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Verdejantes, em frescor, estão os prados; Espera três dias, não vês gume afiado.

No documento Romance Dos Três Reinos - V0.14 (páginas 68-73)

95. A música parecia ominosa, mas Lĭ Sù estava novamente preparado com uma interpretação apropriada: “Significa apenas que o Liú está a ponto de desaparecer, e o Dŏng será exaltado!”.

96. Na manhã seguinte, logo ao primeiro raio de luz do alvorecer, Dŏng Zhuō preparou-se para sua aparição à Corte. A caminho avistou ele um daoista em vestes negras e com turbante branco, e levava consigo um cajado curto com uma longa faixa de tecido branco a ele atado. Em cada ponta do tecido havia a imagem de uma boca31.

97. “Quê significa isto?”, disse Dŏng Zhuō.

98. “Ele é um louco.”, disse Lĭ Sù, e ordenou aos guardas que o pusessem para fora. 99. Dŏng Zhuō seguiu seu caminho e encontrou todos os oficiais, em vestes da Corte, alinhados à estrada. Lĭ Sù caminhou ao lado de sua carruagem, espada em punho. Assim que chegou Lĭ Sù próximo ao portão norte da Cidade Proibida, viu os soldados de Dŏng Zhuō ao lado de fora, e apenas aqueles que conduziam a carruagem do Palácio, cerca de vinte ao todo, foram permitidos a seguir adentro.

100. Ao que chegou Dŏng Zhuō próximo ao Saguão de Recepções, observou que Wáng Yŭn e todos os demais oficias próximos à porta estavam armados.

101. “Por quê estão todos armados?”, disse Dŏng Zhuō a Lĭ Sù.

102. Lĭ Sù permaneceu silente, enquanto ajudava a conduzir a carruagem rumo à entrada.

103. Repentinamente, Wáng Yŭn bradou: “O rebelde está aqui! Onde estão os executores?”.

104. A seu chamado surgiram, de ambos os lados, soldados armados com piques e lanças, a atacar Dŏng Zhuō. Mas a armadura que geralmente vestia o protegeu, e lanças não puderam penetrá-la.

105. Ele afundou-se em sua carruagem, ferido nos braços, a chamar por seu filho: “Onde está Lǚ Bù?”.

106. “Aqui, e com um decreto para lidar com um rebelde!”, disse Lǚ Bù, conforme surgia à frente de seu pai adotivo.

107. Então arremeteu sua lança de tridente contra a garganta de sua vítima. Lĭ Sù arrancou sua cabeça e ergueu-a.

108. Lǚ Bù, a segurar seu tridente com sua mão esquerda, com a direita sacou o decreto de seu peito, exclamando: “O decreto ordena matar o Rebelde Dŏng Zhuō – e nenhum outro!”.

109. A assembléia inteira exclamou: “Vida Longa ao Imperador!”. 110. Um simpático poema canta algumas linhas, em piedade: 111. Sê Rei, oh! nobre, espera o tempo e suas vontades,

Ou da riqueza alento tenhas, se falhardes; Imparciais os Céus o são, e também justos, Antes rija, Meiwo repousa em leito frusto.

112. Despertada a sede por sangue, Lǚ Bù urgia por mais matanças, a exclamar: “Lĭ Rú fora o principal iniciador de vários crimes de Dŏng Zhuō! Quem irá matá-lo?”.

113. Lĭ Sù voluntariou-se para ir em sua busca. Mas então ouviram um chamado aos portões, dizendo-lhes que um dos criados da casa trouxera Lĭ Rú, amarrado. Wáng Yŭn ordenou sua imediata execução em público.

114. A cabeça de Dŏng Zhuō foi exposta em uma estrada pública, repleta de pessoas. Ele era muito gordo; os guardas perfuravam seu corpo com lascas de madeira e, com elas, faziam tochas; com isto, espalhou-se a gordura do cadáver por todo o chão. Os que por lá passavam golpeavam sua cabeça e davam pontapés em seu corpo.

115. Wáng Yŭn ordenou a um corpo de quinze mil soldados sob comando de Lǚ Bù,

Huángfŭ Sōng e Lĭ Sù que destruíssem Meiwo. Ao saber das notícias acerca de seu mestre, Lĭ Jué, Guō Sì, Fán Chóu e Zhāng Jì fugiram durante a noite rumo ao oeste, conduzindo o Exército do Urso rumo à região de Liangzhou.

