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Panorama Internacional: as Semanas em outros países

CAPÍTULO 2: CENÁRIO INTERNACIONAL E NACIONAL DA SNCT

2.1 Panorama Internacional: as Semanas em outros países

importância da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) no desenvolvimento político, econômico e cultural mundial, sua crescente produção e impactos sociais, além do seu caráter inclusivo, tem mobilizado dirigentes de diferentes países para a melhoria da cultura científica da população em geral, seja no ambiente escolar ou fora dele.

Uma das estratégias que vem sendo adotadas por diferentes países é a criação de uma Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), com o objetivo de despertar o interesse pela CT&I e melhorar a compreensão pública da área. Neste capítulo é realizado um breve histórico e panorama das Semanas em diversos países, com seus múltiplos formatos e modelos.

Ao observar as propostas das Semanas pesquisadas é possível verificar que não são modelos padronizados e não apresentam todas as informações necessárias para uma correta compreensão do evento. Cada localidade realiza a Semana de forma diferente, adaptando as atividades ao contexto sociocultural, geográfico, à necessidade de cada público e respeitando as diferenças culturais. O período de duração, ao contrário do Brasil, que tem calendário próprio, em outubro de cada ano, também é variável, de acordo com os recursos obtidos pelos governos e pelas instituições privadas. Podem ser organizadas por ONGs, universidades, escolas, órgãos públicos e institutos diversos. Cada instituição pode fazer a

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sua própria Semana, determinando um período e realizando as atividades isoladamente, sem uma coordenação nacional como a do Departamento Popularização e Difusão de C&T do MCTI do Brasil. Possuem denominações diversas: em algumas localidades são chamadas de festivais de ciência, dias de ciência, cafés de ciência ou noites de pesquisa, etc., para citar alguns exemplos10.

De acordo com a European Science Events Association (Eusea)11, uma plataforma para troca de experiências de institutos de pesquisa que promovem eventos de divulgação da ciência na Europa com sede na Suécia, o número de países europeus que realiza eventos para promover a compreensão pública da ciência é grande. O site informa que a plataforma possui 95 membros12. Abaixo, a home do portal europeu:

Figura 4: Primeira página do Portal Eusea

Fonte: (EUSEA, 2013). Disponível em www.eusea.info, acessado em 16/5/2013, às 17h23

10 http://www.euscea.org/www.euscea.org/AboutEUSCEA/about_euscea.html, acessado em 16/5/2013, às 17:23 11 http://www.eusea.info/ acessado em 16/5/2013, às 17:03 12 http://www.eusea.info/Members, acessado em 16/5/2013, às 17:18

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Outros países e cidades europeias que também mantém uma Semana de Ciência e Tecnologia (ou chamadas de science festival – localizados pela pesquisa na internet), foram: Nova York (EUA); Austrália; Paris (França); Polônia; Berna (Suíça); Gotemburgo (Suécia); Canadá; Edimburgo (Escócia); Noruega; Luxemburgo; Dublin (Irlanda); Madri (Espanha); Espanha; Irlanda; Bélgica; Gênova, Itália e República Tcheca.

Semana Europeia de C&T (2000 a 2006)

A Semana Europeia foi um projeto ambicioso: concentrou em um mesmo período atividades científicas realizadas simultaneamente por toda a Europa. O evento aconteceu entre os anos 2000 e 2006 e há escassas informações disponíveis na internet. Algumas poucas restaram no site antigo do evento, que ainda permanece na rede, com dados das edições de 2000 a 2006. A última atualização do site foi em julho de 2006. A Comunidade Europeia financiou a Semana durante este período. Fontes não oficiais (a revista online independente de ciência popular Le Scienze Web News – LSWN) informaram que houve uma última edição em 2007 e que a partir de 2008 a Semana seria substituída por outros projetos que facilitassem a cooperação e o intercâmbio entre os museus, centros de ciência e organizadores nacionais13.

Durante o período de funcionamento, a Semana Europeia funcionava como a brasileira: tinha o objetivo de despertar o público para a Ciência e aproximá-la dos jovens. No tópico de eventos do Portal e atividades do site antigo constam eventos e semanas dos países apenas nos anos de 2003 a 200514. No histórico constam Semanas de 2000 a 2004. A revista RTD Info – Magazine for European research em edição de janeiro de 2001, relatou que a comissão já havia organizado um evento semelhante em 199315.

