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O que os fez voltar, permanecer e obter sucesso escolar: a família

No documento Valmir Almeida Passos.pdf (páginas 101-110)

Capítulo IV- Sucesso escolar

4.2. O que os fez voltar, permanecer e obter sucesso escolar: a família

Ao lado da escola e do trabalho, a família, conforme os dados coletados, transformou- se em um dos principais fatores que segundo os sujeitos da pesquisa, que os fizeram voltar, permanecer e obter sucesso escolar. Dos trinta e dois sujeitos pesquisados, vinte e dois apontam diretamente a família como incentivadora ou motivadora deste retorno e da conclusão do Ensino Médio, que nesta pesquisa caracterizamos como sucesso escolar.

A família que anteriormente foi motivo de exclusão do processo inicial de escolarização, pois, estes sujeitos, tiveram que desistir ou afastar-se do processo de escolarização em seu processo inicial, ainda quando eram crianças ou jovens, devido a desestruturação familiar, a entrada no mundo do trabalho para o seu próprio sustento ou auxiliar no sustento da família, o abandono da escola para cuidar dos irmãos mais velhos e a gravidez e casamentos precoces.

Os sujeitos da pesquisa apontam a nova família, a que ele constituiu, pois, dos trinta e dois pesquisados, vinte e seis possuem filhos (dezesseis casados, seis solteiros, três separados e uma viúva). Esta nova relação familiar e principalmente com os filhos, terão uma grande importância, porque em suas falas eles afirmaram:

(...) Meus filhos não vão passar pelo que eu passei.(Geraldo).

(...) Ser um exemplo para meu filho. (Gisele)

(...) Um emprego melhor e assim oferecer um futuro melhor para meus filhos.(Luciana)

Para Lahire (1997) em seu estudo sobre sucesso escolar nas camadas populares sobre os pais que investem na educação dos filhos, mesmo tendo pouco capital cultural e escolar,

afirma que: “Quase todos os pais que investigamos, qualquer que seja a situação escolar da criança, têm o sentimento de que a escola é algo importante e manifestam a esperança de ver os filhos sair-se melhor do que eles”.(LAHIRE, 1997, p.3)

Fizemos um levantamento da escolaridade dos filhos dos sujeitos pesquisados uma vez que esses, por diversas vezes, frisaram quanto valorizavam o estudo dos filhos. Pelos dados apresentados, os filhos dos sujeitos da pesquisa trilharam, ou ainda estão trilhando, um percurso escolar diferente de seus pais, pois os mais jovens que ainda estão no processo de escolarização são considerados pelos professores, segundo a fala de seus pais, como bons ou ótimos alunos e existem casos em que os filhos possuem formação superior.

(...) Meus dois filhos são bons alunos na escola e tiram boas notas. E eu os ajudo muito para continuarem a estudar. E eles são meu incentivo e não vão passar pelas dificuldades que eu passei. (Aline Maria)

(...) Somente depois que me aposentei eu pude voltar a estudar. Sempre tive vontade de voltar a estudar. Meus filhos são enfermeiros, projetistas, contador, técnico em comunicações. E os pais tinham somente a quarta série. (Ariovaldo)

(...) Meus filhos também foram um grande motivo para que eu voltasse a estudar porque eles são ótimos alunos na escola. E a mãe deles precisava ter estudo também. (Vanessa)

Para Nogueira, Romanelli & Zago (2008), expressões como essas revelam a crença dos benefícios que o estudo pode oferecer e são carregadas de um valor simbólico e revelador do lugar ocupado pela escola, não apenas de um emprego de um tempo reconhecido como necessário para a aquisição de um certificado e saberes fundamentais, mas também como um lugar que inclui diferentes desejos e subjetividades.

Em relação à escolaridade dos pais dos trinta e dois sujeitos pesquisados, quinze afirmaram que os pais eram analfabetos, dez disseram que os pais sabiam apenas escrever o próprio nome, cinco que os pais estudaram e concluíram a primeira série do Ensino Fundamental e dois concluíram a terceira série.

