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O Plano de Desenvolvimento da Educação

Dessa forma é importante que os municípios e estados estabeleçam em seus planos municipais e estaduais estratégias e metas a partir da sua realidade para que programas e projetos busquem de fato a superação do desafio de educar.

Para que o PNE 2011-2020 não siga a experiência e o caminho do PNE anterior, conforme Saviani (2008) seria preciso a incorporação maciça das deliberações da Conferência Nacional de Educação - CONAE, acerca do financiamento da educação no projeto enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional, tendo em vista assegurar os recursos necessários para “dar o salto de qualidade necessário para colocar a educação brasileira num patamar civilizado, condizente com a magnitude de seu território, de sua população e de sua economia” (SAVIANI, 2008, p. 321).

Profissionais da Educação (FUNDEB30), Pro-infância, Ensino Fundamental de nove anos, Provinha Brasil, Programas de apoio ao Ensino Médio, Luz para todos, Educacenso, Prova Brasil, PDE-Escola, Olimpíadas Brasileiras de Matemática das escolas públicas, Olimpíadas Brasileiras da Língua Portuguesa escrevendo o futuro, Mais Educação, Caminho da Escola, Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE), Pró-escola, PROgrama Nacional de INFOrmática na Educação do Brasil (Proinfo), Biblioteca na Escola, Saúde na escola, Olhar Brasil, Educação Especial, Brasil alfabetizado, Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de. Jovens e Adultos (PNLA), Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), Projovem campo, Brasil profissionalizado, E-TEC Brasil, Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, Catálogo dos Cursos Superiores de Tecnologia, Piso Salarial do magistério, Sistema Nacional de Formação de Professores, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), Universidade Aberta do Brasil (UAB), Pró-letramento, Pró- funcionário, Expansão do Ensino Superior, dentre outros.

As críticas ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), na sua maioria, se referem à forma como ele foi instituído. Esse plano traz em seu cerne um conjunto de 52 ações, divididas em quatro eixos: Educação Básica, Educação Superior, Educação profissional e tecnológica e Alfabetização, algumas criadas e outras reformuladas do PNE, o qual estava em funcionamento. As questões levantadas sobre a importância de se criar um novo plano para a Educação são inúmeras, mas a principal delas é saber o porquê de se criar um novo plano se havia um similar em funcionamento? Ainda: Por que não acrescentar ao Plano anterior, em funcionamento, as novas medidas criadas?

Dessa forma, novamente um plano procura discutir e dar respostas aos problemas históricos do analfabetismo, plano esse que apresentou diferentes programas e projetos para a erradicação do analfabetismos, vale ressaltar o Pro-infância, a ampliação do ensino fundamental para nove anos, possibilitando um espaço maior dedicado à alfabetização, o pró-Letramento como possibilidade de formação dos professores em serviço para a alfabetização.

Em relação ao compromisso “Todos Pela Educação” 31, movimento de iniciativa de empresários paulistas, que teve como objetivo melhorar a Educação Básica, mobilizando a sociedade brasileira, Saviani (2013a, p. 754) adverte:

30 O FUNDEB foi criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef, que vigorou de 1998 a 2006.

31 TPE foi criado em 2005, por um grupo de líderes empresariais no momento em que a valorização da educação escolar começou a se tornar uma importante referência de formação e valores sociais das futuras gerações de

[...] essa tendência do Poder Público em transferir a responsabilidade pela educação para o conjunto da sociedade, guardando para si o poder de regulação e de avaliação das instituições e dos resultados do processo educativo, operou uma inversão no princípio constitucional que considera a educação ‘direito de todos e dever do Estado’, passando-se a considerar a educação pública como dever de todos e direito do Estado.

Grifos do autor

Nas palavras do autor se verifica que o Estado, ao fazer o chamamento, Todos pela Educação, responsabiliza a sociedade civil por não se envolverem nos problemas sociais, pelo fracasso da alfabetização. Reforçam também a concepção de que o problema qualitativo da educação brasileira está apenas na atuação dos profissionais da educação.

Além disso, fomentam a rivalidade entre professores e escolas, instigando o individualismo como forma de trabalho. Sabemos que a política educacional voltada à formação e ao trabalho docentes recebe influências do contexto sócio-político. Por isso precisa-se refletir sobre questões basilares que compõem todo esse movimento de constituição das políticas públicas voltadas à área educacional, no que diz respeito à formação e ao trabalho do professor.

Para tanto, é preciso que se problematize: quais concepções de formação e trabalho docentes subjazem as políticas atuais? De que forma os governos se apropriam dessas concepções? Como as políticas são pensadas e implementadas?

Tendo em vista o objeto de estudo, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC – o próximo tópico é dedicado a essa nova política educacional, com vistas não só apresentá-la, mas refletir sobre suas contribuições para a formação do professor alfabetizador e para a Educação Básica como um todo.

trabalhadores brasileiros. Em setembro de 2006, o movimento lançou oficialmente o projeto Compromisso Todos Pela Educação, elaborado para impulsionar as ações do organismo. O projeto foi lançado no congresso intitulado

‘Ações de Responsabilidade Social em Educação: Melhores Práticas na América Latina’, realizado no Museu do Ipiranga, São Paulo. No evento, foram anunciadas as cinco metas que compõem o projeto: 1) Toda criança e jovem de 4 a 17 anos estará na escola; 2) Até 2010, 80% e, até 2022, 100% das crianças de 8 anos de idade estarão plenamente alfabetizadas; 3) Todo aluno aprenderá o que é apropriado para a sua série; 4) Todo aluno concluirá o Ensino Fundamental até os 16 anos de idade e o Ensino Médio até os 19 anos; 5) O investimento em educação deve ser garantido e gerido de forma eficiente e ética. A partir desse projeto, o movimento consegue divulgar e monitorar a situação da educação no país. O TPE conta com cerca de 200 representantes, entre fundadores, mantenedores e instituições, que constituem uma Assembleia presidida por Jorge Gerdau Johannpeter. Essa Assembleia é responsável por eleger o Conselho de Governança composto por 16 desses representantes e assessorado por quatro comissões que representam cada uma das áreas de atuação: Articulação, Técnica, Comunicação e Relações Institucionais, além de um Conselho Fiscal. Os coordenadores das quatro Comissões juntamente com o diretor-executivo e o representante do TPE formam o Comitê Gestor que é responsável pela

interlocução com a Equipe Executiva e pelo acompanhamento dos

trabalhos.(https://pt.wikipedia.org/wiki/Todos_pela_Educa%C3%A7%C3%A3o)