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Outros modelos de classificação

No documento Aplicações de ajuda em smartphones (páginas 55-58)

2.2 Aplicações

2.2.3 Outros modelos de classificação

Existem diversos modelos de classificação de aplicações. Dois desses esquemas foram já referidos e enquadram-se no modelo de aplicações referente ao modelo apresentado nesta dissertação. Contudo, os modelos que serão abordados são diferentes do modelo que será apresentado.

O primeiro modelo de classificações a referir é o de Taridzo Chomutare [22], que é apresentado como uma forma rudimentar de categorização, direcionado para a área de interesse desta dissertação. A busca das aplicações feita, nesta metodologia, foi realizada por toda a Internet e não apenas nas lojas de cada uma das maiores empresas de smartphones. Este método de pesquisa torna-se mais confuso, uma vez que a pesquisa é feita através de termos como “PDA”, “Cell phone” ou diabetes e estes foram usados na pesquisa de vários artigos. O segundo método de pesquisa presente neste modelo foi através da pesquisa em lojas utilizando termos técnicos como diabetes e glucose, para encontrar as diferentes aplicações. Das diferentes aplicações obtidas foram analisadas várias funcionalidades. Neste artigo é possível verificar, inconscientemente, uma divisão de diferentes categorias de aplicações geradas pelos autores e coautores do artigo de Taridzo Chomutare. Estas categorias passam por auto-monitorização, glucose do sangue, peso, atividade física, dieta, insulina e medicação, pressão arterial, educação, alertas e lembretes relacionados com doenças, integração de social média, exportação de dados e comunicação relacionados com doença e por último, sincronização de registos da saúde pessoal.

Como resultado deste modelo de categorização, os investigadores criaram outras categorias mais consistentes. Contudo, estas apenas representam o auxílio na área dos diabetes. Ainda assim, estas categorias estão, de um certo modo, relacionadas com o projeto associado a esta dissertação. Estas categorias são: educação e personalização de feedback; gestão de dieta; gestão de peso; atividade física; comunicação e monitorização de pacientes por cuidadores primários; gestão de insulina e medicação; outras terapêuticas (olhos e pés); cuidado psicossocial; imunização e gestão de complicação. Estas categorias não são as mais apropriadas mas, algumas dessas categorias já se aproximam daquilo que será um modelo mais funcional.

A conclusão que se pode retirar do artigo acima referido, baseia-se na referência de que as presentes contribuições não estão, neste momento, a ser utilizadas por entidades oficiais e, apesar de haver uma necessidade de se implementarem categorias como estas, a verdade é que isso não é utilizado. Apesar de os responsáveis terem trabalhado acerca desta contribuição, os mesmos não conseguiram encontrar uma conclusão sobre o impacto que a existência de funcionalidades ou a ausência das mesmas tem no resultado clínico do utilizador [22].

Quanto às vantagens e desvantagens deste sistema de classificação, apesar de o mesmo ser apenas direcionado para o âmbito dos diabetes, é possível verificar: a principal vantagem desta classificação das aplicações passa, essencialmente, pelo facto de haver uma divisão das mesmas por funcionalidades ou finalidades, algo que é necessário para facilitar a procura das mesmas. Uma outra vantagem é o facto de esta possuir poucas categorias e assim, o modelo não é tão confuso de reproduzir. Quanto às desvantagens: a principal passa pelo facto de esta categorização não abranger todas as funcionalidades e finalidades existentes no momento, embora a sua divisão seja feita por funcionalidades e finalidades. Uma outra desvantagem é o facto de este modelo ser apenas relacionado com diabetes, algo muito limitado relativamente à vasta existência de aplicações nas diferentes lojas, e ainda o facto de algumas destas categorias (no ponto de vista deste projeto) não serem funcionais.

O segundo modelo a referir é de Heather J Seabrook [23], que é apresentado de uma forma mais funcional e embora seja mais complexo que o primeiro, é mais interessante. É importante referir que, este segundo modelo, teve uma análise quanto ao público-alvo, para dessa forma se definir o destinatário. Este modelo é referente à categoria Medical, introduzida pelas lojas (o que não acontecia no primeiro modelo) e é importante mencionar ainda que, os

autores do segundo modelo, referem a existência de várias aplicações mal categorizadas e dessa forma, também eles constatam que existe esse problema no método de classificação atual.

Neste modelo é possível verificar uma análise das diferentes componentes que rodeiam uma categoria como o cruzamento de dados entre o número de aplicações, destinadas a cada componente do público-alvo. Contudo, a componente principal deste modelo passa pela divisão das aplicações por finalidade e quantidade de aplicações existentes em cada categoria. Estas categorias são: Referência; Educação; Outros; Tracking/Diário; Monitorização/Exportação; Calculadora; Registos de paciente/ Resultados; Conferência; Diagnóstico; Lembrete; Medicina alternativa; Social media; Nutrição/Dieta; Motivação. Um gráfico das mesmas é apresentado na Figura 5. Estas categorias aproximam-se do modelo apresentado nesta dissertação, embora apresente algumas falhas quanto às categorias.

Figura 5 - Disposição das categorias criadas neste modelo e a quantidade de aplicações existentes na mesma, adaptado de “Medical applications: a database and characterization of apps in Apple iOS and

Android platforms” [23].

Com este modelo de aplicações podemos concluir que, este trabalho, embora com algumas lacunas, será uma mais-valia para projetos futuros na área referente aos utilizadores de aplicações médicas, programadores e investigadores na área da categorização de aplicações. Pode, também, concluir-se que esta categorização tem lacunas quanto à quantidade de categorias, disposição das mesmas e quanto à categoria estudada (Medical), uma vez que existem diversas categorias espalhadas pelas diferentes categorias das lojas, que foram mal categorizadas mas que são capazes de ajudar o utilizador [23]. Quanto às vantagens e desvantagens deste sistema de classificação, pode-se dizer que as vantagens passam por referir que se aproxima um pouco mais daquele que é considerado neste projeto, que é o mais

apropriado e muito mais próximo que o primeiro modelo. A outra grande vantagem passa por referir que, este modelo, tem muitas mais categorias funcionais, nas quais existem algumas categorias que não são tão funcionais mas que já se verificam em menor quantidade. Quanto às desvantagens, existe uma diluição entre algumas categorias, que devem conter aplicações muito diferentes, como no caso do tracking e diário. Outra desvantagem é o facto de esta categorização só ter sido feita tendo em conta a categoria medical das lojas, embora existam várias aplicações úteis para o utilizador diluídas por toda a loja.

No documento Aplicações de ajuda em smartphones (páginas 55-58)