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Neste capítulo discutimos as respostas das perguntas respondidas pelos entrevistados, separados por instituição. Iremos confrontar o que foi dito por eles junto aos teóricos, as expectativas dos sujeitos da pesquisa com relação à educação a distância, como desenvolveram suas disciplinas e suas dificuldades.

Para descrevermos os discursos dos sujeitos pesquisados, devemos entender na essência o que cada um dos entrevistados descreveu sobre o tema, segundo Bardin (2008) “(...) um grande interesse pela compreensão através das palavras e opiniões, estereótipos, representações, mecanismos de influência, evolução individuais e sociais.”

Utilizaremos as características de Bardin (2008, p.12), nas análises de discurso:

 Descrever a evolução da análise de conteúdo, delimitar seu campo e diferenciá-la de outras práticas.

 Colocar o leitor imediatamente em contato com exemplos simples e concretos da análise, decompondo pacientemente o mecanismo do processo.

 Descrever a textura, ou seja, cada operação de base, do método, fazendo referências à técnica fundamental, a análise de categorias.

 Apresentar; indicando seus princípios de fundamento, outras técnicas deferentes nos seus processos, mas que respondem à função da análise de conteúdo.

Seguindo esta linha de pensamento de Bardin (2008), nossas observações serão focadas diretamente no que no que os entrevistados relataram sobre o tema. “A finalidade é sempre a mesma, a saber, esclarecer a especificidade e o campo de acção da análise de conteúdo.” (Bardin 2008, p. 47).

4.1. As universidades A e B

Vamos selecionar algumas perguntas que os sujeitos realizaram e comentar suas respostas, de acordo com os teóricos utilizados. As respostas na íntegra como as perguntas estão no Anexo III.

4.1.1. Dificuldades em desenvolver a disciplina e formação do professor?

Estas foram duas questões realizadas separadas para cada entrevista, contudo as respostas foram muito próximas, vamos selecionar partes de algumas respostas, porém as respostas se encontram na íntegra nos Anexos III e IV.

Observamos que há uma grande convergência de pontos de vista em relação ao tutor local13, o qual fica em contato direto com o aluno, que foi observado pelo PAC, PAA, PAG assim respectivamente descritos:

13 Professores contratados na região, para servir de auxilio aos alunos do pólo.

Os tutores são muito fracos devido à região onde está o curso, no caso o Maranhão, nesse caso tem que ser contratado esse tipo de tutor para que o aluno não fique sem apoio. (PAC)

Estudar minha disciplina sozinho é muito complicado principalmente quando lhe falta o apoio do tutor. Ainda a falta de infra-estrutura dos pólos que algumas cidades ficaram sem internet. (PAC)

Os tutores estão em uma posição difícil, pois em sua grande maioria não tem uma boa formação de matemática ou se encontram no mesmo nível do aluno. (PAA)

Quando enviava um exercício tinha que enviar o gabarito, pois os tutores não conseguiam resolver. (PAG)

Estes relatos estão em desacordo com que Silveira (2005), denomina como o real papel do tutor dentro de um sistema de educação a distância.

O papel do tutor enquanto categoria acadêmica, baseada no compromisso com a formação de alunos que pensem e sejam capazes de discutir e elaborar conhecimento.

A escolha do tutor local tem que ser criteriosa e na sua grande maioria o tutor local deve estar sempre no mesmo nível do professor da disciplina, possuindo formação definida por sua experiência em educação, sua titulação acadêmica, seu conhecimento didático- pedagógico. Talvez seja imprescindível que tenha experiência no ensino presencial.

O papel dos tutores é essencial para o andamento da disciplina e do curso, contudo os alunos ainda não entenderam a função do tutor que é o de gerenciar e ajudar na construção do conhecimento e sim como o professor que está perto dele. (Silveira, 2005, p. 2).

Para PAG, PAEM e CA os problemas encontrados para desenvolver suas disciplinas seriam.

A falta de conhecimentos matemáticos anteriores a não disponibilidade de tempo e nem ambiente de estudo. (CA)

A base da EaD pressupõe um aluno autodidata o qual falta este perfil aos alunos, eles são muitos dependentes. (PAG)

A falta da essência da EaD por parte do aluno, pois o aluno não é autodidata. (PAEM)

Nestes dois pontos dos professores PAG, PAEM e CA, podemos observar que esta situação está em desacordo ao que Belloni (2008) denomina de aprendizagem autônoma.

