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3 CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇOS E CORREÇÃO INTEGRAL

3.1 Significado da Correção Monetária de Balanço

A correção monetária das demonstrações contábeis nada mais é do que a correção do custo histórico dos ativos e passivos registrados pela contabilidade. Martins (2003, p. 35) salienta que corrigir-se o custo histórico pelo índice de inflação não é abandonar-se o princípio do custo histórico como base de valor e sim manter-se o custo histórico, mas abandonar uma moeda altamente inflacionada que não tem valor para comparações no tempo. O custo original continua a base de valor, mas transformado em moeda mais constante em termos de seu real poder de compra.

Para evidenciar melhor o mecanismo da Correção Monetária de Balanços, elaborou-se a figura 1. Nela pode-se visualizar que a correção dos itens do Ativo Permanente gerará um lançamento a crédito na conta que apura o resultado com a correção monetária. Enquanto isso, a correção do Patrimônio Líquido ocasionará um lançamento a débito nessa mesma conta. No final do exercício, o saldo dessa conta revelará se a empresa obteve um ganho ou uma perda com a inflação. Esse resultado será transferido para a demonstração do resultado – item não operacional – e afetará o lucro ou prejuízo do exercício.

Figura 1 – Mecanismo da Correção Monetária de Balanços Correção Monetária de Balanço

(+/–) Resultado de Correção Monetária

Demonstração do Resultado do Exercício Balanço Patrimonial Correção do Ativo Permanente (débito) Correção do Patrimônio Líquido (crédito) Saldo devedor = Perda monetária Saldo credor = Ganho monetário

Porém, desde já, deve-se de esclarecer que o raciocínio da sistemática da Correção Monetária de Balanços não deve ser que o Ativo Permanente gera ganho com inflação e que o Patrimônio Líquido gera perda monetária. Apesar de o mecanismo para obtenção do resultado com a CMB ser exatamente esse, o entendimento da técnica deve ser outro. Para tornar claras as exposições a seguir, será utilizado um exemplo didático onde não se atentará aos detalhes de contabilizações de eventos complexos e operações problemáticas, pois não é essa a finalidade. Ao contrário, buscar-se-á esclarecer a essência do raciocínio da correção monetária e como ela reflete os efeitos inflacionários nas demonstrações financeiras.

A Correção Monetária de Balanços apura os efeitos do processo inflacionário por meio dos itens não monetários que são o Ativo Permanente e o Patrimônio Líquido, diferentemente da Correção Monetária Integral que será vista a seguir, onde o impacto da inflação é evidenciado a partir dos itens monetários, que é a maneira mais correta de se proceder. Mas, apesar de apurar o efeito inflacionário por um outro lado, o saldo da CMB refletirá as perdas sobre os ativos monetários da empresa, mesmo objetivo da CMI. (FIPECAFI, 1994, p. 28).

Foi mostrado que o mecanismo da Correção Monetária de Balanços não prevê a atualização de nenhuma conta da demonstração do resultado do exercício. Os quadros 1 e 2 apresentam, de forma sintética, a estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado de Exercício, que vão ser necessários para desenvolver as análises subseqüentes.

O Balanço Patrimonial assume grande importância na visualização da estrutura patrimonial da empresa e é uma peça fundamental para se entender como o processo de perda do poder aquisitivo da moeda influencia seus elementos. Sua forma de apresentação, com os elementos do Ativo no lado esquerdo e do Passivo e Patrimônio Líquido (quando este não é negativo) no lado direito, facilita a visão dos ganhos e perdas monetários da inflação. Além disso, como as contas são ordenadas das mais líquidas para as menos líquidas, a divisão entre ativos e passivos monetários também é facilitada.

