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CENTRAL DE BALANÇOS

No documento CUSTEIO POR ABSORÇÃO Franciele Duarte (páginas 42-62)

E- LALAUR

2.3 CENTRAL DE BALANÇOS

28 de 13 de junho de 1978. A pessoa jurídica que deixar de apresentar o E- Lalur, no prazo estabelecido, estará sujeita a multa de R$5.000,00 por mês- calendário ou fração.

2.3 CENTRAL DE BALANÇOS

A Central de Balanços é um projeto integrante do SPED, que ainda se encontra em desenvolvimento e tem por objetivo reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações econômico-financeiras públicas das empresas. Com a alteração da Lei Federal 11.638, de 28 de dezembro 2007, onde as empresas de grande porte entraram na obrigatoriedade de manter a escrituração e elaborar demonstrativo financeiro de acordo com a lei societária (S/A), se adaptando ao modelo internacional de contabilização – IASB – tornou-se importante ter um canal onde as informações estejam on-line, sendo assim, utilizadas para analise dos mercados no âmbito econômico, contábil- financeiro, dentre outros usos, na esfera nacional como internacional.

A Central de Balanços se divide em 2 fases, sendo a 1º fase de publicações obrigatórias: balanço, convocações e atas de assembléias; e uma 2º fase de informações obrigatórias exigidas pelos vários órgãos reguladores federais.

O modelo de Central de Balanços já é usado por países da Europa, principalmente por bancos, onde tem por objetivo coletar dados das demonstrações contábeis e estatísticas das organizações não financeiras, permitindo a elaboração de um estudo setorial, podendo assim subsidiar as atividades dos participantes (clientes) ou a condução de políticas públicas. A maioria das centrais atende a dois pressupostos: confidencialidade das informações e procuram compensar às empresas participantes, através de uma análise que permiti situar a empresa em seu setor econômico ou compará-la com outras do mesmo porte.

CONCLUSÃO

Conclui-se no decorrer da elaboração deste artigo que nesses últimos anos a Receita Federal do Brasil vem acelerando o seu processo de captação de informações contábeis e fiscais dos contribuintes através de novas ferramentas de modernização da sistemática atual nas obrigações acessórias.

Desejando criar um perfil econômico de cada contribuinte dentro do sistema Harpia na qual foi desenvolvido pela própria Receita Federal juntamente com o Instituto de Tecnologia Aeronáutica e com a Universidade Estadual de Campinas a mesma vem dando grandes passos.

Com este perfil pronto a Receita Federal poderá ter controle absoluto de todas as discrepâncias que ocorrerão na cadeia produtiva do contribuinte para cada seguimento na qual ele desenvolve suas atividades.

Acontece que todo este avanço tecnológico ocorrendo dentro das empresas ainda é muito lento, pois o profissional da TI passou a estudar contabilidade e os contadores passaram a ter que entender de programação para assim conseguirem “falar a mesma língua”

Digamos que o SPED trouxe não só a modernização tecnológica para dentro das empresas, assim também está trazendo a redução de custos conforme já mencionado antes, mas, além disso, o projeto está colocando a prova o nível de gerenciamento dentro das empresas uma vez que isso passa a ser fundamental devido à riqueza de detalhes que a operações são exigidas dentro da EFD.

Para falar a verdade SPED correto mesmo é o desenvolvido dentro das empresas, pois é neste ambiente que poderão ser vista todas as operações e assim determinar dentro da EFD onde deverão ser lançadas e porque, até pela coerência dos fatos na hora do ocorrido.

Muitas ferramentas de customização para área contábil estão sendo lançadas nos mercado para auxiliar no SPED, mas acontece que os escritórios de contabilidade ainda não estão preparados para enxergar as informações como o projeto SPED busca.

Sendo assim fica evidente que o contribuinte está sendo uma “bengala”

para que a Receita Federal possa enxergar quais as dificuldades encontradas

por ele na geração do arquivo e ao mesmo tempo conhecer de perto os seguimentos e adaptando se necessário suas funcionalidades, ou seja, os dois estão aprendendo juntos com os projetos do SPED.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOAL, Luiz; JUSKOW, Sergio. Os impactos da NF-e do SPED para o contabilista. CRCRS, 2009.