Aprendizagem autônoma é o processo de ensino e aprendizagem centrada no aluno, que a autora chama de aprendente e o professor terá que assumir-se como recurso do aprendente e não mais como principal. (Belloni, 2008, p.39-40)

PAA, PBA faz referência à falta do conhecimento de conteúdos matemáticos anteriores dos alunos e outras dificuldades para desenvolver sua disciplina, como dificuldades encontradas.

Um grande problema também seria o da base de aprendizagem do aluno, desde sua formação, antes do fundamental até o fim do médio. (PAA)

A dificuldade de ancorar, com exemplos práticos, a disciplina de álgebra que é, em grande parte, abstrata. Tentei fazer algumas generalizações com o que foi aprendido em Fundamentos I, contudo o abstrato é necessário e não pode ser cortado ou ser feito de uma maneira mais fácil. (PAA)

Os conhecimentos matemáticos anteriores também são um problema muito significativo, pois mais de 50% dos alunos têm uma base matemática muito fraca, muito também por que a característica desses alunos são os que pararam de estudar já faz algum tempo e demoram um pouco mais para se adaptar. (PBA)

Para o PAE, PBA e PBC o problema é a comunicação, não só para desenvolver sua disciplina como também uma de suas dificuldades é de formar os professores.

O meu feedback14 tanto quanto dos alunos não é de maneira satisfatória, e sempre acontece alguma coisa. (PAE)

A falta de diálogo entre eu e os alunos, mesmo passando e-mails as respostas dos alunos eram bem poucas, os alunos não conseguiam estabelecer uma sequência de aprendizagem, muito por que os alunos entregavam as tarefas muito fora do prazo, o feedback não aconteceu. (PBA)

O aluno vai desenvolvendo as atividades e vai enviando para os professores, mas a falta de um apoio para os alunos do EaD é fator determinante para a desmotivação. (PBC)

Observamos assim que os relatos não estão de acordo com que Borba (2008), tem como conceito sobre o papel do professor em um curso de EaD no ponto da comunicação.

14 Termo em inglês que pode significar retorno dado por alguém ou uma situação.

Dessa maneira, a ausência física do professor é compensada pela comunicação intensa, que limita a possibilidade do aluno se sentir sozinho, isolado. Para tanto suas dúvidas devem se esclarecidas em curto espaço de tempo, e sua participação é constantemente incentivada. (Borba, 2008, p.26)

Para o PAE, PBA, PBC, PBG, PBE e PBEM os alunos também não mostram o empenho necessário que deveriam em um curso a distância, pressupõem-se que suas atitudes deveriam ser diferentes.

Tentei marcar alguns momentos com os alunos fora de seu horário regular que fora preestabelecido, em horários alternativos, contudo poucos acessaram para conversar. (PAE)

Há falta de empenho dos alunos em fazer as tarefas, uma base de 50% das tarefas era feita e as outras não. (PBA)

Às vezes a distância pode induzir o futuro professor ao erro quando o aluno não tem um planejamento adequado, fica acumulando tarefas e conteúdos. (PBC)

Falta de cultura, você não tem um aluno preparado pra fazer um curso de EaD, em um primeiro momento ele entra achando que vai resolver todos os seus problemas no sábado e no domingo e quando se depara com a realidade não é isso. (PBG)

Os alunos não estavam conseguindo dar conta das outras disciplinas e deixaram para fazer em outro momento a minha. (PBE)

Os alunos não se identificaram com o curso, sentiram dificuldades com as disciplinas específicas não a minha, mas as outras e desistiram do curso. (PBEM)

Estes relatos não estão de acordo com o que Belloni (2008) e Peters (2004), observam sobre como o aluno de hoje ainda está no início da aprendizagem autônoma e seu papel na educação a distância.

O conceito de aprendizagem autônoma, ou independente, capaz de autogestão de seus estudos é ainda embrionário, do mesmo modo que estudante autônomo é ainda uma exceção no universo de nossas universidades abertas ou convencionais. (Belloni, 2008, p.41)

Os alunos devem se desenvolver se acostumar e até mesmo internalizar uma nova abordagem, para organizar a aprendizagem independente e tem que assumir para si certas responsabilidades que antes eram do professor. (Peters, 2004, p. 185-186).

