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Maria Aparecida Barbosa¹ Helena dos Reis Prestes²

RESUMO

A educação inclusiva é uma prática vigente, que consiste não somente na socialização da criança com deficiência, mas na criação de oportunidades favoráveis para seu desenvolvimento e aprendizagem, cuja mesma possa envolver-se em diversos contextos da escola. Este artigo objetiva repensar e refletir sobre a alteridade do deficiente no processo de inclusão, busca esclarecer pressupostos, já que o grande desafio do sistema educacional é viabilizar ações eficazes para permanência dos alunos com essas necessidades nas unidades de ensino regular. Compreende a finalidade de explorar o debate sobre a inclusão, buscando ampliar as informações sobre autonomia, acessibilidade, a partir da realidade que está inserida. No percurso desta pesquisa, foram observados obstáculos que inviabiliza a aprendizagem com alunos em condições especiais, cujo pode construir estruturas para futuras reflexões. Estudo com base em obras de autores que fundamentam essa temática, com pesquisa de campo em uma escola na região de Nova Odessa SP.

Palavras-chave: Inclusão. Preconceito. Aprendizagem. Acessibilidade.

ABSTRACT

Inclusive education is a current practice, which is not only in the socialization of children with disabilities, but in creating favorable opportunities for their development and learning, whose same can engage in school contexts. This article aims to rethink and reflect about the otherness of the disabled in the process of inclusion, seeks to clarify assumptions, as the great challenge of the educational system is to enable effective actions to be held of those needs in regular education units. Understand the purpose of exploring the debate on inclusion, seeking to expand the information about autonomy, accessibility, from the reality that is inserted. In the course of this research, were observed obstacles that make learning with students in special conditions, which can build structures for future reflections. Study based on works of authors for this theme, with field research in a school in Nova Odessa SP region.

Keywords: Inclusion. Preconception. Apprenticed. Accessibility.

1 Aluna do 4° Ano de Pedagogia – Faculdades Network – Av. Ampélio Gazeta, 2445, CEP 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil. (e-mail mariaaparecidabarbosa23@hotmail.com:).

² Graduada em Pedagogia UNISAL;1986; Especialista Psicopedagogia-Faculdades Network 2005,Professora Mestra da Educação UNISAL;2012. Professora e Orientadora Pedagógica e de TCC no Colégio e Faculdades Network(helenaprofa@yahoo.com.br).

Introdução

“Estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem tratar”

sua própria presença no mundo, sem sonhar, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas, sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar, sem pontos de vista sobre o mundo, sem fazer ciência, ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem ideias de formação, sem politizar não é possível”

(FREIRE, 1996, p. 34).

O presente estudo torna-se relevante para investigar, compreender, identificar relações, conceitos, interação social. Nesse contexto, busca encontrar elementos que mostrem as dificuldades no seu cotidiano escolar.

Tendo como o objetivo analisar e compreender a aprendizagem de um aluno com uma perna amputada, frequentando uma escola da região, a adaptação dessa criança no grupo social, e no desenvolvimento da aprendizagem.

Gotti afirma que as ações na escola têm um novo paradigma;

“Assim sendo, a inclusão de educandos com necessidades especiais no sistema regular de ensino é um novo paradigma no marco conceitual e ideológico na perspectiva dos direitos humanos que deve envolver políticas/programas e serviços sociais, bem como a comunidade. Esses serviços deverão ser organizados, planejados, desenvolvidos ou adaptados de modo a garantir: a não exclusão; o desenvolvimento pleno, livre e independente; o acesso igualitário; a solução de problemas na própria comunidade; a adoção de alternativas menos institucionaliza das possíveis; o respeito às diferenças, capacidades e necessidades de cada pessoa” (GOTTI, 1998, p. 368).

De acordo com Sassaki (1997), a escola regular deve estar apta para receber todos os alunos, independente das características que possam apresentar. Para o autor, ela é o espaço educacional deverão ser usufruídos por todos. Os alunos não devem mais ser segregados em espaços escolares diferenciados ou mesmo excluídos dentro da classe comum.

