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Paginação e hierarquização do texto

7 A comunicação gráfica, comunicação bimédia

7.2 Paginação e hierarquização do texto

Texto é a componente linguística dum documento. Normalmente numa paginação, seja ela em revistas, jornais e sobretudo em livros, do ponto de vista da composição visual, o texto forma um padrão constituído por linhas, estas subdivididas em caracteres, na sua grande maioria, letras. O carácter é o elemento mais simples ou unidade da composição dum texto. Embora a composição diga respeito directamente ao texto, o designer gráfico, ao defini-la, não pode esquecer os casos em que existam imagens e outros tipos de ilustrações, como gráficos e esquemas que integrem a paginação. Geralmente, quando percorremos uma página, os corpos e estilos do texto variam, estabelecendo-se através deles uma hierarquia, por um lado, e uma distinção de funções, por outro. Cabe mesmo falar-se duma convenção, a propósito do facto das citações se comporem geralmente em itálico ou as chamadas de atenção, a negro. Isto significa que, se o autor dum livro, dum artigo, duma entrevista redige textos, o designer gráfico visualiza-os através das formas que os caracteres podem tomar quanto ao tipo, corpo, caixa alta ou baixa, inclinação, cor, fundos, caixas definidas por filetes, etc.

Sob este ponto de vista, o paginador facilita a leitura e compreensão do texto, criando mesmo em certos casos, vários níveis de leitura.

A intervenção do designer gráfico deve ser sempre eficiente e adequada: Num livro de poesia ou num romance, deve ser discreta, resumindo-se à escolha dum tipo e corpo de letra de leitura fácil e agradável, evitando o cansaço, mesmo nas obras extensas; no caso dum artigo de revista ou de jornal, deverá ter uma intervenção maior, de modo a que o leitor possa, através dos títulos, subtítulos, chamadas de atenção e destaques, aperceber-se rapidamente do conteúdo e dos tópicos principais, seleccionando assim as matérias que lhe possam interessar, para as ler, essas sim, mais pormenorizadamente.

Normalmente, um jornal ou uma revista não são documentos, pela sua multiplicidade de assuntos, para serem lidos de ponta a ponta. Já um romance só poderá entender-se quando lido integral e ordenadamente. São estas diferenças que distinguem os livros, as revistas e os jornais, a razão que não só justifica, mas obriga o paginador a não intervir, por um lado, no fio condutor do romance e, por outro, a proporcionar nos artigos e notícias, através da hierarquização dos títulos, subtítulos, textos introdutórios, destaques, etc. leituras em diagonal. [PAN II] (Quadros 16 a 18).

7.2.1 Entrelinhamento

Os espaços de entrelinhamento modulam o ritmo horizontal do texto e contribuem de modo fundamental para a sua densidade, a “cor” da página. Os processadores correntes de texto seguem a lógica da dactilografia, permitindo o espacejamento das linhas a 1 espaço, 1,5 espaços e a 2 espaços, as aplicações profissionais de composição e paginação têm ferramentas de espacejamento vertical e horizontal mais sofisticadas permitindo regular rigorosamente o entrelinhamento por percentagem em relação ao corpo da letra ou por medidas em unidades métricas ou tipográficas.

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7.2.2 Colunas

As linhas demasiado extensas num texto provocam fadiga e dão má leitura. Quando as páginas de um documento são largas, como é o caso de jornais e revistas, opta-se por distribuí-lo em colunas. As colunas, cujo número varia, contribuem para modular verticalmente a superfície das páginas. Os programas profissionais de composição e paginação permitem estipular o número de colunas, a largura da mancha de texto e da goteira, o espaço entre colunas. As colunas podem ser simétricas, tendo todas a mesma largura o terem manchas de largura diferente.

3 colunas

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2 colunas simétricas

2 colunas assimétricas

7.2.3 Corpo

À dimensão dum tipo dá-se o nome de corpo. Geralmente os tipos mais vulgarizados aparecem em tamanhos que vão dos 5 aos 72 pontos. O chamado texto corrido nunca excede, em princípio, os 14 pontos, destinando-se os que ficam acima desse valor para os títulos e destaques.

8 pontos; 9 pontos; 10 pontos; 11 pontos; 12 pontos; 13 pontos;

14 pontos; 16 pontos;

18 pontos; 20 pontos;

22 pontos; 24 pontos;

26 pontos; 28 pontos; 36 pontos;

72 pontos;

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7.2.4 Variantes tipográficas

Algumas das variantes podendo existir numa família tipográfica (Fig. 74):

caixa baixa

CAIXA ALTA

REDONDO

ITÁLICO

NEGRITO

Fig. 74 - As 20 variações da família Univers, desenhada em 1957 por Adrian Frutiger [PDR 83].

7.2.5 Justificação

A forma mais comum de apresentação de um texto é a de justificação à esquerda e à direita.

O texto pode também ser composto, em espinha ou centrado. Em bandeira, justificado à esquerda.

