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SEÇÃO 3 – Formação profissional (questões 16 a 45)

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

5.3 SEÇÃO 3 – Formação profissional (questões 16 a 45)

Nesta seção, elaboramos questões que tratam da formação dos(as) entrevistados(as), tanto inicial como continuada. Como esta é uma seção longa, com 29 questões, optamos por dividi-la em 5 quadros com os seguintes temas:

- Quadro 9 - Formação Inicial/ Ensino Formal (questões de 16 a 23); - Quadro 10 - A Ginástica no Ensino Superior (questões de 24 a 29); - Quadro 11 - Participação em grupos de pesquisa e extensão (questões de 30 a 33);

- Quadro 12 - Formação continuada em Ginástica para Todos (questões de 34 a 39);

- Quadro 13 – Capacitação em Ginástica para Todos – utilização de materiais (questões de 40 a 43);

- Quadro 14 – Capacitação em Ginástica para Todos – sugestões de iniciativas (questões de 44 a 45).

Quadro 9 - Formação Inicial / Ensino Formal

T Ensino

Superior

Curso e IES Tipo de

formação

Conclusão Titulação? Qual e em

que área?12 T1 Sim Educação Física

– UNESP Rio Claro

Licenciatura 1998 Sim, pós-doutorado em Educação

T2 Sim Educação Física - UNIMEP Licenciatura plena 1997 Sim, pós-doutorado em Educação Física 12

No questionário, a pergunta referia-se a cursos de pós-graduação, porém realizamos esta mudança no quadro para torná-lo mais didático.

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T3 Sim Educação Física - FEFISA

Licenciatura plena

1995 Sim, especialização em Dança

T4 Sim Educação Física

– PUC/Campinas Licenciatura 1997 em atividade física e Sim, especialização qualidade de vida

T5 Sim Bacharelado em Esporte - USP

Bacharelado 2016 Não

T6 Sim Educação Física - Mackenzie Licenciatura e Bacharelado 2019 Sim, mestrado em Ciências do envelhecimento

T7 Sim Educação Física –

ESEFFEGO/UEG

Licenciatura 2017 Não

T8 Sim Educação Física - USJT

Bacharelado 2001 Sim, especialização em Fisiologia e Saúde

do idoso

T9 Sim Educação Física - FMU

Licenciatura plena

2002 Sim, mestrado em Educação Física

T10 Sim Educação Física – UFSCar e Pedagogia – Faculdade São Luís Licenciatura e Bacharelado 1993 Sim, mestrado em Pedagogia do Movimento

T11 Sim Educação Física - UNICAMP Licenciatura e Bacharelado 2011 Sim, especialização em Reabilitação aplicada à neurologia infantil, mestrado em Educação Infantil e doutorado em GPT

T12 Sim Educação Física – FEFISA Licenciatura e Bacharelado 2009 Sim, especialização em Psicomotricidade

T13 Sim Educação Física - UNICAMP Licenciatura e Bacharelado 2012 Sim, mestrado em Educação Física

T14 Sim Educação Física – FIB Licenciatura e Bacharelado 2013 Sim, especialização em Bioquímica, Fisiologia, Treinamento e Nutrição esportiva

T15 Sim Educação Física

– FMU Licenciatura e Bacharelado

2015 Não

T16 Sim Educação Física - UNICAMP Licenciatura e Bacharelado 1995 Sim, pós-doutorado em Educação

T17 Sim Educação Física - USJT

Bacharelado 2009 Não

T18 Sim Educação Física – Uirapuru Superior e Véris Educacional Licenciatura e Bacharelado 2009 Sim, especialização em Fitness e Treinamento Desportivo

T19 Sim Educação Física - FEFISA

Licenciatura plena

2003 Sim, especialização em Educação

86 Esporte – EEFE/USP em Ginástica e Magistério do Ensino Superior; mestrado em Educação Física (Pedagogia do Movimento) e doutorado em Ciências

T21 Sim Educação Física - UNICAMP Licenciatura e Bacharelado 1995 Sim, mestrado em Educação Física (ênfase escolar); doutorado em História Social e pós- doutorado em Sociologia. Fonte: Elaborado pela autora.

