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1 CAPA - NETWORK EDUCATIONAL

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Academic year: 2023

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CAPA

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Revista dos Alunos de Educação Física

Faculdades Network – Revista da Faculdade de Educação Física ISSN

Publicação anual das Faculdades Network

A Revista de Educação Física é uma publicação de divulgação científica na área de educação física, aberta a contribuições de pesquisadores de todo o Brasil e do exterior.

Diretora Geral das Faculdades Network Profa. Drana. Tânia Cristina Bassani Cecílio

Secretária Geral Érica Biazon

Coord. Do Curso de Pedagogia Profa. Dra. Angela Harumi Tamaru

Assessoria de Comunicação Alzeni Maria Silva Duda Gambeta

(MTB 37218)

Editoração Gráfica e Eletrônica Nathália Ruiz Leal Wellinton Fernandes

Central de Atendimento (19) 3476-7676 Ramal 213 biblioteca@nwk.edu.br

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Revista dos Alunos de Educação Física

Faculdades Network – Revista da Faculdade de Educação Física ISSN

Ficha Catalográfica elaborada pela Faculdade Network

SUMÁRIO

Revista dos Alunos de Educação Física / Tânia Cristina Bassani Cecílio (org)– v. 3, n.1 (2014) – Nova Odessa,

SP: Faculdades Network, 2016- Anual

Editada pelas Faculdades Network ISSN

1.Educação - Periódicos. I. Faculdades Network (Nova Odessa, SP).

CDD 21ª – 370.5

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SUMÁRIO

EDITORIAL...07 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA APRENDIZAGEM

E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE ESCOLARES

Adrielli Arnoni Ferreira, Thiago Augusto Costa de Oliveira...08 OBESIDADE INFANTIL: UMA REFLEXÃO PARA PAIS E

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃOFÍSICA

Angélica Albanezi Leandrin, Thiago Augusto Costa de Oliveira...15 A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Camila Moura Galindo, Thiago Augusto Costa de Oliveira...27 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO INFANTIL

Elisangela Martins Alves, Thiago Augusto Costa de Oliveira...34 A IMPORTANCIA DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Gilmar Caetano da Silva, Thiago Augusto Costa de Oliveira...41 A INFLUENCIA DA MÍDIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR, DE ALGUMA FORMA SERÁ QUE ISSO ACONTECE?

Jhonatan Henrique da Silva, Thiago Augusto Costa de Oliveira...51 OBESIDADE NO ENSINO INFANTIL: COMO A EDUCAÇÃO FÍSICA

PODE CONTRIBUIR PARA DIMINUIÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL?

Jhonatan dos Santos, Thiago Augusto Costa de Oliveira...59 BULLYING ESCOLAR: O ESTUDO DESTA AGRESSIVIDADE

Luiz Paulo de Lima dos Reis, Thiago Augusto Costa de Oliveira...63 A IMPORTÂNCIA DO FUTEBOL NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Marcelo do Amaral Moreira, Thiago Augusto Costa de Oliveira...70 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Márcio Firmino Dos Passos, Thiago Augusto Costa de Oliveira...76 BULLYING NA ESCOLA

Maria Inácia, Thiago Augusto Costa de Oliveira...89 INFLUÊNCIAS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE

Napoleana da Conceição Castro, Thiago Augusto Costa de Oliveira...98

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A IMPORTÂNCIA DA PRATICA DO FUTEBOL NA EDUCAÇÃO FISÍCA ESCOLA

Roberson Rodrigues de Carvalho, Thiago Augusto Costa de Oliveira...106 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR SOBRE

ASPECTOS NO COMBATE DA OBESIDADE INFANTIL

Tatiane Alves Barbosa , Thiago Augusto Costa de Oliveira...111 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A IMPORTANCIA DO FUTEBOL

E A INCLUSÃO FEMININA

Valto Lopes da Silva, Thiago Augusto Costa de Oliveira...119 SEDENTARISMO E SUAS CONSÊQUENCIAS EM CRIANÇAS

E ADOLESCENTES NA FASE ESCOLAR

Walkiria Domingos dos Santos, Thiago Augusto Costa de Oliveira...126 AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA EM ESCOLARES DO

3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO NETWORK

Ricardo Haruo Fukunishi, Thiago Augusto Costa de Oliveira...136 JUDÔ NA ESCOLA COMO ELE PODE AJUDAR OS PROFESSORES

E AS CRIANÇAS NO SEU APRENDIZADO

Ana Carolina da Silva, Marcus Gomides...144

A CAPOEIRA COMO CONTEÚDO CURRICULAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Fabio Freires, Marcus Gomides...152 INSERÇÃO DO TÊNIS DE CAMPO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Ousanan Oliveira de Souza, Marcus Gomides...159 A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Katia Suzane Viguini, Thiago Augusto Costa de Oliveira...168 O JOGO E SUA EFICÁCIA COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA

