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Nº 17 Bastien e Bastienne

Nº 22. Os quatro elementos de Chekho

Ao relembrar as aulas com a Prof. Melissa, lembro o quanto me cansava, por ter me desacostumado com práticas físicas mais intensas e também me recordo o quanto aprendi ao observar as atrizes e os atores fazendo os exercícios.

Logo abaixo, descreverei os exercícios e, em seguida, comentarei as sensações que tive ao experimentá-los em meu corpo e ao observá-los em outros corpos.

▪ Moldar: comece a mexer os quadris em movimentos circulares e explore esse movimento, deixando ele grande, médio ou pequeno e depois, tente caminhar no espaço, variando o tamanho e direções desse “movimento arredondado” (fazendo 8 de dentro para fora, de fora para dentro, etc). Lentamente, diminua esse movimento, ainda caminhando pelo espaço, até que ele fique 1% fora e 100% dentro. O que muda nesse caminhar? Como é fazer esse movimento bem exagerado e para fora e deixa-lo mais como uma sensação interna? O que é mais fácil e o que é mais difícil para você? Expanda esse movimento circular para outras partes do seu corpo, mãos, olhos, joelhos, pescoço, etc. Depois, parada(o) no lugar onde está, olhe para as pessoas ao seu redor ou para pontos específicos, com essa sensação do moldar 100% dentro. Quais as emoções/os sentimentos que chegam até você quando você realiza este movimento? Existe alguma peça ou o trecho de uma peça, do seu repertório, onde esse movimento seria melhor aproveitado?

▪ Flutuar: de pé, pés na largura os ombros e joelhos destravados, imagine um ponto entre suas sobrancelhas, como um terceiro olho eque sua cabeça vai se tornando pesada, tão pesada que ela é quem começa a guiar o seu caminhar. Se a cabeça faz peso para um lado, a primeira que vai é a cabeça e o corpo só acompanha. A sensação experimentada, quando fiz

170 esse exercício, é de que estava perdendo o equilíbrio e que com o peso da cabeça, o corpo ficava leve e só “era carregado ou arrastado” pela cabeça. Lentamente, diminua esse movimento, ainda caminhando pelo espaço, até que ele fique 1% fora e 100% dentro. O que muda nesse caminhar? Como é fazer esse movimento bem exagerado e para fora e deixa-lo mais como uma sensação interna? O que é mais fácil e o que é mais difícil para você? Depois, parada(o) no lugar onde está, olhe para as pessoas ao seu redor ou para pontos específicos, com essa sensação do flutuar 100% dentro. Quais as emoções/os sentimentos que chegam até você quando você realiza este movimento? Existe alguma peça ou o trecho de uma peça, do seu repertório, onde esse movimento seria melhor aproveitado?

▪ Voar: de pé, pés na largura os ombros e joelhos destravados, abra os braços, como se criasse asas e de peito aberto, guiando o seu caminhar, corra em direção a um ponto fixo que você olhar. É como o voo de uma águia: rápido e preciso. Lentamente, diminua esse movimento, ainda caminhando pelo espaço, até que ele fique 1% fora e 100% dentro. O que muda nesse caminhar? Como é fazer esse movimento bem exagerado e para fora e deixa-lo mais como uma sensação interna? O que é mais fácil e o que é mais difícil para você? Depois, parada(o) no lugar onde está, olhe para as pessoas ao seu redor ou para pontos específicos, com essa sensação do voar 100% dentro. Quais as emoções/os sentimentos que chegam até você quando você realiza este movimento? Existe alguma peça ou o trecho de uma peça, do seu repertório, onde esse movimento seria melhor aproveitado?