Mas o maior problema encontrado é a insegurança dos profissionais que não estão preparados para determinadas situações e a maioria das escolas não estão estruturadas para recebê-los, dificultando a interação com os colegas, que no primeiro contato ficam com receio de uma aproximação. Estamos vivendo no momento onde a inclusão tem sido bastante discutida, mas incluir não deve ser apenas matricular a criança, mas assegurar a escola dar ao educador suporte, os professores estão na sua maioria trabalhando sem recursos, tendo que usar de sua vivência, e da sua formação básica da graduação em pedagogia.

Esse estudo se qualifica como qualitativo, com pesquisa de campo num estudo de caso exploratório, em uma escola da região de Nova Odessa SP. Com base nos fundamentos teóricos das obras literárias de autores como: SASSAKI (1997), MANTOAN (2003), CAVALCANTE (2005) entre outros.

Fundamentação Teórica

No século XX, os portadores de necessidade especiais, passam a ser vistos na sociedade como cidadãos com direitos e deveres, onde a sociedade começa a compreender o conceito de diversidade de cada indivíduo.

Segundo a autora Mantoan, (2003) diz que as escolas com qualidade, são aquelas que possuem espaços que favoreçam nos processos educativos, construção de personalidades humanas, autônomas e críticas. Segundo ela, o aluno aprende a valorizar a diferença a partir da convivência com seus colegas, com a troca de experiências. Os docentes devem basear na afetividade, nas limitações para preparar suas aulas ou atividades, tornando uma escola aberta ás diversidades com uma aprendizagem sem discriminação.

Segundo Cavalcante, (2005) na maior parte das escolas brasileiras a inclusão das crianças portadoras de necessidades especiais, não acontece da maneira que deveria realmente acontecer. A autora refere um conjunto de ítens, como falta de informações dos pais, docentes mal preparados e o despreparo do poder público, há um alto índice de crianças que não frequenta a escola regular, vivendo isoladas em instituições especializadas, ou até mesmo sem convívio com a sociedade. A partir da convivência, a criança portadora de necessidades especiais dentro da escola regular, passa a ter possibilidades de desenvolver suas potencialidades, havendo uma troca de experiência onde os demais também irão aprender a conviver e respeitar o colega que necessita de seu apoio e da sua compreensão, tornando um aprendizado a todos.

Cavalcanti agrega que; “o motivo principal de elas estarem na escola é que lá vão encontrar um espaço genuinamente democrático, onde partilham o conhecimento e a experiência com o diferente, tenha ele a estatura, a cor, os cabelos, o corpo e o pensamento que tiver. Por isso quem vive a inclusão sabe que está participando de algo revolucionário” (Cavalcante, 2005, p. 40).

Lei nº 7.853 DE 24 De Outubro De 1989

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. Art. 2º. Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico.

Paragrafo único: para o fim estabelecido no caput deste artigo, os órgão e entidades da administração direta e indireta devem dispensar, no âmbito de sua competência e finalidade, aos assuntos objetos desta Lei, tratamento prioritário e adequado, tendente a viabilizar, sem prejuízo de outras, as seguintes medidas: I – na área da educação: a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré- escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências de diplomação própria; b) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino; c) a oferta, obrigatória e gratuita da educação. Especial em estabelecimentos públicos de ensino; d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação Especial em nível pré-escolar e escolar, em unidades hospitalares e congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou superior a um (um) ano, educandos portadores de deficiência; e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar e bolsa de estudo;

f) a matrícula compulsória em cursos regulares de estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência capazes de se integrarem ao sistema regular de ensino.

Sassaki (2005, p.1) dá dicas de como comportar-se diante de uma pessoa que faz uso da cadeira de rodas: Não apoie - se na cadeira de rodas, nem com as mãos nem com os pés. A

cadeira de rodas é uma extensão do corpo da pessoa que a utiliza.