Quadro 1 – Estrutura do Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações Financeiras Contas a receber Estoque de mercadorias Despesas Antecipadas Passivo Circulante Fornecedores Contas a Pagar

Obrigações Sociais e Trabalhistas Financiamento Capital de Giro Dividendos propostos

Ativo Realizável a Longo Prazo

Aplicações Financeiras Impostos a Recuperar

Passivo Exigível a Longo Prazo

Financiamentos Provisões

Resultado de Exercícios Futuros

Receitas de Exercício Futuros

Ativo Permanente

Investimentos

Participações em Controladas Imóveis não de Uso

Ativo Imobilizado Imóveis Máquinas e Equipamentos Veículos Marcas e Patentes Ativo Diferido Gastos Diferidos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas de Capital Reservas de Reavaliação Reservas de Lucro

Lucros ou Prejuízos Acumulados

Quadro 2 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Bruta de Vendas e Serviços Prestados (–) Deduções da Receita Bruta

(–) Custo Produtos Vendidos e Serviços Prestados

Lucro Bruto

(–) Despesas Operacionais Despesa de Vendas Despesa Administrativa

Despesas / Receitas Financeiras Outras Despesas Operacionais

Lucro Operacional

(+) Receitas não Operacionais (–) Despesas não Operacionais

(+/–) Resultado de Correção Monetária Lucro Antes do Imposto de Renda e CSSL

(–) Provisão para IR e Contribuição Social (–) Participações e Contribuições

Lucro/Prejuízo do Exercício

Lucro por ação

Para facilitar as análises que serão feitas a partir de agora, vamos resumir a estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício. O ativo do Balanço será dividido em apenas dois grandes grupos, ‘Demais Ativos’ e ‘Ativo Permanente’. O passivo também será reclassificado em ‘Demais Passivos’ e ‘Patrimônio Líquido’. A demonstração de resultados conterá a separação entre ‘Outras Contas de Resultado’ e ‘Resultado de Correção

Monetária’. As demonstrações estão representadas nos quadros 3 e 4, que são simplesmente uma forma resumida dos quadros 1 e 2.

Quadro 3 – Estrutura simplificada de um Balanço Patrimonial

Uma definição se faz importante nesse momento. Os itens monetários são os elementos patrimoniais compostos pelas disponibilidades e pelos direitos e obrigações realizáveis ou exigíveis em moeda, independentemente de estarem sujeitos às variações pós-fixadas ou de incluírem juros ou correções prefixadas. Os itens não monetários são aqueles elementos patrimoniais cujo objeto de avaliação se apresenta sob a forma de bens tangíveis ou intangíveis, de direitos e obrigações representativos de propriedade ou de recebimento ou de entrega futura de bens e serviços. Eles são os elementos que compõem o capital não financeiro da entidade, os quais não estão sujeitos à corrosão inflacionária. (FIPECAFI, 2001, p. 44).

Quadro 4 – Estrutura simplificada de uma Demonstração do Resultado do Exercício Demais Ativos Demais Passivos Ativo Permanente Patrimônio Líquido

Receita bruta de Vendas e Serviços Prestados $$$$ (-) Deduções da Receita Bruta ($$)

Lucro Bruto $$

(-) Despesas Operacionais ($$)

Lucro Operacional $$

(+/-) RESULTADO DE CORREÇÃO MONETÁRIA Lucro antes IR e CSSL $$

(-) IR e CSSL ($$)

Com base nesse esquema, que resume o quadro 2, podem-se visualizar melhor as possíveis estruturas patrimoniais existentes para qualquer empresa. O quadro 3 mostra a primeira situação possível, onde o valor do ativo permanente é igual ao valor do Patrimônio Líquido. Nesse caso, o resultado da correção monetária do quadro 4 será nulo, pois a perda inflacionária será igualmente compensada pelo ganho inflacionário. Embora exista a possibilidade dessa estrutura de ativos e passivos, na realidade empresarial essa coincidência é praticamente impossível.