Para o PAA e PAG existem problemas no ensino-aprendizagem do aluno que não são exclusividade da EaD, estes mesmos problemas encontram- se também no ensino presencial.

Esta dificuldade pode ser encontrada também no presencial, porém no presencial solucionei com conversas, acompanhando o dia a dia, o que não acontece no ensino a distância. (PAA)

O aluno funcionar como descarte, o que ele aprendeu em certa disciplina ele descarta para poder aprender a próxima o aluno não consegue guardar, pois quando o professor precisa de alguns tópicos desta disciplina mais na frente eles não conseguiram, pois o aluno já esqueceu. (PAG)

Para o PAC a função do professor no processo ainda deve ser mais bem compreendida, para que este possa desenvolver sua disciplina, como também a maneira de como quem estuda sua disciplina e os problemas que é para o aluno.

Em algumas situações os professores se tornam professores presenciais nos pólos e a educação a distância vira presencial fugindo de sua característica. (PAC)

Segundo o PAC, trabalhar em equipe junto com outros professores da disciplina pode vir a reduzir alguns problemas como a continuação da disciplina, pois seria muito menos doloroso se os professores das disciplinas subsequentes a dele preparassem um programa de atuação conjunto, já que os professores de Cálculo I, II e III não são os mesmos.

Tentei priorizar um tópico junto com o outro professor da disciplina para que não ocorra um sofrimento muito grande e que esse sofrimento seja pelo menos direcionado para a sequência da disciplina. (PAC)

Entretanto, o PAE tem o porquê de os alunos não acessarem não só no dia que foi marcado fora do horário, mas como regularmente.

O medo de dizer que não sabem ou que estão com dúvidas são um dos fatores que entravam tal situação. (PAE)

Podemos observar que pelo perfil do aluno do curso da instituição A, que em sua maioria, já são professores da rede estadual, existe o medo de expor suas fragilidades.

Para o PAEM a infra-estrutura é um dos problemas para formar e desenvolver sua disciplina.

O pólo tinha que ser mais bem preparado, tinham que dar mais condição. (PAEM)

Aqui podemos observar que a preocupação deste professor com a infra- estrutura, na concepção de Peters (2004, p.59), quanto mais os locais estiverem bem preparados e aparelhados melhor será o desenvolvimento deste aluno.

De acordo com o PAEM, a culpa de não ter a capacidade de estudarem sozinhos ou serem autônomos não é só do aluno, existem outros envolvidos neste processo que devem também ser responsabilizados.

Muito por culpa do professor que é extremamente paternalista é uma atitude cultural, onde a educação é centrada no professor. (PAEM) Um dos problemas para desenvolver sua disciplina do PAEM, passa pelo fato que os alunos não conseguem ter uma boa comunicação entre os seus pares e professores.

Falta aos alunos um diálogo maior para que possa tentar se ajudar para estudar, é muito importante que haja essa troca de experiências e de relação. (PAEM)

O PBE não conseguiu encontrar diferenças entre a formação de professores no ensino a distância e no presencial, relatando que:

As dificuldades entre a formação do professor a distância ou presencial são as mesmas, basicamente são as mesmas dificuldades para formar um professor no ensino presencial. (PBE)

Concluímos que PBE não encontrou dificuldades com a distância, mesmo considerando o fato de sua disciplina requerer debates para construção do conhecimento. Conseguiu com que os alunos, por meio de discussões chegassem à aprendizagem esperada, mesmo por meio de ambiente virtual.

Não, eles discutiram muito nos fóruns comigo mesma os fóruns “explodiram”. (PBE)

PBG ressalta a dificuldade dos professores em ultrapassarem os métodos do ensino presencial.

A dificuldade de adaptar um professor do presencial com o ensino a distância, como eu converso com o meu aluno via uma máquina. (PBG)

Este relato está em desacordo com que Belloni (2008) entende como quais seriam as atitudes que o professor precisa ter em relação ao ensino e nas estratégias que utilizará na educação a distância. Não podendo utilizar as usadas no ensino presencial.