Esses sujeitos receberam de seus pais uma herança marcada pela exclusão escolar e pela desigualdade social, econômica e problemas familiares, e mesmo não tendo um capital escolar e um capital cultural dado e valorizado pela escola, eles investiram na escolarização dos filhos e colocaram para eles projetos de vida que passavam obrigatoriamente pela valorização da escola e da escolarização. (...) “Famílias fracamente dotadas de capital escolar, apresentam uma escolaridade bem acima da de seus familiares (pais, avós e tios)”.(LAHIRE, 1997, p. 343).

Esses sujeitos e seus filhos vislumbraram, no processo de escolarização, a possibilidade de uma mudança em seus destinos e de ascensão social, através da escola, ou nas palavras de Bourdieu (1998, p. 46):

É a escolha do destino, pois, as atitudes dos membros das diferentes classes sociais, pais ou crianças e, muito, particularmente, as atitudes a respeito da escola, da cultura escolar e do futuro oferecido pelos estudos são, em grande parte, a expressão do sistema de valores implícitos ou explícitos que eles devem à sua posição social.

Segundo Bourdieu (1998), quanto maior for o êxito do filho em cumprir a vontade paterna que deseja seu sucesso, maior será seu fracasso "mais contundente será o assassinato do seu pai, maior será sua separação dele" (BOURDIEU, 1998, p. 234). No caso dos sujeitos aqui analisados com esse retorno e conclusão do Ensino Médio, eles ultrapassaram a escolaridade de seus pais. Assim, eles superaram ou “mataram os pais”, o que ocorrerá com eles quando seus filhos os ultrapassarem em seus estudos.

Inversamente, muitos dos nossos sujeitos possuem irmãos que optaram, como os pais, por não iniciar ou não dar sequência aos estudos. Esses indivíduos poderiam encaixar-se entre aqueles que Bourdieu (1998, p. 234) declara que "quanto maior for seu fracasso, maior será seu êxito”, como se a posição dos pais encarnasse um limite a não ultrapassar, realizando, assim, a vontade inconsciente do pai, que, no sentido ativo, não pode desejar totalmente a própria negação.

A recusa em ultrapassar o limite do pai pode ser vista na opção pela profissão, porque muitos sujeitos afirmaram que não queria que seus filhos tivessem a mesma profissão que eles exercem, ou seja, pedreiros, empregadas domésticas, porteiros, etc.

De acordo com Bourdieu (1998), a sucessão, ou seja, a superação da posição social alcançada pela família envolve dois aspectos. Um deles diz respeito aos fatores psíquicos relacionados à ultrapassagem do pai: ao mesmo tempo em que isso é desejado, por pai e filho, fazê-lo significa "matar" o pai; ou seja, realizar o sonho familiar de ascender socialmente pode ser vivido psicologicamente como uma negação dos valores, costumes familiares, enfim, como uma ruptura com a própria família.

Para Zago (2000), a atitude desses sujeitos e seus filhos em relação à escola, é um tipo de relação intergeracional, cuja lógica fundamental orientadora é a da emancipação da herança familiar, não a de sua reprodução. O primeiro elemento desse fenômeno é o de que o filho se autoriza a “deixar” a família, e a se distanciar cultural e socialmente dos pais. Em segundo lugar, os pais autorizam os filhos a se emanciparem. Finalmente, um reconhecimento recíproco, entre pais e filhos, de que “a história do outro é legítima, sem ser a sua”.

A ausência de uma capital escolar mais elevado por parte dos pais, nesse caso, é compensada pela presença de um ethos familiar muito coerente, posto em prática com grande regularidade, o que nos permite compreender e justificar a história de sucesso escolar desses sujeitos.