Agora observando atentamente o quadro 5, pode-se notar que o Ativo Permanente da empresa em questão é menor que o Patrimônio Líquido. Nessa situação, ao corrigir-se o total do Ativo Permanente, debitando-o pelo índice de inflação contra um lançamento a crédito da conta de Correção Monetária (figura 2) e, da mesma maneira, corrigir-se o total do Patrimônio Líquido, creditando-o contra um lançamento a débito da conta de Correção Monetária, ter-se- á um saldo devedor maior na conta de Correção Monetária.

Quadro 5 – Balanço Patrimonial

A existência de um saldo devedor na conta de Correção Monetária (figura 2) significa que o efeito inflacionário no Balanço provocou uma perda para a empresa. Porém agora é preciso interpretar corretamente essa perda. O mecanismo da CMB dá a entender que a perda monetária advém do fato de o Ativo Permanente ser menor que o Patrimônio Líquido. Mas, na verdade, a perda monetária existiu porque a empresa manteve mais recursos no ativo

Demais Ativos Demais Passivos Ativo Permanente Patrimônio Líquido

circulante e realizável a longo prazo do que em passivos circulantes, exigível a longo prazo e resultado de exercícios futuros.

Figura 2 – Contabilização da Correção Monetária de Balanço

Em outras palavras, a empresa possui uma estrutura com maior predominância de recursos monetários, tais como depósitos em conta corrente, aplicações financeiras, contas a receber de clientes, estoque de mercadorias etc. Esses ativos estão mais expostos aos efeitos inflacionários, pois têm uma liquidez maior, ou seja, possuem uma conversibilidade mais rápida em recursos monetários dos que os bens do ativo permanente e se renovam com mais freqüência. Esse raciocínio também é válido para as contas do passivo.

Para ficar mais claro esse entendimento, imagine uma companhia com a estrutura patrimonial conforme o quadro 6.

Quadro 6 – Balanço Patrimonial em 31-12-20x0

É debitada pela correção do PL (maior valor) É creditada pela correção do AP (menor valor)

Correção Monetária de Balanço

Saldo final (devedor) Bancos $ 10.000 Ativo Permanente $ 20.000 Patrimônio Líquido $ 30.000

Admita que a empresa tenha iniciado suas atividades no início do ano com essa estrutura patrimonial e que não tenha processado nenhuma operação, porém, a inflação no ano atingiu 25%. Ao final do período, é preciso apurar o efeito inflacionário. Para isso, tem-se as seguintes contas:

ƒ Correção do Ativo Permanente: $ 20.000 x 25% = $ 5.000 (ganho inflacionário) ƒ Correção do Patrimônio Líquido: $ 30.000 x 25% = $ 7.500 (perda inflacionária) ƒ Transferindo esses saldos para a conta de ‘Correção Monetária de Balanços’ conforme

a figura 3, tem-se:

Figura 3 – Contabilização da Correção Monetária de Balanço

O saldo devedor da Correção Monetária de Balanço expressa a perda ocasionada pelo efeito inflacionário. Mais uma vez, essa perda é devida ao montante de recursos que a empresa manteve na conta corrente bancária sem movimentá-lo. Esse dinheiro “parado” na conta da empresa não tem mais o mesmo potencial de compra que tinha no início do ano, pois a inflação do período corroeu 25% desse montante, ou seja, $ 2.500 ($ 10.000 x 25%). Apesar de essa perda ser calculada por meio do ativo permanente e do patrimônio líquido, o raciocínio utilizado deve ser o seguinte: quanto maior o volume de ativo monetário (ativo circulante + realizável a longo prazo) da empresa exposto à inflação, maior a perda monetária.