Então para fazer com que o professor possa transpor este problema, é necessário que o mesmo utilize outras estratégias com o intuito de motivar os alunos a pesquisar e se tornarem autônomos. Para isto deveria se preparar melhor os professores em seus cursos de formação inicial ou cursos de formação continuada. (Belloni, 2008, p.85)

4.1.2. Experiências anteriores em educação a distância

Os professores PAA, PAG, e PAEM, participaram de uma experiência dentro da própria instituição que foi um curso ministrado no estado da Bahia no ano de 2001, respectivamente relataram.

Minha primeira experiência cm EaD foi em 2001 com o projeto de licenciatura de complementação para professores no estado da Bahia, tinha um momento presencial bem extenso, a professora ficava uma semana com os alunos (PAA).

Trabalhei em um outro projeto junto a PAA no projeto da Bahia porém, os moldes eram bem diferentes as dúvidas eram tiradas via telefone (PAG).

Trabalho com EaD dentro da própria instituição, fui um dos precursores do projeto feito na Bahia, trabalhei tanto como professor como coordenador (PAEM).

Os professores PBA e PBE ambos já tinham experiências anteriores com ensino a distância, dentro da própria instituição em cursos de formação continuada de professores:

Minha primeira experiência foi em um curso de formação continuada de professores de matemática do estado de São Paulo realizado na própria instituição. (PBA)

Trabalho desde 2000 dentro e fora da instituição, já experimentei de tudo desde modelos semi-presenciais até os 100% a distância. (PBE)

4.1.3. Utilização de tecnologias

Segundo os professores PAE, PAG e PAA estes tentaram reduzir o fator da distância, com recursos tecnológicos.

Eu utilizo as vídeoaulas para reduzir o impacto com a distância. (PAE)

Consegui tentar minimizar estas dificuldades (distância), com a utilização da vídeoaula é um pedacinho do presencial na distância. (PAG)

Algumas vídeoaulas são importantes, mas este não pode ser visto como solução e sim como ferramenta. (PAA)

Podemos observar ainda que os recursos tecnológicos utilizados têm estratégias do ensino presencial, o aluno e o professor ainda não se acostumaram ao ensino a distância e sempre recorrendo a subterfúgios do ensino presencial.

O PAEM declara qual é a importância da utilização de tecnologias digitais no curso de Licenciatura em Matemática a distância.

A utilização de software é uma grande ajuda para os alunos é o momento que o aluno vê a importância do uso das novas tecnologias. Quanto mais os futuros professores tiverem contato com o uso das tecnologias mais fácil será a entrada delas em sua sala de aula futura. (PAEM)

4.1.4. Diminuir o impacto da distância

Segundo a CA a comunicação entre professores e alunos, deve ocorrer sem interrupções e o mais direto e eficiente possível para diminuir o impacto da distância.

Solicito aos professores e alunos que utilizem o Moodle, para que se tenha o registro de entrada e o acompanhamento das dúvidas e respostas. Foi pensado em construir um ambiente próprio e personalizado, mas nunca foi colocado em prática. (CA).

Para Borba (2008), o professor e o aluno devem se comunicar de maneira veloz e com mais energia e vibração, o que o mesmo denomina de abordagem “muitos-para-muitos”.

A interação acontece de forma mais intensa, de modo que há possibilidade de feedback rápido pela internet, em atividades síncronas e assíncronas, que permite a comunicação tanto entre professor-aluno como entre aluno-aluno. Neste cenário o professor atua de modo a acompanhar constantemente os alunos, propondo- lhes desafios e instigando a participação do grupo. (Borba 2008, p.24) Para o PBE o real papel do professor no processo de ensino- aprendizagem dos alunos seria se manter presente em quase todos os momentos on-line.

Eu tentava estar presente em todas as discussões do fórum e sempre dava o retorno o mais rápido possível, para que os alunos não se sentissem sozinhos e de estar mandando alguma coisa para o vazio, mas por outro lado eu não quis ser a centralizadora, detentora do poder na minha mediação eu procurava fazer uma mediação estrelar, que é você remeter um aluno ao outro exemplo, quando um aluno coloca um ponto que outro aluno já colocou e informar quem são estes alunos, para que com isso haja lideranças emergentes na mediação da plataforma para que tudo não fique centralizada na mão

do professor se não estaremos repetindo o paradigma do ensino presencial. (PBE)

Neste ponto a professora está de acordo com Silvia apud Borba (2008), sobre a participação do professor no processo de ensino-aprendizagem dos alunos em curso de educação a distância.

