um grupo, um partido ou uma campanha, tentar saber de onde está saindo. Tem que ter uma apuração em cima daquilo para transformar aquilo numa reportagem. E ela pode acabar virando uma denúncia contra quem está espalhando algo supostamente falso. Isso deu muita matéria porque era o jogo político, era a guerra montada ali pelos staffs de campanha. (Q.)

O jornalista sabe diferenciar essas ondas. O eleitor nem sempre. Alertá-lo se o

movimento é forjado e não espontâneo é uma das responsabilidades do repórter no processo

de construção da notícia.

Devemos ressaltar que parte do poder da imprensa nas redes sociais é dividido com

assessores e coordenações de campanha que ficam tentando criar essas ondas. Não publicar

esses movimentos, caso não houvesse relevância para o debate político, também faz parte do

processo de seleção de notícias, como nos mostra o relato do então editor de “O País”:

Sempre olhei os Trending Topics. Mas não me pautava nele para fazer o jornal. Você se pauta para fazer o papel e o site com base no interesse público, aquilo que é importante para o interesse público. Então se fulano escreveu que foi passear na pracinha, isso é problema dele, isso não tem interesse público algum. Os Trending Topics muitas vezes são essas coisas. (Q.)

E não foi só no Twitter que essas ondas se propagaram. Como lembra G., em 2010

houve uma disseminação muito grande de e-mails apócrifos, que claro, chegavam também aos

endereços eletrônicos dos repórteres:

Os e-mails apócrifos remetem ao que acontecia no século XIX com jornais brasileiros que tinham um texto ideológico (era muito mais fazer a cabeça das pessoas do que para informar) e eram apócrifos. As pessoas atacavam seus adversários com pseudônimos. A internet está revivendo isso. Vou pegar um exemplo real, da campanha eleitoral de 2006. “Alckmin vai privatizar a Petrobras”. Eu recebi mensagens de pessoas alertando sobre esse risco. O Alckmin nunca disse isso, e essa pessoa não existia como fonte. Isso virou uma coisa organizada, planejada, sistemática, pensada. De todos os lados, era tiro cruzado. Ao jornalista é preciso cautela, não confiar piamente neste topo de informação que vem bater à tua porta virtual. Assim como a Dilma foi vítima disso. O perigo do anonimato é uma onda que tem dez anos na praça, mas se intensificou muito em 2010. (G.)

O relato de G. mostra claramente a questão da campanha negativa, chamada também

de cibercascata por autores como Bimber e Davis (p. 49 e 50). Segundo eles, em 2000, as

campanhas presidenciais nos Estados Unidos recrutaram voluntários para localizar e entrar em

grupos de discussão, salas de bate-papo e listas de e-mail e atenuar potenciais informações

negativas. Graeff (2009, p. 32) lembra, por exemplo, que Obama teve que criar um site,

chamado Fight the Smears (Contra a Baixaria) para combater mentiras e boatos a respeito de

sua religião e sua ascendência que circulavam por e-mail e em comentários e posts de blogs.

Aldé (2011) chama atenção que esse comportamento não é compatível com as demandas de

cidadania:

[...] o caráter de boato e escândalo dos trenders, por exemplo, tornando maiores e mais velozes as “ondas” provocadas pelos agentes políticos ou econômicos, e muitas vezes silenciando notícias e versões relevantes, não contribui para atitudes mais plurais, deliberativas ou participativas por parte dos cidadãos – reforça, pelo contrário, as espirais de silêncio típicas da cultura de massa. (ALDÉ, 2011, p. 386).

O repórter K. ressalta que até mesmo na hora de citar o que um internauta postou no

Twitter ou em outra rede social é preciso ter o cuidado e verificar se não se trata de um

militante:

Dá para perceber quem é eleitor e quem é militante político. Com o tempo você vai vendo que quem faz muito sucesso na rede com relação à política tem um trabalho organizado por trás. Os partidos hoje tem gente que se dedica a travar essas batalhas na internet. E isso virou uma forma de fazer política também. Separar o eleitor comum do militante talvez não fosse tão fácil naquela época (em 2010), mas quanto mais você vai conhecendo os partidos políticos, os candidatos e o entorno deles, você consegue identificar isso com mais facilidade. (K.)

Mas às vezes o que os jornalistas queriam era mesmo encontrar as declarações da

militância, como nos mostra o repórter I.:

Eu jogava o nome da Marina e via o que aparecia. E fazia umas buscas cruzadas do tipo “Marina aborto”, para ter uma ideia do que estava rolando. A busca é boa porque você vê o que pessoas que você não segue estão falando. Você acaba caindo em militantes, o que também pode ser bacana.

