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3.4 PARÂMETROS OPERACIONAIS FERROVIÁRIOS

3.4.1 Via permanente

Via permanente é a denominação para o conjunto de camadas e elementos que compõem a via, possibilitando o transporte ferroviário. Os componentes da via permanente são divididos em dois grupos, a superestrutura e a infraestrutura, descritos nas seções 4.4.1.1 e 4.4.1.2.

Superestrutura

A superestrutura refere-se, em tese, aos trilhos, às fixações, aos dormentes e ao lastro. Dessa forma, para calcular-se o custo em relação à superestrutura, é necessário considerar os seguintes itens: materiais, insumos, equipamentos leves, equipamentos pesados, equipamentos de transporte, trabalhadores, segurança e pessoal. Os itens citados encontram-se detalhados a seguir.

Materiais

Para a composição dos materiais, os itens incidentes são: trilho, dormente de madeira, material metálico, lastro, aparelhos de mudança de via (AMV), soldas e ferramentas.

Trilho: O consumo do trilho é função do volume de carga que trafega sobre o

mesmo, tecnicamente medido em milhões de toneladas brutas transportadas (MTBT). A posição do trilho é um fator relevante – se está em curva ou em tangente – pois nas curvas o consumo do trilho é maior devido ao desgaste lateral do boleto.

O perfil do trilho adotado foi o tipo TR-57 – 57 kg/m. O critério técnico é em função do peso por eixo adotado e do custo versus benefício. Perfis inferiores não são recomendados e perfis com capacidades superiores são utilizados para maiores cargas por eixo. O consumo em tangente adotado foi de 200 MTBT, o consumo em curva foi 120 MTBT e o custo por tonelada foi R$3 mil. Esses dados advêm de experiências profissionais no Departamento de Engenharia de Via Permanente da Vale do Rio Doce.

74 𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸 = 𝐶𝐶𝑡𝑡𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖× �𝑃𝑃𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐶𝐶× (2 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 ) 𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖+ 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸 � × 𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 0,65 Onde:

𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸: Custo total dos trilhos (R$);

𝐶𝐶𝑡𝑡𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo por tonelada do trilho (R$/t);

𝑃𝑃𝐸𝐸𝐸𝐸 : Peso do Perfil (kg/m) (57kg/m = 57t/km, tipo TR-57);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖: Consumo em tangente (200 MTBT = 200.000.000 t);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸: Consumo em curva (120 MTBT = 120.000.000 t);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU)

Dormente: Adotou-se dormentes de madeira, com uma taxa de 1.650

dormentes/km. Esta taxa depende do dimensionamento da ferrovia, infraestrutura, superestrutura, carga, volume, etc. Necessita-se de reposições de dormentes pela perda de função que, no caso da madeira, chama-se de apodrecimento ou de dormentes inservíveis.

A taxa de apodrecimento dos dormentes se dá em função do volume transportado (considerado 120 MTBT), sendo maior em curvas devido ao maior esforço sofrido, força centrífuga versus superelevação, abertura de bitola, dentre outros fatores. Em resumo, o custo do dormente é calculado conforme a seguinte equação:

𝐶𝐶𝑟𝑟𝑚𝑚𝐸𝐸 = 𝐶𝐶𝑜𝑜𝑖𝑖× (𝐶𝐶𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖× 𝑇𝑇𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖× 𝑇𝑇𝑟𝑟𝑚𝑚𝐸𝐸𝑚𝑚+ 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸× 𝑇𝑇𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸× 𝑇𝑇𝑟𝑟𝑚𝑚𝐸𝐸𝑚𝑚) × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 ×80.000𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉

Onde:

𝐶𝐶𝑟𝑟𝑚𝑚𝐸𝐸: Custo do dormente (R$);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖

𝐶𝐶𝑜𝑜𝑖𝑖: Custo por unidade (R$140,00);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖: Consumo em tangente, (2%);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸: Consumo em curva (4%);

𝑇𝑇𝐸𝐸𝑎𝑎𝑖𝑖: Taxa de ferrovia em tangente (60%);

𝑇𝑇𝑖𝑖𝑜𝑜𝐸𝐸: Taxa de ferrovia em curva (40%);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Os valores adotados advêm das referências de utilização de dormentes de madeira para bitola métrica utilizadas para cargas semelhantes.