116. Ao chegar em Meiwo, tomar a posse de Diāo Chán foi seu primeiro feito. Então, abateram todos os membros da família Zhuō, a poupar nenhum, sequer a mãe de Dŏng Zhuō, já muito idosa. As cabeças de Dŏng Míng, o irmão de Dŏng Zhuō, e de Dong Huang, seu sobrinho, foram apresentadas em público. Em Meiwo haviam sido ocultas diversas jovens de boas famílias. Estas foram postas livres. Todas as propriedades foram confiscadas. As riquezas eram enormes: centenas de milhares de onças em dinheiro, milhões de moedas de cobre, pérolas, jóias, sedas, veludo, peles e estoques de grãos.

117. Assim que retornaram a fim de relatar o sucesso, Wáng Yŭn recompensou os soldados e ofereceu-lhes uma celebração. Foram feitos banquetes no Saguão do Ministério, ao qual todos os oficiais foram convidados. Eles bebiam e congratulavam uns aos outros. Enquanto ainda comemoravam, anunciaram que alguém surgira e lamentava sobre o corpo de Dŏng Zhuō, exposto em público.

118. “Dŏng Zhuō foi posto à morte”, disse Wáng Yŭn, em grande ira. “Todos estão satisfeitos por termos nos livrado dele e, mesmo assim, ainda há quem esteja inclinado a lamentar sobre ele. Quem é?”.

119. Então Wáng Yŭn ordenou que o lamurioso fosse preso e trazido à sua frente. Logo foi trazido e, assim que o viram, todos se surpreenderam. Pois não era outro senão Cài Yōng, Conselheiro da Corte.

120. Wáng Yŭn disse a Cài Yōng, em grande ira: “Dŏng Zhuō foi posto à morte como rebelde e toda a terra a comemora. Tu, ministro do Hàn, ao contrário de comemorares, choras por ele. Por quê?”.

121. Cài Yōng reconheceu sua falta, a dizer: “Não possuo eu talento, porém sei quê é correto. Não sou eu homem a virar as costas à Dinastia e inclinar-me a Dŏng Zhuō. Mas por uma ocasião vivenciei sua gentileza32 e não pude evitar meu pranto. Sei ser

grave minha falta, mas rogo que considereis tais motivos. Caso deixardes minha cabeça e apenas cortardes meus pés, podeis usar-me a fim de contribuir com a continuação da história da Dinastia, pela qual terei a boa fortuna de ser permitido a expiar minha falta.”.

122. Todos compadeceram-se dele, por ser homem de grande talento, e imploraram que fosse poupado.

123. Ma Midi, o Guardião Imperial, secretamente intercedeu por ele, a dizer: “Cài Yōng é renomado como homem erudito e pode escrever história gloriosa, e seria desaconselhável entregar à morte homem renomado por sua retidão sem a devida consideração.”.

124. Mas foi o apelo em vão, por ser agora o Alto Ministro firme e obdurado.

125. Wáng Yŭn disse: “Há séculos, o Imperador Wu poupou Sīmǎ Qiān e o empregou à elaboração dos Anais, o que trouxe como resultado as várias histórias injuriosas que chegaram até nós. Este é um período de provação e de grande perplexidade, e melhor é não ousarmos permitir que especiosos como este ergam seus

32 Cài Yōng refere-se à elaboração do Livro do Hàn Posterior, obra historiográfica oficial chinesa que faz

parte do cânone Vinte e Quatro Histórias ( 二 十 四 史 ); Ma Didi, Yang Biao, Lú Zhí e Cài Yōng, à época, trabalhavam em sua elaboração – com a permissão de Dŏng Zhuō. (N. do T.)

pincéis a criticar aqueles da Corte de um jovem príncipe e a nos criticar, como certamente o fará.”

126. Sendo em vão os protestos e apelos, MaMidi retirou-se.

127. Mas disse a seus colegas: “É então Wáng Yŭn despreocupado com o futuro? Pessoas de valor são o esteio do Estado; leis são os cânones da ação. Destruir o esteio e anular as leis é apressar a destruição!”.

128. Como já fora dito, estava Wáng Yŭn obdurado. Cài Yōng, cuja ofensa cometida fora uma expressão de gratidão, fora posto à prisão e, então, estrangulado. O povo daqueles tempos chorava por Cài Yōng, porque recusavam-se a ver qualquer ofensa que houvesse cometido e sua morte fora punição demais severa.