Outra cautela que teve que ser tomada no dia a dia da produção jornalística segundo os

entrevistados é quanto à publicação de informações divulgadas por perfis falsos. Isso

acontecia muito no início do Twitter, quando os usuários ainda não sabiam quem

efetivamente estava na rede social. Posteriormente o próprio Twitter criou um selo de

autenticidade, o Verified Account, que atesta se uma conta de fato pertence a quem parece

políticos e artistas, e órgãos governamentais. Três jornalistas lembraram a divulgação pela

“Folha” em 2011 de informações creditadas a Aécio Neves, então governador de Minas

Gerais, que na verdade eram de um perfil falso:

A gente deu uma matéria na “Folha” atribuindo uma declaração ao Aécio que não era dele por causa do Twitter. Como se o Aécio tivesse tuitado uma coisa, que era legal, mas que não tinha sido ele. Isso redobrou o cuidado. Hoje já não é um problema tão grande porque, como você já está lá há muito tempo, você já sabe quem tem e quem não tem Twitter, mas ainda assim quando aparece uma coisa muito escabrosa é sempre bom dar uma ligada, uma checada, ver o que aconteceu, quem foi que escreveu, se foi o cara ou um assessor. Depois disso, desse processo de adaptação, até hoje você vê o estagiário do STF que tem o Twitter dele e opera o institucional. Uma hora ele faz uma confusão e tuita algo contra o Sarney. Acho que isso aconteceu o ano passado. (K.)

Depois da eleição, o Aécio foi pego na Lei Seca. A Folha deu uma matéria dizendo que o Aécio reconheceu o erro, pediu desculpas. Era um perfil falso. Tem os riscos. Tem jornalistas que se deu mal por comentário desrespeitoso a uma torcida. Você acha que está falando com o

político e esta falando com um fake. Reforça aquela coisa que quem quer ficar na redação

entrevistando só pelo Twitter, se ferra. (I.)

Era preciso ter muito cuidado com os fakes. O perfil do Serra, por exemplo, era certificado.

Mas tinha um do Celso Amorim fake que era sensacional. Era bem famoso. O uso do Twitter naquela época ainda era muito embrionário. Tanto que alguns jornais chegaram a cometer algumas barrigas publicando coisas referentes a perfis de gente que não tinha conta como aconteceu com a Folha no episódio do Aécio. Ele só recentemente entrou no Twitter, e é a assessoria dele quem alimenta. (P.)

Pelas declarações vemos o quão importante é a questão da proficiência dos processos

de produção. Quanto mais tempo o jornalista é usuário da rede, mais ele entende a ferramenta

e seus códigos. Isso vai ao encontro do que muitos jornalistas descrevem como sendo o

aprendizado da profissão. Como nos mostra Travancas (1992, p.32), “para muitos, o

jornalismo é uma profissão que se aprende nas redações, na prática”. Vizeu (2000) é outro

autor que, embora investigue as rotinas de produção de telejornais, também ressalta que os

jornalistas chamam de “aprender na prática” as rotinas de trabalho que vão induzir ao

profissional a decidir o que entra ou não no noticiário. Os critérios de noticiabilidade de Wolf

que listamos anteriormente seriam apenas um norte, que se aprende na faculdade, mas que

precisam estar “entranhados” no dia a dia.

Em outras palavras, o senso comum das redações. Também não poderia ser excluído o faro

jornalístico que não é nada mais nada menos do que o instinto que os profissionais acreditam

ter para pinçar no cotidiano aqueles fatos que devem ser publicizados pelos media. (VIZEU,

2000, p.12).

Além das críticas que Vizeu faz a essa visão simplista do processo de produção,

Tuchman (1993) é outra autora que afirma que esse news judgment não é um conhecimento

com as relações interorganizacionais, as relações com a própria sua empresa e outras

organizações é que permitem a eles reivindicar este news judgement.

Barros Filho (2002) acredita que esse conhecimento nada mais é do que fruto da

repetição. Ela seria a geradora de um habitus profissional:

[...] alguns dos procedimentos do fazer jornalístico que são, em teoria e nos primeiros passos do exercício profissional, calculados e ponderados racionalmente, vão deixando de sê-lo dada a superveniência de situações análogas. A associação repetida de fatos –unidades de real observadas- e unidades de repertório do observador, segundo procedimentos hermenêuticos que também se repetem, geram um hábito dessa ocorrência que escapa a qualquer controle racional como é, supostamente, a suspensão. (BARROS FILHO, 2002, p.160).

No item 2.2.6 (O domínio do tempo e uma nova noção de agilidade) veremos mais

relatos sobre a questão da proficiência como elemento importante para os profissionais

saberem o tempo que deve ser dedicado ao monitoramento do Twitter.

Além do perfil falso, os jornalistas sinalizaram também uma preocupação em verificar

se eram os próprios candidatos que estavam tuitando em suas contas oficiais ou se eram

assessores. Algumas matérias, como veremos no capítulo 3 durante as análise dos conteúdos

publicados pelo “Globo” e pela “Folha”, mostram bem isso e retratam as gafes cometidas por

pessoas da equipe.

Teve um caso que foi superinteressante, de uma dissonância entre o administrador do perfil e a candidata. Estava tendo um debate na Canção Nova, e a Dilma não foi. Mas, na hora, ela postou um elogio à banda Pato Fu. Depois se descobriu que foi a assessoria dela quem postou. (H.)