Marcio Roberto Lopez, Marcus Gomides...176 NATAÇÃO COMO COMPONENTE PARA MELHORAS

DO DESENVOLVIMENTO MOTOR ESCOLAR – ESTUDO EXPLORATÓRIO

Rafael Gonçalves Gava, Thiago Augusto Costa de Oliveira...182 O CAMINHO DO GUERREIRO – OS BENEFÍCIOS PISCOLÓGICOS NA PRÁTICA DAS ARTES MARCIAIS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Marcelo Penacio Domingos, Marcus Gomides...192 O ESPORTE DE AVENTURA E SEUS BENEFÍCIOS NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR

Pedro Navarrete Bento Fernandes, Marcus Gomides...204

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OBESIDADE E SEDENTARISMO INFANTIL COMO FATORES DE RISCO ÀS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Leandro Mezavilla Ribeiro, Marcus Gomides...210 A INFLUÊNCIA DO SEDENTARISMO INFANTIL NO

DESENVOLVIMENTO MOTOR

Guilherme da Silva Casari, Marcus Gomides...215 ATE QUE PONTO A ESCOLA E AS AULAS DE EDUCAÇAO FISICA

EXERCEM INFLUENCIA SOBRE A OBESIDADE INFANTIL?

Marcia Aurea de Oliveira Sousa, Thiago Augusto Costa de Oliveira...220 RUGBY: INSERÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Vitor Hugo de Morais Novais, Marcus Gomides...230 CAPOEIRA RITMO, MÚSICA E AÇÃO COMO METODOLOGIA DE

ENSINO NA DISCIPLINA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Rosineide Maria Silva, Marcus Gomides...241 O TAEKWONDO COMO MÉTODO PEDAGÓGICO NAS ATIVIDADES

DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Jorge de Souza, Marcus Gomides...253 A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES CORPORAIS NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

Maria Madalena Inácio Felix, Marcus Gomides...265 A CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA INDIVÍDUOS

COM TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Jonatas da Silva Sobral, Marcus Gomides...275 FALTA DE MATERIAL E INFRAESTRUTURA NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR, A RECREAÇÃO COMO ALTERNATIVA

Rodrigo Cruz de Sousa, Marcus Gomides...283 A CAPOEIRA COMO UNIDADE, MÉTODO E CONCEITO PARA

EDUCAÇÃO FÍSICA

Sidney Roberto da Silva, Marcus Gomides...291 SKATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

André Queiroz Perez, Marcus Gomides, Tânia Cristina Bassani Cecilio...304

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EDITORIAL

A revista dos alunos de Educação Física das faculdades NetWork 2016, apresenta com brilhantismo a produção dos Trabalhos de Conclusão de Curso dos nossos discentes.

Partindo da premissa que, o constructo do conhecimento não se materializa se realizado de maneira isolada, nesta seara enaltecemos o trabalho dos nossos orientadores e professores.

Os temas de pesquisa apresentados nesta edição transitam pela sapiência que permeia Educação Física como, Lutas, Esportes Coletivos, Esportes Sobre Rodas, Aspectos Sociais e Psicológicos, Dança, Esportes de aventura, Obesidade infantil, Mídia, Pedagogia do esporte, Artes Cênicas, Aprendizagem Motora, Esportes de Raquete, Sedentarismo, Educação Infantil.

A preocupação dos alunos é delineada sobre como os conhecimentos produzidos nestes campos interagem ou interferem com a Educação Física escolar.

Diante de tantas ideias e discussões apresentadas, convidamos a todos para desfrutar desta leitura que com certeza irá aguçar seu anseio pelo conhecimento.

Prof. Me. Thiago Oliveira

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA APRENDIZAGEM E NO DESENVOLVIMENTO MOTOR DE

ESCOLARES

Adrielli Arnoni Ferreira ² Thiago Augusto Costa de Oliveira ²

RESUMO

Esse trabalho foi desenvolvido com intuito de compreender como as crianças e jovens crescem fisicamente, desenvolvem-se no domínio motor e social, relacionam-se com seu corpo, percebem suas potencialidades e sua saúde estão na ordem do inevitável.

Diante destas constatações emerge a necessidade de identificar como e quais variáveis podem influenciar o Desenvolvimento e o Comportamento Motor longo da vida. Para isso foi feita uma pesquisa qualitativa concretizada através de uma revisão de literatura.

Após análise dos estudos foi verificado que a carga horaria das aulas de Educação Física não são suficientes para proporcionar um resultado determinante no desenvolvimento motor da criança, porem mostram-se importantes pois proporcionam melhora significativa no desenvolvimento motor. Ainda é possível identificar que as aulas de Educação Física devem ser priorizadas e é sugerido que um aumento de carga horaria.

Palavra-chave: Desenvolvimento Motor – Educação Física.

ABSTRACT

This work was developed with the aim of understanding how children and young people grow physically, they develop motor and social, relate to your body, realized their potential and their health are the order of the inevitable. In view of these findings emerges the need to identify how and what variables can influence the development and Motor Behavior lifetime. For this was made a qualitative research implemented through a literature review. After analysis of the studies, it was found the hourly charge of physical education classes are not sufficient to provide a decisive result in the motor development of the child, however found to be important because they provide significant improvement in motor development. It is still possible to identify the physical education classes should be prioritized and it is suggested that an increase of hourly load

Keywords: Inclusion, Down Syndrome, Physical Education.

¹Graduanda em Educação Física (Licenciatura), Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail: hotmail.com).