129. Dŏng Zhuō, o ditador, Tiranizou o Estado,

E caiu; seu único lamuriador De seu terrível destino compartilhou. Zhuge Liang, em reclusão,

Satisfazia-se em sonhar; Sentiu o seu valor e nunca Os planos de um traidor ajudou.

130. Os generais Lĭ Jué, Guō Sì, Fán Chóu e Zhāng Jì, os quais haviam sido designados por Dŏng Zhuō a proteger Meiwo, fugiram tão logo seu mestre foi aniquilado e rumaram em direção ao oeste, à província de Shanxi, na região de Liangzhou. De lá, enviaram uma mensagem a tratar acerca de anistia. Mas Wáng Yŭn não tinha intenção de ouvi-los. 131. “Quatro deles foram os principais instrumentos das agressões de Dŏng Zhuō. Fosse agora uma anistia geral proclamada, seriam estes homens excluídos de seu benefício.”, disse Wáng Yŭn.

132. O mensageiro retornou e relatou aos quatro que não havia esperança de perdão, e que lhes restava apenas fugir.

133. Então seu conselheiro, Jiă Xŭ, disse: “Caso baixarmos nossos braços e fugirmos por nós mesmos, seremos então fáceis presas a qualquer magistrado de vilarejo que nos capture. Convençamos o povo de Shanxi a fim de juntarem-se a nós e fazermos investida repentina na capital, a vingarmos-nos por Dŏng Zhuō. Se obtivermos êxito, controlaremos a Corte e o Império; haverá tempo suficiente para fugirmos, caso falharmos.”.

134. Foi adotado o plano, e espalharam a história de que Wáng Yŭn tinha a intenção de massacrar a região.

135. Levando assim o povo a um estado de terror, deram um passo além e disseram: “Não há vantagem em morrer por nada. Revoltai-vos e juntai-vos a nós!”.

136. Eles então induziram o povo a se juntar consigo e conseguiram reunir um contingente igual a cem mil homens. A horda estava dividida em quatro partes, e todas seguiram a fim de ssaquear a capital Changan. Durante o caminho, encontraram Niú Fŭ, Comandante Imperial, genro de seu antigo senhor. Niú Fŭ havia partido a fim de vingar-se por seu sogro e foi nomeado líder da linha de frente.

137. Conforme avançavam as tropas de Liangzhou, chegaram estas novas a Wáng Yŭn, que consultou Lǚ Bù.

138. “São todos um bando de ratos!”, disse Lǚ Bù. “Não vos importai com seus números. Não ficai sequer em mínimo ansioso!”

139. Então Lǚ Bù e Lĭ Sù seguiram a fim de se encontrarem com a turba. Lĭ Sù, que estava à frente, encontrou Niú Fŭ. Eles combateram. Niú Fŭ estava em desvantagem e bateu em retirada, após ter sofrido massacre. Mas Niú Fŭ retornou inesperadamente em um ataque à noite, encontrou Lĭ Sù desprevenido e arrastou as tropas de Lĭ Sù por mais de um quilômetro, a matar muitos.

140. Lĭ Sù relatou a derrota e Lǚ Bù enfureceu-se com ele, a dizer: “Manchaste minha reputação como guerreiro e destruíste nosso espírito de combate!”.

141. E Lǚ Bù pôs Lĭ Sù à morte, expondo sua cabeça nos portões do acampamento. 142. No dia seguinte avançou Lǚ Bù com seu exército e encontrou Niú Fŭ. Ele estava em condição superior à de Niú Fŭ, e o repeliu. Naquela noite, Niú Fŭ chamou por Hú Chē'Èr, o homem dentre os seus por quem tinha mais confiança, a fim de aconselhá- lo.

143. Hú Chē'Èr disse: “Lǚ Bù é por demais bravo guerreiro e é muito esperarmos superá-lo. Nosso caso não tem esperança. Nossa melhor opção é desertar destes quatro generais, ocultar seus itens de valor e deixar o exército com apenas alguns de nossos seguidores.”.

144. O plano de Hú Chē'Èr foi adotado e, então, naquela mesma noite os dois traidores e alguns outros fizeram seu caminho afora. Estavam eles apenas em metade de dúzia. Chegaram próximos a um rio e, enquanto o cruzavam, Hú Chē'Èr, tentado pela cobiça por riqueza, abateu seu companheiro. Então, seguiu a fim de oferecer a cabeça de Niú Fŭ a Lǚ Bù. Este inquiriu acerca da questão e, quando um dos seguidores contou-lhe a verdade, pôs ele o duplo traidor Hú Chē'Èr à morte.

