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4 DISCURSOS A PARTIR DE UM PROCESSO DE DRAMATIZAÇÃO DE

4.4 RECORTE 4 – PERCEPÇÕES ACERCA DOS REGISTROS

O QUE AS IMAGENS REVELAM

As imagens selecionadas dizem respeito ao modo como os estudantes conseguiram se apropriar dos textos literários, compreendendo o modo de vida social e cultural do século XVIII/XIX, época em que as histórias foram escritas. Os aspectos visuais que analisamos dizem respeito ao cenário, vestimentas e semblantes, especialmente.

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Figura 1 – Visita à cartomante

Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Primeiro ponto observado: ambiente. Vejamos que os alunos tiveram cuidado ao contar a história, visto que usaram jogo de luzes/sombras para contracenar, isso por que as histórias pretendem sempre deixar um “a dizer”, a possibilidade de interpretação, característica central do texto literário; nesse sentido, portanto, houve a compreensão dos estudantes de que a Literatura possibilita múltiplas interpretações, estas estão alicerçadas nas bagagens que cada leitor possui. Segundo Filho (2007, p. 15), “esse interpretar se clarifica por meio de uma linguagem”, a qual pretende explorar o recurso visual e retórico. Esse clima claro- escuro deixa o expectador preso aos acontecimentos da história. Percebemos que o imaginário desses estudantes permitiu fazerem interpretações que só o texto literário possibilita fazer, entendendo, portanto, que a Literatura é o lugar do possível.

Figura 2 – Jogo de xadrez: conversa e sedução

Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Segundo ponto observado: Percebemos que poucas coisas rememoram a época em voga (como por exemplo, quando percebemos o uso de cadeiras plásticas), isso por que os estudantes tiveram dificuldades em encontrar os objetos necessários para a encenação. Dessa forma improvisaram e organizaram o espaço com as coisas que tinham acesso. Lembremos que essa dificuldade já fora explanada nos diários de bordo. Esse aspecto é interessante salientar, pois no processo da dramatização intensas buscas foram feitas a fim de organizar o cenário de acordo com a época, mas quase nada foi encontrado. Essa busca dos estudantes pode ser compreendida como o entendimento de reafirmar a época da história, identificando assim, as manifestações culturais da época da escritura desses textos. Vejamos ainda que as personagens estão jogando xadrez, com as mãos sobre a mesa, ideia esta representada fielmente ao conto.

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Figura 3 – Borges e Inácio: uma relação conflituosa

Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Terceiro ponto observado: vestimentas. Observemos que a escolha dos estudantes com as roupas não é fortuita. Primeiramente, vejamos que as meninas (nas imagens anteriores também esse elemento pode ser observado), personagens principais, estão com vestidos de cor vermelha; essa cor simboliza a paixão, e as histórias todas estão perpassadas por paixões que não vingam. A vestimenta da cartomante também merece destaque, pois está em conformidade com a vestimenta original. Os meninos também tiveram cuidado na escolha das roupas, isto é, escolheram roupas sociais para representar seus personagens, já que na época das histórias, ternos eram usados. Vejamos que em relação à roupa, os estudantes buscaram dar vida aos personagens, entendendo, dessa forma, que a percepção da obra, dentro de seu contexto histórico, só seria possível a partir desses detalhes. E como postula Vigotski (2008) que tudo é externo, e a apropriação é do sujeito, podemos entender que só é possível compreender a história dentro de seu período literário se a mesma for apresentada de maneira mais fiel possível ao expectador.

Figura 4 – Início do triângulo amoroso

Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Quarto ponto observado: semblantes. Mesmo que de forma superficial, podemos observar os semblantes, os quais demonstram estar em seus personagens e despidos de si. Percebemos que os estudantes assumiram a identidade do personagem e dele fizeram-se entender. Diante esse entendimento, rememoremos o que significa a Literatura e qual sua função na vida das pessoas, visto que a implicação contida na dramatização demonstra que:

Ela pode ser um grande agenciador do amadurecimento sensível do aluno, proporcionando-lhe um convívio com um domínio cuja principal característica é o exercício da liberdade. Daí, favorecer-lhe o desenvolvimento de um comportamento mais crítico e menos preconceituoso diante do mundo (OSAKABE apud BRASIL, 2006, p. 49).

