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Capítulo 3. Casos de estudo

3.2. Casos de estudo complementares

3.2.3. Toca do Boqueirão da Pedra Furada (Piauí, Brasil)

3.2.5. Perdigões (Ocres)

3.2.1. Abrigo Gode Rorizo (Hararghe, Etiópia)

Gode Roriso é um abrigo rochoso com arte rupestre pintada situado c. 17 km, altitude de 1750 m) a sudoeste da cidade de Fugna Bira, no distrito Gursum, East Hararghe, Leste da Etiópia (Figura 84).

Figura 83. Localização do abrigo Gode Roriso, Etiópia (Gomes et al., 2013).

A topografia é diversificada e as paisagens de planície caracterizam esta zona de atitudes que variam entre 1200 e 2950 m. O abrigo na Etiópia tendo o substrato granito, e sendo a arte diversa e de outra cronologia, permite-nos evidenciar os resultados obtidos.

O substrato é caracterizado como granito pós-tectónico de grão grosseiro (Figura 84), de coloração rosa, tendo uma estrutura fanerítica com grandes cristais (Haro, 2010). Estudos petrográficos do granito indicam ter um conteúdo de 45-50% de feldspato-k (principalmente microclina), 25-30% de quartzo, 10-15% de plagióclase e 5% de biotite (Haro, 2010), a matriz geológica mostra claramente o potencial grau de dificuldade na realização das pinturas. O

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substrato (painel pintado do abrigo Gode Roriso) compreende cristais grandes e alguns acréscimos naturais.

Figura 84. Enquadramento geológico da região do Harargue na Etiópia (Haro, 2010).

As pinturas rupestres em Goda Roriso encontram-se num abrigo com 24 m de largura, 8 m de altura e cerca de 10 m de profundidade (Figura 85). O painel forma uma faixa estreita de c. 18 m de largura e c. 3 m de altura (Figura 86).

Figura 85. Abrigo Gode Roriso, Etiópia.

145 Os motivos e figuras pintadas presentes no painel (Figura 86), incluem geométricos, zoomorfos e antropomorfos. As figuras zoomórficas são dominadas por bovinos - aproximadamente 150 no total. Também estão presentes representações de avestruz, um camelo e um serpentiforme. As figuras antropomórficas incluem pastores, cada figura é pintada com um bastão distinto, provavelmente representando alguma forma de cajado de pastor. Além disso, vários tipos de motivos geométricos incluindo losangolos, grades, padrões de pontos, espirais, círculos concêntricos e muitas representações mais complexas.

Figura 87. Arte rupestre do abrigo Gode Roriso na Etiópia.

Foram utilizados pigmentos de cor vermelha, branco e preto, mas a maioria das figuras são pintadas na cor branca, que parece ser a cor dominante. As figuras vermelhas são normalmente executadas em conjunto com o preto e depois sobrepostas pelas figuras brancas. O que é excecional aqui é que todos os bovinos e as figuras antropomórficas foram pintados com a cor branca e são as figuras mais recentes (Figura 87). Da mesma forma, todas as figuras geométricas são pintadas usando as três cores dos pigmentos (Figura 88).

Relativamente ao estilo, há uma recorrência nas figuras relacionadas com a pastorícia (bovinos e pastores) e as figuras geométricas complexas são facilmente reconhecidas na segunda fase da pintura pastoral Ethio-Árabe do estilo Dahthami (Cervicek 1971, 1979; Clark, 1954; Graziosi, 1964; Brandt e Carder, 1987, Fattovich, 1988). Assim, esta fase é tipicamente distinguida pelo aparecimento do zebu (bovino com corcunda), cavalos, camelos e figuras geométricas complexas. Sabe-se que esta fase de execução de pinturas na Etiópia é relativamente atribuída ao período entre 2.000 BP até ao 4 séc. d.C. (Brandt e Carder, 1987).

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Figura 88. Amostras de pigmentos do abrigo Gode Roriso, Etiópia.

