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Em resumo, os artigos dis utidos e revisados neste apítulo levantaram al-

guns pontoseperguntasimportantes aesta dissertação. Emprimeirolugar,

[37℄ ressalta a relevân ia de se estudar a físi a fundamental por detrás de

sistemasdenanotubosde arbonoporsobresubstratososmais diversos. Em

segundo, [42℄ e[63℄ nos permitemperguntarsobre qual adinâmi aque gera

os pers estáti osde deformação osquais apare em emnanotubosdeforma-

dos sobre substratos. Por m, [46℄nos levaaperguntarseé possível utilizar

a ompreensão obtida para a fenomenologiade nanotubosde arbono sobre

substratos e extrapolá-la para nanotubos de arbono imersos em matrizes.

A maneirade se testar tal onje tura será realizar experimentos, peloLNS,

visando uma quanti ação pre isa das interações adesivas entre nanotubos

de arbono emeios que osenvolvem.

38

Ovalordetensãosaiimediatamentedasegundaequaçãode(1.29),dadoquese onhe e

Dis ussão experimental:

elastostáti a

Motivadospeladis ussãodaliteraturafeitano apítulo2,prossigamosagora

aos experimentos ujos dados sus itaram a elastodinâmi a fenomenológi a

desenvolvida no apítulo4.

Este apítulo possui três seções. A primeira, 3.1, onforme dita na In-

trodução, tem aráter ilustrativo e versa sobre o estado da té ni a do LNS

quando desta dissertação. Dis ussõesmais ompletas, asquais onferem aos

aparatos experimentais doLNS,se en ontram em [28℄, [29℄ e [31℄, edelas se

fará um breve apanhado.

Já a segunda, 3.2, resgata parte dos dados experimentais des ritos no

apítulo6 de [29℄e traz àdis ussão algunsoutros, osquaisexibemamesma

fenomenologia. Cada um destes onjuntos é dis utido em detalhe, nas sub-

seçõessubseqüentes. Porm, por ontadaintrodução de novasinformações

e terminologias, se faz um breve resumo do apítulo, na ter eira seção, 3.3

ressaltando-se, prin ipalmente, os prin ipais aspe tos dos dados experimen-

tais des ritos.

3.1 Experimentos

Como des ritoem [28℄, os aparatos doLNS aliam a té ni a de espe tros o-

pia Raman onfo al àquela de AFM. Como dito a esta mesma referên ia, e

bemextrapolado em[31℄ noque onfereà superaçãodos limitesde difração,

juntos os dois métodos permitem a realização simultânea de experimentos

de espe tros opia ede nanomanipulação ontroladade objetosde dimensões

não muito distantes daes ala daponta doaparato de AFM.

Figura 3.1: Esquema doaparatoexperimentaldo LNS.Retirado de [31℄.

3.1 enafotoa)dagura3.2. Sendobreve,quantoàparteóti a, umfeixe de

luzlaserédire ionadoàefo alizadonaamostraaseranalisada,atravésdum

mi ros ópio invertido, e luz espalhada na mesma direção e sentido oposto

ao da luz in idente é oletada ou por uma âmera om um dispositivo de

arga a oplada (CCD, em inglês),ou porum fotodiodode avalan he (APD,

em inglês), a es olha de oleta sendo feita através dum espelho móvel. A

amostra é movidapor um estágio one tado a um ontroladoreletrni o da

RHK Te hnology.

Já quanto ao aparato de AFM, o mesmo ontrolador ao que o estágio

se one ta regula o fun ionamento duma montagem, a qual vai por sobre o

mis ros ópioinvertido 1

e ontém,seditodemaneirasimples,umpi omotore

dois ristaispiezoelétri os 2

,osquaisrealizamaaproximaçãoemovimentação

dapontananomanipuladora,aqualestáa opladaaum diapasãodequartzo.

