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encaixados e vales abertos, agrupamentos de mesas, e colinas curtas (Ver Tabela e Figura 1).

Tabela 1- Classificação geomorfológica das unidades e feições de relevo existentes no município de Sigefredo Pacheco-Piauí.

UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS FEIÇÕES GEOMORFOLÓGICAS ÁREA (km²) ÁREA (%) Planaltos e chapadas pouco dissecadas do reverso seco da cuesta.

Chapada 296,2 30,5 Vales encaixados 388,4 40,1 Planaltos intensamente retrabalhados pela drenagem Vales abertos 140,2 14,6 Agrupamento de mesas 103,4 10,6 Colinas 39,9 4,2 TOTAL 968,1 100

Fonte: Elaboração FROTA (2015).

3.1Planaltos e chapadas pouco dissecados do reverso seco da Cuesta.

Essa unidade é representada na região, pela faixa de áreas que estão na porção norte-leste do município, apresentando uma área de aproximadamente 373,3km², ocupando cerca de 38,6% da área total do município . Em quase toda sua totalidade apresenta declives de 0 a 3%, destacando-se como uma unidade de baixa fragilidade e dissecação do relevo. Destaca-se também como uma unidade onde a densidade de drenagem é menor, apresentando padrões de drenagem do tipo paralela. As feições de relevo dessa unidade estão representadas principalmente pela chapada e os vales encaixados.

Revista Equador (UFPI), Vol. 4, Nº 3, (2015). Edição Especial XVI Simpósio Brasileiro de Geografia

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Figura 1- Mapa das unidades geomorfológicas do município de Sigefredo Pacheco- Piauí.

Fonte: Dados SRTM, Elaboração Frota (2015).

3.1.1 Chapada

São conjuntos de formas de relevo de topo planos, elaboradas em rochas sedimentares, em geral limitadas por escarpas. No município, essas feições ocupam mais a porção norte-leste, apresentando uma extensão de aproximadamente 296,2 km², correspondendo a 40,1%, apresentam topos bastante planos, com relevo variando de 0 a 3% de declive. São classificadas como ambientes estáveis caracterizados pela predominância dos processos pedogenéticos sobre os morfogenéticos, o que indica uma fraca vulnerabilidade dessas feições a erosão.

3.1.2 Vales encaixados

São depressões, topográficas alongadas, inclinadas numa direção em toda sua extensão, são representados por linhas de drenagem profundas, geralmente nas cabeceiras dos cursos d’água, podendo ser ocupado ou não

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por água. No caso do município de Sigefredo Pacheco-PI, esse tipo de feições apresentam a maior área de abrangência, com cerca de 388,4 km², correspondendo a 40,1%, a maioria dos vales são caracterizados por rios de trechos intermitentes e perenes, alguns apresentando declives acentuados de 8 a 20% e altitudes variando de 218 a 258m.

3.2 Planaltos intensamente retrabalhados pela drenagem.

Esta unidade esta representada na região na porção oeste e sudeste do município, abrangendo uma área de aproximadamente 595,3 km², ou seja, cerca de 61,4% do município. Esta unidade apresenta-se como uma continuidade da unidade dos planaltos do reverso seco, de forma gradativamente menos elevada. O desgaste do reverso é representado principalmente pela forte incisão dos grandes rios que drenam essa área. Apresenta os declives mais acentuados, chegando a classe fortemente ondulado com cerca de 29%, onde no entanto, apresenta um elevado grau de fragilidade e dissecação do relevo, possuindo diversas limitações para agricultura e plantio. Apresenta como principais feições também os vales encaixados, agrupamento de mesas, vales abertos e colinas curtas.

3.2.1 Vales abertos

Caracterizam-se por serem superfícies mais abertas, pouco entalhados, com fundos planos e associados predominantemente a colinas e planícies fluviais com baixos terraços e amplas planícies de inundação. Esse tipo de feição ocupa aproximadamente 140,2 km² do município e aparecem sempre associados a colinas curtas e até pequenos morrotes, formando uma depressão de forma abaciada. Este por sua vez, é a área mais deprimida do município, apresentando altitudes que variam de 182m a 156m e apresenta como fator limitante o solo, sendo este inapto para lavoura e com potencial apenas para pastagem. Assim, em termos de fragilidade essas feições são classificadas como ambientes instáveis devido sua enorme fragilidade e susceptibilidade a erosão.

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Caracterizam-se por serem superfícies convexo-côncavas com vertentes suaves de topos arredondados a aguçados apresentando entremeados de pontões rochosos e morrotes um pouco menos elevados. No município de Sigefredo Pacheco, essas feições apresentam vertentes com perfis convexos a retilíneos, onde a densidade de drenagem é alta, com vales fechados a abertos, e em seus arredores encontram-se também planícies aluviais interiores restritas, com declividades baixa a média.

3.2.3 Agrupamentos de Mesas

São tipos de relevos tabuliformes com topos aplainados, separados por vales encaixados e abertos, sendo as encostas dos vales escarpadas. Essas feições apresentam altitudes de até 247m e são formadas por uma sequência de camadas sedimentares horizontais ou sub-horizontais. Possuem uma extensão de aproximadamente 103,4km² do município. São resultantes do recuo pela erosão das chapadas e embora também elaborado pelos mecanismos morfoclimáticos refletem diretamente a participação da estrutura e são geralmente mantidas à superfície por sedimentos litificados de maior resistência.

4. Conclusão

Sabendo que os estudos geomorfológicos são de fundamental importância para o entendimento dos ambientes naturais e das alterações desencadeadas pela ocupação humana, que possibilitam ao longo do tempo a geração de desequilíbrio aumentando assim a fragilidade dos ecossistemas, pode-se concluir que o mapeamento geomorfológico do município proporcionou uma visão geral das características físicas da paisagem, servindo de base pra um planejamento tanto ambiental como territorial do município. Sabe-se que através do mapeamento geomorfológico é possível diagnosticar e identificar as potencialidades existentes na área de estudo, bem como áreas que devem ser

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indicadas para proteção e conservação, obviamente levando em consideração outras características da paisagem.

Referências

FLORENZANO, TerezaGallotti. Geomorfologia: Conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de textos, 2008.

GUERRA, Antônio Teixeira. Dicionário geológico-geomorfológico. Rio de Janeiro, IBGE, 1993.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Manual técnico de geomorfologia. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. 2. ed. - Rio de Janeiro, 2009.182 p.

LIMA, Iracilde Maria de Moura Fé. RELEVO PIAUIENSE: uma proposta de classificação. Carta CEPRO. Teresina. v.12 n.2 p. 55-84 Ago/Dez, 1987.

OLIVEIRA, João Henrique Moura; CHAVES, Josélia Maria. Mapeamento e caracterização

geomorfológica: Ecorregião raso da catarina e entorno NE da Bahia. RM, 2010.

TAVARES, B. A. C.; LIRA, D. R.; SILVA, H. A.; CAVALCANTI, L. C. S.; CORRÊA, A. C. B. Aplicação de

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MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DS TERRAS DO MUNICÍPIO DE