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5. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.5. Relação entre Ocupação Profissional e Formação no PPGE/FE

5.5.1. Processos Associados às Atividades Profissionais Atuais dos Egressos

Dos 174 respondentes, 152 (87,36%) citaram os processos relacionados às atividades profissionais que desenvolvem no contexto de seu trabalho, totalizando 322 indicações (média de 2,12 por sujeito), conforme apresentado na tabela abaixo:

Tabela 49 – Distribuição dos Processos relacionados às Atividades Profissionais

A partir da análise dos dados é possível constatar que 98% dos sujeitos se dedicam a processos estritamente educacionais, sendo quatro os mais indicados: ensino (37%); pesquisa (25%); gestão (21%) e extensão (14%); e, com menor representatividade, aparecem os processos de assessoria acadêmica (1%). Os processos de aconselhamento psicológico, comunicação e vendas constituem 2% das demais indicações realizadas.

Processos / Atividades Frequência %

Ensino 120 37,27 Pesquisa 80 24,85 Gestão 66 20,50 Extensão 44 13,66 Aconselhamento Psicológico 4 1,24 Assessoria Acadêmica 4 1,24 Comunicação 3 0,93 Vendas 1 0,31 Total 322 100

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Assim, nota-se que, a maioria dos egressos se dedica a processos de ensino; boa parte destes, também se dedica à pesquisa ou à gestão (principalmente os que atuam na pós- graduação) e, um pequeno número, à extensão. A grande maioria trabalha no âmbito da educação superior; e em instituições públicas, como apresentado em itens referentes à caracterização dos sujeitos, indicando que o PPGE/FE – Unicamp prepara profissionais para compor os quadros institucionais da esfera pública principalmente. De qualquer forma, o índice de egressos que se dedica à pesquisa (um quarto dos respondentes) ainda não é tão expressivo quanto o conjunto de titulados que se dedica à docência. Vale citar que em outros estudos sobre egressos consultados para o desenvolvimento deste trabalho, a maioria dos sujeitos também se encontrava trabalhando em processos de ensino, tendo havido variações apenas em relação à natureza das instituições.

5.5.2. Desenvolvimento de Atividades Profissionais na Educação Formal

Dos 174 respondentes, 149 (85,63%) indicaram em que nível atuam no sistema educativo, totalizando 166 indicações (média de 1,11 por sujeito), conforme apresenta-se:

Tabela 50 – Distribuição das Áreas de Trabalho na Educação Formal

Pela verificação dos dados é possível notar que quase 80% dos egressos atuam em dois níveis educacionais principais: a educação superior, com 51% das indicações e a educação básica, com 27%. Há ainda 14% de indicações relacionadas à educação profissional e tecnológica, bem como 8%, à educação infantil. Alguns trabalhos semelhantes pesquisados mencionam que, de forma geral, os mestres em educação têm se

Área de Trabalho na Educação Frequência %

Educação Superior 84 50,60

Educação Básica 44 26,51

Educação Profissional e Tecnológica 24 14,46

Educação Infantil 14 8,43

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dedicado, em sua maioria, à educação superior privada e/ou à educação básica pública, enquanto os doutores, à educação superior pública.

5.5.3. Tipo de Vinculação Profissional Atual

Dos 174 respondentes, 155 (89,08%) mencionaram o tipo de vínculo profissional que possuem atualmente em relação aos seus locais de trabalho, totalizando 194 indicações (média de 1,25 vinculações por sujeito), como pode ser observado abaixo:

Tabela 51 – Distribuição dos Tipos de Vínculos Profissionais dos Egressos

Pela análise dos tipos de vínculos apresentados, verifica-se que 78% estão divididos entre vínculos empregatícios no setor público (53%) e privado (25%). A porcentagem restante dos trabalhadores se dividiu entre as categorias: bolsista de pós-graduação (7%); profissional liberal (5%); autônomo (4%) e proprietário ou sócio proprietário (3%). Apenas 3% dos sujeitos se encontravam fora do mercado de trabalho formal, estando 2% aposentados na área educacional e 1% desempregados.

Interessante verificar-se que, dentre os 25 egressos que estão atualmente cursando pós-graduação nos níveis de doutorado (21) ou pós-doutorado (4), 14 são bolsistas, ou seja, 56% deste conjunto, fato que pode ser considerado muito positivo em função da baixa quantidade de bolsas que tem sido destinada a algumas áreas, dentre elas, a de educação. Outra observação de alta relevância é o ínfimo número de sujeitos desempregados em

Vinculação Profissional Atual Frequência %

Empregado(a) / Setor Público 102 52,58

Empregado(a) / Setor Privado 49 25,26

Bolsista de Pós-Graduação 14 7,22

Profissional Liberal 10 5,16

Autônomo(a) 8 4,12

Proprietário(a) ou Sócio(a) Proprietário(a) 5 2,57

Aposentado(a) 4 2,06

Sem vinculação / Desempregado(a) 2 1,03

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relação aos que possuem atualmente vínculo empregatício, tanto levando em consideração o grande índice de egressos atuando em empregos públicos, quanto em relação aos altos índices de desemprego nacional apresentados periodicamente em pesquisas.