Poroutrolado,asamostrasusadasnosexperimentosforam res idaspelo

LNS, em par eria om o Nano hemistry Group, do Weizmann Institute of

S ien e, por pro edimento de CVD, o qual é bem des rito no apítulo 3 de

[29℄, de modoanálogoàsamostras utilizadasnos artigosdas subseções 2.1.1

e 2.2.1. Um exemplo de serpentina de arbono assim produzida e que foi

usada nos experimentos é a gura 3.3, a qual representa um nanotubo de

1

Poressemotivosendo hamadade abeça.

2

Figura 3.2: Aparato experimental do LNS. a) Foto do aparato óti o. b)

Foto do ristal de quartzo sintonizador edo ir uitoque ampli aseu sinal.

) Imagem da ponta de ouro aproximada da amostraa qualse manipulará.

Retirado de [31℄.

arbono semi ondutor om, ao lado, espe tros Raman para a banda

G

de vários pontosao longo de si

3

.

Notemos que, não por a aso, a serpentina serpenteia por sobre o subs-

trato, ontendo tre hos retos e tre hos om urvas, as quais hamaremos,

inter ambiavelmente,serpenteios. Comoexpli adoem[29℄e[37℄,istosedeve

ao fato do substrato de quartzo vi inal, ao ser ortado, apresentar degraus

devido à sua estrutura ristalina.

Os experimentos, portanto, onsistiram em utilizar a aparelhagem ex-

perimental des rita, om pontas nanométri as de ouro, nas amostras assim

onfe ionadas e sederam emtrês etapas, a saber 4

:

3

Abanda

G

estápresentenoespe trodeespalhamentoRamandetodosossistemasde arbono omligaçõesdotipo

sp

2

,estandoelarela ionadaaoestiramentodaligaçãoentre

doisátomosde arbonoaolongodo seuplano. Seu valorde freqüên iade espalhamento

Raman éem tornode

1580cm



1

. Para nanotubosde arbono,a banda

G

se revelasob a forma de pi os múltiplos, visto haveraté seis fnons permitidos para o espalhamento

Ramandeprimeiraordem. Noentanto,usualmente,somentedoisdessespi osserevelam

no espe tro,osquais estãoasso iadosadeterminadasimetria(nesse aso, hamada

A1

) daformação ristalinadonanotubo. Estefato serela ionaaefeitosdepolarizaçãodaluz

in idente no nanotubo. Desses dois pi os,o de maiorfreqüên ia ébatizado

G

, e ode menor,

G



. Ver[1℄,seu apítulo7.

4

Ver[29℄, seu apítulo6,para umadis ussãopormenorizadada onfe çãodosexperi-

Figura 3.3: a) Imagem por espe tros opia Raman onfo al para banda

G

de nanotubo semi ondutorsobre substrato de quartzo. b) Espe trosRaman

retirados aolongo do nanotubo. Setas indi am bandas

G

e

G



. Adaptado

de [29℄.

Em primeiro,espe tros opia Raman onfo alpermitiu lo alizaros na- notubosdentrodumaáreadeaproximadamente inqüêntami rmetros

por inqüênta mi rmetros.

Em segundo, a abeça do aparato de AFM rebaixou a ponta de ouro a oplada aodiapasãode quartzo, omuso dopi omotor, parao ajuste

grosso, e do piezoelétri o na direção perpendi ular à amostra, para o

no, eumatopograadaregiãodentrodaqualselo alizouonanotubo

foi feitaparaa erti açãode queseen ontravanapartemais externa

da superfí ie daamostra,sem impurezas porsobre si.

Em ter eiro, aso o segundo passo se tivesse bem-su edido, a ponta de ouro seria olo ada próxima ao nanotubo, e aos piezoelétri os nas

direções paralelas ao plano da amostra se apli aria uma diferença de

poten ial onhe ida,para quesemovimentasse apontade ouro emal-

guma direção não-paralela aoseu eixo de simetria. Isto,quando feito,

perturbouo nanotubo,fazendo-o, emmuitos asos, des olarda super-

fí ie daamostra.

Estas três etapas foram realizadas para diversas amostras. Uma foto que

ilustra a ter eira etapa e um desenho que a esquematiza são a foto ), na

Figura3.4: Exempli açãodater eiraetapadopro essodenanomanipulação

de nanotubosde arbono sobre substrato de quartzo om aparatode AFM.