Para Bourdieu (1998), a posse de certo capital cultural e de um ethos familiar predisposto a valorizar e incentivar o conhecimento escolar seriam importantes elementos para se alcançar um sucesso acadêmico. Ou seja, “na realidade, cada família transmite a seus filhos, mais por vias indiretas que diretas, um certo capital cultural e um certo ethos, sistema de valores implícitos e profundamente interiorizados, que contribui para definir, entre outras coisas, as atitudes em face do capital cultural e da instituição escolar” (BOURDIEU, 1998, p. 42). Nesse sentido, crianças mais abastadas e com maior acesso aos bens culturais seriam aquelas que teriam as maiores chances de obter um bom desempenho escolar.

As atitudes com relação à escola, com a cultura escolar e a noção de que os estudos podem oferecer no futuro, estão muito fortes nas classes médias e, portanto, as crianças desses meios recebem não só os encorajamentos e exortações ao esforço escolar, “mas também um

ethos de ascensão social e de aspiração ao êxito na escola e pela escola” (BOURDIEU, 1998 P. 48). Podemos afirmar, então, que, nessas famílias, a preocupação primária recai sobre o projeto escolar dos filhos, projeto este voltado para a obtenção de um lugar privilegiado no sistema escolar. Esse pensamento que, segundo Bourdieu, está mais ligado às classes médias,

também foi incorporado pelos sujeitos desta pesquisa e por seus filhos que pertencem às classes populares. Pode-se observar essa atitude, através destes depoimentos colhidos em entrevista com os dois alunos mais velhos do grupo o Senhor Ariovaldo e a Senhora Simônica:

Graças a Deus, eu posso sustentar minha família e meus filhos todos primeiro estudaram, para depois eles começarem a trabalhar. Trabalhei muito para não faltar nada para eles. Paguei cursos de computação e teve outros que fez cursos de inglês e cursos técnicos. Foi um dinheiro muito bem gasto. (Ariovaldo)

Dos meus quatro filhos, todos fizeram Ensino Médio. E eles têm boas profissões, e o quanto eu pude ajudar eu ajudei. Sempre achei, mesmo sem ter estudo que eles só teriam uma vida melhor se estudasse. E hoje eles têm bons empregos.(Simônica).

Nesta pesquisa, em concordância com as afirmações de Nogueira, Romanelli & Zago (2008), a trajetória escolar desses alunos da E.J.A. e a mobilização familiar26 que os envolveu foram marcadas pela imprevisibilidade e pela autodeterminação. Podemos concluir, à primeira vista, que essas trajetórias supõem um querer e uma autodeterminação imbatíveis, sobretudo dos filhos, condição sine quanon de produção de sobrevida escolar em meios populares.

Definindo capital cultural como princípio socializador mais adequado ou próximo ao mundo escolar, Lahire (1997) afirma que não é possível entender as posições escolares dos alunos como reprodução necessária e direta das condições sociais, econômicas e culturais de suas famílias, nem as situações estudadas encontram explicação via transmissão da herança cultural familiar. A lógica reprodutivista e a noção de "transmissão" não refletem o trabalho ativo e complexo de apropriação e construção, pelos indivíduos, de grande variedade de fatores que redunda na diversidade dos perfis apresentados.

Assim, para Lahire, são as características da organização familiar que explicam trajetórias escolares bem-sucedidas na inexistência – total ou parcial – de capital cultural.

26 Portadora do sentido de luta e engajamento direcionados para um determinado fim, essa noção, paulatinamente,

foi estendida para identificar e descrever atitudes e intervenções práticas das famílias, voltadas sistemática e intencionalmente para o rendimento escolar – comportamentos e condutas familiares.

Mesmo quando esse capital existir, para sua apropriação, são necessárias interações efetivas e afetivas, isto é, não basta a escolarização do pai ou da mãe, é preciso que o detentor desse capital escolar esteja disponível, tanto objetiva quanto subjetivamente, de forma a possibilitar as adequadas condições para que o capital possa ser herdado.

Lahire (idem) procura explorar com cuidado a complexa rede de determinação dos fatores relativos ao sucesso escolar dos segmentos populares. Assumindo uma nova perspectiva metodológica, o autor revela uma abordagem circunstanciada da interdependência de elementos nas configurações familiares e escolares que explicariam, em tese, um sucesso escolar improvável.

