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CAPÍTULO IV ANÁLISE DOS DADOS

4.2 O PBPF NA VISÃO DOS GESTORES, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

4.2.2 Perfil dos colaboradores

Em relação à aplicação dos questionários nos docentes e funcionários percebeu-se que a devolução dos instrumentos concentrou-se em maior parte no quadro de funcionários. O questionário conta com questões relacionadas ao perfil dos respondentes, sua avaliação do programa e sugestões para seu aprimoramento.

Conforme indicado no capítulo da Metodologia foi aplicado questionário aos colaboradores, funcionários e docentes, que concluíram programação no PBPF independente do período de conclusão. Dessa forma obteve-se o retorno de 126 questionários, sendo 16 de docentes e 102 de funcionários administrativos. O questionários era composto por 12 questões sendo 9 fechadas e 3 abertas.

As respostas dos questionários permitiram consolidar os seguintes resultados em relação a Idade e o Gênero dos respondentes pesquisados:

Tabela 5 – Função x Idade x Gênero do Colaborador na IES Funcionários

Administrativos Docentes Não Informaram a função Idade

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

18 a 30 anos 21 17 - 3 31 a 45 anos 15 24 6 3 2 2 Acima de 46 anos 9 9 1 3 1 1 SR 3 4 - - 1 1 TOTAL PARCIAL 48 54 7 9 4 4 TOTAL 102 16 8 TOTAL GERAL 126

Fonte: A Autora.

A tabela 5 apresenta as categorias sobre a função, idade e o gênero dos participantes da pesquisa, aponta também o número de respondentes que não informaram a função. Em relação aos funcionários administrativos, na primeira entre 18 e 30 anos, obteve-se 21 respondentes do sexo masculino e 17 do sexo feminino; na segunda categoria entre 31 e 45 anos, 15 do sexo masculino e 24 do sexo feminino, na categoria acima de 46 anos 9 homens e 9 mulheres. Destes 03 homens e 04 mulheres não indicaram a idade.

De acordo com as respostas dos docentes, na categoria entre 18-30 anos, obteve-se 3 docentes do sexo feminino, e nenhum nesse idade do sexo masculino. Na segunda categoria, 6 docentes foram homens e 3 mulheres. Na categoria acima de 46 anos, 1 dos respondentes é do sexo masculino e 3 do sexo feminino.

A equiparação de gêneros não é a indicação dos autores na área da gestão de pessoas, mas, para Delgado (2004 citado por SILVEIRA, 2008), oferecer benefícios condizentes com a realidade de grupos específicos torna a equipe grata, e o retorno aparece visivelmente enquanto a instituição progride. Ter uma reputação diferenciada no quesito “treinamentos e benefícios” oportuniza prontidão nas atividades executadas sem supervisão constante.

Para a realização das categorias de idade e gênero entre os funcionários administrativos e docentes, utilizou-se o item que questionava a função do colaborador e conforme Tabela 4, oito dos respondentes não indicaram a função. De acordo com a análise dos resultados, percebeu-se que as maiorias dos respondentes que eram únicos em sua função, optaram por não indicá-la. O que leva a analisar que possivelmente sentiram que poderiam ser identificados pela questão. Para identificar a faixa etária dos respondentes realizou a tabela a seguir:

Tabela 4 - Percentual total Idade (Func. Adm + Docentes + Não informaram função)

Idade N. % De 18 a 30 anos 41 32,28 De 31 a 45 anos 50 39,37 Acima de 46 anos 24 18,89 Não respondeu 11 9,44 TOTAL 126 100 Fonte: A Autora.

De acordo com o percentual apresentado, 32,28% dos respondentes estão entre 18 e 30 anos, 39,45% na faixa etária entre 31 e 45 anos, 18,89% acima de 46 anos e 9,44% não indicou a faixa etária.

Segundo Chamon (2007), um programa que disponibiliza educação para seus colaboradores e os mantém em constante aprendizado possibilita à área de gestão de pessoas apropriar-se desse público e transformá-lo, a partir de suas especifidades, em colaboradores diferenciados pelo conhecimento.