145. Lǚ Bù então avançou contra os rebeldes, a cair sobre as tropas de Lĭ Jué. Sem dar a eles tempo para formarem-se em batalha, atacou-os Lǚ Bù. Lanças prontas e cavalos a curvetear, o exército seguiu em frente sem muita resistência e Lĭ Jué, não conseguindo manter seu posto, retrocedeu por longo caminho. Lĭ Jué assentou-se à falda de uma colina a mais de vinte quilômetros de distância e, então, chamou por seus seguidores a fim de se reunirem em conselho.

146. Lĭ Jué disse: “Lǚ Bù, apesar de bravo em batalha, não é estrategista e não é de fato formidável. Liderarei minhas tropas a fim de segurarem a boca do desfiladeiro e, a cada dia, incitá-lo-ei a atacar-nos; assim que vier ele contra mim, pode o general Guō Sì atacar sua retaguarda, da mesma maneira que fez Péng Yuè quando lutava contra o Chu.33

Enquanto alterno ataque e retirada, os generais Fán Chóu e Zhāng Jì marcharão, em direções diferentes, rumo a Changan. Tal ataque em dois pontos deve acabar com ambos Wáng Yŭn e Lǚ Bù.”

147. Então prepararam-se a fim de empreender este plano. Tão logo chegou Lǚ Bù às colinas, um grupo de Lĭ Jué surgiu a fim de atacá-lo. Lǚ Bù empregou violenta investida contra o inimigo, o qual recuou às colinas, de onde disparavam flechas e arremessavam pedras como chuva que cai. As tropas de Lǚ Bù se detiveram. Neste momento, relatou-se que a retaguarda estava sendo atacada e lá surgira Guō Sì. Lǚ Bù prontamente urgiu em direção ao novo inimigo, mas o rufar dos tambores imediatamente deu o sinal para recuar, e Lǚ Bù não conseguiu atacá-los. Conforme chamava por seu exército, soaram os gongos do outro lado e Lĭ Jué, seu outro oponente, surgia a atacar sua linha de frente. Mas, antes que pudesse Lǚ Bù juntar-se à batalha, era sua retaguarda novamente assaltada por Guō Sì, que, por sua vez, recuava imediatamente.

148. Com isto foi fisgado Lǚ Bù até o ponto em que seu peito estava quase explodindo de fúria. A mesma tática prosseguiu por vários dias. Ele não podia nem atacar seus enemigos, nem escapar deles. Suas tropas não tinham descanso.

149. Em meio a esta manobra distrativa cavalgou um mensageiro em grande pressa, a relatar: “A Capital está em perigo iminente por um ataque em conjunto de Fán Chóu e Zhāng Jì!”.

150. Lǚ Bù prontamente ordenou que marchassem a fim de salvar a capital, o que resultou em uma completa derrota quando ambos seus oponentes Lĭ Jué e Guō Sì seguiram em seu encalço. Suas baixas foram graves.

151. Ele logo chegou a Changan e encontrou lá os rebeldes em números enormes e a cidade praticamente cercada. O ataque de Lǚ Bù surtiu pouco efeito e, conforme seu

33 Referência à batalha entre o Imperador Hàn Gāo, Liú Bāng, e Xiang Yu, auto-intitulado Rei Hegemônico do

Oeste de Chŭ. Péng Yuè, à época oficial de Liú Bāng, participou ativamente do ataque. O embate entre Liú Bāng e Xiang Yu durou cinco anos (206 a.C. – 202 a.C.); Liú Bāng foi o vencedor e, com isto, proclamou-se Imperador, estabeleceu a Dinastia Hàn e transformou Changan em capital do Império. (N. do T.)

temperamento se tornava cada vez mais selvagem sob cada derrota, muitos de seus soldados migraram para o lado dos rebeldes. Ele caiu então em grande melancolia. 152. Então alguns dos apoiadores remanescentes de Dŏng Zhuō ainda pela cidade, liderados por Lĭ Mēng e Wáng Fāng, puseram-se a prestar auxílio aos assaltantes e, alguns dias depois, abriram secretamente os portões da cidade e adentro seguiam os sitiantes. Lǚ Bù esforçou-se ao máximo, mas não conseguia conter a onda de ataques. A comandar algumas centenas de cavaleiros, investiu contra os Portões da Tranca Negra e chamou por Wáng Yŭn, que estava do outro lado.