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<http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/ajustes/2007/AJ_009_07.htm>.

Acesso em: 15 SET. 2012, 10:15:18.

BRASIL. Ajuste SINIEF 07/05. Institui a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em:

<http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/ajustes/2005/AJ_007_05.htm>.

Acesso em: 18 set. 2012, 18:33:37.

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<http://www.planalto.gov.br

BRASIL. Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro de 2001. Dispõem sobre informações, formas e prazos para apresentação dos arquivos digitais e sistemas utilizados por pessoas jurídicas. Disponível em:

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Acesso em: 03 out. 2012, 21:00:07.

BRASIL. Instrução Normativa SRF 247, de 21 de novembro de 2002. Dispõe sobre a Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado em geral. Disponível em:

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Acesso em: 02 out. 20012, 23:07:02.

BRASIL. Ministério da Fazenda. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. Projetos: SPED fiscal. Disponível em:

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<http://www1.receita.fazenda.gov.br/outros-projetos/central-de-balancos.htm>.

Acesso em: 03 out. 2012, 20:42:47.

BRASIL. Ministério da Fazenda. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. Universo de atuação: EFD-Social. Disponível em:

<http://www1.receita.fazenda.gov.br/outros-projetos/efd-social.htm>. Acesso em: 03 out. 2012, 20:33:40.

BRASIL. Ministério da Fazenda. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. Universo de atuação: E-LALUR. Disponível em:

<http://www1.receita.fazenda.gov.br/outros-projetos/e-lalur.htm>. Acesso em:

28 ago. 2012, 20:51:22.

ESTUDO DAS ESCOLAS CONTÁBEIS:

PERSONALISTA, CONTROLISTA E MATEMÁTICA

Andressa Duarte1 Suelem Zucatti2 Vanessa Alves3 Vivian Silveira4

RESUMO

O presente trabalho vem mencionar uma pequena parte da história contábil.

Nosso enfoque será sobre a escola Personalista, Controlista e Matemática.

Tendo por objetivo comparar as teorias utilizadas no passado e suas aplicações nos dias atuais. Nossa pesquisa foi fundamentada em livros que relatam o conhecimento de diversos autores sobre a evolução da Contabilidade.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho mostra a importância de cada escola na história da Contabilidade no qual tiveram vários pensadores, alguns se destacando mais.

Nosso estudo foi centralizado na Escola Personalista, Controlista e Matemática.

Nossas pesquisas foram feitas no início da Contabilidade, passando por todas as teorias usadas e até aplicação atual.

O surgimento da Contabilidade da devido ao homem necessitar de um instrumento de controle do crescimento do seu patrimônio, no passado eram utilizadas fichas de barro e pedras, depois passando para a escrita. Sua modernização foi motivada pelos grandes centros comerciais que se formavam na Europa.

1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis Cesuca-Faculdade Inedi, disciplina de Teoria da Contabilidade e História do Pensamento Contábil, prof. Cleber Nascimento – 2012/2.

2 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis Cesuca-Faculdade Inedi, disciplina de Teoria da Contabilidade e História do Pensamento Contábil, prof. Cleber Nascimento – 2012/2.

3 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis Cesuca-Faculdade Inedi, disciplina de Teoria da Contabilidade e História do Pensamento Contábil, prof. Cleber Nascimento – 2012/2.

4Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis Cesuca-Faculdade Inedi, disciplina de Teoria da Contabilidade e História do Pensamento Contábil, prof. Cleber Nascimento – 2012/2.

Luca Paccioli, grande pensador e criador do método das partidas dobradas, com isso deram-se inicio ao surgimento de várias escolas e muitas teorias.

A Escola personalista surgiu em reação ao Contismo, para dar personalidade às contas, explicando as relações de direitos e obrigações.

Para a Escola Controlista, todos os mecanismos representavam uma forma de controle da riqueza dos organismos econômicos.