5.5.4. Atribuição de Conceitos a Itens relativos à sua Ocupação Profissional Atual

Dos 174 respondentes, 148 (85,06%) atribuíram conceitos avaliativos (ótimo, bom, regular ou ruim) a 10 itens relativos ao desenvolvimento de suas atividades profissionais no contexto de trabalho atual. Os sujeitos que não estavam trabalhando, não precisavam responder esta questão. Na sequência, apresentação dos itens de avaliação com seus respectivos conceitos:

Tabela 52 – Distribuição dos Conceitos atribuídos pelo Egresso à sua Ocupação Profissional do Egresso

De forma geral, observa-se que os conceitos avaliativos que receberam o maior índice de indicações, foram os conceitos ótimo e bom, tendo sido indicados, quando somadas suas porcentagens, na seguinte ordem decrescente: comunicação junto à equipe de trabalho e utilização de conhecimentos (92% de indicações entre os conceitos ótimo e bom, cada); satisfação geral com as atividades (91%); relações interpessoais no contexto profissional (90%); comunicação especificamente com sua chefia (89%); percepção do reconhecimento de seu trabalho e promoção de mudanças em seu contexto profissional (78% cada);

Conceitos / Avaliação Ótimo % Bom % Regular % Ruim %

Satisfação com Atividades 71 47,97 63 42,57 14 9,46 0 0 Remuneração e Benefícios 22 14,87 81 54,73 39 26,35 6 4,05 Reconhecimento do Trabalho 42 28,38 73 49,33 26 17,57 7 4,72 Relações Interpessoais 55 37,16 78 52,71 13 8,78 2 1,35 Comunicação com Chefia 60 40,54 71 47,97 14 9,46 3 2,03 Comunicação junto a Equipe 59 39,86 77 52,03 12 8,11 0 0 Utilização de Conhecimentos 80 54,05 56 37,84 10 6,76 2 1,35 Promoção de Mudanças 44 29,73 71 47,98 26 17,57 7 4,72 Oportunidades de Crescimento 52 35,14 53 35,81 33 22,30 10 6,75 Condições de Trabalho 24 16,21 78 52,71 40 27,03 6 4,05

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oportunidades de crescimento na instituição (71%); conjunto mensal recebido na forma de remuneração e benefícios (70%) e condições gerais de trabalho (69%). Observa-se, portanto, que a indicação dos melhores conceitos variou entre 69% e 92% em relação a 100% dos itens apresentados, tendo como média 80,5%.

A média de indicações do conceito regular foi 15,34%, variando entre 6,76% e 27,03%. Já a média de indicações do conceito ruim foi 2,90%, variando entre zero e 6,75%, ou seja, um resultado em geral muito positivo. Dentre os itens que obtiveram avaliação regular e ruim, os três de maior destaque quando somadas as porcentagens destes dois conceitos foram: condições de trabalho (31%); remuneração e benefícios (30%) e oportunidades de crescimento (29%). As condições de trabalho não tão bem avaliadas podem estar relacionadas ao crescente aumento de atividades que os profissionais têm se deparado nos últimos anos, causando-lhes problemas em relação à administração do tempo.

Além disso, podem estar relacionadas à constante pressão para sua contínua atualização técnico-profissional e para a produção de publicações. Já as outras questões estão estritamente relacionadas, pois a melhoria da remuneração e dos benefícios geralmente é decorrente do crescimento e ascensão profissional do indivíduo.

De qualquer forma, os resultados da avaliação do conjunto de itens relativos ao trabalho dos egressos foram surpreendentemente positivos, em razão da alta porcentagem de indicações dos dois melhores conceitos. Neste sentido, pode-se inferir estar havendo um bom índice de identificação e subjetivação dos mestres e doutores pesquisados em relação aos seus trabalhos, principalmente em função do reconhecimento mencionado, da qualidade das relações estabelecidas e da possibilidade de utilização de seus conhecimentos, inclusive para a promoção de mudanças no ambiente.

5.5.5. Grau de Satisfação em relação às Atividades Profissionais

Dos 174 respondentes, 169 sujeitos (97,13%) manifestaram em que medida estão satisfeitos quanto ao trabalho que desenvolvem atualmente, conforme apresentado na sequência:

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Tabela 53 – Distribuição do Grau de Satisfação dos Egressos relativo ao Trabalho

A partir da análise dos dados podem ser confirmadas as evidências citadas no item anterior, pois 79% dos sujeitos encontram-se muito satisfeitos ou satisfeitos com suas atividades profissionais atuais e ainda, 17% do conjunto indica estar regularmente satisfeito. Apenas 4% dos pesquisados apontam pouca satisfação ou insatisfação em relação ao seu trabalho.

5.5.6. Correlação entre Ocupação e Formação

Dos 174 sujeitos, 150 (86,21%) mencionaram sua percepção quanto ao índice de correlação entre seu trabalho atual e a formação obtida no PPGE/FE, conforme apresentado abaixo:

Tabela 54 – Distribuição do Grau de Correlação entre Trabalho e Formação no PPGE/FE

Satisfação / Trabalho Frequência %

Muito Satisfeito 51 33,55 Satisfeito 69 45,40 Regularmente Satisfeito 26 17,11 Pouco Satisfeito 5 3,29 Insatisfeito 1 0,65 Total 152 100

Correlação Trabalho / Formação Frequência %

Muito Alta - 90 ou 100% 60 40,00 Alta - 70 ou 80% 56 37,33 Média - 50 ou 60% 22 14,67 Baixa - 30 ou 40% 5 3,33 Muito Baixa - 10 ou 20% 7 4,67 Total 150 100

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Como pode ser observado, 92% das indicações se dividem entre as categorias ‘muito alta’ (40%), ‘alta’ (37,33%) e ‘média’ (14,67%), indicando que, para a grande maioria dos respondentes (cerca de 80%), a correlação entre seu atual trabalho e a formação no PPGE/FE - Unicamp, encontra-se entre 70 e 100%, ou seja um índice muito expressivo. Apenas 8% dos pesquisados indicou uma correlação ‘baixa’ ou ‘muito baixa’ (índice de 40% ou menos).