• Nenhum resultado encontrado

5.1 ANÁLISE DE DADOS DO QUESTIONÁRIO

5.1.1 Perfil da Amostra

Do total de 52 questionários, 30 foram respondidos pelos cursos de MBA Mercado de Capitais e 22 pelo curso MBA em Finanças Comunicação e Relação com Investidores. A tabela 4 e o gráfico 4 apresentam os resultados obtidos.

Tabela 4 - Questionários respondidos por curso

Gráfico 4 - Questionários respondidos por curso

Questionários respondidos por curso

30 22 52 0 10 20 30 40 50 60

MBA Mercado de Capitais MBA RI Total

Com relação à distribuição demográfica dos pesquisados que responderam o questionário, a grande maioria atua no Estado de São Paulo. Apenas 2 pesquisados atuam no

Estado de Minas Gerais, fato explicado, principalmente, pelos cursos serem ministrados na cidade São Paulo. A tabela 5 e o gráfico 5 apresentam os resultados obtidos.

Tabela 5 - Distribuição Demográfica

Gráfico 5 - Distribuição Demográfica

Distribuição Demográfica 50 2 52 0 10 20 30 40 50 60

Estado SP Estado MG Total

Dos 52 questionários, 12 pesquisados responderam que se enquadram fazendo parte do mercado Buy Side correspondendo a 23% do total da amostra; 30 alunos argumentaram que se enquadram fazendo parte o mercado Sell Side correspondendo a 58% do total da amostra; e 10 pesquisados não se identificaram ao responder esta questão, correspondendo a 19% do total da amostra. A tabela 6 e o gráfico 6 apresentam os resultados obtidos.

Tabela 6 - Perfil dos pesquisados

Gráfico 6 - Perfil dos pesquisados

Perfil dos Pesquisados

12 30 10 52 0 10 20 30 40 50 60

Buy Side Sell Side Não foi possível identificar

Total

Analistas Sell Side são os que trabalham nos bancos de investimentos ou nas empresas

principalmente na área de relação com investidores, fazem análise financeira, escrevem relatórios, ajudam a formar opinião no mercado e a eliminar ineficiências. Produzem opiniões para terceiros. ( CREDIBILIDADE EM RISCO )

Analistas Buy Side são os que trabalham em fundos de investimentos, fundos de

pensão, e hedge fund. Também fazem análise financeira das empresas com o intuito de investimento e para uso próprio. ( PATRIMÔNIO EM RISCO )

Analistas de Sell Side servem também como fonte de informação aos do Buy side.

Com o intuito de haver maior detalhamento a respeito dos pesquisados, no questionário foi solicitado o preenchimento de acordo com o perfil de atuação de cada aluno. Sendo que o

analista de mercado de capitais e a pessoas que atuam como relação com investidores, fazem parte do mercado Sell Side. Já os investidores necessariamente fazem parte do mercado Buy

Side.

Do total de pesquisados que responderam ao questionário, 7 são analistas de mercado de capitais, 23 atuam internamente nas empresas ou atuam diretamente como relação com investidores, 12 são investidores e de 10 não se pôde identificar o perfil. A tabela 7 e o gráfico 7 apresentam os resultados obtidos.

Tabela 7 - Atuação dos pesquisados

Gráfico 7 - Atuação dos pesquisados

Atuação dos Pesquisados

7 23 12 10 52 0 10 20 30 40 50 60 Analista de Mercado de Capitais Relação com investidores

Investidor Não foi possível identificar

Total

Os setores de atuação dos pesquisados foram estabelecidos no questionário, conforme padrão adotado pela Bovespa:

A estrutura para a classificação setorial foi elaborada considerando-se, principalmente, os tipos e os usos dos produtos ou serviços desenvolvidos pelas empresas, com os seguintes propósitos:

- fornecer uma identificação mais objetiva dos setores de atuação das empresas, já a partir do primeiro nível da estrutura;

- permitir uma visão sobre empresas que, embora com atividades diferentes, atuem em estágios similares da cadeia produtiva ou com produtos/serviços relacionados e tendam a responder de forma semelhante às condições econômicas;

- facilitar a localização dos setores de atuação das empresas negociadas; e aproximar-se de critérios utilizados pelo mercado financeiro nacional e internacional. Para a classificação das empresas, foram analisados os produtos ou serviços que mais contribuem para a formação das receitas das companhias, considerando-se, ainda, as receitas geradas no âmbito de empresas investidas de forma proporcional às participações acionárias detidas. No caso de companhias de participação, foi considerada a contribuição de cada setor na formação das receitas consolidadas, sendo que:

- se algum setor representou participação maior ou igual a dois terços das receitas, a empresa de participação foi classificada nesse setor;

- caso contrário, a empresa de participação foi classificada como holding diversificada.