Quanto à formação inicial e da educação por meio do ensino formal dos(as) treinadores(as), identificamos que todos(as) eles(as) frequentaram o Ensino Superior, que representa a esfera de aprendizagem formal brasileira (NELSON; CUSHION; POTRAC, 2006). Apesar de alguns estudos apontarem algumas desvantagens e inconsistências nessa esfera, conforme já indicamos anteriormente, ela pode trazer vantagens para o(a) treinador(a) em formação, como o acesso a especialistas e a procedimentos formais de avaliação e medidas de garantia de qualidade (MALLET et al., 2009).

Dessa maneira, confirmamos a importância do ambiente universitário para a formação de treinadores(as), fato também apontado por estudos como os de Mallet e Dickens (2009) e Banack, Bloom e Falcão (2012).

Julgamos ser este, então, um dado positivo em nossa pesquisa, pois significa que esses(as) treinadores(as) estão aptos a exercer a sua profissão legalmente em nosso país (caso estejam registrados no sistema CREF/CONFEF) e, mais do que isso, presume-se que esses(as) treinadores(as) adquiriram o conhecimento básico ou inicial para a sua prática profissional.

Analisando as IES, percebemos que 8 treinadores(as) são formados(as) em instituições públicas e que 12 são formados(as) em instituições privadas, o que indica um certo equilíbrio. Algumas dessas universidades possuem tradição na área da Ginástica, como, por exemplo, a USP, grande promotora da ginástica, por meio das professoras (em ordem cronológica) Stella Guérios, Astrid Schulman, Renata Stark, Rosa Maria Mesquita, Mauro Guiselini e Nestor Soares Públio, desde o início do século XX; assim como a UNICAMP, precursora do estudo da GPT no Brasil com a criação do Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG), em 1993, e do Grupo

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Ginástico Unicamp (GGU), em 1989, pelas professoras Elizabeth Paoliello, Vilma Leni Nista-Piccolo e pelo professor Jorge Sérgio Pérez Gallardo. Também merecem destaque as IES privadas que possuem renome no fomento à Ginástica, com a atuação, há décadas, de professoras de importância para a área. Neste contexto, destacamos a extinta FEFISA, com as professoras Maria Teresa Bragantino Martins, Yumi Yamamoto Sawasato e Maria Fátima de Castro; a FMU, com a professora Cynthia Tibeau, Carmen Lúcia Leme de Lima e Yumi Yamamoto Sawasato; a UNIMEP, com a professora Roberta Gaio; e a PUC Campinas, inicialmente com as professoras Elizabeth Paoliello e Vilma Leni Nista-Piccolo e, depois, com a professora Roberta Gaio. Grande parte desses docentes atuaram também como ginastas, treinadores(as), árbitros(as) e/ou pesquisadores(as) de ginásticas competitivas, além de terem tido um importante papel na produção de conhecimento na área da Ginástica.

A respeito do tipo de formação dos(as) treinadores(as), identificamos que 19 deles(as) possuem graduação em Educação Física, 3 na modalidade licenciatura (T1, T4 e T7), 10 (T6, T10, T11, T12, T13, T14, T15, T16, T18 e T21) em licenciatura e bacharelado, e 4 (T2, T3, T9 e T19) em licenciatura plena. Dois(as) treinadores(as) possuem bacharelado no curso de Esporte.

Através desses dados, vemos que a maioria dos(as) treinadores(as), ou seja, aquela que possui licenciatura e bacharelado e licenciatura plena, pode ter uma atuação mais ampla em sua prática profissional, pois a conclusão e certificação nessas modalidades dão a eles(as) subsídios para a atuação tanto no ambiente escolar, como em outros contextos, como clubes, ONGs etc. Por tal razão, optamos por reunir, na mesma coluna, no gráfico abaixo, que nos mostra a formação geral dos(as) entrevistados(as), esses dois tipos de formação.