7.2.6 Composição em curandel

O exemplo, porventura mais evidente, de interligação entre o texto e a imagem é o caso do curandel, sendo aquele então composto de forma a acompanhar a silhueta duma imagem recortada. Em curandel, a composição acompanha as formas de um desenho ou de outra ilustração. Caso característico deste efeito tipográfico é aquele em que o texto toma uma forma referenciável ou icónica.

Para além disso convém referir que, quer nos casos dos parágrafos, quer nos casos de inclusão de imagens, podem existir no texto variações pontuais de alinhamento a que se dá o nome de indentados.

7.2.7 Orientação do texto

Na cultura ocidental o texto desenrola-se segundo uma orientação horizontal e uma direcção da esquerda para a direita. Em casos muito particulares, sobretudo quando se trata da publicidade, o texto pode também ser inclinado e ascendente ou vertical.

7.2.8 Hierarquia na Composição do Texto

Na definição da hierarquia dos diversos momentos dum texto, os tipos ou fontes de letra, embora também o possam fazer, são de certa forma irrelevantes, reservando-se mais o seu papel a garantir a legibilidade e o nível estético.

O corpo, a caixa alta, o negro e o itálico são, por excelência, as variantes do tipo mais adequadas para se definirem as hierarquias dentro dum texto: o corpo, através do seu dimensionamento; a caixa alta, remetendo à sua primazia e dignidade; o negro, por meio da espessura dos elementos e o itálico, alterando a textura da mancha.

A chamada de atenção sobre um fragmento de texto pode realizar-se, recorrendo a meios de outra natureza: se se compuser um fragmento no mesmo corpo, tipo e espessura que o resto do texto, mas o isolarmos dentro da coluna, o factor isolamento vai, por si só, conferir-lhe destaque; se esse mesmo fragmento estiver simplesmente sobre um fundo de cor, o efeito será idêntico.

O designer gráfico servir-se-á pois, destas variantes, na condução da paginação com vista a prosseguir os critérios que ele próprio ache oportunos na hierarquização do texto, por um lado, e, por outro, o equilibrio da composição. [PAN II].

• Títulos

Título é a designação dum texto, e como tal requer destaque, o que é feito, não só através dum interlinhamento mais espaçado, mas também pelo corpo escolhido e, nalguns casos, pela cor.

• Normalmente, na primeira página dos jornais e nos artigos das revistas, os títulos surgem com grande destaque e quando se querem tornar mais notórios, são compostos em caixa alta, daí. a designação de títulos de caixa alta.

• Subtítulos

Subtítulos são as designações de partes dum texto que, embora diferenciadas, têm um destaque menor.

• Títulos corridos

Título corrido é o título dum livro, duma revista, dum jornal ou ainda dum capítulo, dum artigo ou duma secção que se repete em todas as páginas daquelas publicações ou destes fragmentos. Normalmente, o título corrido encabeça a página ou, mais raramente, pode ser composto ao alto, figurando numa das margens laterais.

• Textos auxiliares

Textos auxiliares são textos complementares que podem constituir sínteses do texto principal, achegas ou citações que se lhe ajustem.

• Legendas

Legendas são textos que geralmente acompanham e explicam as imagens. São habitualmente compostos em tipos e/ou corpos diferentes do texto corrido. Outras forma de os distinguir é o facto de se situarem numa caixa ou serem compostos sobre um fundo, embora estes exemplos sejam muito raros. Por vezes, as legendas de uma, duas e até mais páginas são compostas conjuntamente, sendo-lhes então atribuido um número a cada uma delas, correspondente ao que acompanha a respectiva imagem.

Podem também ser antecedidas por expressões do género: em cima; em baixo; à esquerda; à direita, etc.

Noutros casos, são compostas de forma a que a proximidade as associe às devidas ilustrações e, se ainda subsistem dúvidas, o paginador poderá recorrer à utilização de setas que ajudarão a estabelecer a conveniente relação.

• Notas de roda-pé

• Comentários, referências bibliográficas e outras observações fora da linha principal de redacção, situados no pé da página. Quando este tipo de textos acessórios se situam nas margens laterais, dizem-se textos à margem. São normalmente compostos num corpo menor e em tipo diferente.

• Brancos

Dá-se a designação genérica de brancos a todas as zonas não impressas dum documento, ou seja, onde o suporte fica intacto. Na paginação, os brancos são de uma grande importância para a composição, necessários no arranjo gráfico, sendo simultaneamente funcionais, pois quanto maior for o campo envolvendo qualquer forma, separando-a das restante, mais ela se destacará pelo isolamento.

• Mancha e Margens

Um texto nunca vai até aos extremos do suporte onde é impresso.

Os traçados de paginação estabelecem sempre uma área a que se chama mancha e que nunca toca os limites da página. O texto nunca excede essa área e os espaços que envolvem a mancha chamam-se margens.

