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Os representantes dos pais e encarregados de educação nos conselhos de turma e os seus

No documento Aprovado pelo Conselho Geral Transitório (páginas 49-51)

SUBCAPÍTULO II – ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA

1. ESTRUTURAS DE COORDENAÇÃO EDUCATIVA E SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

1.6. OS CONSELHOS DE TURMA

1.6.3. Os representantes dos pais e encarregados de educação nos conselhos de turma e os seus

suplentes

1.6.4. Eleição

1. Os representantes dos pais e encarregados de educação nos Conselhos de Turma são eleitos, anualmente, de entre os pais e encarregados de educação dos alunos da turma na 1ª reunião do ano letivo, presidida pelo diretor de turma, de acordo com o seguinte:

a) A eleição realiza-se por sufrágio direto, secreto e presencial, devendo cada eleitor (encarregado de educação) votar em 2 nomes de pais e encarregados de educação;

b) Todos os elementos presentes são candidatos, exceto se declararem que não o pretendem ser e justificarem devidamente essa sua posição;

c) São eleitos os 2 pais e encarregados de educação que obtiverem maior número de votos;

d) Os 2 pais e encarregados de educação mais votados a seguir aos 2 primeiros são os 2 representantes suplentes dos pais e encarregados de educação, ordenados pelo nº de votos em 1º e 2º suplentes; e) Quando não for possível distinguir quais os 2 candidatos mais votados, em virtude de situações de

empate, realiza-se uma 2ª votação entre os candidatos empatados, sendo então eleito(s) o candidato(s) que obtiver(em) maior número de votos;

f) Quando não for possível distinguir quais são os 2 representantes suplentes, e o 1º suplente, em virtude de situações de empate, realiza-se uma 2ª votação com os candidatos empatados, sendo, então, eleito(s) o(s) candidato(s) que obtiver(em) maior número de votos;

g) Para presidir ao ato eleitoral será designada, no momento, uma mesa eleitoral constituída por um presidente e dois secretários;

h) Dessa eleição deverá ser lavrada ata que será assinada pelos membros da mesa eleitoral e pelos elementos eleitos.

1.6.5. Competências

1. Compete, sobretudo, aos 2 representantes dos pais e encarregados de educação representar os seus pares nos conselhos de turma.

2. Compete, ainda, aos 2 representantes dos pais e encarregados de educação:

a) Colaborar com os professores e com o diretor de turma na superação de problemas de natureza disciplinar e pedagógica;

b) Colaborar com os professores nas ações que favoreçam a interação do Agrupamento com a comunidade;

c) Colaborar com os professores na integração dos alunos, sobretudo os mais problemáticos; d) Favorecer o bom relacionamento entre os professores e os alunos da turma;

e) Apoiar o conselho de turma na realização de atividades extracurriculares;

f) Promover ações que estimulem o envolvimento de todos os pais e encarregados de educação da turma no acompanhamento dos seus educandos e no apoio ao seu percurso escolar.

3. Para exercerem as suas competências com dignidade, sobretudo a competência definida no nº1, os 2 representantes dos encarregados de educação da turma devem ouvir, formal ou informalmente, os restantes pais e encarregados de educação, sobre eventuais problemas existentes na turma, ou sobre questões que pretendam que sejam tratadas, antes da realização das reuniões dos conselhos de turma respetivos.

4. Para os efeitos referidos no número anterior, os 2 representantes dos pais e encarregados de educação da turma podem realizar reuniões com os seus pares, podendo, para o efeito, solicitar um espaço (sala de aula ou auditório) do Agrupamento ao Diretor.

1.6.6. Direitos

1. Os 2 representantes dos pais e encarregados de educação dos alunos da turma têm os seguintes direitos: a) A solicitar, ao diretor de turma, a realização de reuniões da assembleia de alunos e encarregados de

educação da turma, conforme o previsto no ponto 1.2.5 do capítulo V deste Regulamento Interno; b) A solicitar, ao Diretor, a realização de reuniões da assembleia de professores e encarregados de

educação da turma, conforme o previsto no ponto 5.3.2 do capítulo V deste Regulamento Interno; c) A solicitar, ao Diretor, a realização de reuniões extraordinárias da assembleia de encarregados de

educação da turma, a serem presididas pelo diretor de turma, conforme o previsto no ponto 5.3.3 do capítulo V deste Regulamento Interno;

d) A convocar reuniões da assembleia de encarregados de educação da turma, neste caso a serem presididas por 1 dos representantes dos pais e encarregados de educação da turma, conforme o previsto no ponto 5.3.3 do capítulo V deste Regulamento Interno.

1.6.7. Competências

Compete ao Conselho de Turma:

a) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem;

b) Fazer a articulação curricular horizontal e garantir a interdisciplinaridade do trabalho, com vista à melhoria dos resultados escolares dos alunos;

c) Analisar e refletir sobre situações de indisciplina na turma de forma a adotar estratégias e medidas, tendo em vista a sua resolução;

d) Analisar situações de insucesso escolar na turma e colaborar no estabelecimento das estratégias e das medidas de apoio mais adequadas para as superar;

e) Preparar informação adequada a disponibilizar aos pais e encarregados de educação, relativa ao processo de aprendizagem e de avaliação dos alunos;

f) Avaliar os alunos, tendo em conta os objetivos curriculares definidos de acordo com os critérios aprovados pelo Conselho Pedagógico;

g) Assegurar a adequação do currículo às características específicas dos alunos, estabelecendo prioridades, níveis de aprofundamento e sequências adequadas;

h) Articular as atividades dos professores da turma com os departamentos curriculares e/ou áreas disciplinares, designadamente no que se refere ao planeamento e coordenação de atividades interdisciplinares a nível da turma;