▪ Irradiar: esse é, talvez, o mais abstrato de todos, pois a sensação é de que você tivesse uma energia que, como o nome diz, irradia e tomasse conta de todo o espaço cênico e se sentisse muito maior do que você é. As duas formas de acessá-la e que aprendi/fui descobrindo são: (1) abrindo os braços e sentindo que sua energia se expande com essa abertura, ao mesmo tempo em que cabeça e pés crescem para direções opostas; (2) com exercícios de contrair, até atingir a posição fetal e depois, se levantar e sentir como se fosse puxado pelos braços e pelas pernas. Caminhe pelo espaço com essa sensação dessa energia que ultrapassa o seu corpo e se espalha pela sala. Lentamente, diminua esse movimento, ainda caminhando pelo espaço, até que ele fique 1% fora e 100% dentro. O que muda nesse caminhar? Como é fazer esse movimento bem exagerado e para fora e deixa-lo mais como uma sensação interna? O que é mais fácil e o que é mais difícil para você? Depois, parada(o) no lugar onde está, olhe para as pessoas ao seu redor ou para pontos específicos, com essa sensação do irradiar 100% dentro. Quais as emoções/os sentimentos que chegam até você quando você realiza este movimento?

171 Existe alguma peça ou o trecho de uma peça, do seu repertório, onde esse movimento seria melhor aproveitado?

Nas primeiras aulas que me deparei com esse trabalho com os elementos, eu havia acabado de retornar da última edição do V Opera Studio de Recife, o que acarretou em faltas nas duas primeiras aulas e quando entro em sala, para minha primeira aula com a professora, me deparo com muitas pessoas “fazendo movimentos circulares com o corpo”e eu não entendi o porquê. Sequer passava pela minha cabeça, na época, a ideia de experimentar os movimentos no meu corpo, afinal de contas, estava acostumada com as pessoas me dizendo o que tinha que fazer e só tive breves momentos criativos e autônomos nas montagens.

Conforme participava das aulas, compreendi que era assim que muitas atrizes e atores tinham uma consciência corporal tão grande: a partir de inúmeros experimentos com o corpo, repetições e autopercepções do que funcionou ou não e a professora orientava-as(os), para que expandissem essa consciência, com o olhar e sensibilidade desta com cada aluna(o).

O primeiro movimento que experimentei foi o Moldar e, à princípio, por não saber dançar, estranhei os movimentos grandes em meu corpo e caminhar desta forma e nesse elemento, em especial, era notável a forte relação com as músicas que a professora selecionava, pois Moldávamos de acordo com o tempo-ritmo sonoro.

Uma das coisas que mais reparei nas aulas é que alguns gestos são feitos grandes, não apenas pensando no palco, mas pela questão que o Stanislavski ressaltou da Ação Física, que reverbera internamente, portanto, são ações que desencadeiam sensações psicofísicas. O Moldar, na minha percepção, tinha uma forte relação com a sensualidade e a alegria, assim, mesmo começando timidamente, os gestos me causavam essas sensações de bem-estar e aos poucos, me divertia com o exercício.

A condição humana de que fala Stanislavski, baseada em procedimentos "psicofisiológicos que se originam em nossas próprias naturezas", pode ser definida como o "corpo-mente orgânico".

Aceitando a "ficção da dualidade" podemos dizer que um corpo-mente é orgânico quando o corpo responde às exigências feitas pela mente de urna maneira que não é nem "redundante", "negligente" nem "incoerente", isto é, quando:

- o corpo responde somente às exigências propostas pela mente; - o corpo responde a todas as exigências propostas pela mente;

- reagindo a todas, as exigências propostas pela mente, e apenas para esses comandos, o corpo se adapta a elos. procura satisfazê-las.

A organicidade corpo-mente revela-se no corpo que não age em vão, que não se esquiva da ação necessária, que não reage de uma maneira autocontraditória e contraproducente (BARBA e SAVARESE, 1995, p. 150, grifo dos autores).

172 Já o exercício de Flutuar me evocou tristeza, sono e embriaguez e, simultaneamente, me recordei de um exercício que experimentei, há muitos anos atrás, com a Profa. Marília Velardi, que veio à EMUFRN, em 2012, para ministrar um minicurso sobre a técnica de Moshé Feldenkrais(1904-1984)167.