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Material metálico: Materiais metálicos são acessórios de fixação e de

ligação, nos quais o consumo está diretamente ligado ao trilho. Sendo assim, a equação a seguir explicita os componentes necessários para o cálculo do custo do material metálico.

𝐶𝐶𝑚𝑚𝑠𝑠𝐸𝐸= 𝐶𝐶𝑡𝑡𝐶𝐶𝑡𝑡𝐸𝐸𝐸𝐸

𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖× 𝐶𝐶𝐶𝐶 × 𝐶𝐶𝑚𝑚𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖

𝐶𝐶𝑚𝑚𝑠𝑠𝐸𝐸: Custo de material metálico (R$);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸: Custo total dos trilhos (R$);

𝐶𝐶𝑡𝑡𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo por tonelada do trilho (R$/t);

𝐶𝐶𝐶𝐶: Consumo do peso em trilho (5%);

𝐶𝐶𝑚𝑚𝐸𝐸𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo por tonelada do material metálico (R$5.000/t);

O custo é uma estimativa média para uso de materiais metálicos a partir de ferrovias e carregamento de mercadoria semelhantes, com base na depreciação do material.

Lastro: A necessidade de lastro, aqui considerado de pedra britada, para

reposição ou substituição, é em função da quantidade de carga transportada na ferrovia, conforme exposto na equação a seguir:

𝐶𝐶𝑙𝑙𝑎𝑎𝑠𝑠𝐸𝐸𝐸𝐸𝑚𝑚 = 𝐶𝐶𝑚𝑚𝑝𝑝× 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 1.000 × 𝑏𝑏 ×𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉

𝑝𝑝× 0,65 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝐶𝐶𝑙𝑙𝑎𝑎𝑠𝑠𝐸𝐸𝐸𝐸𝑚𝑚: Custo do lastro (R$);

𝑏𝑏: Largura da ferrovia (bitola métrica = 1,0m); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝: Consumo de pedra (1.000 MTBT);

𝐶𝐶𝑚𝑚𝑝𝑝: Custo por metro cúbico (R$1000/m³);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU).

O valor de R$100 por metro cúbico e de mil MTBT são médias praticadas no mercado, resultando em um consumo de pedra estimado. O tempo de vida útil baseia-se nas referências de desguarnecimento de lastro a partir da taxa de degradação usada na Estrada de Ferro Vitória Minas.

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Aparelho de mudança de via – AMV: A necessidade de aparelhos de

mudança de via ocasiona uma adição de custo de manutenção, referente a este insumo.

O cálculo do AMV é dado em função do consumo e de seu custo unitário. Para se determinar a quantidade de AMV’s, utiliza-se a taxa de 0,36 AMV/km, onde considerou-se pátios intermediários de manobra (com grande quantidade de AMVs), além de linhas de cruzamento ao longo do trecho.

A equação a seguir apresenta o cálculo e os valores adotados para os aparelhos de mudança de via.

𝐶𝐶𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴′𝑆𝑆 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝑇𝑇𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴×𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉

𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴× 0,65 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝐶𝐶𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴′𝑆𝑆: Custo dos aparelhos de mudança de via (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴: Custo unitário por AMV (R$130.000);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝑇𝑇𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴: Taxa de AMV por quilômetro de ferrovia (0,36);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐴𝐴𝐶𝐶𝐴𝐴: Consumo de AMV (120 MTBT).

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU).

Soldas: A necessidade de soldas está diretamente ligada ao consumo de

trilho. O cálculo do custo de solda encontra-se a seguir, onde tem-se que o custo se dá em função do custo unitário por solda, do custo total dos trilhos, do peso do trilho e da taxa de uso de solda (considerada uma solda para cada lado do trilho, a cada 24 m de linha férrea).

