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Urban Strategy 2004

No documento SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DA HABITAÇÃO (páginas 31-35)

2. Insustentabilidade actual e reacções

2.3 Documentos de referência

2.3.5 Urban Strategy 2004

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2.3.5 UrUrUrUrban Strategy ban Strategy ban Strategy 2004ban Strategy 20042004 2004

No âmbito do sexto Programa de Acção em Ambiente da União Europeia, o Grupo de Peritos do

Ambiente Urbano constituiu subgrupos de trabalho temáticos com o objectivo de analisar a situação

actual do ambiente urbano e apontar recomendações específicas.

Gestão urbana

Gestão urbana

Gestão urbana

Gestão urbana

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As principais recomendações para as autoridades locais, contidas no relatório final do Grupo de

Peritos do Ambiente Urbano, baseiam-se nas necessidades de: implementar a Agenda 21, aumentar o

compromisso do poder local com as políticas de sustentabilidade, garantir o planeamento da gestão,

monitorizar a sua implementação e o seu desempenho (recorrendo a sistemas de gestão ambiental

urbana como as EMAS, o ISO 14001, o Eco-labeling, o Eco-budgeting e o Eco-procurement) e adoptar

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indicadores. Os requisitos mínimos indicados para uma gestão sustentável do ambiente urbano, que já

encontraram aceitação em alguns Estados Membros, são os seguintes:

coordenação inter-sectorial de políticas;

definição de competências para a sustentabilidade;

enquadramento institucional envolvendo os actores relevantes;

garantia dos recursos e habilitações para a sustentabilidade;

definição de perspectivas estratégicas a longo prazo para a qualidade ambiental;

integração horizontal entre sectores e vertical entre níveis de planeamento estabelecendo

compromissos;

constituição de parcerias entre o governo, comunidades e o sector privado na formulação e

implementação do planeamento;

participação e envolvimento de investidores na formulação de políticas;

informação ambiental e melhoria do conhecimento sobre o estado e tendências do ambiente;

avaliação e monitorização de impacte ambiental, assegurando que as implicações ambientais

estão a ser consideradas no processo de decisão e avaliação.

Transportes urbanos

Transportes urbanos

Transportes urbanos

Transportes urbanos

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Para os transportes urbanos sustentáveis as recomendações do Grupo de Peritos do Ambiente Urbano

centram-se na coerência entre políticas europeias, no planeamento, nas políticas de financiamento, na

monitorização dos progressos e impactes, na disseminação de boas práticas e de conhecimento, na

melhoria da governância e na promoção da consciencialização sobre a sustentabilidade nos

transportes urbanos. Estas recomendações baseiam-se na análise das tendências do desenvolvimento

urbano, do desenvolvimento dos transportes, do congestionamento, dos impactes ambientais e para a

saúde, e de uma visão do papel da própria administração. Destas tendências, apoiadas em dados de

2004, destacam-se as seguintes:

crescente sub-urbanização;

redução da densidade urbana;

estrutura espacial separando habitação e trabalho;

reforço de nódulos urbanos da rede global;

aumento do número e da utilização de automóveis;

diminuição da cota de mercado dos transportes públicos;

estabilização da utilização de bicicletas;

diminuição das deslocações a pé;

aumento dos veículos ligeiros comerciais;

congestionamento das redes rodo e ferroviárias;

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crescimento em 50% da poluição atmosférica e sonora;

aumento dos acidentes rodoviários em áreas urbanas;

aumento dos custos de saúde derivados da poluição causada por veículos;

efeitos negativos para a saúde da diminuição das deslocações com actividade física;

fraca coordenação geográfica.