Já a Escola Matemática, as contas contábeis poderiam ser representadas por elementos matemáticos e agrupadas em duas seções, uma do deve e outra do haver.

REVISÃO DA LITERATURA

ESCOLA PERSONALISTA

A Escola Personalista também denominada por alguns estudiosos de Contabilidade como logismográfica, jurídico-personalista ou toscana, fundada durante a segunda metade do século XIX em 1867, no qual seus principais seguidores foram: Michele Riva, Francesco Bonalumi, Clitofonte Bellini, e em especial, Franchesco Marchi, o iniciador da escola, Giuseppe Cerbon, o construtor da teoria personalista e Giovani Rossi (Schmidt e Santos 2006).

Foi uma corrente de pensamento contábil que surgiu em reação ao Contismo (teoria das contas), dando personalidade ás contas para explicar as relações do direito e obrigações (Hamilton, 1997).

Para os estudiosos do personalismo as contas deveriam ser abertas a pessoas físicas e jurídicas e o dever e o haver representavam débitos e créditos das pessoas a quem as contas pertenciam (Schmidt e Santos 2006).

A contabilidade personalista tem por objeto o estudo e a relevação das relações jurídicas que, nas unidades econômicas, se estabelecem entre o proprietário e os agentes e correspondentes (Sá, 1997).

Nesta teoria as contas representam pessoas, fundamenta-se no fato jurídico dos direitos e obrigações, no qual, direito é crédito, obrigação é débito,

diminuição de direito é débito e diminuição de obrigação é crédito (Iudícibus, Marion e Farias, 2009).

Segundo Marchi, toda entidade tem um proprietário, a entidade é totalmente confiada ao administrador, pois ele é o responsável por todo ativo e passivo, inclusive as próprias contas do proprietário, no qual classificou as contas em quatro categorias: consignatários, correspondentes, administradores e proprietários (Schmidt e Santos 2006).

O Personalismo de Francesco Marchi

Francesco Marchi nasceu em Pescia (Itália) em 1822, onde desenvolveu todo o seu trabalho, devido a condição precária que sua família vivia, não teve muita liberdade de movimento durante sua vida (Schmidt e Santos 2006).

Sua obra era considerada valorosa devido a seu caráter, um jovem que tinha sobre seus ombros a responsabilidade e uma família numerosa, órfão desde cedo, dedicava-se sua capacidade ao trabalho, faleceu aos 49 anos. (Sá, 1997).

Em 1867 publicou sua primeira obra, a segunda veio em 1868 publicadas na cidade de Prato, dedicou o seu trabalho com Contabilidade e Administração em empresas locais, criticava à teoria das cinco contas, criada por Deranges, mercadorias, dinheiro, efeitos a receber, efeitos a pagar e lucros e perdas, dizia que a teoria francesa tinha se equivocado nesta criação, pondo-se contra, dizendo que as cinco contas demonstravam erro, não representavam o negociante, pois apenas as contas de resultado retratavam o negociante, sendo que as contas de mercadorias e caixa referiam-se a coisas, as contas efeitos a pagar e a receber a pessoas e na prática era aberta outra conta chamada conta de capital, Marchi acreditava que, para o funcionamento das partidas dobradas bastariam apenas duas contas: uma de titularidade do proprietário e outra de terceiros, assim o débito de um corresponderia ao crédito de outro e vice-versa.

Considerava o administrador responsável por toda entidade, portanto devedor de todo ativo e credor de todo passivo perante o proprietário.

A teoria de personificação das contas, todas pessoais, teve tanto sucesso na época, que substituiu completamente a teoria francesa das cinco contas, não se preocupou com a parte formal da doutrina contábil, sua visão da vida

empresarial não foi suficientemente ampla para caminhar no campo filosófico doutrinal, deixou sem base as teses contistas.

O estudo desse valente cientista teve, além do mérito de sua contribuição, a grande vantagem de iniciar um período de grande agitação nos estudos, no campo da ciência contábil, sua teoria ficaria em quatro grandes grupos:

(1) contas do proprietário;

(2) contas dos gerentes ou administradores;

(3) contas dos consignatários;

(4) contas dos correspondentes.