153. “Este caso é agora desesperado. Cavalga comigo até local mais seguro!”

154. Wáng Yŭn respondeu: “Fui agraciado com o espírito do Estado, devo obter sucesso em restaurar a tranquilidade que desejo. Mas, caso não o consiga, então ofereço meu corpo como sacrifício. Não fraquejarei ante ao perigo. Manda meus agradecimentos aos nobres apoiadores além da Passagem por seus esforços, e pede a eles que se lembrem de seu País!”.

155. Lǚ Bù urgiu e urgiu Wáng Yŭn, mas ele não desejava partir. Logo despontaram chamas por toda a cidade e Lǚ Bù precisou partir, a abandonar sua família a seu próprio destino. Ele fugiu, a procurar por refúgio com Yuán Shù.

156. Lĭ Jué, Guō Sì e seus companheiros líderes deram licenciosidade total a seus rufiões, que roubaram e assassinaram como bem queriam. Muitos altos oficiais pereceram. Os ministros Chong Fu, Lu Kui e Zhou Huan, e os Comandantes Imperiais Cui Lie e Wang Qín, todos morreram em meio à luta.

157. Em tempo os rebeldes adentraram a parte interna do Palácio, e os membros da Corte imploravam ao Imperador que seguisse ao Portão da Propagadora Paz, a fim de tentar conter a rebelião.

158. À vista do pequeno guarda-sol amarelo, Lĭ Jué e Fán Chóu exortou seus exércitos e todos eles bradaram: “Vida longa ao Imperador!”

159. O Imperador posicionou-se ao lado da torre e se dirigiu a eles: “Quê significa isto, Nobres, em adentrardes a Capital deste modo sem regras e sem minha convicação?”.

160. Os dois líderes ergueram seus olhares e disseram; “Dŏng Zhuō, o Primeiro Ministro de Vossa Majestade, foi aniquilado por Wáng Yŭn e estamos aqui a fim de nos vingarmos por Dŏng Zhuō. Não somos rebeldes, Senhor. Permitai-nos ter Wáng Yŭn apenas, e recuaremos nossas tropas.”.

162. Ao ouvir tal exigência, disse Wáng Yŭn: “O plano foi concebido em benefício do Trono. Mas, como vinha de lá todo o mal, não Vos ressintais em perder-me. Sempre combati o mal e irei abaixo, a esses rebeldes.”.

163. O Imperador estava imerso em prantos e a tremular. Mas o fiel ministro saltou dos muros, a exclamar: “Wáng Yŭn está aqui!”.

164. Os dois líderes sacaram suas espadas, a exclamar: “Por que crime foi nosso mestre posto à morte?”.

165. “Seus crimes preenchiam os Céus e cobriam a Terra; língua alguma pode enumerá- los. O dia de sua morte foi um dia decelebração em toda a cidade, como bem sabeis.”, disse Wáng Yŭn.

166. “E, se foi ele culpado por algum crime, quê fizemos nós para não sermos perdoados?”

167. “Oh rebeldes sediciosos, para quê discutir? Estou pronto para morrer.” 168. E Wáng Yŭn foi morto à base da torre.

169. Pelo sofrer do povo então tocado E, ante o pesar do Príncipe, vexado, Compôs Wáng Yŭn a morte do traidor, Disto obtendo o alívio a toda a dor. Por todos é herói considerado, Leal e fiel ele ao Estado:

Guardou em vida as principescas torres; Sua alma guarda as torres até hoje.

170. Após terem acabado com o leal ministro aos pés do Imperador, procederam a exterminar também toda sua família. Todos caíram em prantos.

171. Então conversaram entre si os rufiões: “Já tão longe que estamos, quê seria melhor senão escapar com o Imperador e completar nosso plano? “.

172. Condenara o traidor sua própria carga, Deveria a rebelião enfim cessar; Os seus, porém, licenciosos a vagar,

A paz de todo o Império deixam perturbada 173. O destino do Imperador será revelado no próximo capítulo.

Capítulo X

Em Armas, Mă Téng Segue A Resgatar O Imperador;

No documento Romance Dos Três Reinos - V0.14 (páginas 68-73)