A estrutura setorial e a classificação das empresas negociadas serão objeto de revisões periódicas. No caso de haver alterações nos produtos ou serviços com maior contribuição para a formação das receitas, avaliaremos se essas alterações se mantêm ao longo do tempo ou constituem-se numa tendência, antes que seja feita a reclassificação setorial da empresa.

Pode-se observar que os pesquisados não atuam necessariamente em apenas um setor. Pelos dados analisados existe grande concentração de pesquisados que atuam no setor da indústria financeira, mineração e construção civil. Já outros setores se apresentam de forma mais pulverizada. A tabela 8 e o gráfico 8 apresentam os resultados obtidos.

Gráfico 8 - Setores de atuação Setores de Atuação 20 17 13 9 8 7 7 6 5 5 0 5 10 15 20 25 5.1.2 EBITDA

Com relação à questão feita aos pesquisados sobre o conhecimento do EBITDA e a sua formulação,

Você conhece o EBITDA?

Lucro Liquido ( + ) Impostos ( + ) Juros ( + ) Depreciação ( + ) Amortização ( = ) EBITDA

foi intencionalmente elaborada, visando analisar e identificar se os pesquisados tinham conhecimento técnico a respeito do EBITDA, e se estariam habilitados a responder e validar esta pesquisa.

De acordo com os dados extraídos do questionário, 50 pesquisados responderam que conhecem o EBITDA; e apenas 2 pesquisados responderam que não o conhecem. Por questões conceituais, esses 2 pesquisados da amostra, por não conhecerem o EBITDA, não estariam habilitados a fazer parte da amostra da pesquisa. Por isso foram excluídos.

Outro ponto fundamental a respeito desse quesito é em relação à própria estrutura conceitual das características qualitativas da informação contábil. Dentre os pilares da estrutura conceitual, as características qualitativas fundamentais são: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade. Na realidade, está-se atestando a qualidade específica a um dado grupo de usuários da informação, ou seja, se os usuários têm compreensibilidade a respeito do EBITDA. A tabela 9 e o gráfico 9 mostra o resultado para essa questão.

Tabela 9 - Você conhece o EBITDA ?

Gráfico 9 - Você conhece o EBITDA ? Você conhece o EBITDA ?

50 2 0 10 20 30 40 50 60 Sim Não

Em sua opinião, o EBITDA reflete o resultado operacional da empresa?

Do total de 50 respostas, 38 responderam que sim e apenas 12 responderam que não. De uma forma geral, a resposta envolve mais uma questão do ponto de vista pessoal do pesquisado, a maneira pela qual o usuário avalia a própria interpretação, julga ser mais coerente e o objetivo pelo qual o pesquisado vai utilizar a informação.

Fez-se ainda um comparativo com a demonstração de resultado do exercício de acordo com a Lei 6.704/76 das sociedades anônimas art 187.

Há duas grandes diferenças metodológicas entre a DRE e o EBITDA, que causam enorme impacto no comparativo entre as duas demonstrações. A primeira resume-se nos encargos financeiros líquidos. No conceito do EBITDA, os encargos financeiros líquidos não fazem parte do resultado operacional. A segunda diferença reside nas despesas de depreciação e amortização. Logicamente o EBITDA, por desconsiderar essas despesas de seu resultado, têm uma visão mais semelhante ao fluxo de caixa.

Veja a DRE no formato da demonstração societária de acordo com a Lei das S/A.

Quadro 13 – DRE

Demonstração do Resultado do Exercício ( DRE ) ( + ) Receita Bruta de Vendas e Serviços

( - ) Deduções de Receita

(=) Receita Líquida de Vendas e Serviços

( - ) Custos dos Produtos Vendidos e Serviços

(=) Lucro (Prejuízo) Bruto ( - ) Desp. Operacionais

- de vendas - administrativas

- encargos financeiros líquidos

- outras receitas e despesas operacionais

(=) Resultado Operacional

Resultado não Operacional

(=) LAIR

IR / CS Corrente

(=) Lucro Líquido do Exercício

Fonte: Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. 2003

Pode-se concluir na pesquisa que, para a maioria dos pesquisados, mais precisamente 76% opinam que os encargos financeiros líquidos e as despesas de depreciação e amortização não fazem parte do resultado operacional, os pesquisados optaram pelo EBITDA como método que melhor reflete o resultado operacional. A tabela 10 e o gráfico 10 mostram o resultado para esta questão.

Tabela 10 - EBITDA reflete o resultado operacional ?

Gráfico 10 - EBITDA reflete o resultado operacional ?

EBITDA reflete o resultado operacional ?