Destas se resumiam em (a) contas patronais, (b) contas dos agentes e (c) contas pessoais ou dos correspondentes (Sá, 1997).

Personalismo de Giuseppe Cerboni

Nasceu em 1827 em Porto Azzurro, ilha de Elba, com 16 anos entrou para Administração Militar Toscana como aprendiz do seu pai, que era oficial do Comissariado de Guerra, em 1847 foi transferido para a artilharia, onde passou a ser encarregado dos Comandos Gerais, em 1848 foi promovido a capitão do Estado Maior, em 1860 foi para Torino, para reorganizar.

O serviço administrativo do Ministério da Guerra, onde se aprofundou nos conhecimentos administrativos, em 1865 implantou o sistema das partidas dobradas pra registro das atividades do Ministério (Schmidt e Santos 2006).

Publicou uma pequena obra sobre a organização da Contabilidade Estatal, no qual foi convidado a participar de uma comissão de um estudo de uma nova lei para esta organização, onde ocupou o cargo de relator, devido sua competência montou um projeto que serviu de base para a lei da Contabilidade Italiana (Schmidt e Santos 2006).

Atuou de 1876 á 1891 como Contador Geral do Estado, onde logismografia criada por Cerboni entrou oficialmente na administração do Estado, passou a Conselheiro do Tribunal de Contas, onde em 1898 abandonou o serviço público (Schmidt e Santos 2006).

Para Cerboni, o raciocínio de tudo que ocorre na empresa ou na entidade motiva direitos e obrigações e que essas relações são importantes para as aziendas, estabeleceu que as disciplinas que apresentava para as funções aplicavam-se a qualquer tipo de empresa e de instituição, tivesse a dimensão

que tivessem, adotou o Principio da Similaridade e a ele acrescentou o da Periodicidade Anual (Sá, 1997).

Um agregado de conhecimentos se reunia em torno das aziendas e se caracterizava em quatro grupos:

 Estudo das funções da administração econômico-aziendal, tendo por objeto as leis que regulavam a vida das aziendas e como estas se explicam;

 Estudo da Contabilidade, que tem por fim a organização e a disciplina interna das aziendas;

 Estudo da computação, que compreende a aplicação da matemática aos fatos administrativos e demonstração dos mesmos;

 Estudo da logismografia, que é o método para coordenar e representar os fatos administrativos, corrigir os efeitos específicos e os procedimentos, jurídicos e econômicos dos mesmos, sob a ótica de uma contínua equação.

Fundamentou-se o Personalismo de Cerboni e de seus seguidores e seus axiomas.

 AXIOMA – Toda azienda deve ser administrada, todas possuem um ou mais proprietários e estes na podem conseguir a gestão se não entrarem em contato com agentes e correspondentes;

 AXIOMA – Uma coisa é desfrutar a propriedade e outra é administrar;

 AXIOMA – Uma coisa é administrar a azienda e outra é custodiar sua substância por ela responder materialmente;

 AXIOMA – Não se pode criar um devedor sem, simultaneamente, criar- se um credor e vice-versa;

 AXIOMA – O proprietário administrando ou não a azienda e, de fato, credor da substância e devedor das passividades pertinentes aquela, ao contrário do que ocorre com os agentes e com os correspondentes;

 AXIOMA – O débito e o crédito do proprietário não variam senão em razão de perdas ou lucros, ou ainda, por acréscimos ou reduções do capital originário (Sá , 1997).

Filosofia de Giovani Rossi

Giovani Rossi nasceu em Regio Emilia (Itália), em 1845, vinha de uma família de uma modesta condição econômica, quando tinha 16 anos parou de trabalhar no estabelecimento comercial de seu pai para estudar, ingressou em um instituo técnico, na seção de Agrimensura, Contabilidade, Física e Matemática. Ensinou Matemática e Contabilidade nesse mesmo instituto, exerceu o cargo de contador da comunidade de Reggio Emilia e Macerata, e após, colaborador de Cerbino na Contadoria Geral do Estado Italiano, em 1916 passou a contador da comunidade de Macerata até 1921 onde faleceu (Schmidt e Santos 2006).

