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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO INSTRUMENTO AWS

Os resultados relativos ao alcance do objetivo específico “traduzir e realizar a adaptação transcultural dos instrumentos AWS e MBI-GS” serão descritos nesta seção (4.1) e na próxima (4.2) a partir da apresentação do processo de tradução e adaptação transcultural dos instrumentos utilizados na pesquisa, seguindo os sete estágios propostos por Beaton et al. (2000): estágio I: tradução; estágio II: síntese; estágio III: retradução; estágio IV: revisão pelo comitê de especialistas; estágio V: pré-teste; e estágio VI: submissão e avaliação de todos os relatórios escritos por desenvolvedores.

O processo de tradução e adaptação transcultural do instrumento Areas of Worklife Scale – AWS (LEITER; MASLACH, 2011) iniciou com o pedido de autorização junto à empresa representante dos autores, Mind Garden Inc., e a aquisição da licença para aplicação do instrumento conforme pode ser observado nos Anexos 1 e 2. Após as devidas licenças,

iniciou-se o processo de tradução e adaptação transcultural que incluiu o conteúdo dos itens, as opções de resposta e as instruções.

O Estágio I - Tradução, conforme proposto por Beaton et al. (2000), diz respeito à tradução do instrumento de sua língua materna para o português brasileiro. Os autores orientam que deve haver neste estágio pelo menos dois tradutores bilíngues da língua original para a língua destino, possibilitando a discussão das discrepâncias. Há recomendação de que um dos tradutores esteja ciente dos conceitos e objetivos do trabalho e um segundo tradutor não deve possuir domínio minimizando ou eliminando vieses no processo de tradução. Devem ser traduzidos o conteúdo dos itens, as opções de resposta e as instruções.

Para a tradução do instrumento Areas of Worklife Scale – AWS (LEITER; MASLACH, 2011) foram utilizados três tradutores:

a) Tradutor 1 (T1): diplomado em Letras – Português/Inglês pela Universidade

Federal de Rio Grande – 1997, mestrado em Inglês pela Universidade Federal de Santa Catarina – 1998/2000, curso de proficiência em Língua Inglês pela Malvern House College – Londres – UK – 2005/2006 e especialização em Tradução Português pela Universidade Gama Filho - Porto Alegre/RS - 2009/2010;

b) Tradutor 2 (T2): diplomado em Letras – Português/Inglês pela Universidade

Federal de Rio Grande do Sul – 2006, mestrado em Linguística pela Florida International University, Miami, Floria, EUA – 2009, doutorado em Linguística Aplicada pela Universidade Federal de Rio Grande – 2014; e

c) Tradutor 3 (T3): diplomado em Letras - Português/Inglês e Respectivas Literaturas pela

Universidade de Santa Cruz do Sul – 2008, mestrado em Letras pela Universidade de Santa Cruz do Sul – 2008, doutorando em Letras Universidade de Santa Cruz do Sul. Professor de Línguas Inglesa, Espanhola, Francesa, Italiana, Alemã e Portuguesa, diretor e coordenador pedagógico do FISK - Centro de Ensino em Cachoeira do Sul - RS.

Os Tradutores T1 e T2 não possuíam conhecimento sobre o tema nem objetivos do

trabalho e o Tradutor T3 estava ciente das necessidades e procedimentos do processo de

tradução e adaptação transcultural.

Inicialmente foi realizada a tradução do conteúdo dos 28 itens da escala AWS pelos Tradutores T1 e T2 sendo repassados para a pesquisadora que estruturou uma série de

observações com dúvidas e questionamentos. O Quadro 18 apresenta as traduções dos Tradutores T1 e T2 e as observações realizadas pela pesquisadora.

Quadro 18 – Tradução do conteúdo dos itens da escala AWS pelos Tradutores T1 e T2 e

observações da pesquisadora

(continua...) Construtos/itens Tradutor T1 Tradutor T2 Observações da pesquisadora

Workload Carga de trabalho Carga de trabalho Ok

1. I do not have time to do the work that must be done.

1. Eu não tenho tempo para executar o trabalho que deve ser feito.

1. Eu não tenho tempo para fazer o trabalho que precisa ser feito.

a) No caso do verbo “must” o que fica mais adequado: deve ou precisa e por quê?