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑚𝑚𝑙𝑙 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑚𝑚𝑙𝑙 ×

�2×𝐶𝐶𝑜𝑜𝑠𝑠 𝑃𝑃𝑜𝑜𝑠𝑠 � 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑜𝑜𝑠𝑠𝑜𝑜×𝐶𝐶𝐸𝐸𝑜𝑜𝑜𝑜𝑡𝑡

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑚𝑚𝑙𝑙: Custo de soldas (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑚𝑚𝑙𝑙 : Custo unitário por solda (R$5000);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸: Custo total dos trilhos (R$);

𝑃𝑃𝐸𝐸𝐸𝐸 : Peso do Perfil (kg/m) (57kg/m = 57t/km, tipo TR-57);

𝑇𝑇𝐸𝐸𝑜𝑜𝑠𝑠𝑚𝑚: Taxa de uso, considerando uma solda a cada 24 metros de trilho;

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Ferramentas: Para o cálculo do custo de ferramentas utilizou-se o valor inicial

fixo em R$50 mil, para o transporte de 10 milhões de TKU e 20 milhões de TKU, com incremento de R$10 mil para cada acréscimo de 20 milhões de TKU no volume transportado.

Insumos

A composição dos insumos da manutenção da via permanente visa quantificar os gastos com combustíveis, lubrificantes dos veículos, lubrificantes da via e herbicidas. A seguir serão especificadas as premissas adotadas para cada um dos itens.

Combustíveis dos veículos de apoio: Considerou-se o combustível utilizado

nos veículos que realizam a manutenção da superestrutura da via permanente. Para este serviço adotou-se dois veículos a cada 100 km de extensão da via, valor médio praticado atualmente nas ferrovias brasileiras. Considera-se que, em média, cada um viaja 4 mil km/mês e que os rendimentos de combustíveis nos carros são de 10 km/l. O valor do combustível variará de acordo com o país de aplicação, conforme as cotações encontradas para o mês de referência do Estudo (dezembro de 2015) (Tabela 4.28).

Tabela 4.28 - Preço da gasolina utilizado conforme o país de aplicação

País Cotação da gasolina (R$) Fonte

Argentina R$ 4,66 Confederación de entidades del comércio de hidrocarbutos y

afines de la república argentina

Bolívia R$ 1,76 Agencia Nacional de Hidrocarburos

Brasil R$ 3,40 Petrobras - Brasil

Paraguai R$ 2,48 Petrobras - Paraguay

Uruguai R$ 5,28 Unión de Vendedores de Nafta del Uruguay

FONTE: ELABORADO POR UFPR/ITTI.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑 = 𝐼𝐼𝑆𝑆 × (𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 100⁄ ) × 𝑁𝑁𝑉𝑉 × 𝐺𝐺𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑚𝑚ê𝑠𝑠× 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑 𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo dos combustíveis dos veículos de apoio (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝑁𝑁𝑉𝑉: Número de veículos para cada 100 km; 𝐺𝐺𝑚𝑚ê𝑠𝑠: Giro mensal por veículo (km/mês);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo do combustível por litro (R$/l);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade de serviço;

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Consumo de combustível (km/l);

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo total do combustível (R$).

Lubrificantes dos veículos de apoio: O consumo de lubrificante para os

carros utilizados para a manutenção da via é de aproximadamente 15% do custo utilizado de combustível, valor adotado com base em valores praticados em vias semelhantes, como a Rift Valley Railways (Quênia). Este valor atende a previsão com boa assertividade. Os gastos com lubrificantes utilizados nos veículos de apoio podem ser calculados conforme a fórmula:

𝐶𝐶𝑉𝑉𝐶𝐶𝑏𝑏 = 15% × 𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑

𝐶𝐶𝑉𝑉𝐶𝐶𝑏𝑏: Custo em Lubrificantes (R$); 𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo total do combustível. (R$)

Lubrificantes nas vias: Os lubrificantes são utilizados nos trilhos com o

objetivo de reduzir o consumo dos mesmos. Este item pode ser valorado com base na frequência de utilização (2 vezes ao mês), considerando que a cada 100 km consome-se 50 l de lubrificantes. Dessa forma, o custo de lubrificantes nas vias pode ser calculado por:

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑙𝑙𝑜𝑜𝑑𝑑 = 𝐶𝐶𝑙𝑙× 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑙𝑙× 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝐹𝐹100 𝑞𝑞× 12×80.000𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑙𝑙𝑜𝑜𝑑𝑑: Custo total de lubrificante (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑙𝑙: Consumo de lubrificante (l/100 km);

𝐶𝐶𝑙𝑙: Custo lubrificante (R$ 35,00/l);

𝐹𝐹𝑞𝑞: Frequência de utilização mensal (2);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU).

