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CAPÍTULO 2. LITERATURA EM MOVIMENTO OU MOVIMENTO LITERÁRIO

2.5 A Periferia Hoje

E, finalmente, chegamos ao final dos anos 90 e às novidades que essa mistura de ritmos, linguagens e ideologias possibilitaram para a periferia. As três edições especiais da revista Caros Amigos/Literatura Marginal: a cultura da periferia, nos anos de 2001, 2002 e 2004, representam um marco fundamental para a mais nova tendência literária que cresce nas periferias das cidades. As declarações de Ferréz, organizador das edições especiais, sobre como entendia o movimento, sua importância para a cena literária nacional, suas influências e, sobretudo, o que o motivou a denominá-lo marginal, nos oferecem, ainda hoje, caminhos interessantes para compreender melhor as características dessa produção literária.

A começar por sua denominação, Ferréz chamou o movimento de literatura marginal e uma das explicações para essa denominação é a identificação do escritor com os marginais dos anos 70. Ferrez estabelece relações entre a literatura marginal das periferias de hoje com a produção de autores como Plínio Marcos e João Antônio. Podemos dizer que os temas e a postura desses escritores, de combate ao sistema, não apenas no que se refere à

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estética literária, mas também à própria opressão da ditadura militar, dialoga diretamente com os temas propostos pelos marginais a que Ferrez se referia.

Ainda segundo Ferréz, os escritores da periferia estavam em uma condição de marginalidade social, política e cultural que o afastavam do mercado editorial, dos bancos das academias e do reconhecimento da crítica. Mas aproximava-os de outros artistas, como os marginais dos anos 70 e Carolina Maria de Jesus – apontada como uma das precursoras e uma das importantes influências para o escritor. Porém, é importante frisar que estar à margem do mercado editorial, das grandes mídias e da crítica, era uma postura política dos marginais dos anos 70, uma escolha ideológica, ao contrário dos marginais de Ferréz, os quais lutam por espaço e reconhecimento no meio literário. Segundo Nascimento (2006, p. 67),

os escritores estudados são protagonistas de um movimento literário-cultural que, embora estabeleça relações, não foi produzido pelo mercado ou pela cena literária dominante: desenvolveu-se, principalmente, a partir da mobilização de redes extraliterárias e é parte do processo da periferia como autora da sua própria imagem, desencadeado pelo movimento hip hop já nos anos 1980.

Podemos destacar aqui também, como parte importante desse processo da periferia como autora, o sucesso de Carolina Maria de Jesus, já nos anos 60 e, mais recentemente, dos livros Cidade de Deus de Paulo Lins e Capão Pecado de Ferréz.

De acordo com Ferréz, a idéia de organizar a coletânea de textos produzidos por escritores da periferia surgiu no rastro da boa aceitação ao seu romance e à obra de Paulo Lins, Cidade de Deus, como uma possibilidade de desmistificar as imagens de ambos como “exceções” surgidas de contextos sociais ligados à violência e à pobreza (NASCIMENTO, 2006, p. 16)

Os poemas e contos publicados nas edições especiais da revista Caros Amigos/Literatura Marginal seguem a tendência dos romances precursores e dos

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grandes sucessos de vendas de produções periféricas – Quarto de Despejo, os CD‟s dos Racionais MC‟s, Cidade de Deus, etc. Temas voltados para a realidade das periferias, a violência, a pobreza, a miséria, a temática racial, etc., fazem parte tanto do repertório das revistas, bem como dos romances. Dentre os autores, há rappers, presidiários e outros interessados em arte e cultura da periferia, sendo uns mais conhecidos – Eduardo, líder do antigo grupo de rap Facção Central, o rapper GOG, Alessandro Buzzo, Ferréz, etc –, outros desconhecidos até então.