Não receie em falar as palavras ‘’ande ‘’, ‘’corra’’ e ‘’caminhe’’. As próprias pessoas com deficiência física também as utilizam. Se a conversa for demorar, sente-se num banco ou sofá de modo que seus olhos fiquem no mesmo nível do olhar da pessoa em cadeira de rodas. Para uma pessoa sentada, não é confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo. Ao ajudar uma pessoa em cadeira de rodas a descer uma rampa ou degraus, use a marcha à ré, para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.

Ande na mesma velocidade da cadeira de rodas. Ao planejar eventos, providencie acessibilidade arquitetônica em todos os recintos.

Observamos que há leis que asseguram o indivíduo e seu desenvolvimento aprendizagem e que seja elaborado em ambientes escolares regulares, de forma que as escolas ainda no despreparo para tal ação deixam a desejar a eficácia em assegurar a aprendizagem desses indivíduos não atendendo todas suas necessidades.

Percebemos que a cada ano que passa está aumentando o número de alunos com deficiência frequentando a escola regular, e cabe aos profissionais a buscar meios e estratégias, para inserir esses alunos no convívio com os outros para que não se sintam descriminados.

Quando se trata de séries iniciais o desafio ainda é maior, pois há um índice muito alto de rejeição entre colegas, o trabalho de socialização tem que ser contínuo. Esses alunos precisam que as escolas revejam seus objetivos e que faça um planejamento individual para receber recursos no qual a criança em questão necessita. Inserir o aluno no ambiente de aprendizagem regular há necessidade de infraestrutura, suportes para que haja desenvolvimento real de socialização, emocional e cognitivo. A própria sociedade impõem barreiras como o pré- conceito, um inimigo presente que abate o sucesso quando falamos em inclusão. É preciso erradicar as barreiras impostas pela sociedade proporcionando aos portadores de deficiência o direito de se tornar cidadãos autônomas, cujas políticas públicas sejam eficazes.

Segundo Mantoan afirma que;

“Infelizmente não estamos caminhando na direção da inclusão como deveria, seja por falta de políticas públicas de educação apontadas para os novos rumos, seja por motivos menos abrangentes, mas relevantes, como pressões corporativas, ignorância dos pais e até mesmo acomodação dos professores. A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e de reestruturação das condições da maioria das escolas (especialmente as de nível básico) – ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em parte do modo como o ensino é ministrado e de como aprendizagem é concebida é avaliada’’ (MANTOAN, 2003, pg. 39, 40).

A lei de Diretrizes e Bases da educação nacional 9394/96 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), afirma que é incumbência dos docentes zelar pela aprendizagem do aluno com necessidades especiais na modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na

rede regular de ensino, a lei obriga as escolas aceitar, todas as crianças com deficiência, e cabe a nós sociedade assegurar que essas leis sejam cumpridas.

Geralmente ninguém se identifica com o que é diferente, por isso a criança com deficiência física encontra muitas dificuldades, mesmo na questão da acessibilidade, pois a maioria das escolas brasileiras possui vários obstáculos dificultando a permanência dessas crianças, mesmo transferindo para os Estados e Municípios a responsabilidade de adotar normas para eliminarem essas barreiras, nossas escolas ainda não se encontram adequadas, faltam investimentos para melhorar os espaços físicos.

Conforme texto das Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos (2006 p.39); “o desafio da inclusão escolar é enfrentado como uma nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, e, sobretudo garantir condições indispensáveis para que possam manter na escola e aprender”.

Decreto 6571/08 de 17 de setembro 2008.

Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, considerando o como “conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente prestados de forma complementar ou suplementar a formação dos alunos no ensino regular”.

Compreender a inclusão não significa apenas cumprir as leis, mas sim levar as escolas, crianças que vivem afastadas. É de fundamental importância que o preconceito seja de pugnado, para além do discurso se transformem ações efetivas.

