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Investigação Quais os processos a utilizar intervenientes Quais os Que tipo de resultados

Recolha de dados: -relativos aos supervisados -relativos às supervisoras -relativos às orientadoras -relativos à relação entre os referidos (supervisado - supervisor)

-relativos à visão que as crianças têm dos supervisados (estagiários da Licenciatura em Educação de Infância) -Análise de documentos -Conversas informais -Fotografias e/ou filme -Observação e descrição de momentos de atividade e interação com o grupo de crianças -Registo de reuniões periódicas entre o supervisor e o supervisado -Reflexões de ambos sobre a prestação dada no dia de estágio -Supervisores -Orientadores -Supervisados: estagiários do 4ºano, 3ºano e 2ºano do Curso de Licenciatura em Educação de Infância -Crianças Informações relativas: -ao papel, funções e competências do estagiário

-ao papel, funções e competências do supervisor

-ao papel, funções e competências do orientador

-ao papel das crianças no centro desta relação triangular -à importância de uma pedagogia diferenciada

A investigação é feita numa instituição de caráter particular que tem ao serviço quatro educadoras/supervisoras, quatro grupos de crianças, três estagiários do 4ºano, dois do 3ºano e

69 dois do 2ºano (de uma escola superior de educação da zona do grande Porto). A maior incidência da investigação será feita na sala do grupo dos 4 anos que tem todos os elementos referidos anteriormente e que, por isso, completará e enriquecerá todo o trabalho a desenvolver. Os profissionais de educação implicados nesta investigação são: Maria (nome fictício), aluna do 2º ano; Ana (nome fictício), aluna do 3º ano, Filipa (nome fictício), aluna do 4º ano, todas as alunas são do Curso de Licenciatura em Educação de Infância, anterior a Bolonha; a educadora / supervisora é também a investigadora. Ambas as alunas se situam na faixa etária dos 20 aos 23 anos. Apenas a Ana, aluna do 3º ano, tem alguma experiência de trabalho com crianças, sendo Babysitter no horário pós laboral. Esta experiência manifestou-se de uma forma clara na prática da Ana, dando-lhe um “à vontade” e confiança fundamentais para o seu sucesso.

Antes de dar início à construção dos instrumentos de investigação, os Diários, a investigadora reuniu com todos os intervenientes na investigação. Os estagiários foram informados de como se iria desenrolar a investigação e quais seriam os seus papéis na mesma. Todos os implicados se mostraram motivados e aliciados com a ideia, comprometendo-se a contribuir da melhor forma possível para a investigação. A investigadora manteve reuniões semanais, durante todo o ano letivo, com todas as estagiárias onde ambas não só partilhavam experiências, dificuldades, aprendizagens e reflexões diárias como também registos dessas mesmas experiências de forma a serem enquadrados nos diários de supervisão e investigação. Foram também enviadas cartas esclarecedoras e informativas para os responsáveis das instituições onde não só se expôs as ideias fulcrais do trabalho a desenvolver como também se pediu autorização a ambas as partes para desenvolver a investigação.

Durante o ano letivo, de uma forma geral, as alunas do 2º e 3º anos tiveram uma atitude estável, demonstraram empenho, curiosidade, vontade de “crescer” e recetividade na aprendizagem e partilha de experiências. A aluna do 4º ano teve uma atitude mais instável, demonstrando empenho no início do ano letivo mas seguiram-se períodos de muito cansaço que condicionaram muito a sua prestação. Enquanto supervisora e colega tive que ter uma atitude de constante encorajamento, acompanhamento e mesmo de amiga para que Filipa não perdesse a confiança em si e nas suas capacidades e para que conseguisse mostrar o seu valor enquanto profissional. Penso que esta atitude está relacionada de uma forma direta com a carga horária destinada a ambos os anos. No 1º ano do curso os alunos apenas têm contatos esporádicos de observação com a prática pedagógica, provocados e motivados pelas disciplinas da área

70 curricular do curso em questão. No 2º ano os alunos iniciam a sua prática direta com as crianças, partilhando o contexto de uma sala de atividades com crianças num período da manhã, uma vez por semana durante todo o ano letivo mas mudando de Instituição em cada trimestre. Neste ano do curso já planificam e experienciam atividades com as crianças, sempre com o apoio direto do educador/supervisor. No 3º ano, os alunos planificam atividades e propõem-nas ao grupo de crianças com quem estão a estagiar. Trata-se de um trabalho com um caráter mais responsável e intencional. A supervisora tem sempre um papel fundamental no decurso do estágio, ajudando a estagiária na planificação de todo o trabalho, no desenvolvimento das atividades programadas e na reflexão sobre a prática pedagógica. Nesta fase do curso os alunos vivenciam toda a “vida” de um dia numa sala de atividades de um jardim de infância e, assim como o 2º ano, mudam de instituição em cada trimestre do ano letivo. É um período de estágio semanal e que se prolonga por um ano letivo. Na fase final do curso, 4º ano, as alunas partilham 4 dos 5 dias semanais numa sala de jardim de infância durante todo o ano letivo. A responsabilidade e participação nas atividades já assume um caráter mais importante e primordial, tendo a supervisora um papel mais relevante. Enquanto supervisoras sabemos que somos “espelhos” não só para as crianças como também para as estagiárias que nos veem como “professoras”. A responsabilidade pela nossa atuação é máxima porque sabemos que se tivermos atitudes menos assertivas, iremos prejudicar a aprendizagem destes futuros profissionais e a educação das crianças que estiverem ao “cuidado das suas mãos”.

As supervisoras têm, por parte da Escola Superior de Educação implicada na investigação, um acompanhamento constante de orientação, apoio e formação por parte de todos os responsáveis implicados no Curso (Professores, Supervisores, …, da Escola Superior). Toda a formação é garantida de forma gratuita e de acordo com as necessidades manifestadas pelos supervisores de estágio. Nestas formações (ex. ações de formação, cursos de formação, palestras, colóquios, …), os supervisores expõem, trocam, e partilham situações, vivências de caráter prático, o que garante uma formação articulada com a prática. É um ambiente acolhedor e muito rico em aprendizagem onde também estão presentes outras partilhas de caráter pessoal e social que nos engrandecem na totalidade.

5.2. Análise dos Diários de Supervisão

Segundo Oliveira – Formosinho, e como já foi citado anteriormente, a Pedagogia e a Supervisão estão ligadas, uma é o complemento da outra. A supervisão exige uma pedagogia

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