A partir dessas publicações o interesse por essa nova literatura só aumenta, assim como seu espaço no mercado editorial e na indústrial cultural. Ferréz passa a contribuir semanalmente para a Caros Amigos, além de iniciar projetos relacionados à literatura como a 1daSul11. Outros poetas também ganharam visibilidade, publicaram livros de sua autoria ou participaram de outras antologias e coletâneas de literatura marginal.

Tamanha visibilidade também gerou polêmicas com relação à legitimidade de denominar como marginal àqueles que já estão no centro, considerando o argumento de Ferréz para justificar o nome. Alguns estudiosos, como a professora Andrea Hossne (2003) e mesmo escritores e poetas representantes do movimento, questionam a legitimidade dos marginais que estão nas grandes editoras, têm um público-consumidor definido e fazem grandes vendas.

Associado à literatura, o termo marginal adquiriu diferentes usos e significados, variando de acordo com a atribuição dos escritores, ou mais freqüentemente, com a definição conferida por estudiosos ou pela imprensa num dado contexto. Para Gonzaga (1981), tais usos e significados estão relacionados à posição dos autores no mercado editorial, ao tipo de linguagem apresentada nos textos e à escolha dos protagonistas, cenários e situações presentes nas obras literárias. (NASCIMENTO, 2006, p. 11)

11 “1daSul” sintetiza a expressão “somos todos um pela dignidade da Zona Sul” e dá nome ao

movimento, criado em 1999, por moradores do Capão Redondo – dentre eles, Ferréz – voltado para a atuação cultural na região sul paulistana.” (NASCIMENTO, 2006, p. 16)

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Podemos dizer que há uma nova tendência literária surgindo, sob forte influência de outros movimentos, estilos e artistas que também foram denominados marginais. Porém, apresentam características únicas, fruto de sua formação marcadamente híbrida, multissemiótica, multimodal e multicultural. É a representação da diversidade cultural da periferia e, sobretudo, de uma periferia interessada em ocupar espaços letrados. Segundo Nascimento (2006, p. 55),

a expressão “literatura marginal” entrou em voga para designar a condição social de origem dos escritores, a temática privilegiada nos textos ou a combinação de ambos, disseminando-se para caracterizar os produtos literários dos que se sentem marginalizados pela sociedade ou dos autores que trazem para o campo literário temas, termos, personagens e linguajares ligados a algum contexto de marginalidade.

Ainda assim, o uso do termo não é consensual, pois Hollanda ([s.d], s/p) aponta uma limitação do termo literatura marginal, quando afirma que o termo não abarca a riqueza e diversidade do movimento. Segundo a autora,

essa literatura representa uma parte da cidade até hoje praticamente desconhecida pelo que até hoje chamamos de centro, um conceito que começa a ser desestabilizado precisamente pela visibilidade e força simbólica que estão surgindo com intensidade vinda da periferias. Mas acho marginal ainda pouco, porque não fala dos compromissos que esta literatura assume enquanto agente de transformação social. É uma literatura que vai bem além das funções sociais atribuídas à literatura canônica ou mesmo de entretenimento. É uma literatura de compromisso.

A autora propõe a denominação literatura hip hop, pois entende que as características políticas e ideológicas do movimento hip hop representam com mais justiça os compromissos dessa literatura dita marginal. De fato, são inegáveis as relações entre os dois movimentos e podemos confirmar isso pela equipe editorial das edições especiais da Caros Amigos Literatura Marginal “formada por rappers, escritores amadores e grafiteiros ligados ao movimento hip

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hop, todos moradores do Capão Redondo e membros do movimento cultural 1daSul” (NASCIMENTO, 2006, p. 16)

A questão do rótulo (im)posto a uma manifestação literária envolve, por vezes, interesses que estão além do controle daqueles diretamente envolvidos. No caso da literatura produzida nas periferias de São Paulo ou por negros, envolve ainda a determinação de uma postura política e de lugares sociais e culturais. Tal definição pode gerar tanto os preconceitos decorrentes do reconhecimento de um sujeito como marginal, criminoso, pobre, e também no caso do reconhecimento de um sujeito como negro e as implicações decorrentes do racismo, como também, no atual contexto, os benefícios de ser aceito pelo grupo literário com o qual se identifica. Em entrevista cedida a Silva (2011, p. 411), Ferréz declara:

Tudo é Literatura. A gente separa só prá ter uma proteção também. Porque o cara fala... gosta de te rotular prá te discriminar. E a gente rotula prá ter uma proteção. Prá falar que a gente também não faz parte daquela Literatura Contemporânea boazinha que os caras fazem e tal. Então, nós somos outra pegada assim. Nós somos os caras que tá mesmo no front de batalha. Só prá deixar isso bem claro assim. Por isso que a gente rotula. Mas no geral, tudo é Literatura.

Por outro lado, não podemos esquecer o quanto essas fronteiras entre a palavra literatura e seus adjetivos têm papel ideológico de manutenção do discurso hegemônico sobre o que pode ser classificado como Literatura – com maiúscula. Segundo Abreu (2006, p. 40), essa classificação é feita apenas por instâncias de legitimação – sendo a escola uma das principais – que, para resolverem a dificuldade de definir o que pode permanecer no roll dos escolhidos da “Literatura”, uma vez que apenas o gênero, os procedimentos linguísticos ou as figuras de linguagem não dão conta da diversidade de textos, recorrem

à adjetivação do substantivo literatura, criando o conceito de

Grande Literatura ou de Alta Literatura ou de Literatura Erudita

sempre com maiúsculas – para abrigar aqueles textos que interessam, separando-os dos outros textos em que também se encontram características literárias, mas que não se quer valorizar.

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Para esses reservam-se outras expressões, também adjetivadas:

literatura popular, literatura infantil, literatura feminina, literatura marginal... (ABREU, 2006, p. 40, ênfase no original)

Dentre os poetas e prosadores que publicaram na revista também notamos a presença massiva de muitos rappers ou pessoas ligadas ao movimento hip hop. Além disso, como veremos adiante, a formação dos saraus literários também ocorre a partir de parcerias entre poetas e rappers, pois, na verdade, é difícil dissociar as duas categorias, uma vez que o rapper, necessariamente, também faz poesia. Podemos dizer que a grande mudança que ocorre do fazer poético do rapper para o do poeta marginal/periférico é o advento da escrita.

É notório que os CD‟s dos Racionais MC‟s e de outros nomes importantes do rap não trazem as letras das músicas nos encartes. Como já dissemos, a oralidade é uma característica fundante do rap, chegando, inclusive a ser comparado com os griots africanos (BASTOS, 2008; SOUZA, 2009). O próprio Ferréz declara, no documentário Palavra (en)cantada, que usa o rap como “desculpa” para incentivar a leitura dos jovens, ao colocar um conto escrito no encarte de seus CD‟s em lugar das letras.

A oralidade é uma presença forte na produção marginal/periférica, seja na reprodução escrita da fala da periferia ou do diálogo cotidiano, respeitando as características fonéticas, lexicais e sintático-semânticas das variedades linguísticas das periferias, seja pela oralização da escrita, processo característico dos encontros poéticos nos saraus, de que trataremos adiante. A linha, já tênue entre a música e poesia aqui torna-se quase imperceptível e aumenta a necessidade de aprofundarmos os estudos e as relações entre escrita e oralidade.

Diante de tanta diversidade, influências estéticas, posturas, compromissos e militância políticas, é difícil definir um padrão estético para essas produções. Segundo Patrocínio (2010, p. 27-28),

ao contrário de outros movimentos, o topos da linguagem, ou outros elementos e recursos literários, não surge como índice de aproximação dos autores. Não presenciamos neste movimento a

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formação de um grupo que almeja defender, ou rechaçar determinado elemento estético, como é possível observar nas vanguardas modernistas das primeiras décadas do século XX

