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CAPÍTULO 3 – REFERENCIAÇÃO EM TEXTOS DA OLIMPÍADA DE

3.7. Texto 7 Grito de repúdio

modelos cognitivos.

Todos os problemas do município (L 20) é uma expressão que encapsula e

rotula retrospectivamente o segmento textual

Os primeiros moradores foram construindo suas casas sob palafitas, sem saneamento básico, sujeitos a inundações periódicas e ainda expostos a vários tipos de doenças, mas a necessidade prevaleceu. A habitação por aqui era difícil, a violência era constante, e também era muito comum ver meninas menores de idade e até mulheres entrando na prostituição. Pessoas tinham medo de sair de suas casas depois que anoitecia porque era muito perigoso, o medo tomava os trabalhadores, enquanto os marginais se apoderavam da cidade.

No tocante à resolução de parte desses problemas descritos, foi introduzido no texto o referente Reginaldo Brito de Miranda(L18), o Tenente Miranda(L19), visto como o herói desta história (L18).

Esse referente é retomado por meio da expressão indefinida um homem que

pode até não ter solucionado todos os problemas do município (...) (L19,20), com o

objetivo de informar o interlocutor sobre o referente no quadro em que não se supõe o compartilhamento desse conhecimento.

O referente Tenente Miranda (L19) se mantém em foco por meio da elipse no trecho

teve uma grande contribuição para as melhorias. Arriscou diversas vezes sua vida tentando negociar digamos que um tratado de paz com os desordeiros e, assim conseguiu.

Por fim, destaca-se o rótulo prospectivo A minha opinião(L28) cujo núcleo é composto por um nome de processo mental relacionado a um processo cognitivo.

3.7. Texto 7  

Grito de repúdio

(L1)No dia 07 de abril de 2010, após uma partida de futebol, um certo jornalista esportivo, do jornal O Popular, situado em Goiânia, maculou a imagem do Estado do Amapá, dando provas de sua estultícia, o que deixou os amapaenses totalmente revoltados. O mesmo relata “... o

Amapá é uma abstração, uma figura de ficção, uma alucinação...”. É inadmissível fazer esse (L5) tipo declaração, pois nossa terra é real e tem inúmeras belezas. Certamente o jornalista foi infeliz ao escrever sua crônica.

O Amapá é a porta de entrada a partir do Hemisfério Norte. Nele está situado o maior parque de floresta tropical do planeta, o Parque Nacional das montanhas de Tumucumaque. Contém a maior fauna e flora do mundo, pois faz parte da Floresta Amazônica e tem a maioria do seu (L10) território preservado. É cortado pela Linha do Equador, banhado pelo inesgotável Rio Amazonas. É palco do Equinócio e Solstício, sobretudo abençoado por ser cenário da Pororoca, maior fenômeno natural que acontece próximo ao Oiapoque que o cronista ignorantemente diz não saber o que é.

Falar desse Estado e não comentar sua cultura, como o Marabaixo, gênero musical trazido (L15) pelos negros que se refugiavam no quilombo do Curiaú; Os artistas como Zé Miguel e Amadeu Cavalcante, que juntamente com os outros formam a Música Popular Amapaense – MPA. E a Fortaleza de São José, uma das sete maravilhas do Brasil, que se encontra aqui, na ilha de “Lost”, como o jornalista intitula o Amapá, será um ato de inexorabilidade.

O mesmo fala que a rede globo nunca fez minissérie do Amapá e ainda deixa uma interrogação (L20)no ar: “Se nem a rede globo chegou lá, quem chega?...” Respondo essa pergunta afirmando que ela chegou sim, pois o Globo Repórter já fez reportagens de nossas belezas, de nossos fenômenos encantadores que trazem turistas de todas as partes, de nossas raras espécies, como o Beija-Flor. Já foi alvo no esporte como nosso belíssimo Futlama que acontece na deslumbrante Beira Rio. Teve participação da macapaense Auricélia por duas vezes no (L25)Soletrando.

Vale ressaltar ainda o que lembra muito bem José Vitor, comentarista de um fórum na internet onde se discutia a existência de nosso Estado, que no carnaval de 2008 a escola de samba Beija-Flor foi campeã, trazendo como enredo Equinócio Solar-Macapaba: Viagem Fantástica ao Meio do Mundo. Isso prova que minha terra tem uma história, um passado, um presente e (L30)ela existe, pois faz parte da sociedade.

Além disso, moro em Santana, município do Amapá. A minha cidade é a porta de entrada e saída do Estado. No porto de Santana, desembarca e embarca os mais variados tipos de produtos, como ouro e manganês da antiga mmx, em que o dono Eike Batista, é um dos maiores empresários do mundo, como afirma o jornalista amapaense Silvio Carneiro. Diante (L35)disso, penso que o cronista mais uma vez equivocou-se ao relatar que jamais ouviu falar de um produto exportado daqui.