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Gráfico 4 - Tipo de formação dos(as) treinadores(as) dos grupos de GPT

Fonte: Elaborado pela autora.

Em relação aos cursos de pós-graduação, os dados apontam que 4 treinadores(as) possuem pós-doutorado (T1, T2, T16 e T21); 6 treinadores(as) possuem doutorado (T1, T2, T11, T16, T20 e T21); 10 treinadores(as) possuem mestrado (T1, T2, T6, T9, T10, T11, T13, T16, T20 e T21) e 9 treinadores(as) possuem algum tipo de especialização (T3, T4, T8, T11, T12, T14,T18, T19 e T20).

Dos(as) 21 entrevistados(as), apenas 4 responderam que não possuem nenhum curso desse tipo. Analisando o ano de formação no curso de graduação desses(as) treinadores(as), percebemos que a maioria é relativamente jovem, fato que talvez possa justificar esse dado.

Por meio da análise da área dos cursos de pós-graduação dos(as) treinadores(as), percebemos que todas elas são áreas da Educação Física e/ou das Ciências do Esporte. 14 3 2 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Licenciatura e bacharelado e Licenciatura plena

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Gráfico 5 - Cursos de pós-graduação realizados pelos(as) treinadores(as) de GPT

Fonte: Elaborado pela autora.

Identificamos um grande número de treinadores(as) que possuem cursos de pós-graduação (85,7%), principalmente na área do mestrado acadêmico. Este dado, de fato, não é surpreendente, pois a amostra deste estudo (obtida em um evento científico) sugere que tais profissionais estejam envolvidos no meio acadêmico.

Essa alta porcentagem (85,7%) também está em consonância com os dados dos estudos de Schwartzman (2010), o qual aponta que o sistema de pós- graduação brasileira tem crescido gradativamente por conta do alto número de doutores, mestres e especialistas formados ao longo dos anos.

Esse crescimento se dá, principalmente, pela busca dos profissionais no desenvolvimento da carreira universitária em razão da alta competitividade no mercado de trabalho contemporâneo e da precarização de muitos veículos de trabalho (SILVA; BADARGI, 2015).

A maioria dos grupos apontados nos discursos dos(as) entrevistados(as) são universitários, e, portanto, coordenados pelos docentes dessas instituições. Para que possam atuar à frente desse grupo dentro de uma IES, é exigida a formação em pós-graduação.

Na área da Educação Física e do Esporte, percebe-se um aumento da produção do conhecimento sobre Ginástica, principalmente por influência da criação desses programas de pós-graduação, dado observado por autores como Pereira, Andrade e Cesário (2012) e Lima et al. (2016). Esse dado ressalta a importância de

0 2 4 6 8 10 12

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cursos em nível superior de educação na formação profissional, além da atividade de pesquisa e aprimoramento de habilidades e competências. Lima et al. (2016) apontam, igualmente, que as produções acerca da GPT em nível de pós-graduação ainda são tímidas quando comparadas a trabalhos que versam sobre as ginásticas competitivas, e que a universidade que mais produziu trabalhos desse tipo nos últimos anos foi a UNICAMP.