Dessa forma que Ferreira salienta;

O processo de mudança da pedagogia tradicional (leitura, cópia, exercícios no caderno ou livro etc,) para uma pedagogia inclusiva, pouco a pouco transforma o docente em pesquisador de sua prática pedagógica, pois a nova dinâmica de ensino faz com que adquira habilidades para refletir sobre a sua docência e aperfeiçoá-la continuamente. O docente aprende a reconhecer o valor e a importância do trabalho colaborativo e das experiências com seus colegas professores, os quais podem contribuir de forma sistemática, sobre novas formas de ensinar, de lidar com velhos problemas e de se desenvolver profissionalmente (FERREIRA, 2006 p. 6).

A inclusão não é uma tarefa fácil, mas cabe a classe de atores educacionais e a sociedade irem à luta em busca de amparo aos direitos explícitos nas leis. A educação inclusiva não pode ser vista como movimento provisório, temos que incentivar o processo de altercação nas escolas, o ensino público deve ser a base da democracia, assegurando a superação das desigualdades, proporcionando uma educação de qualidade para todos.

Para extinguir essas barreiras é necessário instituir um novo modelo educacional em políticas públicas que venham abranger a acessibilidade e desenvolver o ensino aprendizagem com bases nas ações de inclusão para os alunos de necessidades especiais, desenvolvendo capacitações para os que os recebem havendo uma percepção mais ampla nas escolas regulares em constituir o diferente sempre em evolução e superação no que diz respeito ao aprender e conviver entre os pares.

Para Mantoan (2003, pg.33), a escola resiste até hoje a inclusão, pois é incapaz de atuar diante da complexidade, da variedade, da diversidade, ou seja, da diferença existente entre os seres humanos. Para ela, as tarefas fundamentais para mudar a escola são:

Recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos;

Reorganizar pedagogicamente a escola, abrindo, espaços de cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados nas escolas por todos que nela atuam;

Garantir os alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um ensino que não segrega e que reprova a repetência;

Formar e aprimorar continuamente e valorizar o professor para que tenha condições, estímulos para ensinar a turma toda, sem exclusões ou exceções.

Sendo assim, para que o processo inclusivo produza resultados significativos é necessário haver união e consciência, responsabilidades, amparada e auxiliada pelas políticas públicas garantindo na prática os direitos da pessoa com deficiência, bem como condições básicas de formação e aprimoramento dos profissionais da educação como nos afirma a autora Mantoan: “a escola prepara o futuro e, de certo que, se as crianças aprenderem a valorizar e a conviver com as diferenças nas salas de aula, serão adultos bem diferentes de nós, que temos de nos empenhar tanto para atender e viver a experiência da inclusão” (MANTOAN, 2003, p.9).

Para avanços significativos é essencial reconhecer as diferenças como parte peculiar de todos nós. Eliminar o preconceito é propiciar uma vida digna ao educando respeitando as diversidades e promovendo o desenvolvimento de suas potencialidades e oportunidades com qualidade em todas suas dimensões.

Metodologia

Esta pesquisa se qualifica qualitativa em um estudo de caso exploratório que tem como objeto de estudo observar um aluno cadeirante na faixa etária de 5 anos na série inicial em uma escola da rede municipal de Nova Odessa. A proposta deste estudo tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino do aluno com deficiência física. A observação direta nas ações que cercam o aluno e seu desenvolvimento nesse ambiente escolar. Também um questionário com os docentes e coordenação da escola. Tendo base com as obras literárias de autores na temática desta pesquisa, alguns já mencionados na introdução desse artigo.

Análise e Resultados

Durante os dias de observação, pôde ser constatado que há dificuldades do professor em manter o equilíbrio entre autoridade e o equilíbrio emocional com o grupo de alunos da sala e o aluno cadeirante, cujo maior desafio de quem faz o uso da cadeira de rodas, não está na sua capacidade de aprendizagem, mas na coordenação motora.