Desenho urbano

Desenho urbano

Desenho urbano

Desenho urbano

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De acordo com o relatório final do Grupo de Peritos do Ambiente Urbano, no que diz respeito ao

planeamento urbano, a França, a Holanda e a Eslováquia são os únicos países que implementaram

agendas 21 nacionais ou planos de urbanização sustentável. Quanto à promoção de bairros, são já

numerosos os bairros de habitação nova ecologicamente amigáveis que têm surgido na Finlândia,

Áustria, Alemanha e Holanda. Os temas-chave para o desenho urbano sustentável, apontados no

relatório, são os seguintes

reutilização e regeneração de solo urbano;

densidade nas áreas novas;

localização das novas áreas;

mobilidade e acessibilidade;

usos diversificados;

promoção de habitação económica;

infra-estruturas e serviços de acesso público;

conservação e reabilitação do património cultural;

qualidade das tecnologias da construção.

As principais recomendações contidas no relatório final do Grupo de Peritos do Ambiente Urbano são

as seguintes:

promover a consciência, educação, informação e investigação em desenho urbano para a

sustentabilidade ambiental e para o desenvolvimento urbano sustentável;

elevar o perfil e monitorizar o desenho urbano sustentável na agenda política da UE;

promover o desenho urbano sustentável através da legislação europeia e nacional;

promover o intercâmbio de conhecimentos e a orientação de boas práticas a todos os níveis;

promover o desenho urbano sustentável através de incentivos, subsídios, e programas de

financiamento.

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Construção

Construção

Construção

Construção

De acordo com o estado da arte descrito no relatório final do Grupo de Peritos do Ambiente Urbano,

em muitas cidades europeias a construção sustentável está a ganhar visibilidade, mas a mensagem

política não direcciona o mercado para esta opção. A aplicação das melhores técnicas é geralmente

condicionada pelas tecnologias e produtos oferecidos pelo mercado e pela ausência de experiência na

sua integração em edifícios correntes. Embora existam já tecnologias das energias renováveis para o

invólucro do edifício, nem sempre estas estão disponíveis localmente. Os principais aspectos positivos

da construção sustentável actual, a nível europeu, são: a presença de exemplos relevantes, a

quantidade de documentação técnica disponível, a percepção da importância do sector da construção

no contexto do desenvolvimento sustentável, o apoio da opinião pública ao conceito de

sustentabilidade, uma tendência para desenvolver projectos integrados e o reconhecimento do

património cultural como um factor determinante na qualidade de vida das pessoas. O estado da

construção sustentável é ainda caracterizado por exemplos de sucesso, mais proeminentes no sector

da construção nova do que no sector da reabilitação.

As recomendações do relatório final do Grupo de Peritos do Ambiente Urbano têm dois pressupostos:

em primeiro lugar, os bons exemplos pontuais e as práticas individuais não servem de base para a

generalização da construção sustentável e, em segundo lugar, é necessário um grande esforço para

motivar os principais intervenientes na construção de modo a obter resultados significativos. O relatório

aponta ainda metas qualitativas e quantitativas para avaliar a sustentabilidade da construção. Das

metas qualitativas apontadas destacam-se as seguintes:

fortalecer a identidade do ambiente construído;

introduzir diversidade de textura, forma, topologia e uso;

introduzir flexibilidade para prever necessidades futuras;

aumentar a longevidade dos edifícios e espaços públicos;

optimizar a orientação para beneficiar do clima local;

garantir a acessibilidade;

investir preferencialmente na reabilitação e na reutilização;

responder às pressões demográficas com implantações mais compactas reduzindo a expansão

urbana (urban sprawl);

escolher terrenos já utilizados para construção (brownfields) e conservar terrenos virgens ou

agrícolas.

Estas metas qualitativas gerais devem ser concretizadas a nível local com indicadores quantificáveis,

tais como os seguintes:

qualidade do ar exterior e interior;

condições de conforto;

eficiência energética;

sistemas de energias renováveis integrados;

resíduos e promoção da sua separação;

necessidades e reciclagem de água local;

custos de manutenção;

impacte na biodiversidade.

No documento SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL DA HABITAÇÃO (páginas 31-35)