Wedekin (2016, p. 10), postula que “constata-se no pensamento de Vigotski sobre a arte a ideia de um espectador que não é passivo, mas participativo e criativo”, e por esse viés é possível afirmar que o processo de produção das dramatizações possibilitou que o aluno fosse agente da produção do conhecimento e não mero receptor de informações. Essa assertiva está em consonância com os postulados da Literatura, a qual pretende justamente abrir arestas nas histórias e fazer o leitor apropriar-se e transformá-las em conhecimento, aprendizagem. Nesse sentido, é importante destacar que o empenho e a dedicação no processo permitiu

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visualizar alunos que entenderam a proposta e mostraram acreditar no potencial da Literatura como constitutiva dos sujeitos.

Todos os aspectos observados são interpretação nossas, que participamos efetivamente do processo de dramatização e que conseguimos perceber esses detalhes a partir das imagens em consonância com as apresentações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa pesquisa, percebemos que o alargamento de entendimentos acerca do conhecimento literário se dá justamente quando o aluno é desafiado, é convocado a pensar sobre a materialidade em questão. Entendemos que o processo de construção e desenvolvimento de dramatização das obras literárias apresentou como potencialidades: a leitura dos materiais apresentados, o movimento de escrita na produção dos roteiros, o cotejo entre as realidades da época do texto com a atual na perspectiva da linguagem, da cultura, as apresentações, quando muitos dos alunos sentiram-se mais seguros posteriormente para apresentar trabalhos escolares, a implicação em conseguir mostrar a arte para a comunidade escolar.

Também foram percebidos os limites desse processo: a desvalorização do teatro por parte de alguns profissionais da educação, a falta de materiais na escola para que o trabalho pudesse ficar mais próximo da realidade das obras, falta de espaço físico para os ensaios, e claro que em alguns momentos os estudantes entendiam que os ensaios eram momentos de descanso, deixando de lado o propósito do processo, que era de dramatizar para conhecer a história, apropriar-se dela e reproduzi-la para mostrar a arte literária para a comunidade. A partir das análises, respaldadas teoricamente pelos pressupostos de Vigotski, Pêcheux e autores da Literatura, constatamos que grande parte dos alunos conseguiu internalizar/aprender/apreender alguma questão referente ao livro trabalhado, como, por exemplo, situar-se no tempo-espaço da história, reconhecer a peculiaridade linguística utilizada na época ou ainda perceber que a dramatização pode fazer com que os alunos sintam a necessidade em ler, já que precisarão adentrar no texto/personagem para representar aquela realidade posta.

Todas essas questões positivas percebidas nos discursos dos estudantes, vão ao encontro dos objetivos do trabalho, como elaborar grupos de estudos, quando precisaram ler intensamente as obras , exercitar a escrita, quando tiveram que elaborar o roteiro do teatro, identificar os pontos centrais da obra, enfrentar o medo do palco e socializar as produções para a comunidade, a fim de mostrar que o espaço da escola é um espaço que prioriza o conhecimento ativo, que é feito – inclusive - pelos estudantes.

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A pesquisa mostrou que os estudantes precisam ser mais desafiados, convocados, e precisam de estratégias diferentes para que apre(e)ndam os conceitos escolares. Mudar a estratégia de condução das práticas de leitura é um processo duro, porque exige do professor desacomodar-se e exige que o aluno seja ativo.

A partir do desenvolvimento das dramatizações, das leituras teórico- metodológicas e das análises realizadas, fica evidente que o processo mobilizou os alunos para desenvolver o processo; nesse sentido e ao encontro do que os artigos do primeiro capítulo postulam, é possível perceber os aspectos positivos que o trabalho alcançou. É satisfatório ver a implicação nas leituras, nas produções dos roteiros, nos ensaios, na organização e, sobretudo, a grandiosidade do evento em que se apresentaram e ainda os aplausos intensos de uma comunidade que conheceu a arte da e na escola. A palavra inscreve sentidos, estes são dados por quem profere e por quem recebe; então os entendimentos podem ser múltiplos/variados. Esta assertiva nos possibilita pensar que, quando o aluno afirma, por exemplo, que “a literatura é um aparato enorme para a dramatização”, ele infere que a Literatura é uma possibilidade para que as dramatizações aconteçam, pois é ela quem dá condições para isso, principalmente.