Herbicida: A utilização de herbicidas refere-se à aplicação de capina química

para controle de vegetação, dificultando a invasão destas sob a linha férrea. Aplicada duas vezes ao ano, estima-se, pelos consultores, um gasto de R$200 por quilômetro

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de aplicação, o qual é composto por gastos com herbicida, água, mão-de-obra e equipamento para aplicação.

𝐶𝐶𝑇𝑇ℎ𝑠𝑠𝐸𝐸= 𝐶𝐶ℎ× 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝐹𝐹𝑞𝑞

𝐶𝐶𝑇𝑇ℎ𝑠𝑠𝐸𝐸: Custo total de lubrificante (R$);

𝐶𝐶ℎ: Custo herbicida (R$/km);

𝐹𝐹𝑞𝑞: Frequência de utilização (2 vezes a.a.);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Equipamentos leves para a manutenção da via

Os equipamentos leves para a manutenção da via são máquinas de pequeno porte, utilizadas na manutenção da superestrutura da via permanente. Considera-se a necessidade de uma equipe com um conjunto de equipamento a cada 75 km (média praticada atualmente nas ferrovias brasileiras), com custo de R$850.

Cada equipe terá um jogo de ferramentas composto por duas tirefonadeira, duas parafusadeiras, duas furadeiras para dormentes, duas furadeiras para trilho duas serralheiras de trilho, uma roçadeira e um trole de controle.

𝐸𝐸𝑄𝑄𝑙𝑙 = 12 ×𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝑁𝑁

𝑠𝑠𝑞𝑞 × 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞× 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑞𝑞 × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐸𝐸𝑄𝑄𝑙𝑙: Custo total de equipamentos leves (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝑁𝑁𝑠𝑠𝑞𝑞: Necessidade (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞: Custo do equipamento leve (R$ 850,00);

𝑄𝑄𝑠𝑠𝑞𝑞: Quantidade de equipamentos por equipe (12);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Equipamentos pesados para a manutenção da via permanente

Utiliza-se maquinas de grande porte para a manutenção das vias permanente, as 11 máquinas necessárias neste item são especificadas na Tabela 4.29, bem como sua frequência da utilização e seu custo anual.

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TABELA 4.29: EQUIPAMENTOS PESADOS PARA A MANUTENÇÃO DA VIA PERMANENTE

Máquina Custo anual

1 Socadora a cada 500km de cobertura R$250.000,00

1 Reguladora a cada 500 km de cobertura R$125.000,00

1 Carro controle a cada 4.000 km de cobertura R$150.000,00

1 Ultrassom a cada 2.000 km de cobertura R$75.000,00

1 Esmerilhadora a cada 10.000 km de cobertura R$500.000,00

1 Lubrificador a cada 10.000 km de cobertura R$50.000,00

1 Roçadeira a cada 1.000 km de cobertura R$50.000,00

1 Capina química a cada 10.000 km de cobertura R$40.000,00

1 frota de vagões de trilho com 30 unidades, a cada 1.500 km de cobertura

R$60.000,00

1 frota de vagões de lastro, com 15 unidades, a cada 500 km de cobertura

R$30.000,00

Alojamento, com dez vagões alojamento por equipamento pesado R$5.000,00/vagão FONTE: ELABORADO POR UFPR/ITTI.

O custo referente a esse item é expresso pela fórmula:

𝐸𝐸𝑄𝑄𝑝𝑝 = � �𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞𝐶𝐶𝐶𝐶× 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑠𝑠𝑞𝑞 � × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐸𝐸𝑄𝑄𝑝𝑝: Custo total de equipamentos pesados (R$);

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞: Custo do equipamento pesado (R$/ano);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞: Cobertura do equipamento (km);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Equipamentos de transporte

O custo dos equipamentos de transporte é composto pela soma de outros três itens, a saber: autos de linha, locomotiva de lastro e caminhões cabinados, descritos a seguir.

Autos de linha: Refere-se a veículos utilizados no transporte de equipes para

manutenção da via permanente, como máquinas leves, ferramentas e materiais. Considera-se uma equipe com auto a cada 75 km, equivalendo a R$15 mil por auto por ano.