A pergunta que se colocou era se as pinturas brancas foram originalmente feitas com cera de abelha ou se eram um produto de sucessivas intervenções. Foram coletadas amostras para caracterização dos componentes dos pigmentos e do substrato (Figura 89) e também para datação radiométrica absoluta - 14C realizadas nos laboratórios Beta Analityc.

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3.2.2. Abrigo Ndalambiri (Ebo, Angola)

O Ebo em Angola, é uma região caracterizada por relevo sub-planáltico, entre a faixa litoral e o planalto interior, encontra-se o abrigo Ndalambiri situado a cerca de 11 km a norte/nordeste do centro do Ebo a 1348 m acima do nível do mar, orientado para oeste, sendo que o seu acesso se faz a partir da aldeia com o mesmo nome, da qual dista cerca de 1.5 km. Trata-se de uma cavidade semicircular, num grande inselberg granítico (Figura 91).

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Figura 91. Inselberg granítico do abrigo Ndalambiri; o abrigo e a paisagem da região.

A entrada do abrigo, num patamar com alguma vegetação rasteira e pequenas árvores e arbustos, permite uma grande visibilidade sobre a paisagem (Figura 91), apresentando cerca de 33 m de boca, 7.2 m de altura máxima no rebordo da pala, por 12.4 m de profundidade a meio, apresentando uma faixa pintada com 61.4 m de comprimento.

Os painéis com pinturas rupestres são verticais, embora apresentem, por vezes acentuada inclinação, e encontram-se voltados para a boca do abrigo. Os motivos presentes incluem figuras geométricas, zoomórficas, antropomórficas, fitomórficas, algumas facilmente reconhecíveis (armas, fuzis, lanças e arcos; machados; tipoias; embarcações) e outras complexas indefinidas. Na sua maioria as figuras são pintadas em branco, de diversas tonalidades, mas também se encontram o vermelho escuro, vermelho acastanhado, o laranja, o negro e o amarelo (Figura 93). Grande parte das figuras é monocromática (preto, branco ou vermelho escuro, algumas em laranja parecem ser mais recentes), mas existem composições dicromáticas (branco e negro) e policromáticas (branco, negro e laranja ou branco, negro, e amarelo) (Martins et al., 2014b).

149 As figuras monocromáticas em preto, representando figuras de zoomorfos, de alguns antropomorfos e outras figuras indefinidas, sobretudo porque estão por baixo de todas as restantes pinturas, parecem corresponder a um primeiro momento. Algumas destas figuras estão muito desvanecidas.

O vermelho, em figuras espalhadas ao longo do abrigo, não se sobrepõem entre si, representam pontas de setas, machados, figuras geométricas indefinidas e algumas estilizações de zoomorfos (prováveis lagartos). A maior parte das figuras nesta cor estão sob as pinturas brancas, mas há casos em que acontece ao contrário, o que significa que podem ser contemporâneas de algumas das figuras brancas (Figura 92).

A maior parte das figuras é pintada a branco e parece representar um período mais longo, correspondendo a múltiplas fases. As mais antigas parecem corresponder a zoomorfos, geralmente com mais de 1 m, numa tonalidade de branco “escuro”, a que alguns autores (Smith, 2006b, 2013) designam por “figuras de braços abertos” (Martins et al., 2014b).

As figuras geométricas são compostas por linhas, reticulados, entrançados, grelhas, figuras circulares, retangulares, quadrados, pontos, círculos concêntricos e representações complexas, muitas vezes em composições com mais de uma cor. Sobre estas figurações surgem muitas vezes antropomorfos e zoomorfos diversos, algumas vezes associados entre si, outras vezes isolados.