O resultado indicou que apesar de muitos jovens buscarem a IES para obterem a graduação, a maior parte concentra-se em colaboradores mais maduros. Verifica-se também que o percentual de colaboradores acima de 46 anos pode indicar que permanecem na IES para garantir o Benefício do PBPF para dependentes.

Questionados sobre o nível de escolaridade atual os colaboradores dividiram-se entre os que cursavam o 2º grau, a graduação, a pós – graduação e alguns não responderam de acordo com a tabela a seguir:

Tabela 7 - Nível de Escolaridade Nível de

Escolaridade Funcionários Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

2º Grau 31 - 2 33 Graduação 58 6 3 67 Pós-graduação 10 10 3 23 SR 3 - - 3 TOTAL 102 16 8 126 Fonte: A Autora.

A IES pesquisada tem na função administrativa, 102 colaboradores respondentes, 31com 2° grau completo, 58 graduados, 10 com pós-graduação e 3 não indicaram a escolaridade. Na função docente, não existe nenhum com 2º grau, 6 graduados e 10 com pós- graduação. Nessa questão sobre a escolaridade atual 8 colaboradores não informaram a função. Ao indicar a escolaridade o colaborador favorecerá a interpretação da efetividade do PBPF no processo de aquisição de formação por meio do programa.

Ao serem indagados sobre a escolaridade ao ingressar na IES, os respondentes indicaram seu nível de contratação conforme tabela a seguir:

Tabela 8 - Escolaridade ao ingressar na IES Esc. ao ingressar

na IES Funcionários Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

2º Grau 72 3 3 78 Graduação 20 7 3 30 Pós-graduação 3 6 1 10 SR 7 - 1 8 TOTAL 102 16 8 126 Fonte: A Autora.

Dos funcionários administrativos, 72 dos respondentes foram contratados com 2º grau completo ou cursando, 20 já estavam graduados e 7 eram pós-graduados . Destes 7 não indicaram a escolaridade no momento da contratação. Dos docentes 3 respondentes quando foram contratados pela IES faziam parte no quadro de funcionários administrativos tinham o 2º grau, 7 eram graduados e 6 já eram pós-graduados.

Segundo West Grubbs Lorraine (2007):

A filosofia de fazer com que os funcionários se sintam especiais a partir do momento em que são solicitadas suas opiniões pode frequentemente fortalecer as relações deste com a instituição. Em um contexto de um programa de benefício em que os usuários têm sugestões e relatos a fazer há um potencial de recomendações que podem favorecer a própria disponibilizadora do benefício.

Os respondentes funcionários administrativos e docentes quando indagados sobre a escolaridade obtida na IES, indicaram uma ascensão na titulação conforme tabela 8.

Tabela 9 - Indicação de escolaridade obtida na IES Esc. obtida na

IES Funcionários Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

2º Grau 7 - - 7 Graduação 69 5 1 75 Pós-graduação 8 9 6 23 SR 18 2 1 21 TOTAL 102 16 8 126 Fonte: A Autora.

Em relação aos funcionários administrativos 7 concluíram o 2º grau, 69 obtiveram a graduação na IES,8 a pós-graduação, e 18 não responderam a questão. Pelas respostas dos docentes percebe-se que 5 obtiveram a graduação na IES, 9 a pós-graduação e apenas 2 não responderam esse item.

Nessa tabela é possivel verificar a ação administrativa do PBPB consolidadando seu aspecto principal que é o desevolvimento das pessoas pela educação. Os princípios básicos da formação humana que consideram a educação como fonte principal estão contextualizados em uma ação na área da gestão, que busca o significado do trabalho, o sentido e a direção em que os indivíduos querem andar (BERNEISTN, 1973 apud CAVALCANTI, 2009).