Acredito que, em meio a tantas afirmações, não resta dúvidas da existência do meu Estado, portanto, o Amapá é e faz parte do Brasil e que nosso caro escritor deveria comprar uma passagem rumo ao Amapá e conhecer nossa história, obtendo assim, conhecimentos para não (L40) abduzir as vidas de um povo que labuta todos os dias pela busca de melhores condições. Se ainda alguém tem dúvida da existência é só vir conferir a hospitalidade e o sorriso micante que rege na face de todo o amapaense e com certeza terá um colapso de jubilação.

O texto 7 se desenvolve como resposta a uma crônica produzida por um jornalista do jornal O Popular. Nessa crônica, o jornalista afirma que “... o Amapá é uma abstração, uma figura de ficção, uma alucinação...”. Logo no primeiro parágrafo se explicita a posição de defesa do Amapá que o autor assumirá no desenvolvimento do texto, aspecto que é reforçado pela descrição dos atrativos do Amapá.

Do ponto de vista da referenciação, o Texto 1 apresenta dois importantes referentes: o Estado do Amapá (L2) e um certo jornalista esportivo, do jornal O Popular (L1, 2).

● Sobre o referente o Estado do Amapá

O referente o Estado do Amapá (L2) é introduzido no texto e mantido em focalização por meio das estratégias de repetição, pronominalização, elipse, advérbio e expressões nominais acompanhados de artigo ou pronome.

O referente o Estado do Amapá é repetido no texto por meio da expressão o

Amapá (L3, L4), (L7), (L18), (L19), (L31), (L38), (L39). Para Koch e Elias (2009) a

repetição ou recorrência de termos se constitui num “poderoso recurso retórico” sendo um mecanismo fundamental para a organização textual.

Também, o referente é mantido pelo uso do pronome ele (L7) com função anafórica, solicitando do leitor uma busca no cotexto anterior para a identificação do referente, bem como pelo advérbio aqui (L17) que assume a função de no texto reativar o lugar a que o autor faz referência: na ilha de “Lost”. (L18)

No trecho (da L8 à L12)

(o Amapá) Contém a maior fauna e flora do mundo, pois faz parte da Floresta Amazônica e tem a maioria do seu território preservado. (o Amapá) É cortado pela Linha do Equador, banhado pelo

inesgotável Rio Amazonas. (o Amapá) É palco do Equinócio e Solstício, sobretudo abençoado por ser cenário da Pororoca, maior fenômeno natural que acontece próximo ao Oiapoque

o referente o Amapá é mantido no texto de forma elíptica. Esclarecendo o fenômeno da elipse, Koch (2001) explica que sua realização está na omissão de um item lexical que em suas predicações pode ser recuperado pelo contexto. Assim sendo, trata- se de informação dada e facilmente identificada pelos interlocutores.

Uma outra estratégia de referenciação que se destaca no texto é o uso das expressões nominais: nossa terra (L5), esse Estado (L14), nosso Estado(L27), minha

terra (L29), o meu Estado (L37). Nessas expressões, observam-se dois procedimentos

do autor:

1º ) o uso de pronomes possessivos

a) de 1ª pessoa do singular: minha terra, meu Estado. b) de 1ª pessoa do plural: nossa terra, nosso Estado.

Nas expressões referenciais nossa terra (L5), nosso Estado (L27), minha

terra(L29), o meu Estado(L37), o uso do pronome possessivo nossa/o, minha/meu

nessas expressões têm a função de relacionar uma pessoa do discurso ( no caso, a primeira pessoa do plural e do singular, respectivamente) com algum objeto ou assunto de que se fala (Castilho e Elias, 2012).

No texto, os pronomes possessivos indicam relação de vínculo, participação, envolvimento, de modo mais evidenciado em minha terra (L29), o meu Estado (L37), além do vínculo de origem (nossa terra = a terra em que vivemos; nosso Estado = estado em que vivemos).

2º) o uso de pronome demonstrativo: esse Estado (L14).

O pronome demonstrativo na expressão esse Estado (L14) funciona como um operador de verificação (Castilho e Elias, 2012) e indica que o referente expresso pelo

substantivo “Estado” é de conhecimento dos interlocutores. Nesse processo referencial, tem função relevante na retomada do referente. Ainda, vale destacar, segundo Cavalcante (2004), o papel de saliência discursiva que o demonstrativo imprime ao referente a que remete.

Também observamos que o referente o Estado do Amapá (L2) serve de âncora para a introdução de novos referentes como, por exemplo, os amapaenses (L3).Trata- se de uma anáfora indireta baseada em relações semânticas inscritas no sintagma nominal definido o Estado do Amapá (L2). Para Marcuschi (2005) a constituição da anáfora indireta no processo referencial é realizada de “forma implícita” e leva em conta o conhecimento compartilhado entre os sujeitos da interação.