2. I work intensely for prolonged periods of time. 2. Trabalho intensamente por longos períodos de tempo. 2. Eu trabalho de forma intensa por longos períodos de tempo.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção da Tradutora T2 que manteve a estrutura do pronome pessoal começando a frase por “eu”.

3. I have so much work to do on the job that it takes me away from my personal interests.

3. Tenho tanto a fazer no trabalho que me afasto dos meus interesses pessoais.

3. Eu tenho tanto a fazer no trabalho que isso me afasta dos meus interesses pessoais.

Tradução da Tradutora T2 mais adequada visto o objetivo do instrumento, pois trata- se aqui de “carga de trabalho”, ou seja, é este fator que está sendo avaliado e que procura-se identificar seu impacto.

4. I have enough time to do what’s

important in my job.

4. Eu tenho tempo suficiente para fazer o que é importante no meu trabalho.

4. Eu tenho tempo suficiente para fazer o que é importante no meu trabalho.

Ok

5. I leave my work behind when I go home at the end of the work day.

5. Eu deixo meu trabalho para trás quando vou para casa no final do dia.

5. Eu deixo minhas tarefas de trabalho para trás quando chego em casa ao final do dia.

b) O que seria mais adequado e por quê? * “meu trabalho” ou “minhas tarefas de trabalho”?

* “vou para” ou “chego em”?

Control Controle Controle Ok

6. I have control over how I do my work.

6. Eu tenho controle sobre a forma como realizo o meu trabalho.

6. Eu tenho controle sobre como eu faço o meu trabalho.

c) O que seria mais adequado e por quê? * “a forma” ou “como eu faço”? * “como eu faço” ou “realizo”?

7. I can influence management to obtain the equipment and space I need for my work.

7. Eu consigo influenciar a gerência para obter o

equipamento e espaço que preciso para o meu trabalho.

7. Eu posso influenciar a gestão para conseguir o equipamento e o espaço que preciso para o meu trabalho.

d) Nos seguintes casos:

* verbo “can”, de acordo com o dicionário Longmann “can” no sentido de

“permissão” pode ser traduzido como “posso, pode” o que não seria o caso desta questão. “Can” pode ser traduzido como “consigo” no caso de “capacidades ou habilidades adquiridas”. Me parece que a tradução “consigo” é mais adequada, precisamos de uma explicação gramatical. *management: pode referir-se a gestão (da organização) ou gerência (diretores da organização), neste caso me parece mais adequado “gestão”. Como

poderíamosjustificar (considerando as questões gramaticais)? 8. I have professional autonomy /independence in my work. 8. Tenho autonomia/indepen- dência profissional no meu trabalho. 8. Eu tenho autonomia profissional/ independência no meu trabalho.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção da Tradutora T2 que manteve a estrutura da frase.

9. I have influence in the decisions affecting my work.

9. Tenho influência nas decisões que afetam o meu trabalho.

9. Eu tenho influência nas decisões que afetam o meu trabalho.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção da Tradutora T2 que manteve a estrutura da frase.

(continua...) Construtos/itens Tradutor T1 Tradutor T2 Observações da pesquisadora

Reward Reconhecimento Reconhecimento Ok

10. I receive recognition from others for my work.

10. Eu recebo o reconhecimento dos outros pelo meu trabalho.

10. Eu tenho o reconhecimento dos outros pelo meu trabalho.

e) O que seria mais adequado e por quê? * “eu recebo” ou “eu tenho”?

(justificativa gramatical e adequação ao português usual) 11. My work is appreciated. 11. O meu trabalho é valorizado. 11. O meu trabalho é apreciado.

Neste caso me parece mais adequado o termo “valorizado”. 12. My efforts usually go unnoticed. 12. Meus esforços geralmente passam despercebidos. 12. Os meus esforços geralmente passam despercebidos. Ok 13. I do not get recognized for all the things I contribute. 13. Eu não sou reconhecido por todas as minhas contribuições. 13. Não sou reconhecido pelas coisas com as quais contribuo.

f) Fiquei em dúvida sobre a melhor tradução. Entendo que a forma da frase deve ser mantida começando pelo pronome “eu”.