A Literatura conduz à saída da verga, ela possibilita o aluno a enxergar que a mesma é pertinente para a vida escolar e pessoal: aí a Literatura transforma. Ela é o lugar do possível, ela apresenta e representa o mundo aos sujeitos, ela é a representação do humano historicamente – sua constituição e sua transformação.

A regularidade nos enunciados (Sds) proferidos pelos alunos nos faz pensar na apropriação coletiva e individual desses sujeitos para com conhecimentos pontuais sobre as obras lidas, compreendidas e dramatizadas. Dizer que é preciso respeitar a história para que ela continue pertencendo ao movimento no qual está vinculada para não perder o seu cerne, é reafirmar que a Literatura representa uma época, um povo, uma cultura. Esse entendimento clarifica que estamos enredados na linguagem literária, ou seja, ela diz, ela é e se basta. Ela ilumina.

Acreditar no potencial dos alunos é deixar que criem asas para a construção da identidade e do futuro de cada um. Cabe à escola, portanto, oportunizar que eles tenham acesso e condições para crescer intelectualmente e pessoalmente, pois muitos deles só terão acesso a essa abertura, no espaço escolar.

As palavras que nos constituem, palavras nossas e dos outros. Então, a partir da experiência do processo de dramatização, podemos dizer que os discursos proferidos pelos estudantes nos constituíram enquanto pesquisadoras e que nossas palavras, profanadas neste trabalho, constituem uma rede discursiva de trabalhos implicados em compreender a aprendizagem a partir do teatro.

É importante pontuar que emergiram, ao fim do processo de análise e de escrita, provocações referentes à dramatização, à Literatura e às artes apresentadas na escola. Desencadeou-se a necessidade em pesquisar acerca do entendimento de Vigotski sobre arte e suas implicações para o ensino de Literatura, visto que a compreensão da importância das artes estende-se ao ensino da disciplina curricular de Literatura. Nesse sentido, há possibilidades de expansão deste trabalho, bem como esmiuçar e/ou realizar outras interpretações acerca do que aqui foi discutido.

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ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezado(a) Senhor(a)

Estamos desenvolvendo uma pesquisa cujo título é “A DRAMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE OBRAS CLÁSSICAS DA LITERATURA”.

Este trabalho é fruto de dissertação de Mestrado em Educação nas Ciências na Universidade regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ.

Este é um convite para você participar desta pesquisa e cabe a você decidir se quer participar. Se estiver interessado em participar, você e/ou seu representante legal (quando apropriado) deve ler este termo e assinar a última via para mostrar que concorda em participar da pesquisa.

Esta pesquisa se justifica ante o fato de que nós, professores implicados com o processo de aprendizagem, precisamos urgentemente pensar em novas práticas de leitura que faça com que o educando sinta necessidade em realizá-la, pois a concepção de ler para fazer resumo, fichário ou responder uma avaliação já está demasiadamente esgotada. Nessa acepção, pensamos em propor a leitura de forma que a mesma apresente resultados para a comunidade escolar e não fique apenas entre as paredes da sala de aula e os muros da escola. Queremos alunos que se identifiquem com a leitura e que queiram viver e compartilhar esse mundo de imaginação, ficção e realidade. A pesquisa tem como objetivo central identificar e analisar as potencialidades e os desafios de um processo de produção e desenvolvimento de estratégia de ensino (dramatização), para a construção de aprendizagens sobre obras clássicas da literatura brasileira (Machado de Assis), por estudantes do ensino médio.

A metodologia dar-se-á através de uma pesquisa qualitativa de cunho pesquisa- ação, pois construiremos o material a ser analisado ao mesmo tempo em que ele se delineia; este estudo será analisado à luz da análise textual discursiva.