² Professor Mestre em Educação Física – Professor do curso de Educação Física, Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail: tacooliveira@yahoo.com.br)

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Introdução

Entender como as crianças e jovens crescem fisicamente, desenvolvem-se no domínio motor e social, relacionam-se com seu corpo, percebem suas potencialidades e sua saúde estão na ordem do inevitável. Diante destas constatações emerge a necessidade de identificar como e quais variáveis podem influenciar o Desenvolvimento e o Comportamento Motor longo da vida.

Dentro da grande área do Comportamento Motor temos inúmeros estudos sendo realizados, e duas subáreas tem tido suas preocupações direcionadas para a Educação Física escolar, a primeira é a Aprendizagem Motora que pode ser descrita como um campo de investigação relacionado ao estudo dos mecanismos e processos subjacentes às mudanças no comportamento motor de um indivíduo como resultado da prática, bem como os fatores que influenciam estas mudanças e o Desenvolvimento Motor que procura entender como os seres humanos desenvolvem as habilidades motoras, através da vida.

Estes estudos se justificam pois compreender o a aprendizagem e o desenvolvimento é fundamental para o desenvolvimento das diversas habilidades motoras básicas como andar, correr, saltar, galopar, arremessar e rebater.

A importância destas áreas é tamanha que tornasse fundamental que as crianças tenham aceso a um ambiente de aprendizagem diversificado onde novas situações sejam oferecidas para que os movimentos sejam aprimorados por meio da intervenção dos professores e esta intervenção deve ocorrer principalmente na Educação Física escolar.

Nosso estudo procura identificar como a literatura tem discutido os fatores que interferem no desenvolvimento, como segue.

Revisão Bibliográfica

Os estudos abordam diferentes fatores que podem interferir neste processo e ainda buscam apontar caminhos para a intervenção como no estudo de Tani, Basso e Corrêa (2012) que realizam um ensaio cujo objetivo foi discutir uma fase do processo de desenvolvimento motor, que contempla três componentes – professor, aluno e matéria, que em primeiro plano tem que estabelecer relação entre aluno matéria e ensino. Para isto foi feito uma revisão de literatura. Os autores sugerem que o papel do professor é propor um conteúdo adequado às necessidades dos alunos, despertar e motivar o entusiasmo para a aprendizagem. E sugerem que se o aluno não estiver preparado para a matéria pode ocorrer uma queda de motivação, ou um ensino de capacidade já adquiridas. Por fim é apontado que o ensino de habilidades motoras deve ocorrer de acordo com a idade e ir avançando conforme a maturação da criança.

Para verificar as variáveis determinantes para este processo Maforte et al. (2007) realiza um estudo com objetivo de investigar o estágio dos padrões saltar, correr, chutar, arremessar e receber de alunos praticantes de educação física escolar do ensino fundamental. Participaram do estudo 57 alunos com idade média entre 6,84 e 8,88 anos do 3º período do ensino infantil, 1ª e 2ª séries do ensino fundamental. Para a avaliação dos padrões fundamentais de movimento, foi utilizado o modelo de avaliação

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instrumental dos movimentos fundamentais. Após análise dos resultados foi sugerido que o estágio maduro foi atingido apenas entre o grupo com idade acima de 8 anos.

Diante dos achados os autores sugerem que as crianças que participam das aulas de Educação Física e praticam atividades regularmente tiveram um melhor resultado nos testes de desenvolvimento, comparada com as que não praticam, e ainda apontam que não pode-se dizer que as aulas de educação física são determinantes no desenvolvimento motor, o que se pode apontar que tem uma melhora significativa, mas a atividade física regular influencia no desenvolvimento motor, e que as aulas de educação física na grade escolar podem melhorar o desenvolvimento motor.

Uma outra variável foi investigado por Silveira et al. (2013) que procuraram verificar o efeito das dicas verbais na aquisição de habilidade rebater na Educação Física escolar, com foco de atenção no seu no seu aspecto perceptivo e motor. Foram investigados 84 sujeitos com idade entre 6 e 8 anos divididos em três grupos (G1-sem dicas / G2-com dica perceptiva / G3-com dica motora). Os resultados mostraram que o grupo com dica perceptiva apresentou melhores resultados. Os autores acreditam que para a aprendizagem dos alunos na Educação Física escolar, as dicas focadas no movimento podem auxiliar e aumentar o desempenho e a coordenação motora, trabalhando também com a atenção do indivíduo no ambiente que está inserido, as dicas se tornam uma ótima estratégia para o desenvolvimento dos alunos, deste modo contribuindo para que seu movimento seja melhor executado. As dicas verbais influenciam o desenvolvimento motor, pois funcionam como instrução ou como orientação de como será realizado o movimento com mais eficiência, simplesmente é direcionada sua atenção ao ambiente que está inserido, proporcionando um maior nível de atenção. Como por exemplo: sugestões em rapidez, do tipo “olho na bola”, isso pode ajudar a fixar sua atenção no momento exato da execução do movimento, o que pode influenciar a vida da criança tanto na escola como fora. Os autores ainda relatam a importância da Educação física escolar no desenvolvimento motor de escolares, e como os professores podem auxiliar no processo de desenvolvimento motor.