Para Teixeira (2008), os valores humanos nos processos de gestão são importantes e devem ser considerados, porém avaliar a disponibilização de qualquer benefício torna-o mais efetivo e com sensação de valoração maior por parte dos usuários. Para a autora fica clara a sedução de um plano de benefícios; porém deve-se ter a certeza de que o trabalho será executado de forma segura e com competência.

Certificar-se de que a gestão de pessoas está contratando colaboradores que naturalmente proverão benefícios à organização à qual se vinculam, com qualquer tipo de interesse que seja, é um jogo, segundo a autora, utilitarista, mas que pode ser imbuído de paixão e responsabilidade, sendo possível teorizar o equilíbrio entre os interesses profissionais e pessoais.

As escolhas por parte da área de gestão de pessoas devem ser movidas pela percepção e por questionamentos pontuais, mas a autenticidade na realização do trabalho deve ser acompanhada para que o trabalhador não vincule-se meramente por um sonho pessoal em uma organização. Esse acompanhamento pode ser realizado em eventos específicos de avaliação de tarefas com foco em resultados e também a partir de um plano de carreira que foque no desenvolvimento do trabalhador independentemente do que os planos e programas de benefícios possam oferecer.

Como forma de identificação sobre o porquê as pessoas buscavam a IES pesquisada, elaborou-se uma questão sobre quando os atuais funcionários receberam informação do PBPF. Os resultados estão descritos a seguir:

Tabela 10 - Recebimento de informações sobre a possibilidade de inserção no PBPF Quando obteve informações

sobre o PB Administrativos Funcionários Docentes Não Informaram a função TOTAL Antes de trabalhar na

instituição 35 3 1 39

Ao ser contratado 24 5 - 29

Depois de ser contratado 40 8 6 54

SR 3 - 1 4

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora

Dos funcionários administrativos 35 souberam do PBPF antes de trabalhar na IES, 24 souberam ao ser contratado, e 40 depois de ser contatado. Três dos funcionários administrativos não responderam essa questão. Em relação aos docentes, três souberam antes de trabalhar na IES, cinco souberam ao ser contratado e 8 depois de ser contratado.

Nesse sentido deve-se intensificar a apresentação da missão, a visão e os valores institucionais para esse grupo por meio de comunicação virtual, impressa e em encontros destinados aos programas de benefícios institucionais (MARINHO; NUNES, 2008).

O PBPF disponibiliza bolsa de estudos para seus colaboradores e dependentes nas faculdades e no ensino fundamental e médio, conforme apresentado na metodologia. Essa questão obteve as seguintes respostas apresentadas na tabela a seguir:

Tabela 5 - Dependentes que utilizam o PBPF Possui dependentes utilizando

o programa de bolsas Administrativos Funcionários Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 36 7 2 45

NÃO 65 9 4 78

SR 1 - 2 3

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

Dos funcionários administrativos, 36 dos respondentes responderam que possuem dependentes, 65 responderam que não possuem dependentes na IES e 1 não respondeu a questão. A resposta dos docentes indicou que 7 possuem dependentes, 9 não possuem.

Como forma de identificar o uso do PBPF pelos dependentes, o questionário levantou os itens apresentados na tabela abaixo:

Tabela 12 - Identificação do local de utilização do PBPF – Onde possui dependentes Funcionários

Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL Colégio 15 5 1 21 Graduação 24 3 - 27 Pós-Graduação - - - SR 1 1 2 TOTAL 39 8 2 50 Fonte: A Autora.

Dos respondentes administrativos, 15 indicaram que possuem dependentes no colégio, e 24 dependentes na graduação. Destes respondentes 4 marcaram os dois itens, justificando dependentes nas faculdades e no ensino fundamental e médio. 5 dos docentes indicaram que possuem dependentes na graduação e 3 que possuem dependentes no colégio, houveram 2 respondentes que indicaram utilização do PBPF nos dois itens.

Dutra (1996) diz que é importante a disponibilização de um benefício que oferece suporte relacionado às áreas de economia pessoal ou outros programas da área de gestão de pessoas, nesse sentido o PBPF repassado para o estudo dos dependentes dos colaboradores, fortalece o vinculo destes com a IES.

