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5. O GLOSSÁRIO

5.3. C ARACTERÍSTICAS DO GLOSSÁRIO

5.3.2. Possíveis Usuários e Suas Necessidades

Toda obra lexicográfica ou terminográfica, pela sua própria natureza, é elaborada pensando em que servirá para um tipo de usuário final específico, embora eventualmente possa ser consultada e preste ajuda a qualquer pessoa em uma circunstância concreta. Nós, em virtude da problemática exposta ao longo da nossa argumentação, justificativa e objetivos propostos, pensamos em protótipos de usuários ou consulentes envolvidos com o léxico do MNU por questões legais e/ ou acadêmicas, os quais apresentamos a seguir:

Legisladores em matéria de Ensino Superior: políticos do Brasil e da Argentina, pessoal do Ministério da Educação do Brasil e Ministerio de

Educación de la Nación Argentina, pois eles são os encarregados de

estabelecer as Leis, Decretos, Instruções Normativas, Pareceres, etc., que conformam o MNU de ambos os países e deles depende que os documentos apresentem as informações com sentido claro.

Tradutores profissionais do Brasil e da Argentina: acreditamos que o glossário que nós oferecemos pode constituir uma ferramenta muito útil para o trabalho desses profissionais, pois já advertimos dos perigos que uma tradução equivocada dos termos do MNU brasileiro inseridos em um certificado de conclusão de curso, diploma, título, etc., para o espanhol e vice-versa pode provocar em processos de convalidação de disciplinas, revalidações, etc.

Membros de instituições públicas e privadas relacionadas com o ensino, a

pesquisa e a extensão universitária no Brasil e na Argentina: CNPq,

informações divulgadas através dessas instituições, destinadas não somente a docentes, discentes e pesquisadores do próprio país, mas também de outros países, entre eles e principalmente os de população majoritariamente hispanofalante, no caso das instituições brasileiras, e vice-versa, no caso da Argentina.

Membros dos órgãos de governo das instituições de Ensino Superior

brasileiras e argentinas: Reitoria, Vice-reitoria, Conselho Superior; órgãos

colegiados: Conselho Universitário, Conselho de Administração, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, Conselho de Interação Universidade Sociedade, Câmara de Legislação e Recursos do Conselho Universitário; Câmara de Orçamento e Finanças do Conselho Universitário, Câmara de Graduação do CEPE, Câmara de Pós-Graduação do CEPE, Câmara de Extensão do CEPE, Câmara de Pesquisa do CEPE, etc., pois deles depende a elaboração dos Estatutos, Regimentos, Resoluções, Pareceres e Editais da instituição, Projeto Pedagógico da Instituição, etc.

Membros dos órgãos de direção dos Centros e Departamentos das

instituições de Ensino Superior brasileiras e argentinas: Diretor, Vice-

direitor, Coordenadores de curso, Núcelo Docente Estruturante, etc., pois são eles que irão definir a organização curricular dos cursos, planos de ensino das disciplinas, regulamento interno, etc.

Pessoal do Serviço de Relações Internacionais das Universidades do Brasil

e da Argentina, pois em suas comunicações especializadas de forma oral e,

principalmente, escrita, com frequência, precisam produzir textos em forma de editais, comunicados, circulares, etc, destinados a estudantes, docentes e pesquisadores tanto em língua materna quanto em língua estrangeira (português e espanhol).

Serviços jurídicos das Universidades do Brasil e da Argentina, pois o glossário pode auxiliar na produção e compreensão de depoimentos, relatórios, sentenças, etc., em processos envolvendo membros da comunidade acadêmica, tanto falantes de português quanto de espanhol como língua materna.

Funcionários dos órgãos de apoio das Universidades do Brasil e da

Argentina, como bibliotecas, museus, restaurantes, hospitais, laboratórios,

etc., pois esses órgãos participam da vida acadêmica e recebem visitantes brasileiros e estrangeiros. Ainda, eles recebem e produzem textos destinados à comunidade docente e discente nacional e estrangeira.

Professores e pesquisadores das Universidades do Brasil e da Argentina: obviamente, em suas comunicações especializadas com os representantes dos órgãos de governo, TAEs, discentes da instituição, de maneira oral e escrita, em forma de solicitações, preenchimento de formulários, organização dos planos de ensino das disciplinas ao seu cargo, relações com membros do corpo docente de outras Universidades nacionais ou estrangeiras, precisam manejar o tipo de léxico selecionado para o glossário.

Estudantes das Universidades do Brasil e da Argentina: por motivos similares aos descritos no item anterior, os estudantes brasileiros, em seus trâmites com a institiução de Ensino Superior, processo seletivo, inscrição, ingresso, matrícula, convalidação de disciplinas, revalidação de títulos obtidos no estrangeiro, etc., estão sujeitos à recepção de textos que incluem os termos em língua materna que compõem o glossário; por sua vez, se eles participarem de programas de mobilidade, intercâmbio, transferência com Universidades da Argentina ou de outros países da América Latina cuja população é maioritariamente hispanofalante, estarão também expostos à recepção desses mesmos tipos de textos em língua espanhola. Da mesma maneira, os estudantes argentinos ou de outros países hispanofalantes estarão na mesma situação ao chegarem no Brasil, para começar ou continuar seus estudos superiores.

TAEs das Universidades do Brasil e da Argentina, pois eles exercem o papel de mediadores entre os docentes, pesquisadores ou discentes e a instituição de Ensino Superior à qual pertencem. Na maioria das ocasiões, professores ou estudantes vão procurando uma informação às Secretarias dos Centros ou Departamentos a respeito de qualquer Edital, Projeto Pedagógico do Curso, trâmites de matrícula, etc., relacionada diretamente com o léxico acadêmico universitário que compõe o glossário. Também, a nossa obra está especialmete pensada para os TAEs que atendem nas Secretarias de Graduação

e Pós-Graduação, suscetíveis de atenderem estudantes nacionais e estrangeiros à procura de informações a respeito de revalidações de títulos estrangeiros e trâmites similares envolvendo instituições de Ensino Superior nacionais e estrangeiras.

Todos esses perfis de usuários descritos, possíveis consulentes da obra que elaboramos, têm em comum o fato de estarem em contato com o léxico acadêmico.

A grande maioria possui vínculo laboral ou acadêmico com as instituições de Ensino Superior: docentes, pesquisadores, discentes e TAEs e estão sujeitos, principalmente, à recepção de textos especializados em língua materna e, eventualmente, em língua estrangeira. No caso daqueles docentes, discentes e TAEs com representação nos órgãos de governo e deliberação, como comissões de ensino, pesquisa e extensão, conselhos de centro ou departamento, Conselho Universitário, etc., são encarregados também da produção de textos em língua materna.

Por sua vez, aqueles docentes, discentes e, principalmente TAEs dependentes da Secretaria de Relações Internacionais das Universidades participam da recepção e produção de textos especializados em língua materna e em língua estrangeira, como acontece também com os tradutores profissionais. Ambos os tipos de perfis desenvolvem o papel de mediadores entre os membros da comunidade universitária, suas línguas e MNUs.

Já os legisladores em matéria de Ensino Superior são os principais encarregados na produção de textos especializados em língua materna, como responsáveis pela criação, supervisão e reforma do MNU de cada país.