Um dos exercícios que ela passou consistia apenas em ouvirmos a música (Prelúdio das Bachianas Nº 4 de Villa-Lobos) e andarmos de cabeça baixa e, aos poucos, esse peso da cabeça foi sendo trazido ao corpo e com esse simples e breve exercício, ela provou, mais uma vez, aquilo que o Stanislavski dizia quando “o corpo também provoca emoções internas”. Não consegui sentir outra coisa a não ser tristeza nesse exercício e me impressionei com isso, pois na época, eu desconhecia esses conceitos do famoso ator e diretor russo e sempre ouvia “o quanto a mente influenciava o corpo” e agora, estava tendo contato com o oposto: “era o corpo que influenciava a mente”.

Ao realizar o exercício do “flutuar”, nas aulas de Expressão Corporal II, às vezes, sentia dificuldade de deixar o corpo ser levado pela cabeça, a ponto de perder o equilíbrio, mas, outras vezes, tinha facilidade pela familiaridade com os sentimentos descritos acima quando penso nesse elemento.

Já na qualidade de movimento “voar”, senti uma forte energia de ação, iniciativa, de imposição, raiva, um pouco de orgulho, agressividade, ocupação e até invasão de um espaço que o outro pode estar inserido. Foi um pouco difícil fazer esse exercício em movimentos grandes sem me esbarrar com outras(os) estudantes na sala, mas foi interessante ver que mesmo sem querer, esses sentimentos estavam estampados em nossos rostos. O corpo, realmente, evoca emoções.

O mais difícil para mim (e algumas(ns) alunas(os), eu suponho), sem dúvidas, é o elemento“irradiar”, pois existe muita subjetividade envolvida. É como se, com a energia do corpo, nós moldássemos a nossa aura168, entretanto, a aura não possui apenas uma matiz e nesse

elemento, não me ocorreu nenhum sentimento negativo de tristeza, por exemplo. Até associei isso ao “ligar” que o Márcio Rodrigues me ensinou, na época do primeiro Opera Studio do

167 Engenheiro israelita, cientista e mestre de judo e jiu-jitsu, Feldenkrais desenvolveu um método que se baseia

na interação de movimentos coordenados a aprendizagem sensomotórica. Seu trabalho tem como fundamento, auxiliar a melhora da consciência corporal do indivíduo através do estudo do movimento alinhado a atenção plena.

168 Aura não é um termo utilizado pela docente, mas é a forma que encontrei para nomear a percepção do corpo

que vai para além de sua estrutura física. A sensação é que o corpo se prolonga para além dos limites da pele. Não é algo que possa ser visto de fora, mas que durante a prática pude perceber essa extensão do meu corpo.

173 Recife, que participei e à presença. E, quando penso nesse elemento, penso em ativar a musculatura do baixo ventre, que está associada ao “apoio” que utilizamos ao cantar.

Lembrei, inclusive, de um exemplo que o Márcio deu sobre o personagem Darth Vader da saga cinematográfica de ficção científica “Guerra nas Estrelas”, porque como ele é o vilão, ele tem essa aura má e a simples aparição dele causa medo e tensão, devido a essa energia maligna que ele carrega, o que mostra que o “irradiar” não serve apenas para emanar sentimentos positivos.

Ao fazer esses exercícios com a Profa. Melissa e ao compreender um pouco sobre o estado da presença, percebi que este não é um elemento tão difícil de despertar, mas é difícil de manter, porque no palco, essa energia deve estar ativada do início ao fim e isso requer muita prática e atenção plena. Como sinto isso no canto, creio que desperto esse estado, mas que preciso desenvolve-lo melhor com o corpo.

