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FATORES DE RISCO

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O governo brasileiro exerceu, e continua a exercer, uma influência significativa sobre a economia brasileira. Esse envolvimento, assim como as condições políticas e econômicas do Brasil, poderiam afetar adversamente os nossos negócios e o preço de mercado das nossas Ações.

O governo brasileiro intervém com freqüência na economia brasileira e ocasionalmente produz mudanças significativas na política e na legislação. As medidas governamentais para controlar a inflação e outras políticas e atos normativos envolveram, entre outras medidas, controle de preços, desvalorização de moeda, controles de capital e limitações às importações. A nossa situação comercial e financeira e os resultados das nossas operações podem ser prejudicados por mudanças nas políticas governamentais e na legislação e por fatores como

• Taxas de câmbio; • Taxas de inflação; • Taxas de juros;

• Liquidez de capitais domésticos e do mercado financeiro, e • Políticas fiscais.

Futuros acontecimentos nas políticas governamentais, inclusive na política econômica, podem afetar a nós, nossos negócios, resultados de operações e o preço de mercado das nossas Ações.

A instabilidade da taxa de câmbio pode afetar negativamente a nossa situação financeira, os resultados das nossas operações e o preço de mercado das nossas Ações.

A moeda nacional tem sido periodicamente desvalorizada nas últimas quatro décadas. Nesse período, o governo brasileiro implementou vários planos econômicos e utilizou algumas políticas de câmbio. Em 2002, o real sofreu uma desvalorização de 34,7% com relação ao dólar, e isso devido, em parte, à incerteza política que rodeava as eleições presidenciais no Brasil e ao ritmo mais lento da economia global. Embora o real tenha se valorizado em 21,9% e 8,7% com relação ao dólar em 2003 e 2004, respectivamente, não se pode ter certeza de que ele não sofrerá depreciação ou desvalorização com relação ao dólar novamente. Em 31 de maio de 2005, a taxa de média de câmbio dólar/real era de R$2,4038 por US$1,00.

A depreciação do real com relação ao dólar aumenta o custo do serviço da dívida denominada em dólar e o custo de compra de eletricidade da Usina de Itaipu, uma das nossas maiores fornecedoras, que corrige os preços da eletricidade parcialmente com base nos custos do dólar. A depreciação do real também pode criar uma pressão inflacionária adicional no Brasil, o que pode nos afetar de forma negativa. A depreciação geralmente impede o acesso aos mercados internacionais de capitais e pode impelir intervenção governamental, inclusive com a implementação de políticas recessivas. Reduz também o valor das nossas receitas em dólares, das distribuições e dos dividendos e o valor equivalente em dólares do preço de mercado das nossas Ações.

A inflação e os esforços do governo para combater a inflação podem contribuir significativamente para a incerteza econômica no Brasil e poderiam prejudicar os nossos negócios e o preço de mercado das nossas Ações.

No passado, o Brasil vivenciou índices de inflação extremamente altos. Mais recentemente, a taxa de inflação anual no Brasil foi de 25,3% em 2002, 8,7% em 2003 e 12,4 % em 2004, conforme medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado, ou IGP-M. A inflação e determinadas medidas governamentais para combater a inflação tiveram, no passado, efeitos negativos na economia brasileira e vêm contribuindo para que se forme uma incerteza econômica no Brasil e uma alta volatilidade nos mercados de títulos no Brasil.

Medidas tomadas no futuro pelo governo brasileiro, inclusive a intervenção no mercado de câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real, poderão acarretar aceleração da inflação e, conseqüentemente, ter impactos econômicos negativos nos nossos negócios, produzindo, inclusive, aumentos nos nossos custos financeiros. Além disso, se o Brasil vivenciar uma alta inflação no futuro, é possível que não sejamos capazes de ajustar as taxas que cobramos dos nossos clientes para compensar os efeitos da inflação na nossa estrutura de custos, o que poderia prejudicar as nossas margens operacionais. A inflação e as percepções do mercado sobre o risco de inflação também poderiam afetar o mercado de títulos do Brasil de forma geral e levar a reduções no preço de mercado das nossas Ações.

Restrições sobre a movimentação de capitais para fora do Brasil poderão prejudicar a nossa capacidade de cumprir determinadas obrigações de dívida e reduzir o preço de mercado das nossas Ações.

A lei brasileira permite que o governo brasileiro imponha restrições temporárias à conversão da moeda brasileira em moedas estrangeiras e à remessa para investidores estrangeiros dos recursos de seus investimentos no Brasil sempre que houver um desequilíbrio grave no balanço de pagamentos brasileiro ou motivos para que se preveja a ocorrência de um sério desequilíbrio. A última vez que o governo brasileiro impôs restrições de remessa foi por aproximadamente seis meses em 1989 e no começo de 1990. Não se pode ter certeza de que o governo brasileiro não tomará medidas semelhantes no futuro. A imposição das mencionadas restrições à conversão e à remessa nos impediria de efetuar pagamentos de nossas obrigações de dívida denominadas em dólares e prejudicaria a nossa capacidade de acessar os mercados internacionais de capitais. Como resultado, essas restrições poderiam reduzir o preço de mercado das nossas Ações.

O valor de mercado dos títulos emitidos por empresas brasileiras é influenciado pela percepção de risco no Brasil e em outras economias emergentes, o que pode ter um efeito negativo no preço de mercado das nossas Ações e poderá restringir o nosso acesso a mercados internacionais de capitais.

As condições da economia e do mercado em outros países emergentes, especialmente na América Latina, poderão influenciar o mercado de títulos emitidos por empresas brasileiras. Embora as condições econômicas desses países possam ser significativamente diferentes das condições econômicas do Brasil, as reações dos investidores aos acontecimentos nesses outros países podem ter um efeito negativo sobre o valor de mercado dos títulos de companhias emissoras brasileiras. Como resultado dos problemas econômicos existentes em vários países emergentes em anos recentes (como as crises financeiras na Ásia em 1997, na Rússia em 1998 e na Argentina iniciada em 2001), os investidores viam os investimentos nos mercados emergentes com muito cuidado. Essas crises produziram um fluxo significativo de dólares do Brasil para os Estados Unidos, afetando de forma negativa o preço dos títulos emitidos por empresas brasileiras e fazendo com que as empresas brasileiras enfrentassem maiores custos para captar recursos, tanto interna como externamente, e impedindo o acesso aos mercados internacionais de capitais. Não se pode ter certeza de que os mercados internacionais de capitais permanecerão abertos para as empresas brasileiras ou de que os custos de financiamento nesses mercados serão vantajosos para nós. Crises em outros países emergentes podem esfriar o entusiasmo dos investidores pelos títulos das companhias emissoras brasileiras, inclusive nós, o que