● Sobre o referente um certo jornalista esportivo, do jornal O Popular (L1,2). O referente um certo jornalista esportivo, do jornal O Popular é introduzido no texto e mantido em focalização por meio das estratégias de repetição e expressões nominais acompanhados de artigo ou pronome.

A reativação do referente ocorre por meio da reeptição do sintagma nominal definido o jornalista (L5,18).

Nos sintagmas nominais definidos o jornalista (L5,18), o cronista (L12, L35) e

nosso caro escritor (L38), três estratégias se destacam:

1º) o uso do artigo definido, assinalando que o referente em questão já é conhecido do interlocutor/leitor;

2º) o uso de pronome possessivo de 1ª. pessoa do plural na expressão nosso

caro escritor(L38). Segundo Castilho e Elias (2012), o possessivo se aplica a duas

expressões, sendo uma referencial, expressa pelo substantivo, e outra contextual, que são as pessoas do discurso, expressas por ele mesmo. No caso da expressão nosso caro

escritor, o pronome nosso seleciona tanto a pessoa do discurso, a que fala (nós), como

o referente escritor;

3º) o uso do adjetivo caro que promove a recategorização do referente por meio da ironia, uma estratégia que possibilita ao sujeito dizer algo com sentido contrário ao explicitado, levando-se em conta o contexto da enunciação.

Outro elemento que chama a atenção no projeto de dizer do autor é o uso do pronome demonstrativo o mesmo (L3, L19), indicando que o referente em questão é de nosso conhecimento. A expressão, assim, assegura a continuidade referencial, desempenhando a função de operador de identidade (Castilho e Elias, 2012).

Por fim, merece destaque a estratégia de rotulação construída por meio dos sintagmas nominais definidos: esse tipo de declaração (L4,5), uma interrogação (L19) essa pergunta (L20) tantas afirmações (L37). Esses rótulos metalinguísticos são formados por nomes ilocucionários, ou seja, por nominalizações de processos verbais, geralmente atos de comunicação com características de verbos ilocucionários cognatos, conforme explicam Francis (2003) e Koch (2002).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa, tivemos como objetivo analisar a referenciação em textos da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro produzidos por alunos do ensino médio. Para tanto, selecionamos um corpus constituído por sete textos classificados no concurso da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, no Estado do Amapá, ano 2010. Para dar conta desse propósito, estudos sobre referenciação no quadro do Linguística Textual constituíram a base teórica do trabalho. Nessa perspectiva, o texto transcende sua materialidade linguística e seu caráter linear. Ele deixa de ser concebido como um produto sintático-semântico fechado em si mesmo e passa a ser visto como processo de ação social de sujeitos em interação. É nessa concepção de texto que se realiza a referenciação como atividade discursiva.

Na análise, elegemos as estratégias de ativação e reativação de referentes. Para tanto, dentro da proposta da Olimpíada que orientou a produção dos textos dos alunos do ensino médio, selecionamos os principais referentes assim considerados porque estavam relacionados ao tema “O lugar onde vivo” e à proposta de que os alunos do ensino médio revelassem um olhar crítico sobre essa realidade. No texto 1, o autor tratou de problemas ambientais e sociais relacionados ao projeto da instalação de uma usina na sua cidade Ferreira Gomes. No texto 2, o autor apresenta a gravidez entre adolescentes como um problema em sua cidade Tartarugalzinho. No texto 3, o problema a que o autor se refere é a superlotação no cemitério da sua cidade Oiapoque. No texto 4, o problema discutido pelo autor é a paixão cega dos moradores de Macapá pelo futebol. No texto 5, Calçoene é uma cidade atingida por problemas como precariedade no ensino, prostituição infantil e descaso dos políticos. No texto 6, Laranjal apresenta problemas como falta de saneamento básico, enchentes, problemas habitacionais, violência e prostituição. No texto 7, o problema é a crítica de um jornalista de Goiânia ao Amapá que desmerece o Estado e, por tabela, a cidade onde mora o autor do texto Santana. Diferente dos outros, este texto assume uma perspectiva de defesa do estado e da cidade onde mora o autor, destacando a beleza, a história e a riqueza do local.

Os resultados indicam que as estratégias de ativação e de reativação de referentes nos textos analisados estão relacionadas ao tema do concurso (o lugar onde moro), bem como à orientação dada para se produzir um texto com um olhar crítico

sobre esse tema. Esse fato nos faz pensar em novas pesquisas como, por exemplo, considerar a referenciação como um dos critérios de avaliação da produção escrita no âmbito do ensino de língua portuguesa.

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