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Tendo em vista os objetivos do Programa CsF, estabelecidos pelo Art. 2º do Decreto nº 7642, de 13 de dezembro de 201130, esta seção apresenta a percepção que os gestores tiveram

acerca do Programa CsF de modo geral, considerando seu processo de formulação, planejamento, implementação e os resultados que esse Programa trouxe para a UFC.

Sobre a formulação do Programa, para os gestores, o CsF é reconhecidamente um programa relevante para a educação superior, pois ampliou as possibilidades na formação dos alunos, complementando as políticas de democratização do acesso ao ensino superior já existentes. Institucionalmente, especialmente na visão dos reitores e pró-reitores, contribuiu para que a UFC estruturasse melhor seu processo de internacionalização.

Com a implantação do CsF pela Presidente Dilma em 2011 ampliou-se a oportunidade de estudantes de graduação fazerem mobilidade internacional nas áreas contempladas pelo programa. Houve uma grande expectativa de estudantes e professores e foi expressiva a participação dos nossos estudantes já nos primeiros processos seletivos do CsF. Logo após o lançamento do Programa CsF, a UFC procurou fortalecer a sua participação na mobilidade internacional e imediatamente acionou os seus programas de cooperação com universidades na Europa e nos Estados Unidos, principalmente. (REITOR 1)

Um programa na minha concepção espetacular, que dava de uma maneira muito igualitária o acesso aos dos nossos estudantes às maiores universidades do mundo. Um programa que, para mim, um dos grandes méritos é que dava às pessoas, que se não fosse através de um programa desse, jamais teriam a condição de estudar, de conhecer um outro país. Eu vi estudantes de origem bastante humilde, filhos de agricultores, filhos de pessoas de famílias de baixa renda, indo para o Ciência sem Fronteiras. E isso é formidável, eu acho isso uma coisa espetacular. Eu acho que 30Discutido na análise de conteúdo, seção 4.

realmente é a democratização da Universidade na sua expressão maior que a gente tinha no momento era aquela. Complementava tudo isso que a gente tem hoje, né? Não só a democratização do acesso, mas também a democratização de uma das maiores oportunidades que você pode esperar enquanto estudante, que é ter uma bolsa para ir para o exterior. Você imagina 100 mil jovens de todo o país, tendo experiências no exterior? o que que isso repercute a médio prazo, a longo prazo, ou seja, eles chegam aqui sem medo de voltar para o exterior, sabendo que tem que aprender uma língua estrangeira para se comunicar, para ler e tal, com muito mais incentivo, com muito mais vontade de estudar. Abriu bem mais a visão das nossas universidades, eu falo da UFC, em relação à internacionalização. Então, antes, mais uma vez, não era possível ir. E, a partir do Ciência sem Fronteiras, alunos que se destacaram aqui realmente foram e alunos que jamais sonharam nem entrar em uma universidade pública, acabaram tendo essa oportunidade com o financiamento do governo. (REITOR 2).

Eu vi assim, na minha percepção, que muitas pessoas, que tinham mais humildes, inclusive, pessoas que nunca saíram do país e que tiveram a oportunidade de conhecer outros países, que tiveram a experiência de cursas em outras universidades, fazer disciplinas que não eram ofertadas aqui, ou seja, tiveram a chance de ter uma amplitude muito maior do conhecimento, né, de como adquirir conhecimento, experimentar outras formas de fazer a Comunicação, a Publicidade. Então, ela teve na formação um plus a mais do que os alunos que ficaram aqui porque se não fosse o Ciência sem Fronteiras, eles não sairiam do país, não tinham como. (COORDENADORA DO CURSO DE PUBLICIDADE 2).

Então, eu acho que o Ciência sem Fronteiras também para os estudantes de graduação foi uma porta aberta para que esses estudantes pudessem sonhar com a possibilidade de fazer um mestrado e um doutorado fora. Então acho que foi um programa muito interessante. (COORDENADORA DO CURSO DE DESIGN DE MODA 2)

Muitos mencionaram o fato de o Programa ter sido criticado não somente na mídia, mas no âmbito da universidade como um programa de turismo dos estudantes, em que os estudantes iam para viajar e não para estudar.

