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Capítulo II – O Movimento nas ruas

3. A base social das mobilizações a favor e contra o golpe institucional

3.1 A reorganização da direita

O surgimento dos protestos de direita, que a partir de junho de 2013 dão um salto qualitativo, tem origem em 2007. Remetem ao movimento Cansei, que organizou duas manifestações de rua entre julho e agosto daquele ano, e cujo um dos co-organizadores, João Doria, foi eleito prefeito de São Paulo em 2016. Criado cinco dias após um acidente aéreo em Cumbica, de queda de um avião da TAM em que morreram 199 pessoas, buscava atrelar o tema da corrupção ao chamado “caos aéreo”. Em termos de mobilização, os protestos tiveram baixo engajamento, não superando 5 mil pessoas. Sua relevância se deu mais no campo da articulação política, revelando as primeiras movimentações dos profissionais de classe média contra o governo, expressa na participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na organização do movimento. O principal fio de continuidade entre aqueles protestos e a massificação, pela direita, das manifestações de junho foi a ideologia anticorrupção. (Tatagiba, Trindade e Chaves Teixeira, 2015, p. 197-198).

Os três principais organizadores das mobilizações pró-impeachment, como indicam Tatagiba, Trindade & Teixeira (2015) e Firmino (2018) são os grupos liberais Vem pra Rua (VPR), Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online. O VPR existiu desde seu início como entidade colateral do PSDB, voltado para esconder nos protestos de rua o peso real dos partidos tradicionais da classe dominante nas mobilizações (Lopes e Sagalla, 2016). Já o grupo Revoltados Online, em que se destacava o ex-ator Alexandre Frota e a jornalista Carla Zambelli, foi absorvido pela estrutura política da família Bolsonaro, Frota e Zambelli sendo eleitos deputados pelo PSL em 2018. O MBL, grupo mais ativo entre os três, possui raízes próprias. Segundo Firmino, “evidências apontam que o MBL surgiu como um braço da organização “Estudantes pela Liberdade” (EPL), fundada em 2012, e que atua como a seção

brasileira da Students For Liberty, organização de perfil “libertariano” criada em 2008 nos Estados Unidos, com o objetivo de descobrir e treinar jovens lideranças universitárias tendentes ao “libertarianismo”. Mais precisamente, o MBL teria sido uma tentativa do EPL de promover suas pautas nas manifestações de junho de 2013103” (Firmino, 2018). Defensores do livre

mercado, dados colhidos nos protestos de direita revelam que estes movimentos têm enquanto base setores ideologicamente reacionários da classe média (tabela 6).

Em pesquisa realizada por Solano, Ortellado & Nader (2016) nos protestos de direita em 2015 “a esmagadora maioria concorda com as seguintes afirmações: “Cotas nas universidades geram mais racismo” (71%) e “O Bolsa Família só financia preguiçoso (60%). Em outro levantamento, realizado no mesmo dia, ao serem perguntados quais ações do governo afetaram negativamente sua vida: 45% mencionaram o Bolsa Família, 44% o auxílio reclusão e 36% as cotas raciais nas universidades públicas. Sobre as que afetaram mais positivamente, destaca-se o Prouni com 29% de aprovação” (Tatagiba, Trindade e Chaves Teixeira, 2015, p. 209).

Tabela 6 - Opinião e Boato entre manifestantes anticorrupção

O PT quer implantar

um regime comunista no Brasil

Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, é sócio da Friboi

O Foro de São Paulo quer criar uma ditadura bolivariana no Brasil não respondeu / nenhum 1.40 0.70 1.10 concorda 64.10 71.30 55.90 não sei 4.60 17.30 21.90 não concorda 29.90 10.70 21.20

103 Padrão similar ao identificado por Firmino, segundo Ciccariello-Maher (2016), pode ser identificado na Venezuela. Para o autor, instituições como o "National Endowment for Democracy (NED), International

Republican Institute (IRI), e a United States Agency for International Development (USAID) - tem utilizado

recursos para treinar a oposição venezuelana na nova geração de combate bélico que utiliza a não-violência estratégica para tentar derrubar presidentes democraticamente eleitos.” (p. 113-14) Similar ao MBL, que negava relações com partidos políticos até a eleição de suas figuras públicas, como Fernando Holiday em 2016 e Kim Kataguiri em 2018 (ambos pelo pelo DEM) “estudantes nas linhas de frente dos protestos de 2013 insistiam que seu movimento era espontâneo e não tinham relação alguma com a oposição venezuelana ou qualquer partido político existente. A conexão que já era óbvia aquela época, porém, foi rapidamente confirmada quando quase todos os dirigentes estudantis se filiaram a partidos políticos da oposição. O mais visível de todos, Yon Goicoechea, mais tarde ganhou um prêmio do Instituto Catho, dos Estados Unidos, com o nome do fundador do neoliberalismo, Milton Friedman - um titulo adequado.” (p. 114)

