• Nenhum resultado encontrado

3. Métodos

4.6 Subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem “Enfermagem Comunitária” para usuários

O subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem “Enfermagem Comunitária” para usuários hipertensos e diabéticos foi composto por 25 Diagnósticos de Enfermagem (DE), correlacionados 37 indicadores clínicos (Apêndice H). Para sua elaboração utilizou-se como base a análise de conteúdo, a validação clínica e as habilidades das pesquisadoras ao analisar os dados coletados na etapa de validação clínica.

Dos 25 DE, 17 (68%) foram incluídos mediante análise de conteúdo e validação clínica, cinco (20%) DE foram incluídos mediante a validação clínica, três (12%) DE foram incluídos posterior à análise dos dados, portanto não foram validados nas etapas de análise de conteúdo e validação clínica.

A Tabela 14 apresenta os 17 DE validados pelos juízes na etapa de análise de conteúdo, e considerados acurados pela análise de acurácia na etapa de validação clínica, para a população hipertensa e/ou diabética. No entanto, alguns itens foram somente considerados pela análise das medidas de acurácia, por considerar a importância da avaliação na população.

Tabela 14 - Diagnósticos de Enfermagem e seus indicadores clínicos contidos no subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem

“Enfermagem Comunitária” para usuários hipertensos e diabéticos. Campinas-SP, 2018.

DE Indicadores Clínicos Análise de

Conteúdo

Validação Clínica

Aceitação do estado de saúde, prejudicada

Não admite o diagnóstico da doença e do tratamento

Sim Sim

Capaz de executar a manutenção da saúde

Escolhas do usuário que colaboram com o regime dietético

Não Sim

Edema periférico Edema Sim Sim

Efeito colateral da medicação Cefaleia Não Sim

Falta de apoio familiar Atividades familiares inadequadas Sim Sim Falta de Conhecimento sobre a

doença

Relato verbal de desconhecimento sobre o processo da doença.

Sim Sim

Relato verbal de pouco conhecimento sobre o processo da doença

Sim Sim

Hiperglicemia Aumento da glicose sanguínea Sim Sim

Diminuição da sensibilidade tátil Sim Sim

Diminuição da sensibilidade dolorosa Sim Sim

Microalbuminúria Sim Sim

Nictúria Sim Sim

Polidipsia Sim Sim

Polifagia Sim Sim

Poliúria Sim Sim

Hipoglicemia Hipoglicemia Sim Sim

Fraqueza Sim Sim

Ingestão Nutricional, Prejudicada Dislipidemia Sim Sim

Obesidade Sim Sim

Não adesão ao regime de segurança

Aumento hemoglobina glicada Sim Sim

Diminuição sensibilidade dolorosa Sim Sim

Diminuição da acuidade visual Sim Sim

Diminuição da sensibilidade tátil Sim Sim

Dislipidemia Sim Sim

Escolhas do usuário que não colaboram com o regime dietético

Sim Sim

Escolhas do usuário que não colaboram com o tratamento

Sim Sim

Obesidade Sim Sim

Sedentarismo Sim Sim

Percepção Tátil, Prejudicada Diminuição da sensibilidade tátil Sim Sim Perfusão Tissular Periférica,

Prejudicada

Amputação Sim Sim

Pressão arterial alterada Cefaleia Sim Sim

Elevação da Pressão Arterial Sim Sim

Risco de Úlcera de Pé Diabético Diminuição da sensibilidade tátil Sim Sim

Diminuição sensibilidade dolorosa Sim Sim

Sobrepeso Excesso de peso Sim Sim

Úlcera Diabética Ulceras em MMII Sim Sim

Visão prejudicada Diminuição da acuidade visual Sim Sim

A Tabela 15 apresenta as medidas de acurácia para os cinco DE, bem como seus indicadores clínicos (evidências clínicas e preferências do usuário), identificados pelos diagnosticistas na etapa de validação clínica.

Apresenta ainda, um novo indicador clínico para o DE Mobilidade prejudicada (Relato verbal de dor em membros inferiores), não considerado acurado anteriormente, e um novo indicador clínico para o DE Perfusão tissular periférica prejudicada (Diminuição do enchimento capilar), já considerado no subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem para usuários hipertensos e/ou diabéticos para outros indicadores clínicos.