Nas questões subsequentes, fizemos perguntas sobre as disciplinas que os(as) treinadores(as) tiveram durante o período da graduação e que abordavam saberes gímnicos. As respostas encontram-se no quadro abaixo:

Quadro 10 - A Ginástica no Ensino Superior

T Disciplina

s de conteúdos

gímnicos

Qual ou quais? Carga

horária semanal Modalidades gímnicas mais abordadas Disciplina especifica de GPT? Obrigatória ou eletiva? T1 Sim Fundamentos básicos,

uma específica de GA e uma específica de GR 4h cada GA, GR e Ginástica de Trampolim Não T2 Sim GA e GR 40 horas/se mestral cada GA, GR e Ginástica de Trampolim Não

T3 Sim GG, GA e GR 2h cada GA, GR, GPT Sim (não informou se

era obrigatória ou eletiva)

T4 Sim Ritmo, Ginástica Analítica e Natural, GO I, Dança I, GRD I, Atividades em academias 60h/seme stral cada GA, GR, Ginástica de Condicionamento Físico Não

T5 Sim Ginástica Olímpica I e Ginástica Para Todos

4h e 2h GACRO, GA e GPT

Sim, eletiva

T6 Sim GG e GA 2 ou 3h GA e GPT Sim,

obrigatória

T7 Sim Ginástica I e Ginástica II

5h GA Não

T8 Sim GG I, GG II, GR e GA 2h GACRO, GA, GR e GPT

Sim, obrigatória

T9 Sim GG (com foco em condicionamento físico), GA e GR GG – 160h; GA – 80h; GR – 80h (semestra l) GA, GR e Ginástica de Condicionamento Físico Não

91

T10 Sim Ginástica e Dança 2h GA, GR e

Ginástica de Condicionamento Físico Não T11 Sim Graduação: Fundamentos da Ginástica, GA, Aprofundamento em GA e GG. Pós- graduação: Estudos Independentes da Ginástica 60h, 30h, 45h, 30h e 90h, respectiva mente GA, GPT e Ginástica de Condicionamento Físico Sim, eletiva T12 Sim GG I, GG II e GA 1 semestre, 1 ano e 1 ano, respectiva mente GA, GR e GPT Sim, obrigatória T13 Sim Fundamentos da Ginástica, Ginástica Geral e Aprofundamento em Ginástica Geral; GA e Aprofundamento em GA 2 a 4h GACRO, Ginástica Aeróbica, GA, Ginástica de Condicionamento Físico, GPT, GR Sim, eletiva T14 Sim GG e GA 2 a 4h Ginástica Aeróbica, GA e GR Sim, obrigatória

T15 Sim GA, GR e Habilidades Motoras Gímnicas 1h30 Ginástica Aeróbica, GA, GR e Ginástica de Condicionamento Físico Não

T16 Sim Ginástica Rítmica e Ginástica Olímpica Não se lembra GA e GR Não T17 Sim GG, Atividades Rítmicas e Expressivas e GA 2h GA, GPT, Ginástica de Condicionamento Físico e Outra Sim, obrigatória T18 Não - - - Não

T19 Sim GG, GR e GA 2h GA, GR e GPT Sim,

obrigatória

T20 Sim Ginástica Olímpica I e II

4h GA Não

T21 Sim Fundamentos da Ginástica, GA e GR

2h GA, GR e GPT Não

Fonte: Elaborado pela autora.

A respeito da Ginástica no Ensino Superior, constatamos que 20 treinadores(as) tiveram, em seus cursos de graduação, uma ou mais disciplinas que abordava(m) os conteúdos gímnicos; apenas um(a) treinador(a) afirmou que não teve essa abordagem.

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As modalidades gímnicas mais abordadas relatadas pelos(as) treinadores(as) foram: (1) GA (20 respostas); (2) GR (14 respostas); (3) GPT (10 respostas); (4) Ginástica de Condicionamento Físico (7 respostas); (5) GACRO (3 respostas); (6) GAE (3 respostas) e (7) GTRA (2 respostas).

O gráfico abaixo permite uma melhor visualização desses dados:

Gráfico 6 - Modalidades gímnicas mais abordadas nas disciplinas nas IES

Fonte: Elaborado pela autora.

A prevalência da GA e da GR como modalidades gímnicas mais presentes nessas disciplinas confirmam o que já apontamos neste estudo e o que comprovam tantos outros: muito provavelmente isso se dá pelo fato de serem desportos olímpicos com maior visibilidade (RINALDI, 2005).