Cotas nas universidades geram mais racismo O PCC é um braço armado do PT O bolsa-família financia preguiçoso O PT trouxe 50 mil haitianos para votar na Dilma nas últimas eleições

não respondeu

/ nenhum 1.20 1.20 1.10 1.20

concorda 70.90 53.20 60.40 42.60

não sei 6.30 17.90 5.30 29.20

não concorda 21.50 27.70 33.30 27.00

fonte: https://gpopai.usp.br/pesquisa/120415/ (Solano, Ortellado & Nader, 2016) em Tatagiba, Trindade e Chaves Teixeira, 2015, p. 208-9

A reorganização da direita, traduzida na mobilização nas ruas, contou com o engajamento de diversas instituições, dos templos cristãos neopentecostais à Polícia Federal e ao Ministério Publico, cuja atuação possibilitou o fortalecimento da pauta anticorrupção na sociedade como um todo. Até narrativas bíblicas em torno da corrupção moral tiveram no PT seu principal alvo,104 contribuindo para a corrosão do partido entre setores populares. Ao

mesmo tempo, a experiência acumulada por grupos religiosos fundamentalistas na organização da “Marcha por Jesus”, que segundo o Datafolha mobilizou 335 mil pessoas em 2012, representando experiência organizativa maior que os protestos de 2013 (Redação Folha, 2016), deu aos grupos neopentecostais experiência de mobilização superior a organizações como MBL e Vem Pra Rua. Produto destas confluências, segundo Tatagiba e Galvão (2019), expressou-se em pesquisa divulgada pelo Datafolha, em novembro de 2015 apontando que, pela primeira vez, a corrupção foi eleita como principal problema pelos brasileiros (para 34% dos entrevistados), deixando para trás temas tradicionais, como saúde (16% das menções espontâneas), desemprego (8%) e educação (8%) (Datafolha, 2015)." (p. 28)

O papel da imprensa nas manifestações em prol do impeachment também foi bastante ativo, o que contradiz a avaliação de Cocco (2015), para quem foi possível testemunhar “no

104 Esta ofensiva ideológica em parte baseou-se, segundo Tatagiba e Galvão (2019) na disseminação da Teologia da Prosperidade, melhor expressa no crescimento das igrejas neopentecostais (p. 18-19).

dia 15 [de março de 2015], a mobilização de uma verdadeira indignação, espontânea e horizontal, mas atravessada por um viés conservador, ou seja por um viés (que não acho que seja tão majoritário como o governismo tenta dizer) que se preocupa mais com a corrupção como desvio da regra do que como funcionamento mesmo de um sistema desigual.” O papel de mobilização da imprensa tradicional (assim como das empresas que gerenciam redes sociais na internet) relativiza o viés espontâneo descrito por Cocco.

A nova força adquirida pelo MP, PF e poder judiciário, produto das mobilizações anticorrupção, possibilita uma mudança na correlação de forças do bloco no poder, levando ao colapso da frente neodesenvolvimentista. Por meio da interação entre protestos de massas e operações policiais e políticas contra o PT, amplamente cobertos pela mídia, a alta classe média forçou o descolamento contínuo, de 2014 a 2016, dos setores burgueses que apoiavam o governo. Este processo, longe de pacífico, incluiu além da prisão de importantes empresários, a destruição da indústria naval e parte relevante da indústria de construção civil, assim como de gás e petróleo.105

Enquanto as Jornadas de Junho não tiveram os movimentos anticorrupção como suas organizações propulsoras, tendo os protestos se dividido a partir do dia 20 em distintas perspectivas ideológicas (Singer, 2018), durante a segunda metade do ciclo de protestos que se encerrara 2016, a mobilização anticorrupção foi politicamente mais dinâmica. Ao acumular contradições entre os diferentes setores, classes e frações de classe, o projeto neodesenvolvimentista colapsou sem grande resistência popular. Mais que a vontade de dirigentes partidários e sindicais, a queda do governo Dilma, em última instância consequência dos protestos de Junho, revelou os limites da política de conciliação de classes no país.

105Segundo jornal Valor Econômico, por consequência da Operação Lava Jato, a “receita líquida das maiores

construtoras brasileiras encolheu 85% em 3 anos. Em 2015, as empresas faturaram R$ 71 bilhões. Em 2018, apenas R$ 10,6 bilhões.” (Valor, 2019) Segundo o IEEP Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustível, “em 2015 a força tarefa provocou a redução do equivalente a 2,0% do PIB em investimentos da Petrobrás e a diminuição do equivalente a 2,8% do PIB em investimentos das construtoras e empreiteiras; em 2016 calcula-se que a Operação tenha sido responsável pelo encolhimento de 5,0% dos investimentos em formação bruta de capital fixo no país, bem como reduziu em mais de R$ 100 bilhões o faturamento das empresas arroladas na Lava Jato. A indústria naval, uma das mais afetadas, chegou a empregar 82.472 mil trabalhadores em 2014, esse número caiu para 29.539 trabalhadores em 2018.” (INEEP, 2018)

