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SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

é originária, ou seja, é desde o início do processo. Na Sucessão Processual, uma parte sai da relação processual, e, em seu lugar, entra outra pessoa, que vai assumir a titularidade da ação, em qualquer dos polos da demanda.

SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL

É a postulação, em nome próprio (na condição de parte na relação processual), de direito e/ou interesse titularizado por outrem. O substituto é parte na relação processual.

A legitimidade para a causa de regra diz respeito àqueles a quem pertence o interesse de agir e perante quem esse interesse deve ser manifestado, e, no geral, refere-se aos titulares da relação jurídica de direito ou interesse material, conforme afirmada em juízo.

Em casos excepcionais (substituição processual), tendo em conta critérios de política legislativa, de peculiar e intenso interesse do substituto processual (normalmente ligado a um fim institucional), confere-se legitimidade a quem não detém a titularidade do direito ou interesse material.

Nessas hipóteses de legitimação extraordinária, a análise da presença da condição da ação, tendo em conta a relação jurídica de direito ou interesse material afirmada em juízo, deve observar duas regras distintas: a primeira, que diz respeito ao substituído processualmente, em relação a quem impera a regra da asserção ou da aferição in statu assertionis da pertinência do direito, interesse ou relação jurídica de direito material objeto do processo; e a segunda, que diz respeito ao substituto processual, com relação a quem é imprescindível a existência de autorização legal legitimando-o ao exercício do direito de ação.

Classificação: Exclusiva: o substituto age com absoluta independência em relação ao substituído, inclusive impedindo que este assuma a posição de parte principal. Concorrente: o titular da relação jurídica de direito material possui igual legitimidade para ajuizar a ação (ex.: solidariedade ativa e passiva).

Autônoma: a atuação do substituto independe da vontade do substituído. Dependente ou vinculada: a atuação do substituto condiciona-se à manifestação de vontade do substituído.

Ativa ou passiva: conforme a posição na relação processual.

Primária ou secundária: conforme a necessidade de o substituto aguardar a inércia do substituído.

No Processo do Trabalho, a substituição processual é autônoma (a autorização extraordinária para postular se dá com independência quanto ao legitimado ordinário), concorrente (substituto e substituído são livres para agir), ativa (mas TST, Súmula 406. [...] II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos, porquanto inexistente litisconsórcio passivo necessário.) e primária (o substituto não precisa aguardar a omissão do titular para exercer o direito de ação).

A substituição processual, no processo do trabalho, antes da Constituição de 1988, limitava-se às hipóteses previstas em lei para atuação do sindicato:

a) reclamação trabalhista postulando pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade em favor de grupo de associados (art. 195, § 2º, CLT).

b) ação de cumprimento, em favor de associados, visando ao pagamento de salários fixados na sentença normativa (art. 872, parágrafo único, CLT).

c) ação trabalhista, em favor de todos os integrantes da categoria, objetivando o pagamento das correções automáticas dos salários (Lei nº 6.708/79, art. 3º, § 2º, e Lei nº 7.238/84, art. 3º, § 2º).

A jurisprudência desse período era claramente restritiva.

Com o advento da Constituição Federal de 1988, com o previsto no art. 8º, III, que assegura ao sindicato o direito de defender, judicial e administrativamente, os direitos e interesses individuais e coletivos da categoria, duas correntes doutrinárias e jurisprudenciais surgiram.

A primeira defende a tese de que a possibilidade de o sindicato atuar como substituto processual da categoria é ampla. A segunda defende a tese de que, mesmo com esse dispositivo constitucional, a substituição processual continuaria a depender de expressa previsão em lei.

O TST adotava a segunda teoria, sendo inclusive “encampada” pela Súmula 310 do TST (hoje, cancelada).

Já o STF entende de acordo com a primeira teoria, defendendo a ampla possibilidade de o sindicato atuar como substituto processual de toda a categoria, e não somente dos associados ao sindicato.

Também o MPT pode atuar como substituto processual dos trabalhadores, na defesa de direitos individuais homogêneos. A base legal são os arts. 127 e 129, III, da Constituição Federal, combinados com os arts. 21, da LACP, 91 e 92, do CDC, 6º, VII, d, 83 e 84 da LOMPU e 3º da Lei nº 8.073/90.

SUCESSÃO PROCESSUAL

A Sucessão Processual ocorre, quando uma parte sai da relação processual, e, em seu lugar, entra outra pessoa, que vai assumir a titularidade da ação, em qualquer dos polos da demanda.

Pode ser por ato “inter vivos” ou por “causa mortis”.

Em caso de morte da parte, ocorre a sua sucessão. Caso a morte seja do reclamante (empregado), os habilitados a lhe sucederem são os seus dependentes previdenciários, conforme os termos da Lei nº 6.858/80. Caso não haja dependentes previdenciários, segue a ordem de sucussão do Código Civil. O “nome jurídico” será “Sucessão de Fulano de Tal”. Caso a morte seja do reclamado (empregador), quem o sucede na ação é o espólio, representado pelo inventariante. O “nome jurídico” será “Espólio de ‘Fulano de Tal’”.

Quando o empregador for pessoa jurídica, a sucessão ocorre nos moldes do previsto nos arts. 10 e 448, da CLT. Para efeito da relação de emprego, o empregado fica vinculado ao empreendimento, à empresa. Assim, caso haja compra de uma empresa por outra, fusão, incorporação etc., a empresa sucessora fica com a responsabilidade pelos empregados da empresa sucedida, mesmo que já não trabalhe mais na empresa. Na relação processual, vai ocorrer a mera troca da titularidade passiva da ação.

Importante salientar que não é permitida a cessão de créditos trabalhistas, conforme provimento nº 6/2000, da Corregedoria-Geral do TST. Todavia, isso só vale para ações trabalhistas que têm empregado no polo passivo, não se estendendo às ações provenientes das novas competências da Justiça do Trabalho.