Rossi assumiu cargos importantes na carreira pública, sendo um importante escritor, com várias obras editadas e fundador de uma revista, criador da Teoria Algébrica das Contas, em 1895, defendeu a tese de que a partida dobrada já existia no Império Romano, é admirável como em pouco mais de 40 anos a Contabilidade, na Itália, se desenvolveu. São objetos de estudo em nossa disciplina:

1. Os bens patrimoniais que se encontram à disposição;

2. Os fins a que se propõe a entidade;

3. As necessidades;

4. As influências ou condições em meio à sociedade;

5. As relações com terceiros;

6. Os meios ou os modos com os quais se procede no curso da vida.

Sobre essas funções que são essenciais para a entidade, ele produziu um enunciado quando afirmou “as condições econômicas serão tanto mais perfeitas quanto mais prefeitos foram os exercícios de tais funções.”

A profundidade do alcance filosófico de Rossi ultrapassou os limites personalistas de uma doutrina criada apenas de bases jurídicas, tinha uma visão completa do fenômeno patrimonial, administrativa e burocrática que envolvem a área pública á qual estava vinculado.

Conforme o mestre “A vida da entidade pode comparar-se à de um círculo perfeito, que sempre se fecha e sempre recomeça: tem origem nas necessidades e todos os seus atos, todas as suas manifestações, devem terminar na satisfação daquelas mesmas necessidades”.

No ponto de vista de Giovani Rossi, a Economia era diferente da Contabilidade, muitas coisas que são economicamente boas, para a Contabilidade são más e vice-versa, tentando abranger os aspectos jurídicos,

econômicos e administrativos, Rossi busca tudo enfocar nas aziendas, mas falta, isolar o objeto patrimonial com fundamental (Sá, 1997).

Personalismo empírico e eclético de Francisco Castaño Dieguez Devido não ter critérios científicos, trouxe sua contribuição histórica para a Contabilidade com ênfase na teoria Personalista, Contista e Materialista, a obra deste espanhol, seria um ponto de conciliação de uma doutrina híbrida entre o que pretendia Cerboni com sua teoria personalista e Villa cm sua teoria materialista, em razão disso

Classificou as contas em três grupos:

1. Contas representativas do comerciante, ou seja, de capital e de suas variações;

2. Contas de pessoas;

3. Contas de espécies ou materiais.

Devidos a esses estudos vindos da Espanha e da Itália com divergências de pensamentos, debates e análises a Contabilidade montou sua evolução, no qual todas as teorias tiveram sua importância (Sá, 1997).

ESCOLA CONTROLISTA

A escola Controlista, que também foi conhecida por Escola Veneziana, pois Besta que foi o principal mentor desta escola, desenvolveu suas principais obras na cidade de Veneza. Seus principais estudiosos além de Fabio Besta, foram Vittorio Alfieri, Carlo Ghidiglia, Francesco De Gobbis, Pietro Rigobon, Pietro D’Alvise e Benetto Lorusso (Schimidt e Santos, 2006).

O controlismo surgiu em oposição ao Personalismo, em 1880, no discurso de inauguração do ano acadêmico em Veneza, ministrado por Fabio Besta, que já havia promovidos debates muito entusiasmados em publico na cidade italiana, tais divergências de idéias contribuíram positivamente para o pensamento humano, assim Besta cria uma nova idéia de pensamento. Para Besta o controlismo tinha como objeto do seu estudo o controle econômico, ou controle da riqueza aziendal (Sá, 1997).

Segundo Schmidt e Santos (2006) para Besta o que caracterizava a escola controlista era a diferença do conceito de Administração geral que a ação

de administrar, e a da Administração econômica que é a de administrar o patrimônio da empresa tendo seu objetivo de trazer mais riquezas, e assim considerada uma riqueza econômica. A contabilidade de Besta era uma contabilidade de controle econômico, assim o seu estudo era voltado para as causas e efeitos que esta administração econômica era revelada.