Dizendo isso para você eu também já estou dizendo que o Ciência sem Fronteiras foi criticado por muitos porque os estudantes, por exemplo, aproveitavam estar no exterior para conhecer outros países, principalmente quem estava na Europa. Aí as pessoas já criticam “aí vai para o Ciência sem Fronteiras para passear”. Não, eu acho que se você mantém a disciplina de dar conta do programa para onde você foi é muito bom que você faça também o conhecimento da área é oportunidade. Você conhece a diferença porque esse é o grande valor de morar no exterior, de morar em outro lugar. Não é o conteúdo, o conteúdo já era. (PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO 1)

Eu vi fotos na Alemanha, na França, na Itália... então elas conheceram... quando que elas iriam? Aí você diz “Ah, foram fazer turismo!” Não, gente, foram aprender, foram desenvolver outros olhares porque o mundo é muito grande. Se você não sai desse mundinho aqui, você não cresce. Então, essa menina foi para o mestrado hoje, eu acho que ela já está no doutorado. Então assim, ela criou uma... essa viagem possibilitou ela não ficar restrita à possibilidade de só trabalhar em uma agência, mas ir pra Academia. Ela é bem nova, eu acho, que hoje ela tem menos de 30 anos, a Bárbara, e a Vanessa também. E aí você vê que eles abriram o olhar para o mundo e isso aí ninguém consegue mais fechar. E eu lamento muito porque foi uma chance muito boa. Eu discordo totalmente das pessoas que têm ideia de que foi a “farra do turismo”. Não, não foi. Óbvio que deve ter tido desvio, em todo lugar tem, tudo tem, mas eu acho que foi muito importante para esses meninos, muito importante. (CCORDENADORA DO CURSO DE PUBLICIDADE 2)

Eventualmente as pessoas falavam "porque fulano tá não sei onde porque postava foto dos passeios". A pessoa postar foto no passeio não quer dizer que ela não está estudando também, que a pessoa não vive dentro da universidade por um ano. Bom, mas aí é a minha opinião, é uma opinião muito particular... que isso faz parte do intercâmbio porque você viaja para vivenciar essa outra cultura não é só para ficar enfiado dentro dessa universidade é importantíssimo que essa pessoa interaja com a cidade para onde ela foi existe uma cidade vizinha. É a sua possibilidade de enxergar o mundo. (COORDENADORA DO CURSO DE CINEMA E AUDIOVISUAL)

Esse tipo de percepção revela outra característica muito marcante da educação brasileira e que difere dos centros de ensino europeus: a dependência que o aluno tem do professor no processo de aprendizado. No Brasil, há uma tendência a se pensar que a qualidade do ensino é medida pela quantidade de aulas a que o aluno assiste, é a cultura do aulismo, como cita o Pró-Reitor 1:

Qual foi a grande dificuldade? a grande dificuldade foi porque havia alguns lugares, especialmente na Inglaterra, uma exigência de autonomia do Estudante ele precisava fazer muito mais coisas sozinho no programa que ele mesmo construiu. Lá, não tinha o aulismo como aqui. Você não vai para a universidade para ter aulas. Aqui se o professor faltou o aluno fica sem fazer nada, ou seja, você vai para aula. Lá não, lá você vai para universidade e na universidade você tem um leque de coisas para fazer, você tem lugar para assistir vídeo, você tem biblioteca, você tem aula, você tem palestra. Então, alguns chegaram relatando isso “olha interessante por que eu achava que era aquela disciplina Histórica de Mundo e não era o contrário” e talvez essa tenha sido a dificuldade de quem foi, se sentiu solto e aí ficava viajando porque não entendia que você precisa ser protagonista do seu próprio conhecimento da sua própria produção de conhecimento. (PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO 1).

Os coordenadores de curso, em sua maioria, também afirmaram que os alunos relataram essa diferença entre o processo de ensino-aprendizagem do Brasil e dos centros europeus.

Era um negócio bem puxado em termos de elaboração de trabalho. Não de conteúdo, mas de prática e autonomia que eles davam para o aluno. Eles tinham que se virar e eu acho que esse é o caminho. Universidades que o aluno escolhe 100% do que quer fazer, existe mais flexibilidade. Claro que isso é uma coisa complexa, mas é bem interessante. (COORDENADOR DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUCAO MECANICA 2).