De fato, podemos notar uma variedade de estilos e formas composicionais que dificultam a determinação de um estilo próprio a essa produção literária. Nascimento (2006, p. 16-17) aponta os critérios de seleção dos textos para compor as edições especiais da Caros Amigos Literatura Marginal

a equipe editorial se pautava em dois critérios: um referente ao autor (vivenciar alguma condição de “marginalidade”); e o outro, ao texto (ter características literárias, independente da forma e do tema apresentados). Mas para além desses critérios que orientaram o trabalho dos editores, duas particularidades presentes na segunda e na terceira edição publicadas insinuavam a que se referia o adjetivo marginal anunciado no título da publicação: os nomes dos bairros de residência dos autores ou do presídio no qual cumpriam pena apareciam ao final de cada texto, indicando que se tratavam de habitantes das periferias urbanas ou detentos; e os textos abordavam, predominantemente, problemas (como a violência e as carências) e experiências sociais vinculadas ao espaço da periferia

Houve um esforço para abrir espaço àqueles artistas, de fato, mantidos à margem da sociedade, não apenas econômica, política e socialmente, mas também culturalmente. Isto é, o compromisso ético supera o compromisso estético. A tentativa de ganhar o meio literário não parou por aí. À exemplo das edições do autor, muitos poetas da periferia buscam meios próprios para divulgar seu trabalho, mas diferente dos artifícios utilizados pelos marginais da geração mimeógrafo, não há interesse em edições com defeitos e fora dos padrões estéticos das editoras; ao contrário, há um esforço para realizar edições cada vez melhores, porém sem perder o estilo da periferia.

Muitos livros trazem ilustrações que lembram grafites ou imagens estilizadas de bairros periféricos, abrindo espaço, também, para artistas plásticos, designer gráficos, revisores, etc. Enfim, podemos dizer que os artistas e profissionais da periferia atuam em conjunto para consolidar o projeto. Além disso,

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as imagens ilustram os poemas, por vezes completando seu sentido ou contribuindo para sua construção.

Como já pudemos ver, não é um expediente novo tratar da periferia e já existe público-consumidor para essa produção, sobretudo após o movimento cultural hip hop. Mas o contexto atual traz uma novidade importante: coloca o marginalizado na posição de sujeito literário, não mais como personagens construídos por autores da classe dominante, da elite cultural, num processo semelhante ao que ocorreu com a presença negra na literatura.

Geralmente analisa-se o negro como personagem literário ou

dramatúrgico (construído, majoritariamente por autores não-

negros) e as caracterizações que ele recebe nessa condição. Ou, quando se trata do negro como autor, privilegia-se a forma poética para a análise, observando-se, para além de suas qualidades e inovações formais (colocadas em segundo plano ou nem destacadas), o conteúdo de sua poesia (SILVA, 2011, p. 20).

Ao contrário, o atual movimento nos obriga a seguir o caminho inverso. Assim como propõe Silva (2011), devemos analisar o sujeito negro e marginal/periférico como autor e/ou personagem negro/marginalizado. É justamente essa mudança de objeto para sujeito que gera o insólito apontado pelo autor. Pensar que existe uma extensa produção literária sendo feita por sujeitos marginalizados, com pouca formação escolar, histórico de crimes, negros, mulheres e outros grupos minoritários, é o desafio que esses movimentos nos impõem.

Porém, trata-se de processos constantes de construção, aproximação e afastamento, por isso mesmo não é possível determinar, de maneira definitiva, todas as características dessa literatura. Seria preciso um trabalho detalhado de análise dos textos já publicados considerados literatura marginal, marginal/periférica ou da periferia para começarmos a traçar um perfil estético que a unifique.