Para verificar os motivos que levaram aos colaboradores a concluir a graduação questionou-se se os mesmos haveriam conseguido formar-se caso não trabalhassem na IES e as respostas indicaram que:

Tabela 6 - Indicação de possibilidade de elevação do nível de escolaridade por trabalhar na IES pesquisada Teria conseguido caso não

trabalhasse na instituição Administrativos Funcionários Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 37 12 3 52

NÃO 49 2 2 53

SR 16 2 3 21

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

Em relação aos funcionários administrativos, 37 indicaram que teriam conseguido elevar o nível de escolaridade mesmo sem trabalhar na IES, 49 disseram que sem trabalhar na IES não teriam conseguido obter a elevação de nível educacional. E 16 não responderam essa questão. Em relação aos docentes 12 disseram que obteriam a elevação do nível mesmo sem esse trabalho, 2 disseram que não teriam conseguido elevar o nível de escolaridade sem o apoio do PBPF.

Para Bohlander, Snell e Sherman (2003 citado por BRAGA; PASQUETTI, 2006), atender as necessidades dos colaboradores permite estimular a diversidade de atitudes positivas que favorecem o desenvolvimento humano a partir de ações corporativas. Desse modo verifica-se que se a maior parte dos respondentes só atingiram sua formação educacional por trabalhar na IES, é cabível a eles parte do sucesso da instituição.

Uma das questões do instrumento, visava identificar se os colaboradores obtiveram desenvolvimento pessoal, além da formação e elevação de nível de escolaridade. O resultado é apresentado pela tabela a seguir:

Tabela 14 - Obtenção de desenvolvimento pessoal a partir do PBPF Obteve desenvolvimento

pessoal Administrativos Funcionários Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 69 13 3 85

NÃO 9 1 1 11

SR 24 2 4 30

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

Dos funcionários administrativos, 69 indicaram que obtiveram um desenvolvimento pessoal além do aumento do nível de escolaridade, 9 disseram que não se desenvolveram pessoalmente, apenas aumentaram o nível de escolaridade. 24 não responderam esse item.

Para os docentes, 13 indicaram que seu desenvolvimento pessoal foi acrescido a partir da realização de cursos do PBPF, 1 disse que não e 2 não responderam.

Para Davidson (citado por CAVALCANTI, 2009), a noção de verdade é uma noção primitiva; ela é difícil de ser definida nem está presente, de certo modo, somente na fala, mas não há o que não se pode ver diante de dados concretos.

Diante das respostas dos usuários do PBPF percebe-se que existe um potencial desenvolvimento e valor do PBPF para os colaboradores da IES. Hoover (1994) diz que a verdade tem duas faces – a correspondência e a coerência. Por um lado um modelo de gestão oferta um benefício e por outro espera gratidão, mas a questão é que a adoção de uma representação política institucional precisa, além de ofertar um programa de benefícios, ser responsável por sua análise e divulgação, independentemente de retornos.

A identificação de êxito na carreira, também era uma questão importante para a pesquisa e as respostas dos colaboradores indicaram que:

Tabela 15 - Indicação de êxito na carreira a partir da utilização do PBPF Implicou em êxito na sua

carreira Administrativos Funcionários Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 39 8 3 50

NÃO 41 6 2 49

SR 22 2 3 27

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

39 dos funcionários administrativos pesquisados indicaram que obtiveram êxito em suas carreiras depois do PBPF, 41 disseram que nada mudou em suas carreiras, e 22 optaram por não responder essa questão. Em relação aos docentes 8 indicaram obtenção de sucesso na carreira, 6 disseram que não obtiveram nenhum êxito em função do aumento do nível de escolaridade, e 2 não responderam essa questão.