O mais interessante de todos esses elementos foi experimentá-los em movimentos grandes e depois, diminuí-los em 75%, 50%... Até chegar a 1% fora e 100% dentro e ver no rosto e corpo das atrizes e dos atores que o estado provocado por essas qualidades de movimento estavam lá, mesmo quando só demonstravam 1% do movimento grande que fizeram. Quando experimentava em mim mesma e caminhava a apenas 1%, as sensações estavam presentes.

Dando continuidade a esta investigação, a docente propôs que experimentássemos os elementos a partir de uma improvisação. Formamos duas fileiras em extremidades diferentes da sala e escolhíamos sem compartilhar com as (os) demais três dos elementos de Chekhov. A ideia era que entrássemos com um dos elementos (1% fora), ao longo do exercício nos transformássemos no segundo elemento e por fim, encerrávamos com o terceiro elemento. A situação era: 1 – avistar um conhecido, 2 – cumprimentar esse conhecido e 3 – se despedir desse conhecido. Por meio da mudança dos elementos, os demais que se mantinham nas filas iam descobrindo a relação entre aquelas duas pessoas. É importante ressaltar que o contato se dava através do corpo e sem comunicação verbal.

O encontro dessas (es) alunas(os) contava muita coisa: um vinha com o elemento do voar e outra com o irradiar, por exemplo e então, ele saía com moldar e ela, com flutuar, como se a aluna estivesse bem, mas a agressividade do outro aluno a deixasse mal e triste, então, ela saía com o flutuar e ele se sentia bem de tê-la desestabilizado emocionalmente, demonstrando isso no moldar. Outra vezes, as(os) alunas(os) se encontravam ou depois do encontro, saíam, coincidentemente, com o mesmo elemento. A forma como alguém entrava

174 também transformava o elemento escolhido por outrem e era interessante notar como esses encontros produziam afetos diferentes, assim como reações inesperadas.

Há quem os associe aos quatro elementos da natureza (fogo, terra, ar e água) ou às quatro estações do ano ou, ainda, às quatro fases da lua e isso é uma questão de escolha das pessoas que estão conduzindo o corpo e o que funciona para cada uma delas. Mas é interessante observar por meio disso, o quanto a imagem é essencial para despertar possibilidades diversas no corpo.

Esses movimentos e sensações podem auxiliar na construção de personagens de forma significativa para nós, cantoras-atrizes e cantores-atores de ópera porque nem sempre o público compreenderá a língua que estamos cantando, assim, investir em nossa consciência corporal pode ajudar a nós cantores e cantoras a ampliar as potencialidades de nosso corpo em cena. Hoje, compreendo que é preciso buscar o corpo que canta e que conta através dos movimentos.

Também considero interessante a experiência de manter o 1% fora, estando parada(o), pois a concentração de energia interior deve ser grande o suficiente para que ela salte aos olhos do espectador. E considero isso algo bem difícil de fazer, mas que, mais uma vez, associo essa concentração de energia interna ao ato de cantar, uma vez que a palavra também é corpo e mesmo parada, as vibrações sonoras da voz do canto lírico também podem mover as pessoas e despertar sensações.

Ecoam em minha mente frases que ouvia durante essas experimentações em salas de aula como “não pensa, faz” e como é difícil deixar o corpo agir, sem a mente interferir tanto. Por vezes, eu parava no meio dos exercícios e me perguntava “o que eu faço agora?” e então, percebia que meus pensamentos me paralisavam e voltava a “fazer qualquer coisa”, para deixar o corpo falar.

“Estar no aqui e no agora” é outra frase que me vem muito à mente nessas aulas e toda vez que meu cérebro desviava a atenção, seja pelo sono, cansaço ou por não saber mais que movimento iria fazer em seguida, percebia o quanto o instante do agora é fugaz. E o quanto é difícil e precioso manter a atenção a esse momento fugidio e como esse processo em que o corpo se torna o reflexo visível da mente é um aprendizado para toda vida que, mais uma vez, depende da prática.