38 12 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Sim Não

Na questão seguinte, a pergunta elaborada foi a seguinte:

Em sua opinião, na avaliação de empresas, qual dos dois indicadores é mais relevante?

( ) EBITDA ( ) Lucro Líquido

Do total de 50 respostas, 32 questionários foram respondidos que o EBTIDA é o indicador mais relevante comparado ao Lucro Líquido. De acordo com as respostas, presume- se que, nas análises das empresas, em geral o EBITDA é levado mais consideração do que o Lucro Líquido por concentrar o seu resultado em itens operacionais por esse perfil específico de usuários. Já o Lucro Líquido, por atender exigências legais, leva em consideração resultados financeiros, não operacionais e tributários.

O cerne da questão entre o Lucro Líquido e o EBITDA o primeiro não é o melhor indicador. Para esse perfil de usuário específico, a informação mais válida se apresenta na forma do EBITDA, ao invés do Lucro Líquido. A tabela 11 e o gráfico 11 mostram o resultado para esta questão.

Tabela 11 - EBITDA vs Lucro Líquido

Gráfico 11 - EBITDA vs Lucro Líquido

EBITDA vs Lucro Líquido

32 18 0 5 10 15 20 25 30 35

EBITDA Lucro Líquido

Na questão seguinte, a pergunta elaborada foi:

Do total de respostas, 27 responderam que não e 23 responderam que sim. O ponto importantíssimo dessa questão é avaliar o nível de conhecimento que o pesquisado tem a respeito do EBITDA. Como já foi comentado em capítulos anteriores, o EBITDA é amplamente criticado por não ser sinônimo de fluxo de caixa operacional. Ou seja, os usuários da informação contábil da pesquisa, não só têm compreensibilidade do EBITDA e suas nuances técnicas, mas também sabem da sua configuração técnica. A tabela 12 e o gráfico 12 mostram o resultado para esta questão.

Tabela 12 - EBITDA é sinônimo de fluxo de caixa operacional ?

Gráfico 12 - EBITDA é sinônimo de fluxo de caixa operacional ?

EBITDA é sinônimo de fluxo de caixa oper. ?

23 27 21 22 23 24 25 26 27 28 Sim Não

Adicionalmente aos dados coletados, fez-se a análise condicional apenas dos pesquisados que respondem NÃO à pergunta se o EBITDA corresponde a sinônimo de fluxo de caixa operacional. Essa análise adicional foi feita exatamente por presumir que é o perfil de usuários com maior conhecimento técnico do EBITDA, já que responderam não à questão citada. Nesse critério, foram selecionadas 27 respostas. Na pergunta realizada:

Você conhece o EBITDA? Lucro Líquido ( + ) Impostos ( + ) Juros ( + ) Depreciação ( + ) Amortização ( = ) EBITDA

Todas as respostas foram afirmativas. A tabela 13 e o gráfico 13 mostram o resultado para essa questão.

Tabela 13 - Você conhece o EBITDA?

Gráfico 13 - Você conhece o EBITDA?

Você conhece o EBITDA ?

27 0 0 5 10 15 20 25 30 Sim Não Na questão seguinte:

Do total de 27 respostas, 19 respostas foram afirmativas , 8 negativas, ou seja, 71% dos pesquisados responderam que o EBITDA reflete melhor o resultado operacional. A tabela 14 e o gráfico 14 mostram o resultado para essa questão.

Tabela 14 - EBITDA reflete o resultado operacional?

Gráfico 14 - EBITDA reflete o resultado operacional ? EBITDA reflete o resultado oper. ?

19 8 0 5 10 15 20 Sim Não Na questão seguinte:

Em sua opinião, na avaliação de empresas, qual dos dois indicadores é mais relevante?

( ) EBITDA ( ) Lucro Líquido

Do total de 27 respostas, 16 foram de que o EBITDA é mais indicador mais relevante, já o Lucro Líquido obteve 11 respostas. Pode-se afirmar que para tais pesquisados 59%

preferem EBITDA ao Lucro Líquido. A tabela 15 e o gráfico 15 mostram o resultado para essa questão.

Tabela 15 - EBITDA vs Lucro Líquido

Gráfico 15 - EBITDA vs Lucro Líquido

EBITDA vs Lucro Líquido

16 11 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

EBITDA Lucro Líquido

Com os resultados obtidos, fazendo o comparativo da amostra como um todo e a amostra dos pesquisados que se julgou ter mais conhecimento técnico do EBITDA, não houve divergência quanto aos resultados apresentados com relação ao resultado operacional e o indicador mais relevante. Ambas amostras foram unânimes quanto à escolha do EBITDA e os resultados se apresentaram de forma uniforme.

Documentos relacionados