Em uma outra linha Chaves et al. (2012) propõem um estudo que visou estimar a contribuição dos fatores genéticos e ambientais na variabilidade do desempenho interindividual na coordenação motora. Participaram do estudo 64 pares de gêmeos com idade entre 5 e 14 anos. Foi utilizada a bateria de teste KTK (Equilíbrio, Saltos monopodias, transposição lateral e saltos laterais) para avaliar o desempenho da coordenação. Os resultados mostraram valores mais elevados entre gêmeos monozigóticos, sugerindo presença de fatores genéticos. O permitiu aos investigadores relatar que fatores genéticos e ambientais influenciam a variabilidade no desenvolvimento da coordenação motora das crianças. Os autores acreditam na construção de um contexto de aprendizagem mais diferenciado, no que tange o aprendizado e o desenvolvimento da coordenação motora da criança, pois cada criança tem suas pecuraliedades, e que os professores tem que respeitar isso.

Com objetivo de avaliar o desempenho motor de crianças com e sem indicativos de dificuldades de aprendizagem Silva e Beltrame (2011), investigam 406 escolares com idade entre 7 e 10 anos. O indicativo de dificuldade de aprendizagem foi verificado por meio do Teste de Desempenho Escolar (TDE) e o desempenho motor através do MABC. Os resultados apontam que não houve associação significativa entre sexo e indicativo de dificuldades de aprendizagem. Os autores sugerem que a dificuldade de leitura e escrita está relacionada a coordenação motora fina, onde cada criança tem que

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receber o tratamento adequado para sua dificuldade, nessa fase é onde ás crianças começam a mostrar suas dificuldades, deste modo deve ser trabalhado, jogos, brincadeiras para proporcionar a criança um melhor aprendizado.

Pensando em uma abordagem maior Ferraz e Flores (2004) testaram um programa de Educação Física na Educação Infantil, visando verificar o impacto de um ensino sistematizado nas unidades de conteúdo, a saber: a) habilidades motoras básicas;

b) conhecimento das partes do corpo; c) noção de educação física. Participaram 35 crianças de 4 anos de idade. Os autores avaliaram nas crianças suas habilidades motoras básicas (saltar, arremessar e equilíbrio). Os resultados mostram que teve diferença significativa entre as turmas, mostrando que a turma que teve aulas de educação física no semestre com duração de 50 minutos por semana evoluiu, o que permite sugerir que as aulas de educação física são essenciais para o desenvolvimento motor das crianças. E ainda apontam que se houvessem mais aulas os alunos teriam uma melhora maior no desenvolvimento motor.

Já Santos et al. (2015) realizam um estudo com o objetivo de verificar o impacto da atividade esportiva programada de ballet clássico e de futsal sobre indicadores de motricidade global e de equilíbrio. Participaram do estudo 160 crianças com 10 anos de idade divididas em 4 grupos (meninos praticantes de futsal [n=40] e não praticantes [n=40] e meninas praticantes de ballet [n=40] e não praticantes [n=40]). Para avaliação foi utilizado o teste EDM. Foram encontrados nos resultados diferença entre os grupos de prática sistematizada índices de desenvolvimento motor mais elevados. Os Autores dizem que a pratica de educação física em escolares contribuem no desenvolvimento motor infantil, que as crianças que praticam atividades esportivas tem um melhor desenvolvimento nessa idade.

Em outro nível de análise Ré (2001) realiza uma revisão de literatura com objetivo de abordar as relações entre o desenvolvimento biológico e a experiência ambiental durante a infância e a adolescência e suas implicações para a aquisição de habilidades e capacidades motoras inerentes ao esporte. Suas preposições sugerem que de 0 a 3 anos a atividade motora é bem ativa, mas totalmente descoordenada, a criança tem que ter estímulos coordenativos de acordo com sua idade. O autor defini que com 3 anos de idade a criança já tem 70% de um cérebro adulto e de 3 a 5 anos o peso corporal de uma criança e até mesmo seu crescimento são estáveis, em ambos os sexos, a maior preocupação com crianças nessa idade é o desenvolvimento motor, desenvolvimentos coordenativos e cognitivos estes aspectos devem ser trabalhados na individualidade de cada um, com atividades diversificadas e que dão prazer a criança possibilitando o desenvolvimento das habilidades motoras, o desenvolvimento cognitivo e social. Com idade entre 5 e 10 anos ocorre a evolução do controle na coordenação motora da criança, aumentando várias habilidades incluindo força, velocidade e resistência, nessa idade é importante dar a criança estímulos para evolução das capacidades citadas. Na adolescência O conjunto de maturação e experiências anteriores influencia seu desempenho motor, ou seja na infância é a hora exata de trabalhar o desenvolvimento motor pois é o que irá influenciar na vida do indivíduo. O autor aponta que na idade dos 6 anos é a faixa etária onde as crianças começam a desenvolver seu movimentos mais coordenado, nessa idade é visível e notável a desigualdade de coordenação, pelo fato cultural e não maturacional, onde as crianças já vem com uma experiência cultural de jogos e brincadeiras, experiência adquiridas antes de entrar na escola. É proposto também que a desigualdade socioeconômica dos escolares, pesquisa dividida em vários