Ao levantar o Balanço Patrimonial com base na Correção Monetária de Balanços (quadro 7), tem-se: $ 7.500 (debitada pela correção do PL) $ 5.000 (creditada pela correção do AP)

Correção Monetária de Balanço

$ 2.500 (saldo final

Quadro 7 – Balanço Patrimonial em 31-12-20x0 pela CMB

O saldo bancário da empresa continua com os $ 10.000, que é o valor registrado no extrato bancário da empresa no dia 31-12-20x0. O valor do ativo permanente também não sofrerá alteração. O Patrimônio Líquido continua com o valor original, mas é criada uma conta de Correção Monetária do Capital, que deve ser incorporada a Reserva de Capital. O prejuízo do exercício reflete a perda inflacionária. Mesmo sem ter realizado qualquer transação, a empresa teve um prejuízo representado pela exposição dos seus recursos monetários ao processo inflacionário.

Agora observe o quadro 8. Nele podemos notar que o Ativo Permanente da empresa em questão é maior que o Patrimônio Líquido. Nessa situação, ao se corrigir o total do Ativo Permanente, debitando-o pelo índice de inflação contra um lançamento a crédito da conta de Correção Monetária e, da mesma maneira, corrigir o total do Patrimônio Líquido, creditando- o contra um lançamento a débito da conta de Correção Monetária, tem-se um saldo credor maior na conta de Correção Monetária.

Quadro 8 – Estrutura Simplificada do Balanço Patrimonial

Demais Ativos Demais Passivos Ativo Permanente Patrimônio Líquido Bancos $ 10.000 Ativo Permanente $ 20.000 Patrimônio Líquido $ 30.000 Correção Monetária do Capital $ 2.500 Prejuízo do Exercício ($ 2.500) Total do PL $ 30.000

A existência de um saldo credor na conta de Correção Monetária significa que o efeito inflacionário no Balanço provocou um ganho para a empresa, como visualizado na figura 4. Mais uma vez vale ressaltar que esse ganho não advém especificamente pelo fato de o Ativo Permanente ser maior que o Patrimônio Líquido. Na verdade o ganho monetário existiu porque a empresa manteve recursos no ativo circulante e realizável a longo prazo em menor volume do que em passivos circulantes, exigível a longo prazo e resultado de exercícios futuros.

Figura 4 – Contabilização da Correção Monetária de Balanço

Para ficar mais claro esse entendimento, usaremos outro exemplo. Suponha a seguinte estrutura patrimonial:

Quadro 9 – Balanço Patrimonial em 01-01-20x1

Admita-se, por simplificação, que a empresa tenha iniciado suas atividades no primeiro dia do ano. Nesse mesmo dia, foi comprada uma máquina no valor de $ 30.000 dos quais $ 20.000 foi integralizado pelos sócios e os $ 10.000 restante foram obtidos junto a um amigo que não cobrará juros nem correção monetária e só vai exigir o dinheiro de volta dois anos depois. Ao final do período, temos que apurar o efeito de uma inflação de 25%. Para isso, tem-se as seguintes contas: É debitada pela correção do PL (menor valor) É creditada pela correção do AP (maior valor)

Correção Monetária de Balanço

Saldo final (credor) Empréstimos $ 10.000 Capital Social $ 20.000 Ativo Permanente $ 30.000 Empréstimos $ 10.000

ƒ Correção do Ativo Permanente: $ 30.000 x 25% = $ 7.500 (ganho inflacionário) ƒ Correção do Patrimônio Líquido: $ 20.000 x 25% = $ 5.000 (perda inflacionária) ƒ Transferindo esses saldos para a conta de ‘Correção Monetária de Balanços’, temos:

Figura 5 – Contabilização da Correção Monetária de Balanço

O saldo credor da Correção Monetária de Balanço expressa o ganho obtido com a inflação, como mostra a figura 5. A interpretação correta desse ganho é a seguinte: a empresa obteve um empréstimo no início do ano que será pago somente no final do próximo exercício. Os $ 10.000 que ela captou junto a terceiros no início do ano não é mais capaz de comprar um terço da máquina que foi adquirida, já que a economia sofreu uma elevação generalizada dos preços em 25%. Dessa forma, se o amigo que emprestou dinheiro aos donos da empresa cobrasse uma correção monetária, exigiria $ 2.500 ($ 10.000 x 25%). Como a empresa não vai pagar essa correção monetária, pode-se dizer que ela obteve um ganho.