De acordo com Almeida (2009) na disputa por colaborados eficazes as instituições devem “olhar para dentro”, o que ela, denomina trabalhar sua empresabilidade, analisando a possibilidade de negociar permanência de bons colaboradores na organização. Vantagens como desenvolvimento educacional está na ponta nas discussões sobre êxito na carreiras.

O êxito do colaborador fora da IES, também esteve no questionário, visando identificar se a partir do PBPF os mesmos tiveram oportunidades em outros locais, os resultados estão listados na tabela a seguir:

Tabela 16 - Indicativo de êxito fora da instituição Implicou em progresso fora da

instituição Funcionários Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 36 8 2 46

NÃO 44 6 3 53

SR 22 2 3 27

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

36 dos funcionários administrativos respondentes indicaram que obtiveram êxito fora da IES, 44 afirmaram que nenhum êxito ocorreu fora da IES de pois da ascensão no nível de escolaridade, 22 não responderam essa questão. Em relação a obtenção de êxito pelos docentes, 8 indicaram que o aumento do nível de escolaridade, proporcionou oportunidades também fora da IES, 06 disseram que nenhum êxito obtiveram fora da IES, 2 dos docentes não responderam essa questão.

O progresso de um colaborador fora de sua instituição depende de vários itens, sendo que um deles é o tempo para se dedicar a outra função que lhe ofereça sucesso. Segundo Hall (1976 citado por DUTRA, 1996), para construir o paralelismo entre a efetividade da carreira individual e a efetividade organizacional é necessário uma organização em torno de quatro funções: consecução de objetivos; adaptação; integração das pessoas no mercado de trabalho; preservação de padrões culturais, normas e valores institucionais.

Em relação ao PBPF e a questão do progresso fora da instituição, cabe ressaltar que, ao se desligar em função de outro sucesso na carreira, o colaborador automaticamente desliga- se do PBPF, o que leva à consideração dos motivos de sua permanência para a conclusão de cursos ou até o término da utilização do benefício por parte dos dependentes

Autores como Gutteridge (1996); Walker (1980); London e Stumph (1982) e Leibowitz (1986) apud (DESSLER, 2003) apontam que é importante utilizar as ferramentas da área de gestão de pessoas que define um conjunto de procedimentos que permite à empresa identificar pessoas. Identificar os motivos que os colaboradores têm em sua continuidade na IES após a utilização do PBPF para si ou para dependentes é algo que poderia conciliar as expectativas dos colaboradores com as políticas internas.

Os colaboradores foram questionados sobre o entendimento que possuem sobre o PBPF, em relação aos seus objetivos, quando indagados sobre essa questão responderam conforme apresentado na tabela abaixo:

Tabela 77 - Indicação de como o colaborador entende o PBPF Entende o PBPF como Funcionários

Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

Acordo Institucional 47 10 2 59 Benefício para aprimoramento pessoal 56 6 6 68 SR 6 - - 6 TOTAL 109 16 8 133 Fonte: A Autora.

47 dos respondentes administrativos indicaram que o PBPF trata-se de um acordo institucional, 56 indicaram se tratar de um Benefício para aprimoramento pessoal e 6 não responderam a questão. Em relação aos docentes, 10 indicaram que o PBPF é visto como acordo institucional 6 indicaram que vêem o programa como um Benefício para o aprimoramento pessoal.

No momento da aplicação dos questionários essa foi a questão que gerou maior dúvida por parte dos colaboradores que indicavam desconhecer as normas que regem o PBPF. Nesse sentido esclarecia-se as dúvidas de acordo com os objetivos do programa para posterior continuidade da coleta. Em relação aos gestores, todos conheciam os objetivos e as normas principais do programa, apontando que percebiam que os colaboradores indicam a partir de solicitações á área de gestão de pessoas que desconheciam o regulamento.

Apesar das diferenças encontradas na pesquisa em função das características da amostra, existe uma concordância relevante que O PBPF é um benefício para aprimoramento pessoal. Oliveira (2002 citado por BRAGA; PASQUETI, 2006, p. 67) aponta que existe uma correlação positiva entre a disponibilização de Benefícios por meio de acordos impostos ou espontâneos, para os indivíduos o importante é que haja benfeitorias disponíveis.