13 http://www.lswn.it/node/3518, acessado em 1/4/2013, às 18:11 14 http://cordis.europa.eu/scienceweek/nearyou02.htm, acessado em 1/4/2013, às 17:55 15 http://ec.europa.eu/research/rtdinfo/en/january01/science01.html, acessado em 1/4/2013, às 18:07

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Portugal

Em Portugal, as atividades regulares de divulgação científica passaram por diferentes etapas. Segundo Delicado (2006), é a partir dos anos 80 que a ―questão da cultura científica ganha nova acuidade‖ no país. Portugal passou por três fases distintas até solidificar uma política pública de divulgação científica com atividades como as da Semana de C&T. Na primeira delas, entre os anos de 1987 e 1992, o autor explica que houve o início de uma iniciativa governamental de vulto na área da ciência com exposições temporárias fora de Lisboa.

Algumas das Semanas de C&T de Portugal aconteceram entre os anos de 1987 e 1989, seguidas de interrupções, sendo depois relançadas em 1992. Eram integrantes do Projecto de Sensibilização da Juventude para a Ciência e Tecnologia, ação conjunta da Secretaria de Estado da Investigação Científica, Secretaria de Estado da Juventude, do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis da JNICT, da Associação para o Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia — ADCT e da Associação Juvenil de Ciência. Tinham por objetivo a sensibilização dos jovens para a C&T e o desenvolvimento de uma cultura científica para o público. Eram realizadas exposições de grandes dimensões, com um programa de atividades associado e contavam com a colaboração de cientistas, empresas, centros de investigação, universidades e laboratórios do estado.

A segunda fase inicia-se no ano de 1993 quando o Programa Viva a Ciência, de responsabilidade da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do país, apresentou as novas características do evento, nos moldes de uma Semana de C&T, com atividades destinadas à promoção da ciência em um período predeterminado, como explica Delicado:

(...) jornadas de divulgação científica com a duração de uma semana (que ocorreram até 1995), durante as quais as entidades da área da ciência e tecnologia eram convidadas a propor e levar a cabo ações de portas abertas, visitas guiadas, demonstrações, conferências, debates, exposições, concursos, aulas públicas, etc. (DELICADO, 2006:63)

A terceira fase acontece em 1995, quando é constituído pela primeira vez um Ministério da Ciência e Tecnologia em Portugal (dez anos depois do Brasil). O novo Ministério instituiu como um dos eixos da política científica e tecnológica a promoção da

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cultura científica. A intervenção governamental mais significativa no domínio da cultura científica foi a criação da Agência Ciência Viva (ACV) em 1996, e que em 1998 se tornou uma associação cultural sem fins lucrativos:

O leque de actividades da ACV foi sendo progressivamente alargado: geminação entre escolas e institutos de investigação, ocupação científica de jovens nas férias (estágios em centros de investigação para alunos e professores do ensino secundário), actividades de Verão (astronomia, geologia, biologia, faróis, engenharia), Semana da Ciência e Tecnologia (apoio e divulgação de eventos, organizados por múltiplas entidades, ao longo de uma semana em Novembro), apoio financeiro a iniciativas de divulgação. (DELICADO, 2006:63)

Portanto, é a partir de 1997, uma década depois de iniciadas as tentativas de popularização da ciência, que Portugal mantém uma política pública efetiva de divulgação científica por meio de uma Semana Nacional de C&T.

A Semana de C&T em Portugal a partir de 1997

Figura 5: Logomarca da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

Fonte: (CIENCIA VIVA, 2013). Disponível em http://www.cienciaviva.pt/home/,

acessado em 16/5/2013, às 18h37

A coordenação da Semana fica a cargo da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, também chamada Ciência Viva, criada em julho de 199616. Trata- se de uma unidade do Ministério de Ciência e Tecnologia, que possui diversos associados: Agência de Inovação; Fundação da Ciência para a Tecnologia; Centro de Neurociências de Coimbra; Centro de Estudos Sociais; Instituto de Telecomunicações; Instituto de Ciências Sociais; Instituto de Biologia Molecular e Celular; Instituto de Patologia e Imunologia da Universidade do Porto; Instituto de Tecnologia Química e Biológica; Laboratório de

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Instrumentação e Física Experimental em Partículas e Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto.

No site da Agência17, há um histórico com registro das últimas 16 edições da Semana, desde 1997 até 2012, realizadas sempre no mês de novembro. O evento acontece neste mês porque em 24 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Cultura Científica, instituído em 1997 para celebrar o nascimento de Rômulo de Carvalho, físico-químico, professor, poeta, divulgador científico e historiador da ciência.