A administração ecomonica de Besta compreende três series de esforços:

Gestão: que visa a administração do patrimônio;

Direção: que busca a harmonia entre administração econômica e as relações internas e externas da entidade;

Controle: que visa impedir o desperdício, antes, durante e depois (papel da contabilidade) (Schimidt e Santos, 2006, pag. 59).

Para os controlistas, os balanços, as contas, os orçamentos e as demonstrações de resultado, etc. representam uma forma de controle da riqueza dos organismos econômicos, sendo que estes organismos têm a função de fiscalizar a situação econômica da empresa, mas as pessoas que optam por este controle só podem exercer a sua atividade sob a maneira que o administrador vise ser mais lucrativo (Schimidt e Santos, 2006).

Schimidt e Santos (2006) afirmam que Besta classificou as funções de controle econômico de acordo com que se efetuam como:

 Antecedentes que precisam ser antecipadamente limitadas em forma de estatutos, contratos, regulamentos, atas, escrituras publicas e outras formas que registrem cada fase da operação a ser realizada.

 Concomitantes caracterizam-se pela vigilância das tarefas determinadas, essas pessoas precisam ser estimuladas e supervisionadas enquanto executa suas tarefas, isso devendo ser executada por pessoas de autoridade direta dentro do quadro de funcionários e/ou por administradores.

 Subsequentes caracteriza-se pela analise dos fatos em seus aspectos jurídicos e econômicos, fazendo o confronto referente ao que deveria ser efetuado e o que realmente foi efetuado, tendo como base os documentos das outras duas funções de controle.

Besta afirmava que era necessário que os fatos administrativos teriam que ser registrados contabilmente, através das escriturações em livros adequados

para esse fim, e este sistema de escrituração tem um fundo constituído por elementos ativos e passivos do patrimônio (Schimidt e Santos, 2006).

Outras contribuições ao estudo de Besta, veio por meio de Vittorio Alfieri que tinha como visão principal a avaliação das entidades por meio de extinção destas, esta avaliação deve ser baseada em uma estimativa verdadeira quando referidas as entidades com processo de continuozidade esta estimativa deve ser com base nos valores contábeis, de acordo com os lucros e os custos. Já para Carlo Ghidiglia, que diferente do estudo de Besta acreditava que a Contabilidade deveria estudar os fenômenos e não as leis do controle econômico, pois afirmava que os fenômenos econômicos vistos em conjunto era possível analisar melhor o todo. E por sua vez Pietro D’Alvise optou por não seguir a linha de Besta e dos outros estudiosos e deixou o conceito de controle econômico, pois para ele este controle econômico só era possível com um processo contábil bem desenvolvido. (Schimidt e Santos, 2006).

O Controlismo e seus Principais Pensadores

Fabio Besta

Fabio Besta nasceu em Valtellina, quase divisa da Itália com a Suíça, em 17 de Janeiro de 1845. No ano de 1868, Besta graduou-se contador, e no ano de 1872 conseguiu se dedicar a docência na Escola Superior de Comercio de Veneza.(Schimidt e Santos, 2006).

No discurso em outubro de 1879, onde Besta defendeu o método tradicional de escrituração contábil das partidas dobradas, começou sua linha de estudo, pois neste debate estavam Cerbori e Rossi os principais pensadores do personalismo, que defendiam o método logismográfico, personalização das contas (Schimidt e Santos, 2006).

Besta escreveu muitas obras, mas a primeira que se tem noticia é a que venceu o concurso de matemática financeira em 1872, intitulada: “Sulla capitalizzazione continua degli interressi” (Schimidt e Santos, 2006).

Besta faleceu aos 77 anos de idade na sua cidade natal em 1922, deixando muitos ensinamentos e idéias para a nossa contabilidade, hoje vemos esta contabilidade de uma forma diferente de Besta, pois sua idéia era uma contabilidade voltada para a administração e o controle econômico, e sabemos que esta contabilidade de hoje não se limita somente a isso.

No documento CUSTEIO POR ABSORÇÃO Franciele Duarte (páginas 42-62)