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Há um núcleo de luz ligado ao Segundo Raio cósmico, que é o elo que mantém unidos todos os grupos internos e que é a fonte de impulso para as Iniciações. Por sua natu- reza, inclui todos os sub-Raios que se manifestam neste planeta. Constitui o centro que impulsiona o surgimento de ordens iniciáticas, hoje localizadas nos níveis internos da vida, e o aparecimento, nos níveis materiais, dos trabalhos de preparação dos seres para ingressar nelas.

Algumas das exteriorizações estimuladas por esse núcleo cósmico foram as filosofias contemplativas do Oriente, sobre cujas bases fundaram-se as escolas Mahaya-

na. As primeiras instruções provenientes dele foram escri-

tas no arcaico e extinto idioma senzar e estão ainda acessí- veis aos iniciados a partir do terceiro grau e aos Sacerdotes. Podem ser captadas também pelos discípulos a serviço; entretanto, nesses casos, em linguagem mais adequada à sua compreensão.

Por sintetizar os diversos sub-Raios do Segundo Raio cósmico, a esse núcleo interno está vinculado o trabalho de muitas Hierarquias. Se estivermos abertos à percepção supramental, encontraremos o seu toque característico nos estímulos enviados à humanidade por energias intrinseca- mente ligadas também à cura cósmica.

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Muitos indivíduos nos dias de hoje estão tendo opor- tunidade de contatar a luz e a sabedoria. Para que cheguem a ter consciência desse contato, devem desenvolver em si a capacidade de estar em silêncio, principalmente no que se refere às próprias ideias e conceitos.

Os que assim despertam para realidades internas estão percebendo que, movidos por impulsos espirituais aos quais não podem deixar de atender, são conduzidos ao trabalho da Hierarquia planetária. Sua consciência não encontra paz se não o acolhe, se não obedece ao silêncio que o revela.

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Está sendo formada uma ponte entre os homens e um núcleo energético de grande potência que, sediado em níveis divinos, irradia um amor de qualidade desconhe- cida na superfície da Terra. Pontos obscuros estão sendo removidos de alguns indivíduos, para que possam tomar consciência desse contato. O repouso tem importância fundamental na facilitação desse processo pois, durante o sono, empreende-se a dissolução de nódulos retrógrados, incrustados no ser há milênios.

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Para que o amadurecimento do ser se aprofunde, ele passa por um estágio no qual reconhece que existe em si uma busca de realização pessoal por meio de contatos inter- nos – e abdica de alimentá-la. Quando a cristalinidade e a pureza são nele firmadas, podem ser-lhe reveladas chispas da luz de núcleos sublimes, origem de toda a sabedoria disponível ao homem.

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Pode-se dizer que há no Akasha1 um núcleo que

contém registros impressos por consciências de grandes

iniciados que foram no passado denominados Nagas2 e

que, assim, deram partida à revelação dos mistérios cósmi- cos para a vida terrestre. Esses arquivos são compostos de várias categorias, abrangendo desde os mais ocultos segre- dos da existência cósmica até regras para iniciandos. Neles encontra-se a origem de textos captados por H.P. Blavatsky (HPB), tais como as estâncias de Dzyan, relativas a esses segredos, e o livro A VOZ DO SILÊNCIO, que diz respeito à formação dos que se acercam da aura da Hierarquia ou que evoluem por meio do serviço diretamente integrado a ela. Também desses arquivos originaram-se as estâncias que D.K. transmitiu a Alice A. Bailey, bem como as regras para discípulos e aspirantes, as quais formam a base da maioria de suas obras.

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A Hierarquia, em contato com o núcleo cósmico responsável pelo estímulo espiritual que é vertido sobre a Terra, estabeleceu um período em que esse estímulo se daria mais intensamente. Tal período deveria estender-se por aproximadamente 100 anos. HPB disse explicitamente que só dali a um século a humanidade compreenderia a razão de A DOUTRINA SECRETA ter sido escrita apesar de toda a oposição. Essa obra foi editada em agosto de 1888, a despeito da incompreensão da época e sob a agressividade das forças involutivas, expressa pela crítica.

1Akasha: estado de consciência onde estão armazenadas as informações sobre a trajetória evolutiva dos universos. Sua vibração está associada ao nível monádico e, portanto, o acesso às suas revelações é um atributo da mônada.

Por volta do trigésimo ano do período estipulado pela Hierarquia como “um século de impulsos especiais”, D.K. transmitiu a Alice A. Bailey3 a definição de suas etapas:

• fase preparatória, impulso dado entre 1875-1890 por meio de H. P. Blavatsky;

• fase intermediária, impulso dado entre 1919-1949 por meio de Alice A. Bailey;

• fase reveladora, que deveria emergir após 1975. * * *

Estamos na fase reveladora, tempo de culminação dos estímulos internos transmitidos no decorrer desse perío- do. Todavia, a completa realização dessa etapa é facultati- va. Chamamos a atenção dos aspirantes e discípulos para ela, porque devem transpor algumas provas, individuais e planetárias, entre as quais a prova do silêncio, antes que ela se consume.

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É possível que venham a surgir, ainda no decorrer desta transição planetária, ensinamentos mais profun- dos de potentes fontes cósmicas, os Nagas. Isso consisti- ria numa suprema realização por parte da Hierarquia e da humanidade. Esta, assim, participaria da redenção do planeta Terra, cooperando com a Irmandade do cosmos.

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A possibilidade de compreender as revelações espi- rituais depende do grau de amadurecimento mental dos

3 Essa definição das etapas encontra-se em OS RAIOS E AS INICIAÇÕES, Alice A. Bailey, Lucis Trust.

homens. Por exemplo, na secção “Os Sete Portais”, do livro A VOZ DO SILÊNCIO, de H.P. Blavatsky, encontra- -se implícita a iniciação de um Bodhisatva, e a maioria dos leitores, mesmo nos dias de hoje, nem sequer o percebe.

As consequências benéficas de essas revelações terem chegado a este mundo, e continuarem a fluir, só interna- mente dão-se a conhecer. Entretanto, não deveríamos criar expectativas pela continuação da fluência de transmissões espirituais aos níveis de consciência humana, nem por coisa alguma.

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Disse João XXIII, em suas profecias: “Luz do Ocidente, última luz antes da eterna, desconhecida”.

Epílogo

AOS QUE DESPERTAM