Figura 6: Página com número de eventos da edição da Semana de 2012 de Portugal

Fonte: (CIÊNCIA VIVA, 2013). Disponível em www.cienciaviva.pt, acessado em 8/6/2013, às 12h03

Logotipos: identidade visual

Em Portugal, ao contrário do Brasil, a Semana possui logotipos desde 1998, dando uma identidade visual para o evento. Interessante destacar que de 2000 a 2004, o logo permaneceu o mesmo, com alterações neste meio tempo, e novamente se manteve de 2010 até 2013.

Abaixo, na tabela 1, a relação dos logotipos da SNCT de Portugal.

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Tabela 2: Evolução dos logos da Semana de C&T de Portugal (menos do ano de 1997, que não consta nos registros da agência)

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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2010 2011

2012 2013

Fonte: GARROTI, 2013. Tabela elaborada a partir de imagens retiradas do site da Agência Nacional Ciência Viva

Em alguns anos, porém, como no Brasil, a Semana portuguesa destaca determinados temas, fazendo com que alguns institutos foquem suas atividades em um assunto específico. Em 2009, os destaques foram para o Ano de Darwin, Ano Internacional da Astronomia e Projecto Oceanos, Biodiversidade e Saúde Humana. Em 2010, o Ano Internacional da Biodiversidade e em 2011, o Ano Internacional da Química, Conhecer o Oceano e a Conferência Carbono Verde. Em 2012 e 2013 não houve destaques.

As temáticas dos eventos se apresentam as mais diversificadas possíveis, passando de atividades sobre o clima, primeiros socorros e corpo humano a veículos elétricos, software e fusão nuclear, para citar alguns exemplos de 2012. Todas as atividades são gratuitas e realizadas em diferentes formatos: oficinas e workshops, visitas a laboratórios, exposições, visitas guiadas a museus, palestras, conferências, colóquios, passeios científicos, observações astronômicas, documentários e filmes, por exemplo. A Semana de Portugal aparenta apresentar o mesmo problema do Brasil quanto à dificuldade de quantificar com segurança o número de atividades executadas, pois as plataformas (sites) são bastante parecidas18.

18

http://www.cienciaviva.pt/semanact/edicao2012/index.asp?accao=showlisteventosdia&dia=19-11- 2012&id_distrito=17, acessado em 29/3/2013, às 17:23

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França – Fête de La Science

A Fête de La Science é um festival anual de ciências organizado pelo Ministério do Ensino Superior e Investigação da França, com o objetivo de promover a ciência para o público. Nos mesmos moldes da brasileira, acontece em uma semana do mês de outubro e todos os eventos são gratuitos: oficinas, exposições, conferências, debates, abertura de laboratório de pesquisa, festas,

comícios, jogos, shows e filmes. Fonte: Fête de La Science (2013)19

O evento foi implantado em 1991 pelo então ministro de pesquisa Hubert Curien, em comemoração aos dez anos da existência do Ministério. Devido ao sucesso, no ano seguinte o evento durou três dias, com a participação de 540 mil visitantes. Em 1995 passou a acontecer sempre em outubro e em 1998, o festival foi levado às escolas públicas.

O motivo de se realizar um festival de ciência como este, de acordo com informações do site oficial, ―é criar o encontro entre a ciência e os cidadãos, independente de sua idade e nível de conhecimento, a ciência acessível com uma abordagem concreta, festiva e amigável20‖, além de incentivar vocações científicas. Há poucas informações do evento no site oficial. O tema de 2013 foi ―Do infinitamente grande ao infinitamente pequeno‖.

19 Disponível em www.fetedelascience.fr, acessado em 8/6/2013, às 21h17 20

http://www.fetedelascience.fr/cid57568/foire-aux-questions-sur-la-fete-de-la-science.html, acessado em 3/4/2013, às 19:45

Figura 7: Logo da Fête de La Science

Fonte: site oficial da Fête de La Science

(www.fetedelascience.fr), acessado em 8/6/2013, ás 21h17

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Figura 8 e Figura 9: Cartazes dos eventos de 1992 e 2012 da Fête de La Science

Fonte: (Fête de La Science, 2013)

Reino Unido – National Science & Engineering Week

Figura 10: Logo da NSEW 2014

A Semana da Ciência e Engenharia Britânica (NSEW) acontece sempre no mês de março e é de responsabilidade da British Science Association e começou a ser organizada em 1994. Trata-se de um programa nacional de dez dias de eventos ligados à ciência, engenharia e tecnologia. É direcionado ao público em geral e qualquer pessoa pode

organizar uma atividade. A British Science Association ajuda os organizadores no planejamento e

suporte de recursos. O evento também promove atividades, competições, testes e experiências online.