Community Comunidade Comunidade Ok

14. People trust one another to fulfill their roles.

14. As pessoas confiam umas nas outras para cumprir suas funções.

14. As pessoas confiam umas nas outras para cumprir as suas funções. Ok 15. I am a member of a supportive work group. 15. Faço parte de um grupo de trabalho solidário. 15. Eu participo de um grupo de trabalho de apoio.

g) Neste caso, ficaria adequada a seguinte construção:

* Eu participo de um grupo de trabalho solidário (fiquei em dúvida se fica melhor “eu participo” ou “eu faço parte”, precisaríamos ver gramaticalmente o que fica melhor)

16. Members of my work group cooperate with one another.

16. Os membros do meu grupo de trabalho cooperam uns com os outros. 16. Os membros do meu grupo cooperam uns com os outros.

Ok 17. Members of my work group communicate openly. 17. Os membros do meu grupo de trabalho se comunicam abertamente. 17. Os membros do meu grupo se comunicam abertamente. Ok

18. I don’t feel close to my colleagues.

18. Não me sinto próximo dos meus colegas.

18. Não me sinto próximo dos meus colegas.

Ok

Fairness Imparcialidade Equidade Neste caso, considerando a base teórica,

mais adequado “Equidade/justiça”.

19. Resources are allocated fairly here.

19. Aqui, os recursos são alocados de forma justa. 19. Os recursos são alocados de forma justa aqui.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção da Tradutora T2 que manteve a estrutura da frase. 20. Opportunities are decided solely on merit. 20. As oportunidades são decididas unicamente pelo mérito. 20. As oportunidades são decididas exclusivamente com base em mérito.

h) O que seria mais adequado e por quê? * “unicamente” ou “exclusivamente”? (justificativa gramatical e adequação ao português usual)

(conclusão...) Construtos/itens Tradutor T1 Tradutor T2 Observações da pesquisadora

21. There are effective appeal procedures available when I question the fairness of a decision. 21. Há procedimentos eficazes disponíveis quando eu questiono a imparcialidade de uma decisão. 21. Há procedimentos de recursos eficazes disponíveis quando questiono se uma decisão foi justa.

i) Neste caso, ficaria adequada a seguinte construção:

* Há procedimentos eficazes disponíveis quando eu questiono se uma decisão foi justa. (verificar gramaticalmente)

22. Management treats all employees fairly. 22. A gerência trata todos os funcionários de forma justa. 22. A gestão trata todos os funcionários de forma justa.

Neste caso, acredito que a tradução do Tradutor T1 fica mais adequada visto que o “tratamento” acontece entre pessoas que ocupam cargos. (verificar

gramaticalmente)

23. Favoritism determines how decisions are made at work. 23. O favoritismo determina como as decisões são tomadas no trabalho. 23. O favoritismo determina como as decisões são tomadas no trabalho.

Ok

24. It’s not what you know but who you know that determines a career here.

24. Não é o que você sabe, mas quem conhece que determina a sua carreira aqui.

24. O que define uma carreira aqui não é o que você sabe, mas quem você é.

k) Neste caso, ficaria adequada a seguinte construção:

* O que define uma carreira aqui não é o que você sabe, mas quem você conhece. (verificar gramaticalmente)

Values Valores Valores Ok

25. My values and the Organization’s values are alike. 25. Os meus valores e os valores da Organização são parecidos. 25. Os meus valores são similares aos valores da Organização.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção do Tradutor T1 que manteve a estrutura da frase.

26. The

Organization’s goals influence my day to day work activities.

26. Os objetivos da Organização influenciam as minhas atividades rotineiras de trabalho. 26. Os objetivos da Organização influenciam minhas atividades de trabalho do dia a dia.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção da Tradutora T2 que manteve a estrutura da frase.

27. My personal career goals are consistent with the Organization’s stated goals. 27. Meus objetivos de carreira pessoal são consistentes com os objetivos declarados da Organização. 27. Meus objetivos de carreira pessoal são consistentes com os objetivos da Organização. Ok 28. The Organization is committed to quality. 28. A Organização é comprometida com a qualidade. 28. A Organização tem um compromisso com qualidade.

Neste caso, como se trata da validação de um instrumento, fica mais adequado a construção do Tradutor T1 que manteve a estrutura da frase.

