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Pedidos de utilização de um nome químico alternativo Introdução

Nos termos do Regulamento CRE, é essencial que as substâncias e misturas colocadas no mercado estejam bem identificadas (ver o ponto relativo aos

identificadores do produto na secção 14 do presente guia de orientação). Todavia, os

fabricantes, importadores ou utilizadores a jusante podem recear que a revelação,

no rótulo ou na ficha de dados de segurança, da identidade química de uma ou várias substâncias contidas na sua(s) mistura(s) comprometa a confidencialidade da sua actividade profissional, em especial os seus direitos de propriedade intelectual (artigo 24.º do Regulamento CRE). Nesses casos, o Regulamento CRE permite que

apresente à Agência um pedido de utilização de um nome químico alternativo que se refira à substância ou substâncias contidas na mistura quer por um nome que identifique os principais grupos químicos funcionais, quer por uma designação alternativa. Esses pedidos são referidos no presente documento como “pedidos de utilização de um nome químico alternativo”.

Nos termos do Regulamento CRE, o processo e os requisitos para apresentar um pedido de utilização de um nome químico alternativo diferem, dependendo do facto de ter apresentado o seu pedido antes ou depois de 1 de Junho de 2015.

Antes de 1 de Junho de 2015

Se já tiver classificado, rotulado e embalado a sua mistura de acordo com o Regulamento CRE antes de 1 de Junho de 2015, deve apresentar um pedido de utilização de um nome químico alternativo à Agência, em conformidade com as disposições estabelecidas no Regulamento CRE.

Se ainda não tiver classificado, rotulado e embalado a sua mistura de acordo com o Regulamento CRE, deve continuar a apresentar um pedido de utilização de um nome químico alternativo à autoridade competente de um Estado-Membro, em

conformidade com as disposições do anterior sistema de classificação e rotulagem previstas no artigo 15.º da Directiva 1999/45/CE, relativa às preparações perigosas (DPP). O seu pedido deve demonstrar que a revelação, no rótulo ou na ficha de dados de segurança, da identidade química dessa substância compromete a confidencialidade da sua actividade profissional, em especial os seus direitos de propriedade intelectual.

Quais as substâncias incluídas?

Apenas poderá apresentar um pedido de utilização de um nome químico alternativo para as substâncias contidas numa mistura que tenham sido classificadas em conformidade com a DSP, por exemplo, como irritantes (com excepção das substâncias químicas que provoquem lesões oculares graves) ou gravemente tóxicas ou perigosas, e para as quais ainda não tenha sido atribuído um limite comunitário de exposição no local de trabalho.

Como apresentar um pedido?

O seu pedido deve ser apresentado à autoridade competente do

Estado-Membro em questão, em conformidade com as disposições do Anexo VI da DPP e deve fornecer as informações exigidas no formulário da Parte A desse anexo. A autoridade competente poderá, contudo, solicitar-lhe mais informações se considerar que são necessárias para avaliar a validade do pedido.

A autoridade competente notificá-lo-á da sua decisão e caber-lhe-á a si enviar uma cópia dessa decisão a cada um dos Estados-Membros em que pretende comercializar a sua substância ou mistura.

O que acontece depois de 1 de Junho de 2015?

Se o seu pedido for aprovado antes de 1 de Junho de 2015 em conformidade com a DPP, poderá continuar a utilizar o nome químico alternativo aprovado em conformidade com o Regulamento CRE (artigo 24.º do Regulamento CRE).

Depois de 1 de Junho de 2015

Depois de 1 de Junho de 2015, deve apresentar directamente à Agência um pedido de utilização de um nome químico alternativo, como previsto no artigo 24.º do Regulamento CRE. O seu pedido deve demonstrar que a revelação, no rótulo, da identidade química da substância ou mistura compromete a confidencialidade da sua actividade profissional, em especial os seus direitos de propriedade intelectual.

Quais as substâncias incluídas?

categorias de perigo previstas no ponto 1.4.1 da Parte 1 do Anexo I do Regulamento CRE, nomeadamente:

• qualquer das categorias de perigo relativas aos perigos físicos (Parte 2 do Anexo I do Regulamento CRE);

• toxicidade aguda, categoria 4;

• corrosão/irritação cutânea, categoria 2;

• lesões oculares graves/ irritação ocular, categoria 2;

• toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição única, categoria 2 ou 3;

• toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição repetida, categoria 2; e

• perigoso para o ambiente aquático, toxicidade crónica, categoria 3 ou 4. Além disso, a utilização do nome químico alternativo deve satisfazer a necessidade de fornecer informações suficientes para que se tomem as precauções necessárias em matéria de saúde e de segurança com vista a garantir o controlo dos riscos decorrentes do manuseamento da mistura. Deve ser o requerente a demonstrar que esta situação se verifica.

Como apresentar um pedido?

O seu pedido deve ser apresentado à Agência no formato especificado por esta e fazendo uso das ferramentas por ela disponibilizadas (número 2 do artigo 24.º do Regulamento CRE que se refere ao artigo 111.º do

Regulamento REACH). O pedido deve ser acompanhado de uma taxa determinada pela Comissão. A Agência poderá solicitar-lhe mais informações se essas informações forem necessárias para a decisão a tomar.

Será notificado da decisão da Agência no prazo de seis semanas a contar da apresentação do seu pedido ou da recepção das informações suplementares solicitadas. Se a Agência não levantar qualquer objecção no prazo de seis semanas a contar da apresentação do pedido ou da recepção das

informações suplementares solicitadas, considera-se autorizada a utilização do nome pedido.