Fonte: site da National Science & Engineering Week (NSEW, 2013). Disponível em

http://www.britishscienceassociation.org/nationa l-science-engineering-week, acessado em 30/12/2013, às 22:24

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Em 2013 teve como tema ―Invenção e descoberta‖, obteve 4061 eventos, que foram organizados por 2423 instituições. Estimou-se que 1,6 milhões de pessoas participaram da NSEW por meio dos eventos públicos, atividades privadas e projetos nacionais. Destas atividades, 79% aconteceram em escolas e de todas elas, 88% não receberam financiamentos de qualquer natureza. Aproximadamente 67% dos participantes da NSEW participaram do evento pela primeira vez e cerca de 50% do público participante respondeu que aprendeu muito no evento, 40% disse que aprenderam um pouco e apenas 6% alegou não terem aprendido muito. O bom resultado da NSEW 2013 se deveu ao retorno do público: 97% dos entrevistados disseram que tinham a intenção de participar novamente. Em 2014, quando completar 20 anos, não vai ter temática pré-definida.

Um dos principais eventos da Semana é a The Big Bang Fair, com espetáculos teatrais, atividades e a possibilidade de jovens falarem com as principais empresas do Reino Unido.

As Semanas nas Américas

EUA

Figura 11: Logo da National

Science & Technology Week semana norte-americana

Os Estados Unidos não parecem figurar como um país com tradição em divulgação científica como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento chegou a acontecer entre os anos de 1985 a 1999, quando era organizado pela National Science Foundation. Tinha formato parecido com a da brasileira: durante uma semana, alunos, professores, pais, cientistas e engenheiros ficavam engajados em atividades ligadas à educação não formal sobre Ciência. O site do evento continua disponível na rede, porém, não apresenta material21. Houve a tentativa de uma nova semana em 2005.

21

http://www.nsf.gov/od/lpa/nstw/, acessado em 8/7/2013, às 17:44

Fonte: (NSF, 2013) site oficial da National Science & Technology

Week -

http://www.nsf.gov/od/lpa /nstw/, acessado em 30/12/2013, às 13:01

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Desde então, não se sabe mais sobre as tentativas do governo americano em realizar eventos de grande porte. As informações na rede são bastante raras e de fontes não oficiais.

Figuras 12 e 13: logo e mapa da SFA

Desde 2009, a Science Festival Alliance (SFA)22 reúne informações de diversos festivais de ciência nos EUA, a modelo do que acontecia com a Semana

Europeia. Os festivais trabalhavam

sozinhos, sem se comunicar, em diversas atividades. Eram, portanto, e ainda são, descentralizadas. Em 2010, a SFA sugeriu a adesão destes festivais, para trabalharem com parcerias. Hoje há projetos financiados até 2015.

Canadá Figura 14: site da National Science & Technology Week – semana canadense

O Canadá possui um site para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, porém, com poucas informações. O que é possível constatar é que acontece também em outubro (a Semana de 2013 foi realizada junto da

brasileira, mas começou antes – de 18 a 27

de outubro de 2013). O site orienta os participantes a cadastrarem as atividades. A Semana

22

http://sciencefestivals.org/partner, acessado em 30/12/2013, às 20:03

Fonte: (SFA, 2014) site oficial da SFA

http://sciencefestivals.org/, acessado em 10/01/2014, às 18:29

Fonte: (SFA, 2014) site oficial da SFA http://sciencefestivals.org/, acessado em 10/01/2014, às 18:29

Fonte: (SCIENCE.GC.CA, 2013) National Science and Technology Week. Disponível em

http://www.science.gc.ca, acessado em 10/8/2013, às 15:35

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é organizada pelo Canadá Science and Technology Museums Corporation. Os números de 2012 não são animadores: 84.017 participantes, 249 eventos no país todo, contabilizando 752 atividades (quase o mesmo número que o estado de São Paulo na SNCT 2012) e 253 parceiros. Em 2013 os números de partipantes cairam enquanto os de atividades aumentaram: 77.200 participantes, 261 eventos e 953 atividades23. O Museu também possui um canal no Youtube24. O site da Semana informa que o evento é bastante recente, começou a ser organizado em 2008.

México

Figura 15 e 16: Logo e volante da 20ª SNCyT

A Semana de Ciência e Tecnologia (SNCyT) do México completou 20 anos em

2013. Organizada pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, o evento é parte das atividades de comunicação de C&T institucionalizadas no país. Tem moldes parecidos com a brasileira –

acontece anualmente; durante uma semana; em espaços comuns; com objetivo de despertar o interesse

nas disciplinas científicas entre crianças e jovens e apresenta conselhos estatais.