Uma coisa que é muito engraçada é que você consegue perceber quem usa o Twitter de verdade e quem tem um assessor para ficar tuitando. Geralmente, as coisas mais legais vêm de quem usa o Twitter porque você não tem um filtro ali. Quando você vai convivendo mais com a rede, você vai conseguindo perceber quem faz o Twitter e quem usa funcionário para atualizar. (K.)

No Twitter você percebe muito bem o que é campanha profissional e o que é mensagem pessoal. Quando é o próprio candidato quem escreve e quando é um marqueteiro que está por trás. Quando eu percebia que era coisa de marqueteiro, que era campanha, que era planejado, eu perdia um pouco do tesão. O que eu gosto é o Twitter pessoal. O cara que vai lá e posta algo sobre a situação que ele está vivendo e não resiste à tentação de escrever algo pessoal mesmo. Justiça seja feita, o Serra fazia muito isso. Tem muito mais valor do aquela frase planejada, certinha, colocada no momento certo. Essa não tem o sabor, o tempero da postagem pessoal. (G.)

José Serra, conhecido por varar as madrugadas, tentava abastecer diariamente o microblog. Comentava notícias em geral do mundo, criticava os adversários, além de dicas culturais e respondia perguntas, rebatia criticas de outros usuários. Nos bastidores da campanha de Dilma, comentava-se que uma assessora próxima era quem abastecia. Ela era mais comedida. (M.)

No Twitter, o Serra falava supostamente sobre questões pessoais, o que difere de políticos que só fazem frases feitas, como a Dilma. Eu acabava, de vez em quando, usando (nas matérias) alguma declaração que ele deu no microblog. Mas, não me lembro de nenhuma pauta significativa que surgiu dali. Mas, temos que fazer o acompanhamento para não deixar algo escapar. Agora, nunca tive expectativa que ele deixasse escapar alguma gafe grave (no Twitter), cometesse um erro, falasse algo contraditório que pudesse gerar alguma crise. (J.)

A Dilma acabou entrando. Ela dizia na época que estava fazendo a estreia, mas dava a impressão que não era ela. Há uma grande diferença do perfil que é atualizado pelo próprio candidato do que é pela equipe. Alguns são híbridos, como o do Lindberg e o do Cabral. (P.)

Para se precaver de qualquer problema, K. conta que tirava print das declarações mais

polêmicas, receosa de que as fontes pudessem apagar o conteúdo após a matéria ser

publicada. O mesmo procedimento era adotado por P., que “printava” tudo o que achava

interessante no Twitter e ia mandando para o seu e-mail pessoal: “As pessoas agiam por

impulso nas redes, como o próprio Mercadante, que depois teve que revogar o irrevogável.

Por isso é bom se precaver”.

Na análise de K., o uso ainda experimental e prematuro do Twitter em 2010 não só por

jornalistas, mas como pelos demais internautas, permitiu que certos “escorregões”

acontecessem:

Às vezes as pessoas davam escorregões mesmo. Como era uma ferramenta até então nova as pessoas não tinham noção do quanto ia repercutir, falavam alguma asneira. No começo era mais fácil isso acontecer, hoje é mais difícil. Quando você está com um gravador na frente do entrevistado, a informação passa na cabeça dele por pelo menos quatro filtros antes dele falar. Quando se está sozinho na frente do computador é diferente. No caso da Mara Gabrilli, por exemplo, não sei se ela falaria aquilo da Dilma numa coletiva, por exemplo. (K.)

Todos esses cuidados que foram incorporados à rotina de produção jornalística agora

são parte de um “ritual estratégico”, nos termos de Tuchman (1993, p. 74), que protege os

jornalistas do risco da profissão. Segundo a autora, três fatores influenciam a noção de

objetividade dos jornalistas: a forma, as relações interorganizacionais e o conteúdo:

Por forma, entendo aqueles atributos das notícias e dos jornais que exemplificam os processos noticiosos, como o uso de aspas. Por conteúdo, entendo aquelas noções da realidade social que os jornalistas consideram como adquiridas. O conteúdo é também relacionado com as relações interorganizacionais do jornalista, pois as suas experiências com essas organizações levam-no a tomar por certas algumas coisas acerca delas. (TUCHMAN, 1993, p.75).

Como afirma Oliveira (2004, p.1), o profissional da imprensa, ao fazer uso de

critérios objetivos, seria “capaz de revelar cotidianamente a verdade dos fatos, sem a

prevalência de interesses de qualquer ordem, que não os do próprio público”. Ao esclarecer

seus métodos, que não podem ser comparados ao rigor de cientistas, os jornalistas buscam

conquistar a imparcialidade ou, pelo menos, justificar suas escolhas na cobertura dos

acontecimentos dotados de relevância social. “No contexto produtivo, os textos são

padronizados, buscando maior otimização da produção, e a notícia é fabricada como uma

mercadoria que deve, como qualquer outra, atrair o consumidor.” (OLIVEIRA, 2004, p.8).