Em outros momento, lembro de “escute a si e ao outro” e me impressiono por me deparar com um outro tipo de escuta, que vai muito além da escuta musical, meramente

175 auditiva, a que estava acostumada: uma escuta de corpo inteiro, em que você enxerga o outro e o percebe e como vocês dois se afetam conforme fazem o exercício.

Lembro ainda que depois dessa frase, a professora disse “esse pode ser o pior dia da sua vida, mas pode ser o melhor dia da vida do outro” e o quanto esse olhar/escuta mostra o porquê do teatro ser a arte do encontro – é no encontro com o outro que você aprende coisas novas sobre você e sobre ela(e), tanto que se o afeto presente no exercício é diferente, outras possibilidades surgem e são desenvolvidas. Creio que esse encontro entre cantoras líricas e cantores líricos seria de extrema importância para a construção da cena e desconstrução do estrelismo, ainda tão presente no meio. ║

Numa certa ocasião, me apresentei com o Grupo de Ópera Canto Dell’Arte e convidei a Profa. Melissa para nos assistir e quando ela nos assistiu, ela conseguiu perceber que eu vinha de outra área e por isso, “destoava” das(os) alunas(os) de teatro, por ser mais quieta e não estar com o corpo tão disponível e acostumado com a cena. Após essa apresentação, houve outro exercício avaliativo, em que tínhamos que formar duplas e então, a professora pediu que eu escolhesse alguma música do repertório que cantei com o Dell’Arte, para integrar a cena com minha colega.

A música era o famoso “Brinde” da ópera La Traviata de Verdi e minha dupla foi a aluna Taíze Tertulino169, que fez o texto do Alfredo declamado, com a tradução em português que eu fiz, enquanto eu cantava os trechos da Violetta no idioma original (italiano).

Enquanto cantava os trechos, fiquei em dúvida porque não consegui visualizar uma variação muito grande de elementos na cena, afinal de contas, ela retrata o brinde que Alfredo propôs, ao declarar seu amor por Violetta, mas ela está desdenhando deste sentimento por ser uma cortesã e diz que não poderia lhe retribuir, portanto, o único elemento que consegui visualizar para isto foi o “Moldar”.

Quando apresentamos na sala, para as(os) colegas, fiquei feliz com o retorno da professora e dos colegas, ao sugerir os elementos em alguns trechos, como por exemplo, quando Violetta diz “la vita è nel tripudio” (a vida é um tripúdio), ao Alfredo responde “Quando non s'ami ancora” (quando não se ama ainda) e no momento em que ela responde “Nol dite a chi l'ignora” (Não diga aos que ignoram), imagino que, assim como na história, as palavras dele a tocaram de alguma forma e nesse momento, foi sugerido o elemento “Flutuar”.

176 Ao relembrar deste exercício, me deparo com a importância de selecionarmos o texto e nos apropriarmos bem dele, a fim de colocar mais elementos e deixa-lo mais dinâmico. Como na cena, o clima era de festa e ambos estavam bebendo vinho, poderia haver um pouco mais de “Flutuar” devido à embriaguez. As investidas de Alfredo em relação à Violetta poderiam ter um pouco de “Voar”, dando a entender que Alfredo se precipitava em conquistar Violetta. Talvez, até mesmo o trecho em que ela diz que ele “não deve dizer isso a quem ignora o sentimento”, poderia ser dito com o “Voar” também, o que torna a personagem mais reativa e irritada com a fala dele.

Apenas quatro qualidades de movimento e uma gama de riquezas a serem exploradas e inseridas a apenas uma ária. Os movimentos podem variar de tamanho, planos, intensidade e isso me surpreendeu e me incentivou a querer conhecer mais possibilidades do meu corpo e mais exercícios capazes de fazê-lo experimentar em cena, tendo algumas formas iniciais para que meu corpo saiba de onde pode partir e, com a prática, aonde ele vai chegar.

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