Muitas das disciplinas práticas lá fora, são ministradas por mais um professor, dentro do mesmo espaço... existe uma integração entre docente de áreas diferentes, de projetos tecnologia, desenho... são coisas que a gente começou a tentar incorporar... “Ah, então seria interessante fazer...” Não esperar que a integração aconteça só no nível do currículo porque o que tá escrito no currículo tá lá escrito, mas se as pessoas não quiserem, não vão fazer. Então trazer essas experiências... os alunos traziam essas experiências e obviamente que isso disseminava com os outros estudantes. Então, eu acho que isso era um aspecto interessante. (COORDENADOR DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO)

Isso decorre porque em 1999, os países europeus assinaram o Tratado de Bolonha, um processo de reforma intergovernamental que visava unificar o sistema de ensino superior em todo o bloco europeu até o ano de 2010, concretizando o chamado Espaço Europeu de

Ensino Superior, criado para ser um espaço aberto que permite aos estudantes beneficiar-se de uma mobilidade e de um acesso equitativo, sem obstáculos, a um ensino superior de alta qualidade. Dessa forma, os currículos europeus tornaram-se mais flexíveis, visando facilitar a mobilidade e o aproveitamento de créditos entre as universidades, tendo em vista as novas e diversificadas realidades do mercado de trabalho na Europa.

Conforme Sobrinho (2009, p. 132), essa iniciativa foi motivada pela globalização e pelo déficit tecnológico que os países europeus apresentavam frente aos Estados Unidos e tinha como premissa que “a constituição de uma Europa unida e forte dependia de uma educação superior voltada para a inovação, a competitividade e a produtividade”, a mesma intenção em torno da formulação do Programa CsF.

No tocante ao planejamento do Programa CsF, há uma concordância de que o Programa foi elaborado de forma muito rápida e sem a participação das universidades, o que comprometeu o processo de implementação na Universidade, como aponta o relato do reitor 1:

O programa foi concebido sem um amplo debate e o modelo adotado praticamente excluía as universidades do processo de seleção e acompanhamento dos estudantes. Criou-se um problema sério, uma vez que os estudantes da UFC eram aprovados para participar do programa e a universidade não exercia qualquer influência na escolha da universidade e no acompanhamento do desempenho do estudante no exterior. (REITOR 1).

O coordenador de assuntos internacionais, além de criticar a forma abrupta com que o Programa foi criado e a falta de participação das universidades, apresenta um formato mais democrático e produtivo que poderia ter sido o CsF.

Eu acho muito falho o modo como foi concebido. Eu acho que foi muito de repente, foi criado de maneira muito, pelo menos é como a gente entende, de maneira muito abrupta. Eu acho que se tivesse sido feito um planejamento mais aprofundado, o ministério teria pensado, por exemplo, em uma participação mais ativa de cada universidade. Quando eu digo participação mais ativa. a gente pode até se perguntar “mas você não acha que já era uma participação muito ativa toda essa seleção de que vocês tomavam conta?” Sim, era, mas a gente ali só estava cumprindo uma coisa extremamente administrativa, que, para nós, como eu entendo que deveria ser o programa, não faria tanto sentido quanto teria feito se, por exemplo, tivessem pensado no seguinte: as universidades vão estabelecer convênios com universidades estrangeiras para a partir daí manterem um contato, uma espécie de amizade científico-acadêmica. E a partir daí é que se mandariam os alunos e não da forma como foi feito, ou seja, um aluno era mandado, por exemplo, para Austrália e o único contato que a gente tinha era com o próprio aluno. Não havia uma vontade ou nenhuma necessidade, pelo menos raríssimas vezes deve ter aparecido, de aquela universidade australiana querer estabelecer um convênio conosco.