Desde que a escola foi fundada em 2008, esse é o primeiro aluno com deficiência física frequentando a escola, ele conta com uma estagiária a qual auxilia na sua locomoção. A escola não conta com nenhuma adaptação para deficientes, percebe o grande esforço da professora em promover a socialização, pois há muita rejeição por parte de algumas das crianças.

Quando a criança chegou à escola teve que fazer uso de uma cadeira de rodas de adulto, pois na escola não havia cadeira adequada, o que dificultava sua locomoção, pois os espaços dentro da sala são limitados. Hoje ele conta com uma cadeira menor, mas ainda não adequada que foi conquistada através de doação. Nas aulas externa com especialistas percebe que não há nenhuma preocupação em preparar uma atividade compatível com suas limitações.

Apesar das rejeições por parte de algumas crianças, isso não interfere no seu estado emocional, o que garante a essa criança o interesse pela sala de aula. A professora determina todo dia um ajudante para auxiliar o aluno como (pegar na mão), até o refeitório para que haja entre as crianças uma convivência agradável e aprenda a respeitar o aluno como diferente do grupo em que está inserido.

Depois de um tempo já é evidente alguns resultados positivos, a criança apresentava um comportamento agressivo, sem limites, por ser tratado como um bebe pela família. De forma que o tempo foi passando e a convivência em grupo foi sendo estruturada, consegue discernir o que pode do que não pode, não faz mais uso de fraldas, brinca sem agredir seus colegas. Diante dos obstáculos encontrados destacamos as opiniões de alguns profissionais que atuam nessa escola e estão ligados com essas necessidades de inclusão desse aluno.

Através das respostas do questionário foram observadas algumas resistências dos profissionais em trabalhar com o diferente, a inclusão exige reformas e novos olhares para aprendizagem em diferentes ângulos. Os professores recebem bem o aluno com dificuldades físicas, porém no cotidiano vemos que as dificuldades são muitas.

O professor A relata que,

quando recebe a notícia que terá um aluno com certa limitação na sua turma se sente insegura, apesar de estar há mais de vinte anos na rede de ensino. Não conta com respaldo suficiente. Devido às leis os municípios para economizar contrata sempre uma estagiária e nunca um profissional com uma formação específica, e a estagiária é sempre vista como cuidadora e não como uma profissional para auxiliar nas atividades pedagógicas. E que ela mesma diante das dificuldades já fez contato com órgãos competentes em busca de recursos, mas na maioria das vezes não obteve respostas, e que a inclusão é uma realidade, não tem como fugir, seja no início ou final da carreira em algum momento você vai se deparar com uma criança com certa delimitação”.

O professor B afirma que,

“apesar de não se sentir preparada, acha necessário, a criança frequentar a escola de ensino regular, a interação e o convívio com a diversidade trazem benefícios para ambos. Mas que dependendo da deficiência a escola regular proporcionará ao aluno apenas socialização, devido à escassez de materiais pedagógicos e de um profissional com conhecimento específico, o qual possa orientar a equipe pedagógica”.

Pelas respostas e observações feitas na escola fica claro o esforço em acertar nas ações, porém também mostra a insegurança de não ter experiências e mesmo capacitação para haver um desenvolvimento a altura diante das necessidades que foram encontradas com essa criança.

Podemos notar também que com o tempo foi perceptível á melhora na aprendizagem e envolvimento do aluno com a classe. A escola ainda está se adaptando na acessibilidade para aderir o acolhimento de cadeirantes, passo a passo se constitui essas adaptações.

Como a inclusão ao longo dos anos já vem sendo uma realidade em nossas escolas, o que necessita é, assimilar, acolher, e aceitar as diversidades instigando nossas crianças a terem atitudes de respeito em relação aos colegas com deficiência, assim teremos adultos que sejam capazes de respeitar a igualdade como um direito de todo cidadão, e não como algo a ser conquistado.

Considerações Finais

É de fundamental importância criar condições para que o aluno possa participar de todas as atividades proposta pela escola com segurança, é responsabilidade dos professores e da instituição incentivar para que haja mudanças nas escolas. Apesar dos avanços obtidos nos