A Ginástica de Condicionamento Físico também aparece com frequência nos discursos dos(as) treinadores(as), visto o alto crescimento do mercado fitness na atualidade, a promoção de saúde e o crescimento das academias em todo Brasil, o que abriu o mercado de trabalho para os(as) recém-formados(as) nos cursos de Educação Física e Esporte.

A GPT aparece com uma frequência um pouco maior do que as Ginásticas de Condicionamento Físico. Dos(as) 21 treinadores(as), 10 deles (as) afirmaram que tiveram esse tipo de disciplina específica em seus cursos de graduação (T3, T5, T6, T8, T11, T12, T13, T14, T17 e T19), sendo que 3 deles(as)

20 14 10 7 3 3 2 0 5 10 15 20 25

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afirmaram ser(em) as disciplinas eletiva(s), 6 afirmaram ser(em) obrigatória(s) e um não informou.

Considerando-se as potencialidades pedagógicas e culturais da GPT aplicada ao contexto escolar (AYOUB, 2013) e também a outros contextos, é desejável que ela faça parte dos currículos dos cursos de graduação em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física a fim de que o(a) graduando(a) obtenha conhecimento a seu respeito e possa aplicá-la satisfatoriamente. Contudo, segundo o estudo de Silva (2015), a Ginástica no Ensino Superior continua sendo tratada, majoritariamente, de maneira tradicionalista, dando-se luz à vertente tecnicista, o que dificulta a inserção da GPT nos currículos pela fragmentação do conteúdo e consequente inexistência de interdisciplinaridade.

A aproximação da GPT aos graduandos(as) do Ensino Superior também pode ocorrer por meio de extensões universitárias e grupos de pesquisa. De fato, esses grupos têm um grande impacto na formação dos futuros profissionais e, por essa razão, é desejável que ela ocorra sob a perspectiva de que a GPT pode se configurar como base da Ginástica, confirmando assim, a sua relevância.

Concordamos com Bento-Soares (2019, p. 134) quando observa as concepções de GPT de algumas FNG e conclui:

[...] nessa perspectiva, poderia ser entendido que a GPT é parte de todas as disciplinas ginásticas: há GPT na iniciação esportiva da Ginástica Artística; há GPT na Ginástica Rítmica adaptada do Special Olympics; há GPT nos grupos iniciantes de aeróbica, assim como há GPT de apresentação de grupos de grande área, praticantes de fitness, entre outras formas, como é visto pela FIG.

Como mencionado acima, o trato com a GPT no Ensino Superior pode ser feito por meio da tríade “ensino-pesquisa-extensão”, e é exatamente isso o que abordamos nas perguntas subsequentes dirigidas aos(às) treinadores(as). Os dados encontram-se no próximo quadro:

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Quadro 11 - Participação em grupos de pesquisa e extensão

Treinador (a)

Projetos de extensão Grupos de pesquisa

T1 Sim, Cia Exciton de Dança (UNESP) Não

T2 Sim, Ginástica na escola Sim, Psicomotricidade e Educação Física Escolar (UNIMEP), Ginástica

GPT Unicamp

T3 Sim, Grupo de Ginástica Não

T4 Não Não

T5 Sim, Natação, Atividade Física para mulheres em sobrepeso e obesidade,

Escolinhas de Ginástica

Sim, GYMUSP

T6 Sim, Atividade Física Adaptada Sim, Atividade Física Adaptada

T7 Sim, Cignus Sim, Geopolítica do Esporte

T8 Não Não

T9 Não Não

T10 Não Não

T11 Sim, Grupo Ginástico Unicamp Sim, Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG) e Grupo de Estudos

em Educação Física no Desenvolvimento Infantil (GEEFIDI)