Surgem múltiplas e diversas cenas que representam situações da vida quotidiana a branco (ex. figuras que parecem conversar, fumar cachimbo, trepar árvores), de caça (antropomorfos que apontam armas de fogo a figuras zoomórficas; zoomorfos deitados e carregados em tipoias, representando provavelmente o animal morto), de transporte (representação de inúmeras tipoias, de embarcações e quadrúpedes que servem como meio de transporte ou carga). A aparência grosseira das pinturas e o espesso traço do pigmento característico da maior parte delas permite perceber que, se para umas foram utilizados os dedos, para outras, são evidentes as marcas deixadas por um pincel grosso, provavelmente feito com pelos de animais ou matérias vegetais. Diferentes fases destas pinturas podem indicar diferentes sistemas culturais. Tanto no acesso como no interior do abrigo foi possível encontrar uma pequena lasca de quartzo e vários fragmentos de cerâmica, alguns decorados (Martins et al., 2014b). De modo a identificar o processo de produção dos pigmentos usados na arte rupestre do abrigo Ndalambiri foi efetuada a amostragem (Figura 93Figura 94) com objetivo na caracterização mineralógica tanto do suporte (granítico) como dos pigmentos utilizados na realização das pinturas.

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Figura 93. Recolha de amostras (A1, A2, A3) no abrigo Ndalambiri, Ebo, Angola.

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3.2.3. Toca do Boqueirão da Pedra Furada (Piauí, Brasil)

Os sítios arqueológicos analisados no Brasil estão localizados no sudeste do Piauí, em S. Raimundo Nonato, dentro dos parques nacionais da serra da Capivara e serra das Confusões (Figura 95). Esta área apresenta mais de mil sítios arqueológicos. Na maioria deles, a ocupação humana é comprovada com base na presença de arte rupestre (Guidon, 1984, 2003, 2004, 2007, 2008; Guidon et al., 2002; Arnaud et al., 1984; Cavalcante et al., 2011b), sendo uma das maiores concentrações de arte rupestre no mundo.

Esta região é cortada longitudinalmente pela borda sudeste da bacia sedimentar do rio Parnaíba, chamado de plateau geral de Gurguéia. As maiores concentrações de sítios arte rupestre estão ao longo dos vales no topo do planalto e sob abrigos no pé da falésia do planalto. Esta região tem sido objeto de investigação multidisciplinar, desde a sua descoberta científica na década de 1970.

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O principal objetivo é identificar a composição mineralógica dos pigmentos utilizados durante o processo de pintura em dois locais da serra da Capivara: Toca do Paraguaio e Toca do Boqueirão da Pedra Furada. Assim os objetivos específicos deste trabalho são:

a) a identificação da composição de materiais colorantes e as receitas utilizadas na execução da arte rupestre;

b) a identificação de material orgânico favorável para datação,

c) as pinturas são estilisticamente diferentes, poderiam refletir de uma forma diferente a preparação dos materiais de coloração e portanto a verificação do uso de diferentes técnicas.

As pinturas rupestres (Figura 96) nesta região foram estilisticamente divididas em três tradições principais, a nordeste, a agreste e a geométrica. A tradição nordeste foi caracterizada pela presença de figuras esquemáticas -naturalista, muito dinâmicas, compondo cenas muito narrativas. A agreste é composta por figuras grandes e estáticas como zoomorfos e antropomorfos e figuras irreconhecíveis. A tradição geométrica é composta por figuras geométricas irreconhecíveis semelhantes às formas e impressões de mãos e pegadas (Guidon, 1989a; Guidon et al., 2007).

153 Na classificação estilística das pinturas rupestres da Serra da Capivara (Guidon, 1985) as pequenas figuras vermelhas são dominantemente monocromáticas (Toca do Paraguaio) e contrastam com as pinturas policromáticas (Boqueirão da Pedra Furada). Ultimamente, o número de sítios tem crescido muito, o que revelou outros tipos de dados, que estão sob investigação, levando a classificação preliminar a nova reformulação, especificamente relacionado com as divisões estilísticas (Martín e Guidon, 2010).