Para efetiva interação em um curso a distância, é necessário que esse satisfaça pelo menos três aspectos fundamentais. Um deles é a participação colaborativa, o qual não se limita responder “sim” ou “não”, mas procurar intervir no processo de comunicação, tornando- se co-criador da emissão e da recepção. (Borba, 2008, p. 27)

Segundo a PAA, os momentos presenciais são importantes e devem ser observados com mais atenção pelos professores. Sua elaboração deveria ser mais criteriosa, com isso a distância entre professores e alunos diminui.

O “planejamento dos momentos presenciais, de discutir com o corpo docente e interagir com os docentes trocar ideias”, é uma tentativa de tentar orientar o aluno a se tornar um aluno independente. (PAA) Para o PBEM não há como superar o fato do professor estar distante do aluno, mas há outros métodos dentro do próprio sistema da educação a distância.

No meu ponto de vista essa lacuna não tem como ser preenchida, o sistema tem outras vantagens, mas o professor não consegue suprir essa vantagem de olhar pro aluno, sentir na fisionomia do aluno qual é a dúvida dele, se ele está gostando ou não do que está se trabalhando, o que o professor consegue num curso presencial. (PBEM)

Observamos que o PBEM interpreta a “distância”, como um problema, contudo o professor acredita que se fosse criado um ambiente virtual com mais recursos de comunicação face a face:

Eu concordo que melhoraria porque ai você criaria um ambiente parecido com o da sala de aula, teriam encontros nos mesmos horários, chats para discussões em tempo real, ai quem sabe pode vir a minimizar o problema, contudo poderia se perder a essência do curso a distância. (PBEM)

No entanto, para o CB os problemas relatados pelo PBEM, poderiam ser solucionados com a utilização mais eficiente do ambiente virtual da instituição.

Com a utilização do Moodle os professores e os alunos podem ter uma relação mais estrita, pois todas as trocas de mensagem ficam registradas. (CB).

Para Belloni apud Borba (2008), a interação pode ser observada também da seguinte maneira.

O conceito de interação é de cunho sociológico, num processo em que estão presentes pelo menos dois atores humanos, que, por sua vez, se relacionaram de forma síncrona ou assíncrona. É um fenômeno elementar das relações humanas, entre as quais podemos mencionar as relações educacionais. Desta forma, interação difere de interatividade, uma vez que esta última se associa à possibilidade de interagir com uma máquina. (Borba 2008, p. 26)

4.1.5. A compreensão da essência da educação a distância

Segundo o PAC, PAE e PBG os alunos não compreenderam a essência da educação a distância.

O aluno ainda não aprendeu a aprender sozinho, ele precisa de alguém por perto. (PAC)

O aluno não “aprendeu a aprender”, no meu ponto de vista tem haver com tudo que se refere ao curso. (PAE)

Falta de cultura, você não tem um aluno preparado pra fazer um curso de EaD, em um primeiro momento ele entra achando que vai resolver todos os seus problemas no sábado e no domingo e quando se depara com a realidade não é isso. (PGB)

Para CB os professores tinham que entender a essência do ensino a distância como também a importância de se atualizarem, pois enquanto estiverem pensando como no ensino presencial as dificuldades serão maiores.

Os professores tinham que entender que o aluno não tem o apoio do professor e que eles tinham que ter segurança nos textos e que essa construção era em conjunto. (CB)

Até os professores se acostumarem ao ambiente e a mecânica do ensino, alguns professores sentiram dificuldades, eu me reunia com alguns professores para montar atividades e explicava aos professores a importância das atividades. (CB)

4.1.6. Que melhorias a EaD proporcionou aos professores e quais as

vantagens e desvantagens dos alunos na EaD

As melhorias que os professores levaram desta experiência do ensino a distância para o presencial relatado por PAG e PAE.

O curso a distância ajudou a melhorar meu planejamento no presencial, com a experiência que passei posso ter uma melhor preparação dos tópicos e conteúdos. (PAG)

Eu tive um ganho muito importante eu aprendi a me organizar melhor,