T12 Sim, Grupo de GG da FEFISA, Projeto Vida Light, Projeto Educação Física

Adaptada, Projeto Faculdade da Terceira Idade, Monitorias nas

disciplinas de GG I e II

Não

T13 Sim, GPT, Triatlon e Circo Sim, Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG) – UNICAMP

T14 Não Não

T15 Sim, monitoria na disciplina Dança de Salão

Não

T16 Não Sim, Grupo de Estudos em Lazer

T17 Sim, atividade complementar para a comunidade

Não

T18 Não Não

T19 Sim, Grupo de Ginástica da FEFISA Sim, Grupo de Estudo em Ginástica Geral

T20 Sim, Natação e Iniciação Esportiva Sim, EUNEGI

T21 Sim, Projeto Crescendo com a Ginástica (PCG), como monitora; e

Grupo Ginástico Unicamp (GGU), como participante e coordenadora

Sim, Grupo de Pesquisa em Ginástica (GPG) – FEF/UNICAMP e Grupo de Pesquisa em Ginástica do

LAPEGI – FCA/UNICAMP Fonte: Elaborado pela autora.

Dos(as) 21 treinadores(as), 14 afirmaram que participaram de projeto(s) de extensão universitária durante os seus cursos de graduação (T1, T2, T3, T5, T6, T7, T11, T12, T13, T15, T17, T19, T20 e T21). Ao analisar o foco desses projetos,

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percebe-se que a grande maioria participou daqueles que envolviam Ginástica e/ou Dança.

Nas universidades, a GPT mostra-se forte no campo das extensões universitárias e/ou comunitárias, onde parece ser comum o contato de estudantes de graduação e pós-graduação com a prática. Essa oferta à comunidade universitária e externa à universidade pode ser um caminho para despertar o interesse de futuros treinadores(as) pela profissão. Percebemos que, inclusive, muitos grupos ginásticos que representam as universidades em festivais e outros eventos surgem e consolidam-se em projetos de extensão universitária.

Destacamos, aqui, a importância desses projetos na formação dos profissionais (BATISTA, 2017), pois eles representam um espaço de aproximação entre a universidade e a sociedade, “com vistas a uma atuação profissional transformadora” (BARRAGÁN et al., 2016).

Concordamos com Bahu e Carbinatto (2016, p. 48) quando afirmam:

[...] para além dos ganhos sociais, acreditamos que a vivência de estudantes de graduação em projetos de extensão, seja como monitores ou estagiários, deva ser estimulada, o que auxiliaria em seu desenvolvimento educacional e profissional para além das disciplinas curriculares, constituindo assim importante caráter complementar durante os anos de formação superior.

A respeito da participação em grupos de pesquisa, 10 treinadores(as) afirmaram que tiveram essa experiência (T2, T5, T6, T7, T11, T13, T16, T19, T20 e T21). Analisando o foco de estudo desses grupos, percebe-se que a maioria (7) abordava majoritariamente a Ginástica; 3 deles são grupos com foco em outras temáticas.

Assim, entendemos que os grupos de pesquisa são importantes espaços para a formação profissional, não somente por serem um espaço de estudo, investigação e produção de conhecimento científico, mas também de aprendizagem de práticas colaborativas, aprendizagem compartilhadas e trabalho em equipe (ROSSIT et al., 2018), saberes considerados necessários à prática profissional de um(a) treinador(a) esportivo(a).

Também podemos encontrar estudos a respeito de grupos de pesquisa nos Anais do FIGPT, como os de Cesário et al. (2001) e Almeida et al. (2012), que discorrem sobre as contribuições desses grupos para a formação profissional.

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Nas questões subsequentes, perguntamos aos treinadores(as) a respeito de como tem acontecido a sua formação continuada em GPT. As respostas encontram-se no quadro abaixo.

Quadro 12 - Formação continuada em Ginástica para Todos

Treinador (a) Cursos específicos na área da GPT?