Conclusão

Um argumento central na presente dissertação é que a transformação dos protestos de junho de 2013 de um movimento por direito à cidade em mobilizações anticorrupção não era inevitável. Mas eles ocorreram, e ao ocorrer, desestabilizaram a política de conciliação de classes do PT. Tal perspectiva se contrapõem a aquela que ao rejeitar a capacidade de ação relativamente autônoma das classes médias, reduz as mobilizações à mera manobra do grande capital internacional. Segundo esta leitura, os protestos de junho, desde o início, teriam representado uma conspiração voltada a tirar o PT do poder, sendo o MPL parte de um projeto político contrario à esquerda. Polo oposto, ao identificar nas transformações ocorridas no mundo do trabalho, em particular na expansão do setor de serviços, antagonismos que se sobrepõem aos conflitos entre classes, entende junho como momento de quebra paradigmática para os estudos de movimentos sociais. A pauta da anticorrupção, neste contexto, ganharia caráter possivelmente progressivo, uma vez que viria a representar os anseios legítimos de novos sujeitos. O presente trabalho buscou apresentar uma perspectiva alternativa, isto é, que as manifestações de 2013, através de um processo de metamorfose política e social, evoluíram de uma base policlassista - dirigida por grupos de esquerda descontentes com o reformismo fraco do PT - para um assalto ao poder, de cima para baixo, da alta classe média, em muito baseado na mobilização de massas de seus integrantes. Segundo esta hipótese, foi esta fração de classe, também organizada no aparato estatal pela operação Lava Jato, que estimulou e auxiliou a fração internacionalizada da burguesia a reorganizar o bloco no poder, reanimando o neoliberalismo no Brasil.

O agravamento da crise de empregos de alta qualificação, somado ao encarecimento

dos serviços às unidades familiares, estimulou majoritariamente as classes médias às ruas, porém esta classe não atuou de forma unificada. Nas pesquisas de opinião realizadas nos protestos de rua em 2015-16, é possível identificar presença maior da alta classe média no polo a favor do impeachment quando comparado aos setores que se mobilizaram pela democracia. O elemento decisivo na divisão desta classe parece ter sido ideológico. Uma das frações de classe média, ao não adotar a perspectiva meritocrática particular a sua localização de classe, buscou se aliar aos setores populares contra o impeachment. Esta mesma divisão, em termos distintos, colocou em polos opostos o movimento por direito à cidade e o movimento

anticorrupção em junho de 2013. Por outro lado, o presente trabalho identificou que os elementos ideológicos antisindicais e antiestatais nas ideias políticas do MPL, identificáveis também no site Passa Palavra, podem ter servido enquanto barreira a sua aproximação com as classes trabalhadoras. Neste sentido, a composição social de classe média do grupo se expressou em sua política de longo prazo, a despeito de seus objetivos estratégicos iniciais, voltados às classes trabalhadoras.

Ao ocorrer em paralelo a uma serie de protestos internacionais em que a internet foi instrumento organizacional, servido não só para divulgar ideias, mas também para mover pessoas, os protestos brasileiros têm paralelos importantes com a Turquia e o Egito. Em ambos os país, as manifestações marcaram primeiro uma abertura política dos regimes para em seguida intensificarem medidas de exceção, com o retorno do exercito à presidência do Egito e a militarização do regime turco. Em ambos os países, as liberdades democráticas retrocederam quando comparadas ao período anterior aos protestos.

O ciclo de manifestações entre 2011 e 2016, como identificado no banco de dados de eventos de protestos, revela 2013 como ponto alto de uma serie de mobilizações estudantis, sindicais e populares. Será durante o inicio deste ciclo em São Paulo, principalmente ao longo da campanha contra o aumento da tarifa em 2011, que se consolida o núcleo dirigente do MPL que estimulou o início dos protestos de junho. Este processo acelera o acumulo de contradições na frente política encabeçada pelo PT, que ao assumir a prefeitura de São Paulo em 2012, passa a incentivar ao mesmo tempo a mobilização social e sua repressão pela polícia. Enquanto os protestos de junho foram marcados por uma pluralidade de experiências distintas pelas cidades do país, em São Paulo, Curitiba e Brasília, a articulação anticorrupção prevaleceu sobre os movimentos sociais, estabelecendo novos ritmos à política nacional.

As mobilizações de rua ao longo da campanha pelo impeachment em 2015-16 levaram à reorganização da direita no Brasil. Este processo, ancorado na articulação política da alta classe média, devolveu à fração internacionalizada da burguesia a cabeceira do bloco no poder, que ao longo dos governos petistas foi ocupada prioritariamente pelos setores internos da economia. Mesmo que tenha resultado na restauração do neoliberalismo ortodoxo no Brasil, a ofensiva da direita foi incapaz de desmobilizar o movimento grevista desencadeado pelos protestos de 2013, principalmente no setor de serviços. A luz dos distintos ciclos de protestos internacionais ocorridos entre 2011 e 2013, seria um exagero dizer que o movimento de junho foi derrotado. Isto porque, a despeito de maior fragmentação da esquerda socialista e autonomista, a exceção de alguns casos específicos centrados no Rio de Janeiro, não houve

repressão generalizada aos ativistas de 2013. A longo prazo, as consequências daqueles protestos na correlação de forças entre as classes fundamentais segue aberta.

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