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Para operacionalizar a variável nível de incentivos fiscais federais adotou-se os seguintes procedimentos: i) leitura das notas explicativas; ii) busca por palavras chaves;

e iii) Análise Fatorial.

Leitura das notas explicativas: a partir das notas explicativas foram selecionadas todas as contas contábeis passiveis do reconhecimento de incentivos fiscais federais. Assim, procedeu-se com a análise das seguintes contas: i) tributos a recuperar; ii) imposto de renda e contribuição social diferidos; iii) tributos a recolher; iv) empréstimos e

financiamentos; v) outras receitas; e vi) despesa com imposto de renda e contribuição social. No momento da identificação de algum tipo de incentivo fiscal federal, o texto foi grifado e tabulado em excel, de acordo com a empresa e período em análise (i, t).

Busca por palavras chaves: teve como objetivo validar os incentivos fiscais federais identificados em notas explicativas. Para isso, foram adotadas as seguintes palavras- chaves: assistência; assistência governamental; benefício; benefício fiscal; benefício tributário; doação; incentivo fiscal; incentivo tributário; subsídio; subsídio governamental; subvenção; subvenção governamental; parcelamento; parcelamento especial; e prêmio. A busca foi realizada no singular e plural.

Análise Fatorial: após identificação dos incentivos fiscais federais e organização dos dados, procedeu-se com a aplicação da técnica de Análise Fatorial (item 4.6.3). Técnica utilizada quando se deseja criar variáveis não correlacionadas, capazes de explicar parte da variabilidade total do conjunto de dados original (Mingoti, 2007).

A partir da leitura das notas explicativas foram identificados dezoito (18) tipos de incentivos fiscais (Apêndice III) classificados em: i) incentivos fiscais regionais; ii) incentivos de redução do IRPJ; iii) incentivos financeiros; iv) parcelamentos especiais; e v) outros incentivos. Assim, procedeu-se com a elaboração de uma matriz de dados com dezoito colunas, sendo uma para cada tipo de incentivo fiscal federal. Após a organização dos dados foram atribuídas pontuações da seguinte forma: valor igual a um (1) quando da identificação um tipo de incentivo fiscal federal; e valor igual a zero (0) caso contrário.

Ao final, a escala de pontuação variou entre zero (0) e dezoito (18) pontos.

Para operacionalizar as variáveis de conexões políticas (CPDC, CPAE e CPPG) foram necessários a adoção de procedimentos distintos. Foram utilizadas informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Formulário de Referência (FR) e Demonstrações Financeiras Padronizadas. (DFPs)

Conexão política por doações a campanha (CPDC): para operacionalizar a variável (CPDC) foi necessário consultar o número do CNPJ das empresas pertencentes a amostra, bem como, o número do CPF dos membros do alto escalão (CEO, Presidente e Vice-

presidente do Conselho de Administração). A partir dos dados (CNPJ e CPF) procedeu- se com a consulta individual dos valores doados para as eleições gerais nos anos 2010, 2014 e 2018 (âmbito federal). Para os pleitos 2010 e 2014 foi utilizado o número do CNPJ empresarial. No entanto, para o pleito de 2016 a consulta foi realizada a partir do número do CPF dos membros do alto escalão, tendo em vista os requisitos da Lei nº 13.165 de 29 de setembro de 2015.

Conexões políticas pelo alto escalão (CPAE): para operacionalizar a variável (CPAE) foram analisados 1.208 Formulários de Referência no período de 2011 a 2021. O primeiro passo foi identificar os membros pertencentes ao alto escalão empresarial (CEO, Presidente e Vice-Presidente do Conselho de Administração). Em seguida procedeu-se com a seleção e leitura individual de cada currículo, com objetivo de identificar a presença de membros políticos no alto escalão, em especial, aqueles que atuam/atuaram em cargos federais. Ao total, foram analisados 564 (quinhentos e sessenta e quatro) currículos.

Conexão política por participação governamental (CPPG): foram analisados 1.208 (mil duzentos e oito) Formulários de Referência no período de 2011 a 2021. Assim, procedeu-se com a análise do item grupo de controle empresarial. O objetivo consistiu em identificar a participação acionária do governo em cada empresa, seja ela na forma direta (governo federal) ou indireta (bancos públicos e fundos de pensão). Dessa forma, considerou-se o percentual de 10% do total de ações, ou seja, empresas que possuem influência significativa (coligadas).

Para operacionalizar as variáveis geração de valor adicionado e distribuição de valor adicionado procedeu-se com a análise dos seguintes instrumentos: Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs), em especial a DVA; Formulário de Referência (FR); e Base de dados Economática ®. Ressalta-se que as informações da DVA não se encontram consolidadas em um banco de dados, sendo necessário proceder com a coleta manual.

Geração de valor adicionado: para operacionalizar as variáveis de geração de valor adicionado (VAAT, VAPL, VARL e VAEMP) foram analisadas 1.208 DVAs e 1.208 Formulários de Referência no período de 2011 a 2021. A partir da DVA foi obtido o valor adicionado líquido. Pelo Formulário de Referência foi possível obter o número total de

empregados em cada empresa. Os valores referentes ao ativo total, patrimônio líquido e receita líquida foram extraídos com o auxílio da Base de dados Economática®.

Distribuição de valor adicionado: para operacionalizar as variáveis de distribuição do valor adicionado (VADP, VADG, VADT e VADA) foram analisadas 1.208 (mil duzentos e oito) DVAs no período de 2011 a 2021. Dessa forma, as seguintes informações foram coletadas: valor adicionado líquido, valor adicionado distribuído ao pessoal; valor adicionado distribuído ao governo; valor adicionado distribuído a terceiros e valor adicionado distribuído aos acionistas.

Para operacionalizar as variáveis de desempenho empresarial (ROA, ROE e ML) e controle (END, INTG, ROA, SETUP e TAM) foi utilizada a Base de Dados Economática®. Para a operacionalizar variável auditoria (AUDIT) foram analisados 1.208 Formulários de Referência no período de 2011 a 2021. A variável crise econômica (CRISE) foi operacionalizada a partir de dados divulgados IBGE. O detalhamento da coleta de dados se visualizado no Apêndice II.