Ressalta-se que esses DE e indicadores clínicos não foram validados na etapa de análise de conteúdo porque foram identificados posteriormente. Todos os novos DE inferidos pelos diagnosticistas não estavam presentes no subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem para hipertensos e ou/diabéticos, mas estavam contidos no Subconjunto Terminológico

“Enfermagem Comunitária”.

Tabela 15 - Novos Diagnósticos de Enfermagem e seus respectivos indicadores clínicos inferidos pelos diagnosticistas para a

população hipertensa e/ou diabética. Campinas-SP, 2018.

DE Indicadores Clínicos Se Es VPP VPN p-valor

Abuso de álcool Relato verbal de alcoolismo 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** Abuso de tabaco Relato verbal de tabagismo 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** Ansiedade Relato verbal de ser ansioso 1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** Mobilidade Prejudicada Relato verbal de dor em

Membros Inferiores

1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** Perfusão tissular periférica

prejudicada

Diminuição do enchimento capilar

1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** Sono, Prejudicado Relato verbal de alteração do

sono

1,0000 1,0000 1,0000 1,0000 <0,001** **p-valor obtido por meio do teste exato de Fisher.

A inferência de novos DE teve como mais frequente Sono prejudicado (33%). A Tabela 16 apresenta a frequência dos novos DE e seus indicadores clínicos de acordo com o julgamento dos diagnosticistas.

Tabela 16 - Frequência dos novos Diagnósticos de Enfermagem na população hipertensa e/ou diabética e seus respectivos

indicadores clínicos inferidos pelos diagnosticistas. Campinas-SP, 2018.

DE Presença % Indicadores Clínicos Presença %

Abuso de álcool 11 3 Relato verbal de alcoolismo 11 3

Abuso de tabaco 36 9,9 Relato verbal de tabagismo 36 9,9

Ansiedade 5 1,4 Relato verbal de ser ansioso 5 1,4

Mobilidade Prejudicada 29 8 Relato verbal de dor em Membros Inferiores

29 8

Perfusão tissular periférica prejudicada

11 3 Diminuição do enchimento capilar

11 3

Sono, Prejudicado 120 33 Relato verbal de alteração do sono

120 33

A Tabela 17 apresenta os três DE inferidos pelas pesquisadoras após a avaliação dos dados coletados na etapa de validação clínica. Ressalta-se que esses DE, bem como seus indicadores clínicos não foram validados e não tiveram as medidas de acurácia analisadas por terem sido inferidos após a análise dos dados.

Todos os novos DE inferidos pelas pesquisadoras não estavam presentes no subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem inicial para hipertensos e ou/diabéticos, mas estavam contidos no Subconjunto Terminológico “Enfermagem Comunitária”.

Tabela 17 - Novos Diagnósticos de Enfermagem propostos pelas pesquisadoras após análise dos dados da etapa de validação

clínica. Campinas-SP, 2018.

DE Indicadores Clínicos

Capacidade prejudicada para gerenciar o regime alimentar

Indivíduo que faz escolhas negativas sobre a alimentação. Capacidade prejudicada para gerenciar o regime de

exercícios

Indivíduo que faz escolhas negativas sobre a prática de exercício físico

Capacidade prejudicada para monitorar a doença Relato verbal do indivíduo que não monitora a glicose sanguínea quando deveria fazê-la.

Ressalta-se que dentre os 25 DE que compõem o subconjunto de Diagnósticos de Enfermagem “Enfermagem Comunitária” para usuários hipertensos e diabéticos, três foram inferidos pelas pesquisadoras após a percepção da necessidade de fenômeno que contemplasse a resposta dos usuários encontradas na Revisão Integrativa. Os DE Hiperglicemia, Hipoglicemia e Perfusão tissular periférica prejudicada foram validados e considerados preditores para oito, dois e dois indicadores clínicos, respectivamente. (Tabela 18)

Após a finalização da tese, esses DE serão recomendados ao CIE para serem incluídos no Subconjunto Terminológico CIPE® “Enfermagem Comunitária”.

Tabela 18 – Diagnósticos de Enfermagem propostos pelas pesquisadoras que serão recomendados ao Conselho Internacional

de Enfermeiros. Campinas-SP, 2018.

DE Indicadores Clínicos

Hiperglicemia Aumento da glicose sanguínea

Diminuição da sensibilidade tátil Diminuição da sensibilidade dolorosa

Microalbuminúria Nictúria Polidipsia Polifagia Poliúria Hipoglicemia Hipoglicemia Fraqueza

Perfusão tissular periférica prejudicada Amputação