𝐸𝐸𝑄𝑄𝐸𝐸 =𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐹𝐹

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𝐸𝐸𝑄𝑄𝑎𝑎𝑙𝑙: Custo total de equipamentos de autos de linhas (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐹𝐹𝑠𝑠𝑞𝑞: Distribuição (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞: Custo do equipamento de transporte (R$);

𝑄𝑄𝑠𝑠𝑞𝑞: Quantidade de equipamentos por equipe;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Locomotiva de Lastro: A locomotiva é utilizada na manutenção da via

permanente para a tração de vagões de trilhos e de pedra brita para lastro, por exemplo. É necessária uma locomotiva a cada mil km de cobertura, com o custo de R$90 mil por ano cada uma.

𝐶𝐶𝑙𝑙𝑚𝑚𝑖𝑖 =𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑠𝑠𝑞𝑞 × 𝐶𝐶𝑙𝑙× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑙𝑙𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo total de locomotivas na manutenção (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑞𝑞: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑙𝑙: Custo da locomotiva (R$/ano);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Caminhões cabinados: Veículos utilizados para transporte de equipes,

máquinas, ferramentas e materiais para realizar a manutenção da via permanente, é necessário um caminhão a cada 150 km de cobertura, com o custo de R$7.500 por ano.

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑎𝑎𝑚𝑚 =𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑖𝑖 × 𝐶𝐶𝑖𝑖× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑎𝑎𝑚𝑚: Custo total de caminhões cabinados (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑖𝑖: Custo do caminhão (R$/ano);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

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Trabalhadores

Este item representa os gastos com os trabalhadores responsáveis por controlar e detectar problemas técnicos, pela manutenção de superestrutura, pelos planejamentos e gerenciamentos.

Detecção: Profissionais que têm por função, principalmente, a identificação

de defeitos ao longo da linha férrea, chamados de rondas ou rondantes. Considera- se um rondante por mês, com cobertura de 50 km, a um custo de R$4 mil.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝐸𝐸𝑚𝑚 = 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝐸𝐸𝑚𝑚× (𝐶𝐶𝐸𝐸𝑚𝑚× 12) × 𝑁𝑁𝐸𝐸𝑚𝑚 × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝐸𝐸𝑚𝑚: Custo total de trabalhadores rondantes (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km). 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝑚𝑚: Cobertura (km/mês);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝑚𝑚: Custo do rondante (R$/rondante);

𝑁𝑁𝐸𝐸𝑚𝑚: Número de rondantes;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço;

Planejamento: Responsáveis por planejar a manutenção da superestrutura

da via permanente. Há a necessidade de cinco planejadores para cada mil km de cobertura, com o custo de R$14 mil cada um.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑙𝑙= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑝𝑝𝑙𝑙 × �𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙× 12� × 𝑁𝑁𝑝𝑝𝑙𝑙 × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑙𝑙: Custo total de trabalhadores de planejamento (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km). 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙: Custo do planejador (R$/planejador);

𝑁𝑁𝑝𝑝𝑙𝑙: Número de planejadores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço;

Manutenção superestrutura: Profissionais que têm por principal função

executar os serviços de manutenção da superestrutura da via permanente, sendo estabelecido um valor de 0,6 trabalhador por quilômetro, com o custo de R$4 mil por trabalhador.

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎= 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × (𝐶𝐶𝑚𝑚𝑎𝑎× 12) × 𝑁𝑁𝑚𝑚𝑎𝑎× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎: Custo total de trabalhadores de manutenção (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝐶𝐶𝑚𝑚𝑎𝑎: Custo do trabalhador de manutenção (R$/trabalhador);

𝑁𝑁𝑚𝑚𝑎𝑎: Número de trabalhadores na manutenção por quilômetro;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Controle: Profissionais responsáveis por controlar os processos de

manutenção da via permanente, considerando dois controladores para cada mil km de cobertura, com o custo de R$8 mil por controlador.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝐸𝐸 =𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑖𝑖𝐸𝐸 × 𝐶𝐶𝑖𝑖𝐸𝐸× 𝑁𝑁𝑖𝑖𝐸𝐸× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝐸𝐸: Custo total de trabalhadores de controle (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖𝐸𝐸: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝐸𝐸: Custo do controlador (R$);