Ainda sobre essa questão, o pró-reitor de graduação 2, que também foi coordenador institucional do Programa junto ao MEC, reforça em sua fala o pouco envolvimento das universidades nesse processo:

Não, não tinha... a relação que a gente teve foi apenas a indicação. E a partir daí, não teve reuniões que pudessem ajudar no planejamento, entendeu? Então, nos dois anos que eu coordenei, nesses dois anos, a nossa relação com o governo federal era muito mais de orientação, para tirar dúvidas em relação aos editais, uma coisa muito mais cartorial mesmo, burocrática. “Pode fazer isso, não pode?” “o aluno tá com problema como é que a gente faz?” então, também para o lado deles era complicado porque de repente surge um programa gigante com uma estrutura que não era adequada. Então realmente teve esse problema. (PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO 2)

Os coordenadores de curso que presenciaram o início do Programa, também tiveram a mesma impressão com relação à forma que o Programa foi criado e implementado nas universidades.

Então, o que eu acho é que esse programa apareceu em 2011. Pra mim, ele caiu de paraquedas, eu nunca imaginei. E os alunos... Eu nem sabia e os alunos já sabiam do Ciências sem Fronteiras. E todo mundo querendo ir. Então, assim, eu acho que não houve um estudo prévio. Porque para gente começar, parece que a coisa "agora nós vamos fazer..." E pronto. Porque é como eu lhe digo, no meu caso da biotecnologia, foi de supetão. (COORDENADORA DO CURSO DE BIOTECNOLOGIA). Como o programa estava muito recente quando a gente pegou, e aos pouquinhos ele foi mudando, eu acho que o próprio governo federal, o MEC, a própria UFC também estavam aprendendo a fazer isso. Era preciso de uns 20 anos, sei lá 10 anos, para que ele se consolidasse e a gente pudesse ter regras claras de aceitação, de recusa, de acompanhamento, de exigências... porque a muitos deles não era exigido. (COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO)

Isso ocorre porque o CsF foi elaborado, seguindo o modelo top down31, de cima

para baixo. E, por não envolver as universidades no processo de planejamento da política findou por limitar as ações dos gestores das universidades no processo de implementação, uma vez que estes ficaram com pouca flexibilidade na implementação do CsF, tendo que seguir o estabelecido e normatizado pelo MEC e MCTI. (MONTEIRO, 2016), como esclarece a fala do coordenador de assuntos internacionais a seguir:

E aí o que é que acontece? Terminou o programa, os alunos que souberam aproveitar tiveram com certeza algum ganho, mas a universidade como um todo poderia ter ganhado muito mais se o governo na época tivesse pensado nesse programa mais íntimo entre universidades. E essa intimidade entre as universidades iria acontecer de uma forma muito mais, pelo menos como eu penso, de acordo com as necessidades de cada universidade. Ou seja, a UFC não precisava ter os mesmos parceiros de convênio do Ciência sem Fronteiras do que, por exemplo, a UnB porque os nossos interesses seriam outros. Aí digamos, “ah, nós temos região do semiárido e precisamos de pesquisa nessa área e tem a universidade de Almería na Espanha que trabalha com questões climáticas semelhantes” aí seria, por exemplo, interessante para nós, mas naquela época não se pensava nisso. A ideia era “vamos mandar alunos pra fora”. E esse “vamos mandar” vindo de cima. Era uma ordem, digamos, ministerial, governamental. E aquela história ninguém não era obrigado a enviar, mas que universidade iria deixar de enviar? (COORDENADOR DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS).

31 Silva (2008, p. 94) diz que o modelo top down considera o estabelecimento de agenda a partir de ações provenientes de cima para baixo, defendida pelos institucionalistas ou elitistas, que consideram que as políticas são amplamente definidas por elites políticas e pelo próprio Estado, destacando-se o Congresso, o presidente, líderes políticos e empresariais, o que indica que a motivação inicial para a formulação de uma política provém de esforços corporativos ou pessoais.

Daí a problemática do modelo top down, pois além de limitar as ações dos implementadores, desconsidera as particularidades e as necessidades de cada instituição, como já discutido com base nas ideias de Salomon (2000) e Dias (2012).

No tocante à implementação do CsF na UFC, o coordenador de assuntos internacionais descreveu detalhadamente como ocorria esse processo. Os procedimentos aconteciam em três instâncias: coordenações de curso, CAI e PROGRAD. Primeiramente, nas coordenações de curso, ocorriam as primeiras homologações ou indeferimentos das candidaturas. Segundo ele, os alunos preenchiam um formulário juntamente com os coordenadores de curso.