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tipos de renda, onde as crianças com menor renda teve um melhor resultado do desenvolvimento motor, o autor destaca também que provavelmente pelo fato de jogos eletrônicos onde crianças com maior renda tem acesso ás esses tipos de brinquedos e crianças com menos renda tem mais experiências em jogos e brincadeiras, talvez por serem mais privados de jogos eletrônicos, então entende-se que o sociocultural interfere e influência na coordenação motora infantil. Por fim é apontada coordenativa entre meninos e meninas da mesma faixa etária, onde não teve uma diferença motora tão significativa, onde meninos e meninas se destacam em aspectos diferentes mas nada de anormal, meninos se destacaram mais em velocidade, corrida, Agilidade e força e ás meninas um melhor desempenho em equilíbrio e coordenação bilateral.

Em suma os estudos mostram que dos 7 aos 10 anos é a idade em que as crianças se encontram em constante evolução é a fase que a coordenação motora se torna madura, deste modo fica evidente que nessa fase temos que priorizar as aulas de Educação Física, para tornar suas habilidades mais eficientes, se a carga horaria fosse maior as crianças teriam um melhor desenvolvimento ou com a pratica de atividades físicas fora da escola. Outro ponto evidente para o aprendizado das crianças é a participação do professor, sua influência é fundamental no aprendizado das crianças, elas estão sempre prontas para receber estímulos.

É neste cenário que realizamos o presente estudo que teve por objetivo verificar se a Educação Física pode influenciar na aprendizagem e no desenvolvimento motor de escolares

Método

Foi feita uma pesquisa qualitativa concretizada através de uma revisão de literatura. Inicialmente o tema foi pesquisado em livros, dissertações e teses e posteriormente em base de dados e em periódicos. O método de análise dos textos e dos artigos foi influído pela literatura (NELSON; THOMAS, 2012; CERVO; BERVIAN, 2007), seguindo a ordem de leitura de reconhecimento, leitura seletiva, leitura crítica ou reflexiva e pôr fim a leitura interpretativa.

Resultados e conclusões

Após análise dos estudos foi verificado que a carga horaria das aulas de Educação Física não são suficientes para proporcionar um resultado determinante no desenvolvimento motor da criança mas assim mostram-se importantes pois proporcionam melhora significativa do desenvolvimento motor.

Ainda é possível identificar que as aulas de Educação Física devem ser priorizadas nas grade e ainda ter sua carga horaria aumentada, a literatura mostra que as crianças cresceriam com e teriam um melhor desenvolvimento motor com estas propostas, o que pode levar estas crianças a alcançar uma melhor qualidade de vida.

Com a pratica do esporte e das aulas de Educação Física o desenvolvimento motor infantil até uma idade madura pode proporcionar mais saúde o que talvez leve a

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prevenir doenças, e diminuir as chances de sobrepeso, obesidade, hipertensão, colesterol e outras doenças.

As crianças tem que praticar atividade física e é nas aulas de Educação Física através de conteúdos adequados e motivadores, priorizando as necessidades de cada uma, que nossa área (Educação Física) pode contribuir para o amadurecimento e uma ótima qualidade de vida.

Considerações finais

Com base em nossos resultados esperamos que as aulas de Educação Física proporcionem melhora na aprendizagem e desenvolvimento motor para nossas crianças.

Para que isso ocorra necessitamos de um tempo maior com cada uma delas, talvez aumentando a carga horaria das aulas de Educação Física teríamos melhoras mais significativas, ainda precisamos que os profissionais estejam dispostos a trabalhar com a criança os aspectos que elas mais necessitam, e no desenvolvimento deste trabalho respeitar a individualidade de cada uma, respeitando o seu desenvolvimento, pois nem toda criança se desenvolve no mesmo tempo. A sugestão é uma proposta com aulas diferenciadas que contemplem cada dificuldade, onde possa ser trabalhado com mais eficiência o desenvolvimento motor. Ainda podemos sugerimos que deve-se trabalhar com as crianças os modelos conceitual, procedimental e atitudinal o que permitiria respeitar suas individualidades.

Referências

CHAVES, R. N. et al, Variabilidade na coordenação motora: uma abordagem centrada no delineamento gemear, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 301 – 311, 2012

DEUS. R. K. B. C. et al. Modelação longitudinal dos níveis de coordenação motora de crianças dos seis aos 10 anos de idade, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 259 – 273, 2010.

FERRAZ, O.L.; FLORES, K. Z. Influência de um programa na aprendizagem e desenvolvimento de conteúdos conceituais e procedimentais, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v.18, n.1, p. 47-60, 2004.

MAFORTE, J. P. G. et al. Analise dos padrões fundamentais do movimento em escolares de sete a nove anos de idade. Revista Brasileira de Educação Física e esporte, v. 21, n. 3, p. 195 – 204, 2007.

MIYABAYASHI, L. A.; PIMENTEL, G. G. A. Interações sociais e proficiência motora em escolares do ensino fundamental, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v. 25, n. 4, p. 649 – 662, 2011.

RÉ, A, H, N. Crescimento, maturação e desenvolvimento na infância e adolescência: Implicações para o esporte. Revista de Motricidade, v. 7, n. 3, p. 55 – 67, 2009.