𝑁𝑁𝑖𝑖𝐸𝐸: Número de controladores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Engenharia: Profissionais que têm por principal função a engenharia

ferroviária de via permanente aplicada à superestrutura, especificações, procedimentos, estudos técnicos, etc. Consideram-se necessários três engenheiros para cada mil km de cobertura, com o custo de R$18 mil por engenheiro.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠=𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑠𝑠 × 𝐶𝐶𝑠𝑠× 𝑁𝑁𝑠𝑠× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠: Custo total de engenheiros (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠: Custo do engenheiro (R$);

𝑁𝑁𝑠𝑠: Número de engenheiros;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Gerenciamento: Profissionais que possuem a função de coordenar e

gerenciar os processos de manutenção da superestrutura da via permanente, sendo um administrador a cada mil km de cobertura, com um custo de R$15 mil por administrador.

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝐸𝐸 =𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑠𝑠 × 𝐶𝐶𝑠𝑠× 𝑁𝑁𝑠𝑠× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝐸𝐸: Custo total de administradores (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠: Cobertura (km); 𝐶𝐶𝑠𝑠: Custo do administrador (R$); 𝑁𝑁𝑠𝑠: Número de administradores; 𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço. Segurança

Esses profissionais têm como função manter o isolamento da faixa de domínio da via. Para manutenção considera-se uma necessidade de 20% da extensão, para os dois lados da via, com custo de R$200 por quilômetro de cerca.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑠𝑠𝐸𝐸 = 2 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝐶𝐶𝑖𝑖× 𝑁𝑁𝑖𝑖× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑠𝑠𝐸𝐸: Custo total para cercamento (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝑁𝑁𝑖𝑖: Necessidade de cercamento (%);

𝐶𝐶𝑖𝑖: Custo de cerca (R$/m);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço.

Pessoal

Este item envolve os custos de apoios aos profissionais responsáveis pela manutenção da superestrutura da via permanente. Considera-se necessário um veículo para cada 500 km de cobertura, com custo de R$10 mil por veículo. Em relação aos imóveis, considera-se necessidade de um imóvel para mil km de cobertura. Para o custo de cobertura, considera-se hospedagem com uma cobertura de mil km com custo de R$ 75 mil por ano. Em relação às viagens, tem-se o custo de R$50 mil por área de cobertura.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑠𝑠𝑠𝑠 = � �𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑠𝑠𝑠𝑠: Custo total de apoios (R$);

𝐶𝐶𝑝𝑝: Custo do apoio (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝: Cobertura (km);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço. Infraestrutura

A infraestrutura refere-se à camada inferior de terraplenagem, chamada de subleito. Portanto, os componentes considerados integrantes da infraestrutura são: materiais, equipamentos pesados, equipamentos de transporte, trabalhadores, insumos, pessoal, pontes e estruturas.

Materiais

O custo calculado por meio do consumo médio dos principais materiais aplicados na manutenção da infraestrutura da via permanente, o qual deve ser proporcional ao volume movimentado mensal. Pode-se listar alguns materiais e seus custos, conforme Tabela 4.30.

TABELA 4.30 – EQUIPAMENTOS PESADOS PARA A MANUTENÇÃO DA VIA PERMANENTE

Materiais Custo anual Aço e concreto que devem cobrir 1.000 km R$ 50.000,00 Tubulões que deve cobrir 1.000 km R$ 20.000,00

Madeira e escoramentos com 1.000 km R$ 10.000,00

Ferramentas as quais tem 1.000 km R$ 20.000,00 FONTE: ELABORADO POR UFPR/ITTI.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎𝐸𝐸 = � �𝐶𝐶𝑚𝑚𝐶𝐶𝐶𝐶× 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝑚𝑚 � ×

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 80.000

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎𝐸𝐸: Custo total de materiais (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑚𝑚: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑚𝑚: Custo do material (R$/ano);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

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Equipamentos pesados

São equipamentos de grande porte, utilizados na limpeza de cortes, remoção de barreiras, reconstrução de aterros, limpeza de lastro, e demais serviços de infraestrutura da via permanente, os quais devem ser proporcionais ao volume. Estes equipamentos abrangem: caminhão basculante, escavadeira e desguarnecedora.