Esta pesquisa pode apresentar como risco ou desconforto o bulling, visto que os estudantes serão expostos e caracterizados através dessa atividade. Outra possibilidade de risco com este trabalho é a negativa dos pais em deixar seus filhos irem até a escola em turno inverso para a realização da atividade (ensaios e organização). Todavia, este estudo possibilitará que novas estratégias de aprendizagem fomentando a leitura e a compreensão dos textos de Machado de Assis se instaurem nos espaços escolares, permitindo ao educando uma nova

concepção de leitura; além disso a atividade norteará um outro paradigma de proposta/intervenção sobre a prática do ler.

Nós pesquisadores, garantimos seu anonimato, o qual está assegurado e as informações obtidas serão utilizadas apenas para fins científicos vinculados a este projeto de pesquisa; podendo você ter acesso as suas informações e realizar qualquer modificação no seu conteúdo, se julgar necessário. Você tem liberdade para recusar-se a participar da pesquisa, ou desistir dela a qualquer momento sem que haja constrangimento, podendo você solicitar que as informações sejam desconsideradas no estudo. Mesmo participando da pesquisa poderá recusar-se a responder as perguntas ou a quaisquer outros procedimentos que ocasionem constrangimento de qualquer natureza.

Essa atividade possui critérios de inclusão e exclusão; na inclusão participarão todos os alunos matriculados no ensino médio da E. E. E. M. Dr. Bozano e que frequentam as aulas. Como critérios de exclusão, não participarão deste processo aqueles estudantes que os pais não deixarem frequentar a escola em turno inverso, visto que os ensaios e organização serão feitos também extraclasse. Para aqueles que não se sentirem interessados pela proposta, haverá atividades relacionadas com as obras trabalhadas para que haja, de certa forma, investigação acerca da obra.

Esta atividade será gravada pelo pesquisador e ficará arquivado na escola por tempo indeterminado, pois constituirá material audiovisual da mesma. O pesquisador terá acesso a esse material até o final de sua pesquisa, ou seja, período de um ano. Está garantido que você não terá nenhum tipo de despesa financeira durante o desenvolvimento da pesquisa, como também, não será disponibilizada nenhuma compensação financeira.

Eu, Eva Teresinha de Oliveira Boff, bem como Aline Maria Zampieri, assumimos toda e qualquer responsabilidade no decorrer da investigação e garantimos que as informações somente serão utilizadas para esta pesquisa, podendo os resultados vir a ser publicados.

Se houver dúvidas quanto à sua participação poderá pedir esclarecimento a qualquer um de nós, nos endereços e telefones abaixo:

Nome: Eva Teresinha de Oliveira Boff (orientador) Endereço: Rua 14 de Julho, 1199

E-mail: evaboff@unijui.edu.br Telefone: (55) 9.9973-1767

Nome: Aline Maria Zampieri (orientanda) Endereço: Linha 9, Interior

E-mail: aline.zamp@hotmail.com Telefone: (55) 9.9156-0918

Ou ao Comitê de Ética em Pesquisa da UNIJUÍ – Rua do Comércio, 3.000 – Prédio BETA – Sala Beta 02-08 – Caixa Postal 560 – Bairro Universitário – Ijuí/RS – 98700- 000. Fone (55) 3332-0301, e-mail: cep@unijui.edu.br.

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Todos os documentos ficarão sob a responsabilidade do pesquisador principal, por um período de cinco anos e após serão deletados e/ou incinerados.

O presente documento foi rubricado e assinado em duas vias de igual teor, ficando uma com o entrevistado ou responsável legal e a outra com os pesquisadores.

Eu, ________________________, CPF____________, ciente das informações recebidas concordo em participar da pesquisa, autorizando-os a utilizarem as informações por mim concedidas e/ou o meu prontuário.

______________________________ Assinatura do entrevistado

Impressão dactiloscópica ______________________________

Eva Teresinha de Oliveira Boff CPF: 028.091.090-87

______________________________ Aline Maria Zampieri

CPF: 022.095.920-03