As margens têm na sua origem razões de ordem estética e de ordem prática: à mancha há que contrapor zonas vazias, os brancos, entre as quais se encontram justamente as margens, demarcando melhor o campo; por outro lado, quando pegamos num livro, numa revista ou em qualquer material impresso, se não existissem margens, teríamos que os segurar por cima do próprio texto, o que, a cada passo, impediria a leitura, mas, mais do que isso, se o texto fosse impresso até à margem, correr-se-ia o risco de, na fase de acabamentos, ao aparar o documento, eliminar parte dele.

Quadro 17 - Hierarquização do texto.

Títulos Designação dum texto, e como tal requer destaque, o que é feito, não só através dum entrelinhamento mais espaçado, mas também pelo corpo escolhido e, nalguns casos, pela cor.

Normalmente, na primeira página dos jornais e nos artigos das revistas, os títulos surgem com grande destaque e quando se querem tornar mais notórios, são compostos em caixa alta, daí. a designação de títulos de caixa alta.

Subtítulos Designações de partes dum texto que,

embora diferenciadas, têm um destaque menor.

Podem ser nomes de secções em

publicações, nomes de capítulos em livros.

Títulos corridos

Título dum livro, duma revista, dum jornal ou ainda dum capítulo, dum artigo ou duma secção que se repete em todas as páginas daquelas publicações ou destes fragmentos.

Normalmente, o título corrido encabeça a página ou, mais raramente, pode ser composto ao alto, figurando numa das margens laterais.

Textos auxiliares

Textos complementares que podem constituir sínteses do texto principal, achegas ou citações que se lhe ajustem.

Este tipo de textos aparecem frequentemente enquadrados.

Legendas Textos que acompanham e explicam as imagens, habitualmente compostos em tipos e/ou corpos diferentes do texto corrido. Podem aparecer numa caixa ou sobre um fundo. As legendas de várias páginas podem ser compostas conjuntamente, sendo-lhes atribuídos números, correspondentes aos das imagens respectivas.

Podem também ser antecedidas por expressões do género: em cima; em baixo; à esquerda; à direita, etc. Noutros casos, são compostas de forma a que a proximidade as associe às devidas ilustrações e, se ainda subsistem dúvidas, o paginador poderá recorrer à utilização de setas que ajudarão a estabelecer a conveniente relação.

Notas de

roda-pé Comentários, referências bibliográficas e

outras observações fora da linha principal de redacção, situados no pé da página.

Quando este tipo de textos acessórios se situam nas margens laterais, dizem-se textos à margem. São normalmente compostos num corpo menor e em tipo diferente.

Quadro 18 - Mancha de texto, brancos e margens.

Mancha Os traçados de paginação estabelecem sempre uma área a que se chama mancha e que nunca toca os limites da página.

O texto nunca excede a área da mancha

Brancos Designação genérica de todas as zonas não impressas dum documento, ou seja, onde o suporte fica intacto. Os brancos são de uma grande importância no arranjo gráfico, por razões de composição

Os brancos são funcionais, pois quanto maior for o campo envolvendo qualquer forma, separando-a das restantes, mais ela se destacará pelo isolamento.

Margens Espaços que envolvem a mancha. As margens têm na sua origem razões de ordem estética e de ordem prática: à mancha há que contrapor zonas vazias, os brancos, demarcando melhor o campo.

Sem as margens, teríamos que os segurar numa obra impressa, por cima do próprio texto, perturbando a leitura; também, parte do texto poderia ser eliminada durante os acabamentos, ao aparar o documento

Quadro 19- Elementos da página, para além dos texto e ilustração.

Números de Página

Chama-se número de página à indicação gráfica que individualiza cada uma das páginas de uma publicação. Podem ocupar várias posições nas margens. Mais usualmente, situam-se à cabeça ou ao pé da página. Geralmente surgem na forma de algarismos árabes, podendo no entanto, em várias circunstâncias, ser números romanos ou letras.

Quando a publicação tem imagem por forma a ocultar o espaço destinado ao número de página, este, ou é omitido, ou aberto na imagem.

Muitas vezes, o número de página aparece acompanhado de um elemento gráfico constante em toda a publicação que pode, excepcionalmente, ter peso na composição da página.

Fundos Fundos são superfícies uniformes ou não, obtidas a cheio, com uma trama ou através de um padrão.

O fundo tem de permitir a leitura dos restantes elementos gráficos, normalmente por contraste de cor e de densidade.

Barras Elementos gráficos, a preto ou a cores, destinados a separar ou a sublinhar outros elementos da paginação de forma a dar-lhes ênfase.

Podem, em certos casos, ter títulos ou pequenos textos em aberto.

Filetes Elementos gráficos destinados a fechar caixas, a sublinhar textos e a separar colunas ou outros elementos da página.

Caixas Superfície delimitada, contendo texto, gráfico ou imagem.

Elementos gráficos ornamentais

Elementos decorativos de origem tipográfica Emblemas; indicadores; linhas de enfeite; ornatos; signos; talões; vinhetas; cantos; colchetes.