Caminhões basculantes: Necessidade de uma unidade a cada 500 km de

cobertura, ao custo de R$20 mil por ano;

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑑𝑑𝑎𝑎𝑠𝑠𝑖𝑖 =𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑖𝑖𝑑𝑑 × 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑑𝑑×

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 80.000

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑑𝑑𝑎𝑎𝑠𝑠𝑖𝑖: Custo total dos equipamentos pesados infra (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖𝑑𝑑: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑑𝑑: Custo do equipamento (R$/ano) ou (R$);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Escavadeiras: Abrange 10 mil km de cobertura com um custo de R$50 mil

por ano;

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖 × 𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖×

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 80.000

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖: Custo total dos equipamentos pesados infra (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠𝑠𝑠𝑖𝑖: Custo do equipamento (R$/ano) ou (R$);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Desguarnecedora: Equipamento de grande porte que é utilizado

principalmente na limpeza de lastro contaminado, sendo o serviço realizado em função do critério técnico de volume transportado na ferrovia (em MTBT). Considera- se necessário um bilhão de MTBT, com consumo e pedra para lastro de 1 mil m³/km. Os custos giram em torno de R$100 por m³ para pedra para lastro, e serviço de R$100 mil por km para o serviço de desguarnecimento.

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑟𝑟𝑠𝑠𝑠𝑠 = 12 ×0,65 × 𝑀𝑀𝑇𝑇𝐵𝐵𝑇𝑇 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × �𝐶𝐶𝐶𝐶𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 𝑝𝑝× 𝐶𝐶𝑝𝑝+ 𝐶𝐶𝑠𝑠�

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑟𝑟𝑠𝑠𝑠𝑠: Custo total de desguarnecedoras (R$);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal; 𝑀𝑀𝑇𝑇𝐵𝐵𝑇𝑇: Necessidade (1.000.000);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝: Consumo de pedra para lastro (m³/km);

𝐶𝐶𝑝𝑝: Custo pedra para lastro (R$/m³);

𝐶𝐶𝑠𝑠: Custo serviço desguarnecimento (R$/km);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km). Equipamentos de transporte

Este item engloba apenas caminhões cabinados, que são veículos utilizados para transporte de equipes, ferramentas e materiais, utilizados na manutenção da infraestrutura da via permanente, sendo necessário um caminhão para cada 500 km de cobertura, ao custo de R$20 mil por caminhão.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑎𝑎𝑚𝑚 =𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑖𝑖 × 𝐶𝐶𝑖𝑖×

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 80.000 𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑎𝑎𝑚𝑚: Custo total de caminhões cabinados (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km); 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑖𝑖: Custo do caminhão (R$);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉: Volume movimentado mensal (TKU). Trabalhadores

Esse item é formado por detecção, planejamento, manutenção de infra, controle de manutenção, engenharia de manutenção e gerenciamento.

Detecção: Profissionais que têm por principal função a identificação de

defeitos de infraestrutura ao longo da linha férrea, chamados de rondas ou rondantes, os quais devem analisar mil km por rodante por ano, ao custo de R$4 mil por rodante.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝐸𝐸𝑚𝑚 =𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝐸𝐸𝑚𝑚: Custo total de trabalhadores rondantes (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝑚𝑚: Cobertura (km/semana);

𝐶𝐶𝐸𝐸𝑚𝑚: Custo do rodante (R$/rondante);

𝑁𝑁𝐸𝐸𝑚𝑚: Número de rondantes;

𝐹𝐹: Frequência;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Planejamento: Planejar a manutenção da superestrutura da via permanente,

necessidade de cinco planejadores para cada mil km de cobertura, com o custo de R$ 14 mil por planejador.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑙𝑙= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑝𝑝𝑙𝑙 × �𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙× 12� × 𝑁𝑁𝑝𝑝𝑙𝑙× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑙𝑙: Custo total de trabalhadores de planejamento (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑝𝑝𝑙𝑙: Custo do planejador (R$/planejador);

𝑁𝑁𝑝𝑝𝑙𝑙: Número de planejadores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Manutenção de infra: Profissionais utilizados nos principais processos de

manutenção da infraestrutura da via permanente, sendo uma taxa de trabalhadores de 0,2 homens por km, com o custo de R$4 mil por trabalhador.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎 = (𝐶𝐶𝑚𝑚𝑎𝑎× 12) × 𝑁𝑁𝑚𝑚𝑎𝑎 × 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎: Custo total de trabalhadores de manutenção infra (R$);