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SANTOS. C. R. et al, Efeito da atividade esportiva sistematizada sobre o desenvolvimento motor de crianças de sete a 10 anos, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 497 – 506, 2015.

SILVA, J.; BELTRAME, T.S. Desempenho motor e dificuldades de aprendizagem em escolares com idades entre 7 e 10 anos, Motricidade, v.7, n.2, p. 57- 68, 2011.

SILVEIRA, S. R. et al. Aquisição da habilidade motora rebater na educação física escolar um estudo e dicas de aprendizagem como conteúdo de ensino. Revista Brasileira de Educação Física e esporte, v. 27, n. 1, p. 149 – 157, 2003.

TANI, G. O. et al, ensino do esporte para crianças e jovens: considerações sobre uma fase do processo de desenvolvimento motor esquecida, Revista Brasileira de Educação Física e esporte, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 339 – 350, 2012.

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OBESIDADE INFANTIL: UMA REFLEXÃO PARA PAIS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Angélica Albanezi Leandrin ¹ Thiago Augusto Costa de Oliveira ²

RESUMO

Este artigo tem como objetivo investigar através de uma pesquisa bibliográfica, os fatores que influenciam o excesso de peso e obesidade na educação infantil. Os resultados obtidos permitiram sugerir uma grande influência por meio dos pais em relação ao estilo de vida de seus filhos, e que essa influência pode ser exercida por fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócio-comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da obesidade.

Palavras-chaves: Obesidade infantil, atividade física, Educação Física Escolar.

ABSTRACT

This article aims to investigate through a literature review, the factors that influence overweight and obesity in early childhood education. The results allowed to suggest a great influence through the fathers in relation to the lifestyle of their children, and that this influence can be exerted by biological, psychological, socio-economic and socio- behavioral contributing to the development of obesity.

Keywords: Childhood obesity, physical activity, physical education.

¹ Graduanda em Educação Física (Licenciatura), Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail: angelleandriin@gmail.com).

² Professor Mestre em Educação Física – Professor do curso de Educação Física, Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail:

tacooliveira@yahoo.com.br).

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Introdução

A obesidade/sobrepeso são doenças crônico-degenerativas, caracterizadas pelo acúmulo de gordura corporal no organismo, gerando aumento gradativo de peso. É considerada uma doença por si só, mas também pode ser fatores de risco para doenças cardiovasculares. A obesidade na infância induz as múltiplas anormalidades metabólicas, contribuindo para a manifestação de diversas doenças na vida adulta:

doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, dislipidemia, alguns tipos de câncer e transtornos psicossociais, sendo a obesidade/sobrepeso visceral, o maior motivo de preocupação nesse quadro.

O aparecimento da obesidade/sobrepeso parece estar associado à interação de aspectos multifatoriais, sendo eles: metabólicos, nutricionais, psicossociais, ambientais e culturais, que influenciam indivíduos geneticamente predispostos. Neste sentido, o fator de risco que aparenta ser mais relevante para o aparecimento da obesidade/sobrepeso precoce na infância, é a presença da obesidade em seus pais, pela soma da influência genética e do ambiente em que vivem (QUADROS et al., 2012).

O aumento na prevalência da obesidade na infância é preocupante devido ao risco maior dessas crianças de tornarem adultos obesos e desenvolverem doenças associadas ao grande ganho de peso, sendo assim, o importante papel da Educação Física Escolar emerge como fator regulador, integrado a um programa de educação alimentar junto com os familiares, pode determinar a obtenção bastante positiva no combate ao problema (SILVA et al., 2005).

A importância da prevenção da obesidade/sobrepeso, a escola tem sido considerada o melhor espaço para a realização do levantamento de dados para as intervenções necessárias, isso porque, toda criança frequenta a escola, e deste modo são muito influenciadas pelos professores, principalmente os professores de Educação Física que tem contato mais próximo com os alunos.

Em suma, a Educação Física Escolar não pode perder de vista o caráter multifatorial da saúde e, portanto, da qualidade de vida. Como disciplina escolar, ela não deve abandonar sua preocupação em subsidiar e encorajar os alunos a adotarem hábitos saudáveis, claro que só isso não basta, cabe aos pais a responsabilidade de dar o exemplo e criar oportunidades para que seus filhos possam ter uma prática regular de exercícios físicos e uma alimentação saudável.

EXCESSO DE PESO E OBESIDADE EM ESCOLARES: ASSOCIAÇÃO COM FATORES BIOPSICOLÓGICOS, SOCIOECONÔMICOS E COMPORTAMENTAIS

Guimarães et al., (2012), realizaram um estudo com o objetivo de verificar a associação dos fatores biopsicológicos, socioeconômicos e comportamentais em escolares com excesso de peso e obesidade. A amostra foi composta por 393 alunos, com 9 anos, sendo 41% do sexo masculino 61% com excesso de peso e 39% obesos.