Ao ser apurado o Balanço Patrimonial (quadro 10) com base na Correção Monetária de Balanços, tem-se:

Quadro 10 – Balanço Patrimonial

$ 5.000 (debitada pela correção do PL) $ 7.500 (creditada pela correção do AP)

Correção Monetária de Balanço

$ 2.500 (saldo final credor) Empréstimos $ 10.000 Patrimônio Líquido $ 20.000 Correção Monetária do Capital ($ 2.500) Lucro do Exercício $ 2.500 Total do PL $20.000 Ativo Permanente $ 30.000

O valor do empréstimo continua sendo de $ 10.000, que é o valor devido pela empresa no dia 31-12-20x0. O valor do ativo permanente não sofre alteração. O Patrimônio Líquido continua com o valor original do capital integralizado. A conta de Correção Monetária do Capital deve ser incorporada a Reserva de Capital. O lucro do exercício reflete o ganho inflacionário. Mesmo sem ter movimentado uma só conta, a empresa teve um ganho representado pela não exposição dos seus recursos monetários ao processo inflacionário em contrapartida a um empréstimo obtido.

Pode-se concluir que o efeito causado pela inflação varia de acordo com a estrutura patrimonial da empresa. Aquelas que possuem um alto volume de recursos próprios (capital advindo dos acionistas) cuja aplicação se dá em ativos monetários terão perda inflacionária. Por outro lado, as organizações que são altamente endividadas com recursos de terceiros e aplicam a maior parte desses recursos no Ativo Permanente, incorrerão em ganhos monetários com a correção monetária. A figura 6 relaciona a estrutura patrimonial com o resultado da correção monetária.

Figura 6 – Estrutura patrimonial e resultado da correção monetária

A figura 6 permite verificar que a empresa que possuir uma situação patrimonial de acordo com a estrutura 1, ou seja, Ativo Permanente maior que Patrimônio Líquido terá um ganho monetário. Apesar de os cálculos envolverem a “parte de baixo” do Balanço, é a “parte de cima” que fornece um correto entendimento desse ganho.

(1) Estrutura que gera ganho inflacionário

Resultado positivo de correção monetária aumenta o lucro

(3) Estrutura que gera perda inflacionária

Resultado negativo de correção monetária diminui o lucro (2) Estrutura não

afetada pela inflação Resultado de correção monetária nulo Ativo Monetário Passivo Monetário Ativo Permanente Patrimônio Líquido Ativo Monetário Passivo Monetário Ativo Permanente Patrimônio Líquido Ativo Monetário Passivo Monetário Ativo Permanente Patrimônio Líquido

Como visto, os bens e direitos monetários são os itens que mais sofrem perdas com a inflação, enquanto as obrigações monetárias representam os ganhos com o processo inflacionário. Dessa forma quanto menor for o ativo monetário em relação ao passivo monetário, maior o ganho inflacionário (estrutura 1).

O contrário também é verdadeiro. Quanto maior for a proporção de ativos monetários no Balanço Patrimonial em relação aos passivos monetários (estrutura 3), maior será a perda inflacionária para a empresa. Na condição de igualdade entre direitos e deveres monetários (estrutura 2), os ganhos eliminam as perdas e o resultado final é nulo.

Obviamente a dinâmica empresarial é muito mais dinâmica e envolve uma série de transações que acontece a todo momento. Porém, o entendimento básico é que todo ativo monetário gera perda inflacionária, pelos motivos vistos acima, enquanto todo passivo monetário gera ganho com a inflação. Se a empresa possuir maior volume de recursos em ativos monetários, em relação aos passivos monetários, incorrerá em uma perda com correção monetária. Da mesma maneira, menores volumes de ativos monetários em detrimento de passivos monetários, causam ganhos inflacionários.