Oposto metodologicamente a Bourdieu, Lahire considera em sua pesquisa as práticas culturais dos indivíduos dentro do grupo e individualmente. O caráter central de sua pesquisa é:

(...) trazer a luz o caráter central das margens e das exceções estatísticas, e mostra que as estruturas mais fundamentais do mundo social manifestam-se tanto nos indivíduos como nos grupos que eles compõem, tanto nas variações intra-individuais e interindividuais quanto nas variações intergrupos. (LAHIRE, p. 2006, p. 18).

As famílias dos sujeitos desta pesquisa manifestaram seu desejo de valorizar e investir no processo de escolarização de seus filhos, e este desejo manifestou-se também nos indivíduos que, influenciados, investiram e retomaram seu processo de escolarização.

Para Lahire (1997), os casos de sucesso escolar nos meios populares, como o grupo de alunos da Escola Estadual Lenita Camargo, que nesta pesquisa são analisados, são casos singulares, não com o sentido de casos excepcionais, mas de “combinações sempre específicas de traços gerais pertinentes, sínteses inéditas, à imagem da linguagem musical, onde se assiste a uma série de variações sobre temas mais ou menos comuns”. Isso implicaria na necessidade de desconstruir as realidades que os indicadores objetivos nos propõem, a heterogeneizar o que havia sido, forçosamente, homogeneizado em uma outra construção do objeto ou a necessidade da construção de contextos mais precisos. (LAHIRE, 1997, p.33)

Conforme o conceito de configuração social desenvolvido por Norbert Elias e retomado por Bernard Lahire (1997), as explicações para o sucesso e para o fracasso são encontradas no modo como, em uma configuração familiar específica, os indivíduos se apropriam dos saberes, práticas e disposições transmitidas pela família. Lahire (1997) define

configuração social como “o conjunto de elos que constituem uma ‘parte’ (maior ou menor) de realidade social concebida como uma rede de relações de interdependência humana”.(Lahire, 1997, p. 39-40)

Assim, destacamos, por um lado, a pertinência da noção de configuração social para o estudo de casos de longevidade escolar em meios populares. Entendemos que uma das maiores vantagens desse modo de abordagem é a de dar visibilidade a dimensões significativas do processo de construção das situações de longevidade escolar, tais como as relações finas que se estabelecem entre os protagonistas das estórias, pouco visíveis em outras formas de construção científica. Por outro lado, mostram-se também pertinentes os parâmetros ou traços estruturantes da análise adotados, uma vez que eles possibilitam a identificação de características centrais das escolaridades investigadas.

Lahire (idem) chama atenção ainda para as condições de estabilidade econômica como um fator tranquilizador importante no universo das configurações familiares, ou seja, uma certa tranquilidade, uma relativa distância das emergências da sobrevivência material. Todos os sujeitos desta pesquisa estão empregados; alguns disseram que possuem uma pequena reserva financeira sempre assegurada para a manutenção de uma organização doméstica. Os sujeitos possuem casa própria ou moram com os pais, recebem salários pequenos, mas que não diferem muito da realidade brasileira. Eles oferecem aos filhos algo que eles não tiveram quando criança ou jovem, como podemos perceber no depoimento da Senhora Simônica:

(...) “Eu fico tranqüila e feliz, porque meus filhos têm hoje o que eu nem sonhava em ter e que nunca tive, principalmente o estudo”. (Simônica)

Essa estrutura familiar material e temporariamente ordenada proporcionou aos sujeitos desta pesquisa uma série de apoios e incentivos que os ajudaram a voltar permanecer e concluir os estudos. Como podemos observar através dos seguintes depoimentos:

Tive um grande incentivo e auxílio dos meus filhos e dos meus netos que me ajudavam nas lições. (Rosi)

O meu esforço pessoal e o apoio dos meus filhos. E quando decidi voltar eu sabia que iria até o final. Como gosto de estudar e ler, ficou mais fácil.