i) Colaborar nas ações que favoreçam a inter-relação da Escola com a comunidade;

j) Analisar os problemas de integração dos alunos e o relacionamento entre professores e alunos da turma;

k) Planificar o desenvolvimento das atividades a realizar com os alunos em contexto de sala de aula; l) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos alunos,

promovendo a articulação com os respetivos Serviços de Apoios Especializados, em ordem à sua superação;

m) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam a aprendizagem dos alunos;

n) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais e encarregados de educação no percurso escolar dos alunos;

o) Conceber e delinear atividades em complemento do currículo proposto;

p) Conceder louvores nos termos do ponto 1.3.4 do Cap. V deste Regulamento Interno;

q) Elaborar o Plano de Turma (PT), até 30 de novembro do ano letivo a que respeita, de acordo com o seguinte:

i. No Plano de Turma, devem constar: 1. Diagnóstico da turma;

2. Identificação de problemas, necessidades e dificuldades da turma; 3. Estratégias/atividades educativas a implementar na turma; 4. Processos/Critérios de avaliação a utilizar;

5. Avaliação do PT/resultados observados das ações implementadas. 6. Propostas de atuação alternativas.

r) Exercer outras competências que a lei lhe atribuir;

s) Elaborar e aprovar o seu próprio regimento interno, nos primeiros 30 dias do seu mandato, definindo as respetivas regras de organização interna e de funcionamento no respeito pela lei e pelo regulamento interno.

1.6.8. Funcionamento

1. Preside aos conselhos de turma um professor, denominado diretor da turma (coordenador pedagógico, no caso das turmas do Ensino Recorrente Noturno ou mediador no caso dos cursos EFA), sempre que possível profissionalizado, que é designado pelo Diretor, no início do ano letivo, logo que sejam conhecidos os professores da turma ou grupo/turma.

2. Em situações excecionais, a justificar perante o Conselho de Turma, pode o Diretor avocar a presidência deste órgão. Também pode fazê-lo a pedido do diretor de turma (coordenador pedagógico ou mediador). 3. O número de direções de turma, de coordenações pedagógicas e de mediações que um professor pode

4. Nas reuniões em que o Conselho de Turma decide sobre progressão ou retenção, aprovação ou não aprovação e/ou alteração de classificações de disciplinas propostas pelos respetivos docentes não é permitida a abstenção de nenhum docente, independentemente de ser ou não professor desse aluno. Estas decisões devem resultar do consenso do Conselho de Turma, admitindo-se, porém, o recurso ao sistema de votação apenas quando tal não for possível.

No caso de recurso a votação, todos os membros do conselho de turma devem votar mediante voto nominal, não sendo permitida a abstenção. No caso do Ensino Secundário, o voto de cada membro deve ser registado em ata. No caso dos 2.º e 3° Ciclos do Ensino Básico deve ser registado em ata o resultado da votação.

A deliberação só pode ser tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de turma voto de qualidade, em caso de empate.

Na ata da reunião de conselho de turma devem ficar registadas todas as deliberações e a respetiva fundamentação.

5. O conselho de turma reúne ordinariamente:

a) No início do ano letivo, antes das atividades letivas começarem (no caso dos 5º, 7º e 10º anos de escolaridade);

b) No 1º Período, sensivelmente no fim do mês de outubro;

c) Uma vez por período (no seu final) para proceder à avaliação dos alunos;

6. Reunir-se-á extraordinariamente sempre que quaisquer assuntos de natureza pedagógica ou disciplinar o justifiquem.

7. Para as reuniões extraordinárias, os representantes dos pais e encarregados de educação da turma devem ser convocados por telefone, sendo que a convocatória da reunião, com a respetiva agenda de trabalhos, deve ser-lhes enviada por correio eletrónico e, no caso de não possuir endereço eletrónico, por correio normal;

8. As convocatórias serão feitas pelo Diretor, por sua iniciativa, por proposta do diretor de turma ou de, pelo menos dois terços dos docentes da turma, com uma antecedência mínima de 3 dias úteis, devendo com a mesma antecedência ser notificados individualmente os elementos que não são professores da turma, caso a sua presença esteja prevista.

9. A ordem de trabalhos e a metodologia a seguir nas reuniões são elaboradas conjuntamente pelo Diretor e pelo coordenador dos diretores de turma respetivo.

10. De todas as reuniões serão lavradas atas, a aprovar na própria reunião, a arquivar em livro específico, à guarda do Diretor;

11. As reuniões ordinárias serão secretariadas por um docente designado pelo Diretor.

12. O registo das faltas deve ser feito pelo diretor de turma, competindo-lhe entregar esse registo ao Diretor. Nas reuniões presididas pelo Diretor compete a este esse registo.

13. Quando o conselho de turma reunir para proceder à avaliação sumativa dos alunos da turma, tem de estar assegurada a presença de todos os docentes. Só por um impedimento muito prolongado (doença ou outro motivo de força maior), pode o conselho de turma reunir sem a presença de algum ou alguns dos seus componentes, desde que esteja na posse de todos os elementos de avaliação referentes à totalidade dos alunos/disciplinas da turma.

1.7. Diretor de Turma

1. Para coordenar o trabalho do Conselho de Turma, o Diretor designa um diretor de turma de entre os professores da mesma, sempre que possível um docente de carreira.

2. Sempre que possível, o Diretor deve nomear diretor de turma o professor que no ano letivo anterior exerceu tais funções na turma a que pertenciam os mesmos alunos ou a maioria dos mesmos.

3. Na ausência do diretor de turma, por um período superior a 10 dias úteis, o Diretor deve designar, de entre os professores da turma, um professor que o substitua.

No documento Aprovado pelo Conselho Geral Transitório (páginas 49-51)