Carga horária dos cursos

Tem frequentado eventos ultimamente? Qual ou quais?

Temas que não são tão abordados nos cursos e que são do seu interesse?

Qual ou quais? T1 Sim Cursos de médio e

longo prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T2 Sim Cursos de longo prazo

Sim, seminários, fóruns, festivais e

outros

Não

T3 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T4 Sim Cursos de curto prazo

Não Não

T5 Sim Cursos de curto prazo Sim, fóruns e festivais Sim, discussões em torno do conceito “para todos”

T6 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns Não

T7 Sim Cursos de longo prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T8 Sim Cursos de curto e médio prazo

Sim, fóruns e festivais

Sim, Ginástica Aeróbica

T9 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns, congressos e

festivais

Não

T10 Sim Cursos de médio prazo

Sim, festivais Não

T11 Sim Sim, cursos de curto, médio e longo prazos Sim, fóruns, congressos e festivais Sim, inclusão de pessoas com deficiência em atividades de GPT

T12 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T13 Sim Cursos de médio prazo Sim, seminários, fóruns, congressos e festivais Sim, temas sociológicos e filosóficos (relações sociais e aspectos sobre experiências e percepções)

T14 Sim Cursos de curto prazo

Sim, seminários, fóruns, congressos

e festivais

Não

T15 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns e festivais

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T16 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns, congressos e

festivais

Não

T17 Sim Cursos de médio prazo Sim, fóruns congressos e festivais Sim, GPT em grupos especiais e para primeira infância

T18 Sim Cursos de longo prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T19 Sim Cursos de curto prazo

Sim, fóruns e festivais

Não

T20 Sim Cursos de curto, médio e longo prazos Sim, seminários, fóruns, congressos e festivais Sim, o planejamento na GPT

T21 Sim Cursos de curto e longo prazos Sim, fóruns, congressos, festivais e outros Sim, a temática da GPT para o terceiro setor, debates teóricos sobre os conceitos e métodos de GPT, aspectos históricos da GPT Fonte: Elaborado pela autora.

Em relação à formação continuada em GPT, percebemos que os(as) 21 treinadores(as) vivenciaram outros cursos específicos na área, o que abrange a esfera de aprendizagem não-formal (NELSON; CUSHION; POTRAC, 2006) e mostra o seu interesse pela busca de mais conhecimento além da formação inicial/ensino formal. A maioria deles vivenciou cursos de curto prazo (1 a 5 horas de duração), como mostra o gráfico abaixo:

Gráfico 7 - Carga horária total dos cursos realizados pelos(as) treinadores(as)

Fonte: Elaborado pela autora.

0 2 4 6 8 10 12 14 16

98

Vinte treinadores(as) afirmaram que têm frequentado eventos e/ou cursos de GPT ultimamente. Apenas 1 deles(as) respondeu negativamente. Dentre esses eventos/cursos, os mais comuns são os festivais e fóruns, como mostra o gráfico abaixo.

Gráfico 8 - Eventos/cursos mais frequentados pelos(as) treinadores(as)

Fonte: Elaborado pela autora.

Um evento que promove iniciativas para a formação continuada de treinadores(as) de GPT é o FIGPT o qual, como explicamos anteriormente, é um evento de grande importância na área, e, por esse motivo, mencionado diversas vezes nos discursos dos(as) entrevistados(as) em relação à participação de seus grupos nos festivais (Quadro 5).

Questões 38 e 39: “Há temas que você percebe que não são tão abordados nestes cursos e que são do seu interesse? Se sim, qual ou quais? ”

Da amostra, 7 treinadores(as) fizeram sugestões, e as respostas foram bem distintas: maior discussão em torno do conceito “para todos” (T5); “Ginástica Aeróbica”, (T8); “inclusão de pessoas com deficiência em atividades de GPT”, (T11); “temas sociológicos e filosóficos” (T13); “GPT para grupos especiais e para a