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A literatura marginal, com o seu acentuado discurso baseado em um princípio socioeconômico e territorial, instaura em nossa série literária um novo molde para a apreensão de obras literárias. Ao cobrar para si um exame fundado em estruturas sociais, expressando como principal diferenciação a origem periférica de seus produtores discursivos, o grupo de autores que se agrupam sob o título de Marginal, não utilizam como primeiro elemento catalizador um pacto estético (PATROCÍNIO, 2010, p. 27)

Esse não é nosso objetivo aqui, porém, diante das discussões já feitas sobre as principais influências e características dessa literatura, podemos apontar algumas expectativas com relação ao seu estilo, tema e forma composicional, sobretudo no que se refere ao tema, pois até agora vimos que questões relacionadas à violência, ao abandono por parte do poder público, à criminalidade e às opressões são temas caros à literatura marginal/periférica.

De fato, desde as edições especiais da Caros Amigos esses temas são considerados fundamentais para classificar a produção como marginal/periférica ou não. Entretanto, hoje podemos dizer que essa literatura vem tentando romper mais ainda com essa barreira, uma vez que muitos escritores se sentem em uma “prisão identitária”, nas palavras de Mário Augusto Medeiros da Silva. Em entrevista para o Canal Univesp12, o autor fala sobre seu trabalho e toca em um ponto fundamental: o engessamento das possibilidades temáticas dos escritores periféricos. Esse é um processo semelhante ao que ocorreu com Carolina Maria de Jesus, mas hoje temos um quadro diferente, pois além de outras possibilidades de divulgação também há uma apropriação maior dos sujeitos negros e periféricos de sua condição de agente na produção literária.

Silva (2011) destaca que Paulo Lins e Ferréz se recusaram a escrever a sequência de suas obras de estréia Cidade de Deus e Capão Pecado, respectivamente. Ao assumirem tal postura, os autores representam uma mudança que já vinha ocorrendo na postura dos autores e nas características,

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Disponível em: http://blogunivesptv.blogspot.com.br/2013/09/fala-doutor-mario-augusto- medeiros-da.html. Acesso em: 10 jan. 2014.

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sobretudo temáticas e estilísticas, da literatura marginal/periférica: o rompimento da “prisão identitária” imposta, principalmente, pelo mercado editorial. Tal atitude torna a produção marginal/periférica ainda mais rica e diversa, sem perder a identidade.

Todas essas influências se misturam para compor novos sentidos a temas antigos da poesia como o amor, a mulher amada, as relações cotidianas, o erotismo. Enfim, a violência, a miséria, a criminalidade não são mais os únicos temas para esses artistas, porém eles ainda mantêm uma identidade racial e social, marcadas por um compromisso político com os seus. A combinação desses fatores origina uma literatura cada dia mais complexa e rica, nos obrigando, dentre outras coisas, a repensar nossos padrões de crítica e teoria literária, como discutiremos adiante.

Em entrevista, Michel Yakini destaca a importância de retomar referências próximas, no caso as publicações dos Cadernos Negros, para o surgimento de novas propostas temáticas e posturas políticas:

Eu vejo até que essa religação com a literatura negra fortalece... os autores que estão preocupados com a estética, alguns, na verdade eu vejo uma grande parte, estão se ligando nesse termo porque estão vendo escritores amadurecidos, que já tiveram esse momento e tão dando uma outra proposta pra gente até de criação. Eu vejo até que os autores não negros estão buscando outras referências fora, mas os que são negros e que estão se identificando com isso eles estão se dedicando a retomar os Cadernos Negros. Tanto que se for pensar o tanto que cresceu a participação de autores nos Cadernos Negros, durante esses anos de 2000 pra cá e a participação na parceria de republicação de autores ou mesmo o surgimento da Negrafias13.

Michel fala sobre a importância da aproximação dos grandes autores negros, como Miriam Alves, Carlos de Assumpção, Abelardo Rodrigues, Oswaldo de Camargo, Sergio Balouk, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, etc., dos saraus e de autores da periferia. E, também o contrário: a importância dos poetas

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periféricos de grupos literários marginalizados, porém organizados, sobretudo através do envio de textos para publicação nos Cadernos Negros, o que possibilitaria a melhoria da qualidade literária dos textos, diversificação temática e aprendizado ao receber o parecer da comissão avaliadora.

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