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Quando há uma referência cruzada no final do verbete para consultar outra palavra que complementa o significado da palavra que você está consultando, você consulta tal

The trend is shifting from static taxonomies to more dynamics

Questão 14. Quando há uma referência cruzada no final do verbete para consultar outra palavra que complementa o significado da palavra que você está consultando, você consulta tal

palavra? Por quê?

Nas três instituições, no momento em que respondiam a esta questão, alguns alunos perguntaram à pesquisadora qual o significado desse termo. Somente após a explicação é que tais sujeitos conseguiram responder a esta questão. Essa dúvida sobre referência cruzada também foi identificada na questão 1 do questionário, cuja resposta requeria conhecimento sobre termos de lexicografia (entrada, verbete, referência cruzada, informação gramatical, tradução, transcrição fonética e definição).

TABELA 43 – Consulta à referência cruzada Instituições Respostas I1 Nº % I2 Nº % I3 Nº % Total Nº % Sim 25 50 43 86 44 88 112 74 Não 03 06 07 14 06 12 16 11 Às vezes 22 44 - - - - 22 15 Total 50 100 50 100 50 100 150 100

Pelo exame dos dados da Tabela 43, percebemos que na I2 e na I3, a porcentagem de alunos que afirma consultar a referência cruzada é mais alta (86% e 88%, respectivamente) do que na I1 (50%); 44% dos sujeitos na I1 só consultam a referência cruzada às vezes, ou seja, quando realmente precisam da informação contida em outro verbete.

Dos sujeitos que responderam afirmativamente, 125 argumentaram a respeito deste tipo de consulta no dicionário: 64 (51%) disseram que a informação sobre a palavra que estão procurando fica mais completa e ajuda a entender melhor tal palavra; 20 (16%) procuram a referência cruzada para ampliar vocabulário; 19 (15%) só procuram por curiosidade ou se não for suficiente a informação presente no primeiro verbete; e 12 (10%) procuram para tirar dúvidas que ficaram na consulta ao primeiro verbete e para confirmar o significado da palavra.

08 (6,4%) sujeitos, porém, não procuram porque nunca têm tempo disponível para uma busca completa, 01 (0,8%) sujeito só procura a referência cruzada “quando a

palavra é interessante, porque procurar muito no dicionário é exaustivo” (3º ano – I3),

e 01 (0,8%) sujeito acha que a consulta à referência cruzada não resolveria nenhum problema, por isso não a consulta.

GRÁFICO 29 – Consulta à referência cruzada

Sim 74% Não 11% Às vezes 15%

Visualizando o Gráfico 29, constata-se que, nas três instituições, 74% dos sujeitos dizem que consultam a referência cruzada, apesar de dizerem também que só o fazem quando realmente é necessário, ou seja, a consulta à referência cruzada está ligada ao entendimento da acepção do item que procuram.

3.1.2.14 RECOMENDAÇÃO DE DICIONÁRIOS PELOS PROFESSORES

As Questões 15 e 16 dizem respeito à recomendação de DB ou DM por professores e pedido de orientação para compra de DB ou DM por parte dos alunos.

Questão 15. Seus professores já recomendaram algum dicionário bilíngüe ou monolíngüe a você? Qual?

TABELA 44 – Recomendação de dicionários pelos professores

Instituições Respostas I1 Nº % I2 Nº % I3 Nº % Total Nº % Sim 34 68 37 74 36 72 107 71 Não 16 32 13 26 14 28 43 29 Total 50 100 50 100 50 100 150 100