Quem primeiro fazia essa seleção era o coordenador do curso. Por quê? Porque quem melhor conhece o aluno é o próprio curso. Se fôssemos decidir nós primeiro, ia ser uma tarefa impossível e, segundo seria até possível que existisse injustiça ou falta de conhecimento da gente, pois querer decidir determinadas questões que não eram inerentes a nós. Por isso, essa decisão de ser primeiro pelo coordenador do curso era muito importante e muito útil. Então, os coordenadores passavam esses formulários que tinham sido aceitos e nós fazíamos a checagem na Coordenadoria de Assuntos Internacionais. (COORDENADOR DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS).

Depois, na CAI, ocorria a segunda homologação ou indeferimento32, a partir da

análise das documentações dos alunos e homologação por parte do coordenador institucional do Programa.

E quando era época de homologação de inscrições, nós ali, durante alguns dias, nós mobilizávamos todo o corpo da coordenadoria, todos os funcionários praticamente, porque não dávamos conta. E aí eu devo lembrar uma coisa: na coordenadoria de assuntos internacionais, nós tínhamos a figura do Coordenador e tínhamos três professores, que eram subcoordenadores e até eles entravam, deixavam suas tarefas. Uma coordenava o PEC-G, outro coordenava a mobilidade internacional, o outro coordenava a parte de convênios. Naquele período, todo mundo ajudava porque era muita coisa. A homologação consistia em nós checarmos todos esses materiais que a coordenação mandou e quando o MEC, abria, no caso vamos entender assim, o CNPq e a CAPES abriam as estruturas informatizadas, a gente tinha acesso a todos as inscrições que tinham sido feitas. Porque na hora que o aluno comparecia ao coordenador, ele também já tinha feito a sua inscrição online, que ia ser recebida pela CAPES para alguns países e pelo CNPQ para outros países. Como que essa escolha foi feita de que países vai para O CNPq e para CAPES, eu não sei responder. É uma questão que foi resolvida pelo próprio MEC. Então, quando eles abriam as plataformas, a gente tinha acesso aos nomes de todos os alunos e ali nos víamos tudo que tinha sido colocado, marcado naquele formulário que o coordenador tinha analisado junto com o aluno. Tudo aquilo ali, o aluno tinha feito o upload também lá na plataforma da CAPES ou do CNPQ. E aí a gente tinha como checar se o aluno realmente tinha aquela medalha, se ele tinha aquele certificado da olimpíada X, se tinha sido monitor, se tinha participado de PIBIC, né? A gente tinha que olhar tudinho... Na hora da homologação, a gente abria lá digamos “João da Silva Pinto”, 32 De 2012 a 2013, as segundas homologações eram realizadas na PROGRAD. A partir de 2013, passaram a ser realizadas pela CAI.

não importa, “Maria das Dores Soares”, a gente olhava o que aquele aluno tinha colocado lá na plataforma para ver se estava tudo ok para em seguida fazer homologação. No caso, quem tinha que homologar era eu porque ali já era tarefa do coordenador do Ciência sem Fronteiras da Universidade. Claro que eu contava com todos os meus colegas durante aquele período e ajudava muito. Era um trabalho muito sério porque a gente sabe um erro mínimo poderia criar uma injustiça e aí o aluno, a aluna não poder participar da fase final que depois de homologação aí a CAPES ou o CNPQ, a análise seria agora ali para em seguida ver se haveria alguma Universidade que queria recebê-los. (COORDENADOR DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS).

Após esse processo, as homologações eram submetidas à CAPES e ao CNPQ, que determinava a continuidade do aluno ou não no processo. Mesmo que a UFC tivesse homologado um aluno, as agências de fomento poderiam indeferir a candidatura do aluno. Posteriormente, os dados dos alunos iam para a PROGRAD para registro no histórico do aluno.

Quando tudo era homologado, a gente entrava em contato com a PROGRAD para PROGRAD ter certeza de que aquele aluno estava saindo por um semestre, por um ano... isso porque foi até uma coisa que na época, depois de muitas conversas entre mim e o Cláudio ... entre nós houve uma discussão muito grande, de a gente deixar