Foi utilizado um questionário adaptado de Oliveira Cols (2003), que é composto por cinco partes: a) fatores biológicos: sexo, faixa etária, etnia; b) avaliação antropométrica;

c) fatores comportamentais: hábitos alimentares, atividades físicas e lazer; d) fatores psicológicos: dinâmica familiar, repetência escolar, série e imagem pessoal; e) fatores socioeconômico dos pais ou responsáveis dos alunos. É importante destacar que, os escolares em muitos momentos se contradizem nas respostas, dificultando a análise dos

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dados. Os resultados demonstraram que a obesidade é maior entre meninas, isso porque em média os meninos tem um gasto calórico maior. O estudo mostrou também que os alunos de etnia branca possuem uma probabilidade maior ao excesso de peso, e os negros à obesidade. Quanto ao fator psicológico, mais direcionado à imagem corporal, pode-se verificar que os resultados apresentaram uma imagem pessoal positiva. O desfecho das análises permite aos autores sugerir que a atuação dos profissionais e as adoções de medidas preventivas e controle do avanço dessa pandemia, podem ser prejudiciais devido a um terço dos alunos desta pesquisa mostraram-se satisfeitos com o excesso de peso e obesidade, tornando assim preocupante que este excesso de peso e obesidade tornem-se padrões que irão persistir ao longo da vida.

FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE EM ESCOLARES

Os autores Giuliano e Carneiro (2004) realizaram um estudo com objetivo de investigar a relação de atividade diária de sono de escolares com sobrepeso e obesidade, e alguns fatores familiares como: a escolaridade, obesidade, e atividade física diária dos pais em relação à obesidade dos filhos. Foram avaliadas 452 escolares e selecionadas 68 crianças com sobrepeso e obesidade e 97 com peso dentro da média normal para preenchimento de questionários. Foi feito uma avaliação antropométrica. O estudo mostrou que a prevalência de sobrepeso e obesidade foi de 21,1% nos meninos e 22,9%

nas meninas. A adiposidade deferiu na comparação das crianças normais com as demais. Nas crianças com sobrepeso e obesidade, a adiposidade correlacionou-se diretamente com o tempo de permanência sentado e inversamente com as horas de sono.

A ocorrência de sobrepeso e obesidade foi maior nas crianças cujas mães tinham menor escolaridade e a frequência de sobrepeso e obesidade nos pais das crianças com sobrepeso e obesidade foi maior do que nos pais das crianças normais. O sedentarismo predominou na maioria dos pais. Baseado nos resultados pode-se afirmar que a tendência ao sedentarismo, demonstrada neste estudo é pela associação entre tempo de permanência sentado e a porcentagem de gordura corporal nas crianças avaliadas. O estudo destaca a inatividade das crianças como um dos fatores associados à obesidade.

As horas diárias de sono apresentaram-se como fator positivo na manutenção do equilíbrio pondero estatural. A escolaridade materna e a ocorrência de sobrepeso e obesidade nos pais estão associadas com sobrepeso e obesidade nos filhos, segundo os autores.

EXCESSO DE PESO E OBESIDADE: PREVENÇÃO NA ESCOLA

Coelho, et al., (2008) realizaram um estudo com o objetivo de determinar a incidência de excesso de peso e de obesidade na população infantil e juvenil escolarizada com vista aos futuros, avaliar a eficácia de um plano de atuação que a escola utiliza como veículo na prevenção da obesidade. Procedeu-se a avaliação do sexo, idade, raça, peso e estatura e foi calculado o índice de massa corporal. Nesta pesquisa, foram avaliados 1875 alunos, com idades compreendidas a partir dos 5 aos 17 anos. Constatou-se que 9,5% dos alunos apresentavam obesidade, e 21% excesso de peso. O índice de obesidade foi particularmente elevado nas crianças da pré-primária e do primeiro ciclo de escolaridade. Da análise realizada constatou-se uma prevalência de excesso de peso e obesidade significativa em todos os grupos etários, estes dados parecem sugerir que esta situação apresenta uma tendência de agravamento, com uma obtenção de crianças cada vez mais jovens e, consequentemente, com maior risco de complicações. Com esses resultados, foi concluído que a escola é sem dúvida um vetor

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primordial na prevenção da obesidade, intervindo no nível da educação alimentar e do gosto pela prática de exercício físico, para que os resultados sejam alcançados de forma consistente, é essencial o envolvimento ativo da família e comunidade. Paralelamente, é urgente criar condições para que os comportamentos aprendidos na escola possam ser postos em prática.

OBESIDADE INFANTIL: ESCOLA E FAMÍLIA PRECISAM ESTAR ALERTAS

O objetivo do trabalho de Vieira (2009) foi monitorar durante três anos a variação do índice de massa corporal dos alunos e avaliar a resposta da família ao serviço de orientação para os pais sobre obesidade infantil oferecido pelas escolas. O estudo ocorreu na perspectiva da análise anual das variáveis dependentes: o índice de massa corporal como indicador absoluto, a incidência de sobrecarga ponderal na amostra de estudo, a incidência de obesidade na amostra de estudo. Foi realizado entre os anos de 2006 e 2008 envolvendo uma população composta por 192 alunos em 2006, sendo 109 meninos e 83 meninas com idades entre 7 e 11 anos. No ano de 2007, o total de alunos foi de 176, sendo 104 meninos e 72 meninas com idades entre 7 e 11 anos e em 2008 o número de alunos foi de 162, sendo 93 meninos e 69 meninas com idades entre 7 e 11 anos. As medidas foram realizadas na própria escola através do uso de uma balança manual, para mensuração do peso e de uma fita métrica, fixada na parede de uma superfície plana, para aferição da altura. Após o levantamento dos dados referentes ao peso e a altura foi calculado o IMC. O resultado geral do estudo indicou valores bastante elevados (22,3%) de sobrecarga ponderal entre o gênero feminino, comparados com as estimativas máximas (18%). No gênero masculino o valor obtido (16%) encontra-se relativamente próximo da estimativa máxima. Os resultados da incidência de obesidade entre os gêneros (masculino 2,6% e feminino 3,6%) encontram-se dentro da média, que os situam entre 0,1% e 4% em idades compreendidas entre 2 e 18 anos.

