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Índice de Tabelas

4. Armazenamento de produtos farmacêuticos

4.1. Serviço Farmacêutico

A organização dos PF deve facilitar a receção, ordenação, contagem e expedição, a disposição dos stocks no mínimo espaço possível, com fácil referência e circulação e deve garantir a segurança e proteção, não só dos próprios artigos, mas também do pessoal, assim como deve prever mudanças de composição de stocks [8].

Os medicamentos encontram-se armazenados em estantes segundo o conceito first-in/first-out (FIFO), de forma que os medicamentos já existentes nas estantes sejam os primeiros a ser fornecidos, respeitando o número de lote e PV.

A identificação e a ordem dos medicamentos no armazém é realizada segundo o nome dos mesmos, por ordem alfabética. A sua distribuição pelas prateleiras é efetuada segundo as FF, em secções: orais, tópicas, retais, parentéricas e nutrição. No que diz respeito aos PS, estes estão organizados de acordo com o seu volume, peso, mobilidade e rotação.

Os produtos são armazenados nas estantes ou em paletes evitando o contacto direto entre estes produtos e o chão. Desta forma, consegue-se obter para os PF, incluindo os produtos inflamáveis, a melhor gestão das suas restrições, evitando também possíveis variações de temperatura e humidade.

Todas as prateleiras do armazém estão rotuladas com o nome do medicamento ou PS e com o respetivo código de identificação. Este código começa com a sigla ME ou PS, conforme se trate de um medicamento ou produto sanitário, respetivamente, seguindo-se uma letra e um número correspondente à prateleira, e no final 01 ou 02, caso o produto esteja armazenado na parte da frente da estante ou na parte de trás

(Anexo IV e Fig. 15) [14].

O livro com a identificação e localização de todos os PF existentes no armazém

(Fig.16) é atualizado mensalmente e encontra-se na entrada do armazém do serviço

farmacêutico. Assim, sempre que alguém da enfermaria entre no serviço farmacêutico fora do horário de funcionamento consegue localizar rapidamente o medicamento ou material que necessita naquele momento, preenchendo de seguida um documento de “registo de retirada de medicamentos-material por personal ajeno a farmácia”, sendo que esta requisição de medicamentos não é aplicável aos psicotrópicos nem estupefacientes devido à existência de um protocolo distinto para estes [15].

Relativamente ao armazenamento de produtos estupefacientes, deve-se ter em atenção os requisitos de segurança especiais, nomeadamente, a sua colocação num local individualizado e com fechadura, como um cofre (Fig.7), devendo este conter prateleiras que permitam a arrumação dos medicamentos de forma correta e organizada. No caso dos psicotrópicos, a legislação atual não obriga a um seguimento pormenorizado deste grupo farmacológico, devendo, no entanto, atender-se à sua localização com condições de segurança adequadas [3-4]. Os estupefacientes são dispensados unicamente com receitas nomeadas como “Receta de prescripción y reposición de estupefacientes y psicotropos, control de medicamentos estupefacientes quirofano – UCI”

(Anexo V). Quanto aos psicotrópicos, encontram-se armazenados num armário cujo

psicotrópicos, estes estão armazenados em armários fechados que são frequentemente vigiados, podendo ser dispensados em carros unidose ou ser repostos automaticamente nos pisos.

O material de laboratório, produtos e matérias-primas para a elaboração de fórmulas magistrais encontram-se armazenados no laboratório e corretamente identificados.

Os medicamentos encontram-se armazenados em embalagens para uso hospitalar e/ou são reembalados em unidose, de forma a que cada medicamento seja identificado pelo seu nome comercial, princípio ativo, lote, caducidade, com o intuito de reduzir as unidades de dispensa e garantindo a correta identificação de toda a medicação, que é realizada com recurso a etiquetas e pela utilização de uma máquina de reembalagem ou somente pela sua apresentação comercial (sempre que esta garanta todas as especificações) (Fig. 17-19). Existe um armazém próprio para as unidoses, que possui os medicamentos com mais saída do hospital e está organizado de maneira a tornar o processo de dispensa mais eficaz.

4.2. Pyxis

®

O sistema Pyxis® é um sistema automatizado de armazenamento e dispensa de medicamentos existente nas enfermarias do primeiro e terceiro piso do HILE que possui os medicamentos mais relevantes, quer pela sua frequência de utilização, quer pela sua importância clínica. Este equipamento é constituído por duas estações: a estação que armazena e dispensa medicamentos situada nos diversos serviços, acompanhada de duas unidades frigoríficas e duas unidades de armazenamento e a estação denominada “consola” que se localiza na sala unidose, coordena todas as atividades e realiza o inventário dos PF (Fig. 20).

As unidades de armazenamento extra do Pyxis® são importantes dado que durante o funcionamento este equipamento atinge temperaturas bastante elevadas, podendo mesmo atingir os 30ºC. Desta forma, os medicamentos que não se encontram armazenados no frigorífico (conservação entre 4 e 8ºC) mas que possuem restrições de conservação para temperaturas superiores a 25-30ºC são armazenados nestas unidades.

Para a utilização deste equipamento é necessário um acesso com código e impressão digital, sendo que apenas o pessoal qualificado do serviço farmacêutico consegue aceder e controlar os medicamentos existentes, assim como repor o stock dos produtos, o que demonstra a relevância, segurança, controlo e importância deste tipo de equipamentos.

Em situações de emergência, como o dano de uma Nolotil® aquando a sua administração deve possuir um meio mais rápido de reposição do medicamento. Desta

forma, torna-se mais eficaz retirar o medicamento do Pyxis® do que enviar um pedido ao serviço farmacêutico para a reposição deste medicamento. Assim, alguns médicos e a enfermeiros encontram-se registados no sistema Pyxis® para este tipo de situações, onde

apenas têm acesso ao medicamento em causa e não todo o stock.

Quando há reposição de medicamentos no Pyxis®, o programa informa quais os

medicamentos que devem ser repostos e abre as respetivas gavetas ou portas frigoríficas indicando o local onde deve ser reposto o medicamento e o número de unidades em stock. Assim, a reposição é efetuada medicamento a medicamento, o que permite ao técnico responsável confirmar as unidades existentes e registar as unidades que adiciona. Caso existam discrepâncias entre os gastos e as existências o técnico responsável deve corrigi-las o mais cedo possível.

Apesar de não estarmos registadas no Pyxis® do hospital sempre que possível

acompanhávamos a técnica responsável pela reposição de stock de forma a conhecer melhor o funcionamento do sistema.