(Regiana)

A força que minha filha e minha mãe que não sebe ler e escrever me deu durante o curso. E a conclusão deste curso é uma das maiores vitórias da minha vida. (Aline)

Minha família ajudou muito. (Maria Eunice)

O apoio da minha filha Larissa, que me ajudava a fazer as lições.

Para Dubet (1996), a linearidade dos procedimentos, a similaridade dos códigos de convivência entre pais e filhos e entre autoridades escolares e alunos são condições que possibilitam uma harmonia de propostas, ou seja, uma coerência de projetos pedagógicos que podem ajudar em uma maior produtividade escolar. Para esta pesquisa, foi importante salientar que a coincidência de projetos educativos entre os sujeitos e suas famílias, em conjunto com a escola, foi um importante fator de socialização para o sucesso acadêmico dos sujeitos pesquisados.

É preciso estar atento também para as formas familiares de investimento pedagógico. Elas se referem ao empenho da família em um projeto de ascensão social via sistema de ensino. Nas conversas com os sujeitos, eles destacaram o investimento feito no estudo dos filhos e na continuação dos estudos deles próprios, através de cursos técnico- profissionalizantes, de aperfeiçoamento profissional e de concorrência por uma vaga nas Escolas Técnicas Estaduais da Região. É possível observá-las também na valorização do trabalho da escola ou na participação familiar em reuniões de pais, etc.

Esse é outro fator que marca as relações familiares deste sujeitos, pois, com sua participação na vida escolar dos filhos, eles eliminam o que Lahire (1997) denomina de “o mito da omissão parental” produzido pelos professores – que responsabilizam, geralmente, os pais pelo fracasso escolar das crianças, pois os consideram omissos e negligentes em relação à sua vida escolar de seus filhos.

Setton (2005), trabalhando com as ideias de Lahire (idem), propõe um novo elemento importante para a configuração de um eixo familiar estável, o que ela denomina de condições e disposições dialógicas, que segundo a autora é:

(...) “uma estabilidade de natureza psicológica também fundamental para garantir uma estrutura familiar com relações predispostas ao diálogo, à conversa, a uma abertura para trocas de experiências. Uma configuração familiar em que se valoriza o conforto psicológico, a segurança afetiva, o reconhecimento de emoções e dificuldades ao longo da trajetória de crescimento dos filhos”. (SETTON, 2005, p. 84).

Conforme a autora, se nos juntarmos às condições e disposições de ordem material, aliadas às disposições de ordem psicológica dos sujeitos desta pesquisa, teremos os fatores relevantes para se pensar essas trajetórias estudantis de sucesso. O diálogo cotidiano, a abertura para se ouvir e trocar informações sobre o futuro, a sensibilidade para escutar sobre planos e investir em expectativas de carreira parecem ser comuns em alguns núcleos familiares. Foi possível identificar que o incentivo, o empenho, o crédito dado aos filhos com trajetória acadêmica valorizada, foram pontos de apoio relevantes para o desenvolvimento de condições de confiança e de auto-estima por parte dos indivíduos que são o foco desta pesquisa.

Agora eu converso com pessoas da minha família e amigos, que estão na mesma idade que eu, sobre cursinho, Escola Técnica e outros assuntos, que eu aprendi na escola.(Aline)

Tinha medo de falar e passar vergonha, mas agora eu tenho um futuro que o estudo me deu, melhorou minha fala, minha escrita, minha leitura, eu tenho um emprego legal, só não posso errar mais na minha vida. Chega!.(Queli)

Os sujeitos, após seu processo de escolarização, possuem condições que certamente favoreceram e favorecem o contato, a troca de estímulos e, portanto, a transmissão mais assegurada de valores culturais identitários. Nesse sentido, existem condições ideais para a transmissão e/ou interiorização de uma herança, de um capital moral, ético e cultural, valorizado socialmente.

No documento Valmir Almeida Passos.pdf (páginas 101-110)