𝐶𝐶𝑚𝑚𝑎𝑎: Custo do trabalhador (R$);

𝑁𝑁𝑚𝑚𝑎𝑎: Número de trabalhadores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Controle da manutenção: Profissionais que têm como função,

principalmente, realizar o controle dos processos de manutenção da via permanente, sendo necessário um controlador para cada mil km de cobertura, ao custo de R$8 mil por controlador.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝐸𝐸 =𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

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𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝐸𝐸: Custo total de trabalhadores de controle (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖𝐸𝐸: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝐸𝐸: Custo do controlador (R$);

𝑁𝑁𝑖𝑖𝐸𝐸: Número de controladores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Engenharia de manutenção: Profissionais que têm por principal função a

engenharia ferroviária de via permanente aplicada à infraestrutura, especificações, procedimentos, estudos técnicos, etc. Considerando um engenheiro para cada 1 mil km de cobertura, ao custo de R$18 mil por engenheiro.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠= 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑠𝑠 × (𝐶𝐶𝑠𝑠× 12) × 𝑁𝑁𝑠𝑠× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠: Custo total de engenheiros de manutenção (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠: Custo do engenheiro (R$);

𝑁𝑁𝑠𝑠: Número de engenheiros;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

Gerenciamento: Profissionais com a função de coordenar e gerenciar os

processos de manutenção da infraestrutura da via permanente, sendo um administrador para cada mil km de cobertura ao custo de R$15 mil por administrador.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝐸𝐸 =𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 𝐶𝐶𝐶𝐶

𝑠𝑠 × �𝐶𝐶𝑠𝑠× 12� × 𝑁𝑁𝑠𝑠× 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑠𝑠𝑠𝑠𝐸𝐸: Custo total de administradores (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑠𝑠: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑠𝑠: Custo do administrador (R$);

𝑁𝑁𝑠𝑠: Número de administradores;

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço; 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

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Insumos

O cálculo do custo dos insumos referentes à infraestrutura baseia-se em dois itens: lubrificantes e combustíveis dos veículos que realizam a manutenção da infraestrutura da via permanente, sendo necessário um veículo para cada 500 km de cobertura, com uma rodagem de 5 mil km/mês e consumo de 10 km/l, com o custo de R$3,40/l.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑= 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡 × 𝑁𝑁𝑉𝑉 × 𝐺𝐺𝐶𝐶𝐶𝐶𝐵𝐵 × 𝐶𝐶𝐶𝐶𝑚𝑚ê𝑠𝑠× 𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑

𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑 × 12 × 𝐼𝐼𝑆𝑆

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo total de combustível (R$);

𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km);

𝐺𝐺𝑚𝑚ê𝑠𝑠: Giro mensal por veículo, (5.000 km por mês);

𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Custo do combustível (R$ 3,4 por litro);

𝐼𝐼𝑆𝑆: Intensidade do serviço;

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐵𝐵: Cobertura (um veículo para cada 500 km); 𝑁𝑁𝑉𝑉: Número de veículos, (2);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑖𝑖𝑚𝑚𝑚𝑚𝑑𝑑: Consumo de combustível (10 km por litro).

O gasto com lubrificantes é estimado em 15% do valor com combustível, somando-se ao valor total dos insumos.

Pontes e estruturas

Na manutenção de infraestrutura da via permanente, as pontes e demais obras de arte requerem especial inspeção na identificação de possíveis problemas, para então programar os devidos reparos que devem ser proporcionais ao volume, englobando os serviços de inspeção e manutenção.

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖= 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡

𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖 × �𝐶𝐶𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖× 12� ×

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 80.000

𝐶𝐶𝑇𝑇𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo total de manutenção nas pontes e demais estruturas (R$);

𝐶𝐶𝐶𝐶𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖: Cobertura (km);

𝐶𝐶𝑝𝑝𝑚𝑚𝑖𝑖: Custo mensal por técnico de pontes (R$);

𝑉𝑉𝑇𝑇𝑉𝑉 : Volume movimentado mensal (TKU); 𝐸𝐸𝐸𝐸𝑡𝑡: Extensão da ferrovia (km).

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Inspeção: É necessário que cada técnico de inspeção seja responsável por

uma distância de 200 km de cobertura, ao custo de R$3.500 por técnico.

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