Considerando uma escala de estilo, as figuras da tradição nordeste estariam mais perto do extremo naturalista, as da agreste seriam colocadas no meio e as da geométrica mais perto do extremo abstrato.

A tradição nordeste foi estudada e dividida por subdivisões do corpus considerando a morfologia e a técnica de pintura (Pessis et al., 2009, 2010), bem como a sua posição geográfica. Estas subdivisões foram chamadas como estilo serra da capivara, complexo estilístico serra talhada, e estilo serra branca (Guidon, 1985).

O estilo serra da capivara foi definido pela presença de pequenas pinturas de tamanho, às vezes miniaturizados, essencialmente monocromática tendo o vermelho como cor dominante. Geralmente, os antropomorfos são de pequeno tamanho e os zoomorfos de grande tamanho. A cronologia deste estilo é considerada da transição Pleistocénico/ Holocénico. A Toca do Paraguaio é um sítio representante deste estilo (Guidon, 1985).

O complexo estilístico serra talhada é composto pela presença de pinturas policromáticas. Os motivos são os zoomorfos e antropomorfos e as sobreposições são muito frequentes. As pinturas têm sido repintadas ao longo do tempo mudando as suas cores originais. A cronologia deste complexo estilístico é atribuída como sendo a mais antiga do Holocénico. A Toca do Boqueirão da Pedra Furada assume-se como um local característico deste complexo estilístico (Guidon, 1985).

Esta região (Figura 97) tem sido objeto de investigação multidisciplinar desde 1973 e a ocupação humana é atestada desde o Pleistocénico superior. Os restos humanos encontrados em diferentes locais desta área, como Garrincho, Coqueiros e Antonião, apontam para que a ocupação humana nesta área tenha sido intensamente estabelecido entre 10.0 e 12.0 Kyr BP (ver discussão sobre datações absolutas em Boeda et al., 2014).

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Figura 97. Paisagem da Serra da Capivara.

Durante a década de 90´ na região do parque nacional da Serra da Capivara, desenvolveu-se uma investigação preliminar sobre a composição físico-química de pigmentos (Lage, 1990; Cavalcante, 2012ª,b). Assinalou-se que alguns pigmentos vermelhos são compostos por hematite (óxido de ferro) com uma grande quantidade de cálcio, alguns pigmentos amarelos foram feitos com goethite (óxido de ferro hidratado), os pigmentos brancos são compostos por caulinite ou gesso e os pigmentos cinzentos aparentam ser uma mistura de caulinite e hematite (Lage, 1998; Lage et al., 2007), mas os autores não oferecem conclusões sobre a natureza dos ligantes. Lage (1990, 1998) e Lage et al., (2007) assumem que alguns materiais de coloração foram sujeitos de tratamentos específicos, como o esmagamento e filtragem para reduzir o tamanho dos grãos de quartzo. Esta observação vem da identificação de cristais de quartzo em algumas das amostras de pigmentos analisados, em oposição aos grandes cristais de quartzo encontrados em depósitos de argila – “ocres da região”. Estes pedaços de ocre natural foram coletados na área da serra da capivara para verificar a proveniência dos óxidos de ferro e de compreender a modificação que os pigmentos sofrem como matérias-primas naturais à sua transformação, aplicação e á sua conservação.

155 Geologicamente (Figura 98) esta área está localizada no planalto de Bom Jesus do Gurguéia, um maciço composto basicamente por arenitos, conglomerados e metasiltitos e pode atingir entre 400 e 600 metros de altura acima do nível do mar. Este platô corresponde à extremidade sudeste da bacia sedimentar do Parnaíba e é orientado longitudinalmente ao sudoeste-nordeste (Arnaud, 1984). As maiores concentrações de pinturas rupestres estão localizadas nos abrigos rochosos ao longo de vales, no topo do planalto, ou em abrigos localizados na base da frente da cuesta (Pessis et al., 2010).

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Figura 99. Toca do Boqueirão da Pedra Furada.