A Semana surgiu em 1994. Segundo informações do site do Conselho Nacional de C&T, o evento foi criado a partir da Aliança Americana para a Compreensão Pública da Ciência e Tecnologia e 23 http://www.science.gc.ca/default.asp?lang=en&n=70F5D90C-1, acessado em 4/3/2014, às 22h46 24 http://www.youtube.com/playlist?list=PL775F35B3E89F2472, acessado em 8/7/2013, às 18:04 Fonte: (CONACYT,2014). Disponível em

http://www.conacyt.gob.mx/comunicacion/Paginas/Sema naNacCyT.aspx/, acessado em 10/01/2014, às 19:01

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envolve a National Science Foundation dos EUA (NSF), o Ministério da Indústria do Canadá e do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CONACYT) do México. Em 1995, a Comissão Nacional para a Pesquisa Científica e Tecnológica (CONICYT) do Chile se juntou a este esforço cooperativo. (CONACYT, 201325)

A SNCyT possui um site direcionado para crianças26. No entanto, é bastante sintético e limitado em informações: não apresenta as atividades que fazem parte da agenda da Semana e a galeria de fotos tem poucas imagens. Não possui sessão com notícias, de forma que se perde a oportunidade do site servir de histórico do evento, além de poder ser a principal fonte de informação sobre a Semana, como acontece no Brasil. Em contrapartida, na sessão do site onde constam as matérias que saíram na mídia sobre a SNCyT, os textos demonstram mais aprofundamento na temática da divulgação científica do que as matérias brasileiras. No site da brasileira não há espaço para o clipping como há na mexicana. Um exemplo é a notícia divulgada no jornal El Universal, de 19 de setembro de 2012, quando o jornal publicou notícia de uma página informando sobre a abertura do evento, como pode ser observado no trecho abaixo relacionado:

Al anunciar La 19 Semana Nacional de Ciencia y Tecnologia, que se efectuará del 23 al 29 en el Zócalo capitalino, destacó que a pesar del apoyo que se dio em este sexenio a La ciência y tecnologia, no há sido suficiente. (CONACYT, 2012)

Nota-se que a matéria aproveita a oportunidade do evento para iniciar uma reflexão sobre o pouco apoio à C&T, o que é raro nas matérias de divulgação do Brasil, que quase sempre se limitam a promover divulgação das atividades da Semana e, assim mesmo, de forma insatisfatória, como será possível observar no final deste capítulo. O mesmo cuidado ao discutir a C&T aconteceu com outros jornais mexicanos, incluídos no clipping do Conacyt27. 25 http://www.conacyt.gob.mx/comunicacion/Paginas/SemanaNacCyT.aspx, acessado em 27/5/2013, às 21:29 26 http://www.conacyt.gob.mx/comunicacion/Paginas/SemanaNacCyT.aspx, acessado em 27/5/2013, às 22:10 27 http://www.conacyt.gob.mx/comunicacion/sncyt/documents/19/Reporte_Septiembre.pdf, acessado em 27/5/2013, às 22:12

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Argentina Figura 17: logo da Semana de Ciência

e Tecnologia argentina

A Semana argentina é organizada pelo Ministério de Ciencia, Tecnología e

Innovación Productiva. Também ocorre nos mesmos moldes das outras Semanas, anualmente,

durante uma semana, nos centros de ciência, museus, universidades, bibliotecas e

instituições vinculadas. Oferecem atividades de

popularização científica, ―gerando espaços alternativos de difusão da ciência e da tecnologia28‖. Segundo o próprio site da Semana:

A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Popularização da Ciência e Inovação. A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como objetivo criar espaços alternativos para a difusão de conhecimento para que crianças e adultos redescubram a ciência e sua relação com a vida diária. Por outro lado, visa promover a formação científica dos jovens para impulsionar novas vocações em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento do país, fomentar vínculo entre as comunidades educativas e científicas e tecnológicas, difundir os resultados da investigação por meio de conferências e discussões com especialistas e incentivar a participação dos cidadãos nas atividades científicas.

As atividades são abertas ao público em geral e gratuita. (MINCYT, 2013)

A Semana possui logotipo. Seu site é mais sucinto do que o do Brasil, com poucas informações. Acontece desde 2003, ou seja, nasceu quase junto da brasileira. No site da Semana argentina, para efeitos ilustrativos, um quadro comparativo com o número de