Fonte: Dados da pesquisa

Como pode ser observado no Quadro 18 para cada um dos 28 itens foram analisados os conteúdos das traduções, questionando-se as seguintes discrepâncias:

− Item 2: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T2 visto a

adequação ao instrumento original que utiliza o pronome pessoal “eu”;

− Item 3: identificação da tradução do Tradutor T2 como mais adequada visto o

objetivo do instrumento, pois trata-se aqui de “carga de trabalho”;

− Item 4: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora;

− Item 5: questionou-se sobre o uso mais adequado e justificativa para “meu trabalho” ou “minhas tarefas de trabalho” e “vou para” ou “chego em”;

− Item 6: questionou-se sobre o uso mais adequado e justificativa para “a forma” ou “como eu faço” e “como eu faço” ou “realizo”;

− Item 7: questionou-se a tradução do verbo “can” e o substantivo “management”; − Item 8: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T2 visto a

adequação à estrutura da frase;

− Item 9: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T2 visto a

adequação à estrutura da frase;

− Item 10: questionou-se sobre o uso mais adequado e justificativa para “eu recebo” ou “eu tenho” necessitando justificativa gramatical e adequação ao português usual;

− Item 11: indicação do termo “valorizado” como mais adequado; − Item 12: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora;

− Item 13: houve dúvidas sobre a tradução mais adequada, entendendo-se que a construção deve usar o pronome “eu”;

− Item 14: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora;

− Item 15: houve a indicação da necessidade de verificação gramatical sobre a melhor tradução relativa a “eu participo” ou “eu faço parte”;

− Item 16: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora; − Item 17: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora; − Item 18: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora;

− Item 19: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T2 visto a

− Item 20: questionou-se sobre o uso mais adequado e justificativa para “unicamente” ou “exclusivamente” necessitando justificativa gramatical e adequação ao português usual;

− Item 21: sugeriu uma tradução mais adequada considerando o objetivo do trabalho; − Item 22: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T1 visto que

o “tratamento” acontece entre pessoas que ocupam cargos;

− Item 23: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora; − Item 24: houve sugestão de uma nova construção;

− Item 25: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T1 visto a

adequação à estrutura da frase;

− Item 26: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T2 visto a

adequação à estrutura da frase;

− Item 27: houve concordância entre os Tradutores e a pesquisadora; e

− Item 28: sugeriu-se a manutenção da tradução realizada pelo Tradutor T1 visto a

adequação à estrutura da frase.

A tradução dos construtos também foi analisada, sendo que para o construto “workload” houve concordância entre os Tradutores T1 e T2 e a pesquisadora ficando

traduzido como “carga de trabalho”, para o construto “control” também houve concordância sendo traduzido como “controle”, para o construto “reward” houve divergência entre os Tradutores T1 e T2 que traduziram como “reconhecimento” e a pesquisadora que traduziu

como “recompensa”, para o construto “community” houve concordância sendo traduzido como “comunidade”, para o construto “fairness” houve divergência entre os Tradutores T1 e

T2 que traduziram como “imparcialidade” e “equidade” respectivamente e a pesquisadora que

traduziu como “justiça” e para o construto “value” houve concordância sendo traduzido como “valores”.

As observações da pesquisadora que geraram dúvidas foram encaminhadas para os Tradutores T1 e T2 que realizaram suas análises com base em cada um dos questionamentos.

O Quadro 19 apresenta as observações da pesquisadora e as análises realizadas pelos Tradutores T1 e T2.

Quadro 19 - Construtos/itens, observações da pesquisadora e análise dos tradutores T1, T2

(continua...) Construtos/itens Observações da

Pesquisadora Análise - Tradutor T1 Análise - Tradutor T2

Workload

1. I do not have time to do the work that must be done.

a) No caso do verbo “must” o que fica mais adequado: deve ou precisa e por quê?

* Eu aqui traduzi como “deve” porque o modal “must” em inglês tem a ver com dever, obrigação – ao passo que “precisar” normalmente implica em necessidade. Mas, realmente, não há muita diferença em português.

Nesse caso, deve parece deixar a frase mais neutra. Precisa parece mais próximo de como alguém diria a frase oralmente "vamos ver o que precisa ser feito aqui? / vamos ver o que tem que ser feito aqui"?

5. I leave my work behind when I go home at the end of the work day.

b) O que seria mais adequado e por quê? * “meu trabalho” ou “minhas tarefas de trabalho”?