Toca do Boqueirão da Pedra Furada (ou simplesmente Pedra Furada) é o mais famoso local turístico com mais de 4000 pinturas rupestres (Figura 99). A Toca do Boqueirão da Pedra Furada é um sítio muito bem conhecido da comunidade científica devido á controversa questão das datações absolutas (Boeda et al., 2014). Esta região é parte da fronteira entre o Atlântico e Floresta Amazónica; em torno de 10000 BP foi transformada em paisagem de Cerrado e Catinga. A temperatura média anual é de 28 ºC. No mês de junho (a mais fria do ano), a temperatura média é de 25 °C, (máxima 35 °C e mínima de 12 °C) nos períodos mais quentes do ano as temperaturas chegam a 45 °C (Emperaire e Pessis, 1991).

Este abrigo está localizado no sopé de uma falésia de arenito e no topo de um barranco composto por materiais erodidos. O abrigo é moldado sob a formação serra grande datada do Silúrico (Parenti, 1996; Parenti et al., 1996). O afloramento arenito, onde o sítio da Pedra Furada está localizado, é nomeado localmente Serra Talhada.

O grupo serra grande (Small, 1914) consiste nas formações Ipu, Tianguá e Jaicós (Caputo e Lima, 1984) e encontra-se em zonas ígneas e embasamento metamórficas ou sobre as rochas sedimentares anteriores á implantação da bacia de Parnaíba, o que representa uma sequência de deposição do primeiro ingresso marinho na Bacia do Parnaíba durante o Silúrico. (Barros et al., 2006, 2011) A formação Ipu, que apresenta os arenitos e conglomerados como principais litologias, foi depositada entre o fim do Ordovícico e o início de Silúrico (Caputo e Lima 1984).

A Toca do Boqueirão da Pedra Furada (Figura 100) é um sítio bastante importante no contexto da primeira ocupação humana da América. As primeiras escavações revelaram 5 metros de espessura da sequência estratigráfica compreendendo o Pleistoceno Superior e o Holocénico (Parenti et al., 1998). A estratigrafia foi dividida em dez níveis, e contribuiu para

157 a definição de seis horizontes culturais (Parenti, 1996). Os três primeiros horizontes, mostram a presença de incêndios estruturados, manchas de carvão, seixos aquecidos, e indústria lítica produzida em quartzo e quartzitos (Parenti et al., 1998). Os últimos horizontes foram caracterizados pela presença de ocre em grandes quantidades, fragmentos de rochas pintadas caídas, numerosos pedaços de carvão e cinzas, restos ósseos, folhas, caroços de frutas e ferramentas líticas feitas em matérias-primas de melhor qualidade, tais como sílex (Guidon e Delibrias, 1986). Estes níveis indicam o desenvolvimento de técnicas de talhe apuradas e a afirmação de práticas pictóricas (Parenti et al., 1996).

Figura 100. Toca do Boqueirão da Pedra Furada.

As primeiras evidências, que apontam para a utilização de materiais colorantes, foi atestada nas fases mais antigas (na Pedra Furada) graças à descoberta de fragmentos de rochas que apresentam vestígios de ocre (Guidon, 1989b; Guidon e Delibrias, 1986).

Na década de 90´s foram realizadas análises químicas em pigmentos encontrados em camadas datadas. A confrontação destes valores, quando comparados com os dados químico- mineralógicos dos pigmentos selecionados e de ocres de depósitos naturais, forneceu informação valiosa para a compreensão do processo de realização de pigmentos (Lage, 1996). O sítio arqueológico da Pedra Furada apresenta evidências sobre o uso de ocre (Bahn, 1998). Ao estudar amostras de ocre, coletadas diretamente nas pedreiras próximas aos locais, um monte de cristais de quartzo com diâmetros maiores que 150 microns foram detetados. A análise mostrou que, durante a preparação de pigmentos, existe uma fase de finalização para a eliminação de cristais de quartzo (Buco, 2012).

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