A Tabela 44 mostra que nas três instituições a maioria dos professores (68%, 74% e 72%, respectivamente) já recomendou algum dicionário aos seus alunos. Entre os recomendados, os mais citados pelos sujeitos das três instituições são o OALD e o LDOCE (40%); Cambridge Advanced Learner’s Dictionary (16%); Michaelis Inglês-Português (9%); Dicionário Oxford Escolar: para estudantes brasileiros de inglês (7%); Password: English Dictionary for Speakers of Portuguese (6%); Longman Dicionário Escolar Português-Inglês/ Inglês-Português (6%). Destes sujeitos, 6% não lembram o nome do dicionário que foi recomendado a eles; e o Dicionário Inglês-Português/ Português-Inglês - Amadeu Marques e David Draper, Macmillan English Dictionary, Collins Gem Portuguese Dictionary: English- Portuguese/ Portuguese-English, e o Dicionário Webster inglês-português/ português-inglês foram citados somente uma vez. Um sujeito da I3, nesta questão, disse que o professor nunca recomendou dicionários, mas sempre pede veementemente para que ele “fuja” dos dicionários bilíngües, não fique preso à tradução do item toda vez que precisa de uma explicação.

GRÁFICO 30 – Recomendação de dicionários pelos professores

Sim 71% Não

29%

O Gráfico 30 revela, portanto, que os professores já recomendaram dicionários a 71% dos sujeitos. Se compararmos esses dados com os da subseção 2.4 referentes aos dicionários que os sujeitos possuem em casa, veremos que os mais citados pelos sujeitos são, na verdade, os mais recomendados pelos professores.

Entretanto, 43 sujeitos (29%) nunca tiveram recomendação de nenhum tipo de dicionário pelos professores. Esse dado está acima das expectativas, pois pelo fato dos sujeitos serem alunos de graduação do curso de Letras com habilitação em LE, esperava-se que nas disciplinas de LE houvesse algum tipo de orientação nesse sentido.

Questão 16. Você já pediu orientação de algum professor antes de comprar algum dicionário?

“Eu ia fazer exatamente isso nessa aula. Pode acreditar. Ia perguntar para você” (I3, 1º ano – Resposta do sujeito para a

questão 16, dizendo que iria pedir orientação à pesquisadora, pois havia sido avisado sobre a coleta de dados e sobre o perfil da pesquisa).19

TABELA 45 – Pedido de orientação para aquisição de dicionários

Instituições Resposta I1 Nº % I2 Nº % I3 Nº % Total Nº % Sim 27 54 26 52 22 44 75 50 Não 23 46 24 48 28 56 75 50 Total 50 100 50 100 50 100 150 100

Em relação à Questão 16, os dados da Tabela 45 revelam certo equilíbrio entre as porcentagens dos sujeitos que já pediram orientação para comprar dicionários e as dos sujeitos que nunca pediram nenhuma orientação neste sentido. Nas instituições 1 e 2, 54% e 52% dos sujeitos já pediram orientação, enquanto 46% e 48% nunca pediram.

19

Tal sujeito realmente pediu orientação para comprar dicionários bilíngües, pois ainda não possuía nenhum.

Na I3, os dados se invertem: 44% dos sujeitos já consultaram o professor antes de comprarem dicionários mas 56% nunca fizeram isso.

GRÁFICO 31 – Pedido de orientação para aquisição de dicionários

Sim 50% Não

50%

O Gráfico 31 revela então que, no conjunto das instituições, exatamente metade dos sujeitos já pediu alguma orientação para compra de dicionários. Isso mostra que o professor nem sempre é visto como autoridade máxima com relação aos dicionários. Alguns professores, em depoimentos dos alunos nesta questão, nem sequer trabalham com DMs e DBs em sala de aula. Metade dos sujeitos pesquisados, entretanto, percebe que alguns professores, por conta de suas experiências em ensino de LE, têm capacidade de analisar e, portanto, indicar os dicionários mais adequados para cada etapa de aprendizagem de LE pela qual o estudante passa, como se comprova pelos seguintes comentários: “sim, porque sei que existem muitos dicionários ruins e o

professor é quem sabe escolher” (I3, 3º ano); “sim, porque professor tem bom senso”

(I1, 4º ano).

3.1.2.15 AULA EXPLICATIVA SOBRE DICIONÁRIOS

Na Questão 17, os sujeitos teriam que responder se já haviam assistido a uma aula explicativa sobre como utilizar um dicionário monolíngüe ou bilíngüe ao longo de sua vida escolar, ou seja, desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior.

Questão 17. Você já teve alguma aula explicativa sobre como utilizar um dicionário