* “vou para” ou “chego em”?

*Eu aqui optei pela tradução mais literal pois, no português, “meu trabalho” acompanha o sentido mais amplo do inglês. Quando deixamos “o trabalho” para trás, não são apenas as tarefas, mas tudo que envolve a nossa relação de trabalho – tanto de forma objetiva quanto subjetiva: tarefas, preocupações, relações interpessoais,

responsabilidade. “Go

home”, ao meu ver,

representa o momento em que o sujeito deixa o local de trabalho. A ênfase da ação é sair e não chegar em casa. Muitas vezes ouvimos “quando fecho a porta da empresa, deixo o trabalho lá dentro” ou seja, “não me ocupo mais pensando a respeito do trabalho quando vou para casa”.

Aqui o uso de “my work” como minhas tarefas de trabalho remete a um sentido de "minhas coisas", "as coisas que faço no trabalho", enquanto meu trabalho é mais neutro. Mesmo caso de (1) em termos de neutralidade e proximidade com a forma literal versus proximidade com uma forma mais próxima da expressão falada. Isso se aplica também ao uso de vou para/ chego em.

Control

6. I have control over how I do my work.

c) O que seria mais adequado e por quê? * “a forma” ou “como eu faço”?

* “como eu faço” ou “realizo”?

Aqui não há diferença de sentido entre as duas opções. Ao meu ver, o substantivo “a forma” após “sobre” facilita a fluidez da frase. “Fazer” e “realizar”, neste caso, são sinônimos. Ainda que o uso de “realizar” possa oferecer uma alternativa para evitar a repetição do “fazer o trabalho” – que aparece em outros momentos do texto.

. As palavras destacadas são muito próximas em termos de sentido e uso. Escolha meramente estilística. Esse é um exemplo típico de opções que o tradutor usaria a seu favor na tradução de um parágrafo de texto. O uso de realizo/ faço nesse caso poderia servir como alternativa para evitar a repetição de termos um mesmo parágrafo.

(continua...) Construtos/itens Observações da

Pesquisadora Análise - Tradutor T1 Análise - Tradutor T2

7. I can influence management to obtain the equipment and space I need for my work.

d) Nos seguintes casos: * verbo “can”, de acordo com o dicionário Longmann “can” no sentido de “permissão” ´pode ser traduzido como “posso, pode” o que não seria o caso desta questão. “Can” pode ser traduzido como “consigo” no caso de “capacidades ou habilidades adquiridas”. Me parece que a tradução “consigo” é mais

adequada, precisamos de uma explicação

gramatical.

*management: pode referir-se a gestão (da organização) ou gerência (diretores da organização), neste caso me parece mais adequado “gestão”. Como poderíamos justificar (considerando as questões gramaticais)?

“Can” é um verbo modal e, como todos os modais, carrega inúmeras sutilezas de sentido conforme a combinação e contexto. Eu uso “consigo” neste caso por entender que há a possibilidade de o funcionário influenciar as decisões. Concordo com “gestão”. Outro termo possível seria

“administração”.

7. Há diversos aspectos semânticos e pragmáticos envolvendo o uso de can e de suas possíveis traduções ao português que extrapolam os exemplos listados a partir do dicionário Longman.

Pensando nas duas formas em contraste, no caso com o uso de consigo é possível interpretar que isso ocorre efetivamente (o trabalhador influencia a gestão) e no caso de posso, interpreto mais como no sentido de que há essa possibilidade ou abertura na organização para que a pessoa tente/ busque fazer isso. Concordo com a interpretação sugerida como justificativa possível (gerência – referente às pessoas (gerentes/ diretores) às quais o trabalhador se reporta e gestão como algo mais amplo. Reward 10. I receive recognition from others for my work.

e) O que seria mais adequado e por quê? * “eu recebo” ou “eu tenho”?

(justificativa gramatical e adequação ao português usual)

Aqui, utilizei “recebo” simplesmente porque era o que estava escrito em inglês. Receber

reconhecimento implica em uma ação contínua. Eu entendo que a ênfase da frase está no fato de o funcionário ser reconhecido pelo que faz, ou seja, receber de outrem esse reconhecimento.

10. Escolha meramente estilística. As duas traduções