O desempenho nas atividades foi questionado para analisar se o mesmo aumentaria pelo fato do colaborador ser inserido no PBPF, e a respostas indicaram o resultado na tabela a seguir:

Tabela 18 - Relação entre a oferta de benefícios e a influencia no desempenho? A oferta de benefícios

influencia no seu desempenho

Funcionários

Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 83 14 4 101

NÃO 13 - 3 16

SR 6 2 1 9

TOTAL 102 16 8 126

De acordo com as respostas dos funcionários administrativos, 83 indicaram que a utilização do PBPF influencia o melhor desempenho para a realização das atividades, 13 disseram que o fato não altera seu desempenho e 6 não responderam. 14 dos docentes indicaram que tem desempenho maior por participar do PBPF, 2 não responderam a questão.

Essa questão apresentou diferença em relação às respostas dos gestores e a opinião dos colaboradores. Os gestores consideraram que o desempenho não é alterado em função da utilização do PBPF, em uma de suas entrevistas relatam: “que o colaborador é o que é”, porém de acordo com a tabela X, a maior parte dos respondentes entre funcionários administrativos e docentes indicaram que a utilização das bolsas de estudo para si ou para dependentes os influencia no desempenho profissional.

Para Churchill e Peter (2003) uma cultura voltada para a satisfação dos clientes deve ter sua base na promoção de atitudes motivadoras para seus colaboradores. Cada vez mais os gestores das áreas de gestão de pessoas fundamentam o marketing das instituições em políticas de desenvolvimento pessoal e profissional para a equipe. Em relação ao PBPF acredita-se que o que falta é a formalização da disponibilização do Benefício e orientação para melhor utilização do programa por seus colaboradores, promovendo assim uma visão fundamentada do benefício recebido. Cabe nesse sentido, aos gestores promoverem apoio necessário para aprimorar o PBPF.

Tabela 19 - Identificação do PBPF e sua relação com a retenção e motivação dos colaboradores O Programa de bolsas

pode reter e/ou motivar os colaboradores?

Funcionários

Administrativos Docentes Não Informaram a função TOTAL

SIM 88 15 4

NÃO 10 1 2

SR 4 - 2

TOTAL 102 16 8 126

Fonte: A Autora.

Em relação á motivação e permanência na IES, 88 dos funcionários administrativos indicaram que são motivados e que permanecem na IES devido a possibilidade do uso do PBPF para si e para seus dependentes, 10 disseram que o PBPF não é motivo para sua retenção ou motivação e 4 não responderam a questão. 15 dos docentes investigados disseram que o programa motiva e retém seus colaboradores, 1 respondeu que não considera o PBPF como fator de motivação e de retenção para continuar na IES. As formas criativas de benefícios se referem a soluções personalizadas e que incluam o grupo gestor, para que eles próprios percebam a importância da disponibilização deste modelo de gestão ao grupo.

Assim como a questão sobre o desempenho, a maioria dos respondentes dos dois grupos indicaram que o PBPF motiva e retém os colaboradores na IES. Porem existe na IES colaboradores que não utilizam o PBPF e que permanecem na instituição. Para Milkovich e Boudreau (2000)

[...] muitos tipos benefícios podem motivar e reter colaboradores, mas considera a importância da área de gestão de pessoas para o acompanhamento da opinião em relação aos benefícios disponibilizados, como forma de criar uma cultura frequente de aprimoramento do desenvolvimento corporativo e humano dentro das instituições.

O questionário aplicado conteve três questões abertas que solicitavam indicação das contribuições do PBPF para o desenvolvimento do colaborador nos planos profissional, pessoal, cognitivo, oportunidade fora da IES, além de solicitar sugestões para o aprimoramento do programa. O resultado das questões abertas é apresentado na tabela a seguir:

Os 126 respondentes mencionaram em relação às questões abertas sobre as