No período pesquisado, observou-se também a redução tanto dos índices de sobrepeso quanto os de obesidade na amostra estudada. O serviço de orientação disponibilizado pela escola foi pouco procurado pelos pais. Em 2006, dos 42 pais convidados pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE) para o encontro individual, no qual teriam acesso ao resultado da pesquisa, apenas 6 compareceram. Em 2007 o número de pais convidados foi quase o mesmo, porém a presença foi de apenas 2. Em 2008 apenas 1 pai compareceu diante da lista de 38 convidados. Houve, portanto, um baixo índice de envolvimento dos pais dos alunos em situação de risco, frente às medidas de intervenção propostas pela escola. Assim, os autores sugerem que o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis e de atividades físicas regulares, durante a infância e adolescência, são fundamentais para prevenir a instalação e a progressão da obesidade na vida adulta. O aumento na prevalência da obesidade entre crianças, adolescentes e adultos, em todo o mundo, é alarmante e os resultados dessa mudança virão na melhoria da saúde geral da criança e no fortalecimento da sua autoimagem, aspectos importantes para elevar a autoestima e, consequentemente, melhorar as suas relações pessoais e interpessoais, tornando-se assim um ser humano mais feliz.

A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO ESTILO DE VIDA DOS FILHOS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE INFANTIL

O presente estudo (DALCASTAGNÉ et al., 2008) teve como objetivo, investigar através de uma pesquisa bibliográfica a influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil. Com base nos resultados obtidos,

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conclui-se que nos 15 estudos realizados existe uma grande influência dos pais no estilo de vida dos filhos e que esta influência pode ser de extrema importância para minimizar a obesidade dos mesmos. O que permitiu concluir que existe uma grande influência por meio dos pais em relação ao estilo de vida de seus filhos e que essa influência pode ser exercida por fatores biológicos, psicológicos, sócio- econômicos e sócio comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da obesidade. Os fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócios comportamentais analisados, exercem uma forte contribuição para o desenvolvimento da obesidade. Esses fatores confirmam a influência do micro- ambiente familiar e do microambiente na gênese do sobrepeso/obesidade. Há possível associação destas alterações nutricionais com acesso aos alimentos e determinados hábitos alimentares, também evidências de que o sobrepeso e a obesidade estão fortemente associados ao estilo de vida sedentário. Sendo assim, é evidentemente que a obesidade é uma questão que deve ser avaliada e tratada dentro da própria família, pois em grande parte dos casos, onde o pai e mãe são obesos, a tendência dos filhos é se apresentarem na mesma situação.

A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE ESCOLARES COM SOBREPESO E OBESIDADE

O objetivo do estudo de Celestino e Costa (2006) foi analisar a relação entre escolares com sobrepeso e obesidade e a prática de atividades físicas nas aulas de Educação Física escolar e no tempo livre. As variáveis foram analisadas por meio de questionário das atividades diárias e avaliação da composição corporal. Realizou-se uma pesquisa do tipo descritiva, cuja mostra foi composta por 42 adolescentes de ambos os sexos, abrangendo uma faixa etária entre 10 e 12 anos de idade, alunos do ensino fundamental de uma escola da rede priva da situada na região de Osasco-SP. A avaliação da composição corporal constituiu-se pelas medidas de peso e estatura. Os resultados mostraram que, do total de 42 crianças avaliadas, 20% apresentavam sobrepeso, 30% obesidade e 50% peso normal. Entre a população com sobrepeso/obesidade verificou-se que a prevalência de obesidade é maior entre o sexo feminino, pois 33% das meninas foram classificadas como obesas. O grupo dos indivíduos com sobrepeso/obesidade apresentaram maiores médias de tempo para o uso de equipamentos eletrônicos, em média 365,7minutos diários para TV e 327,8 minutos diários para Videogame e acesso a Internet. Os índices de sobrepeso e obesidade encontrados nesta pesquisa, 50% de uma amostra composta por 42 indivíduos, evidenciam a gravidade do problema e a necessidade da prevenção em meios propícios como a escola, em especial pela disciplina Educação Física. Todos os escolares da amostra estudavam em estabelecimento particular, o que sugere a relação entre classes socioeconômicas mais elevadas com a prevalência maior de sobrepeso e obesidade.

Considerando os objetivos da pesquisa e respeitando as limitações inerentes os autores concluem que os escolares com sobrepeso/obesidade praticam menos atividade física que os escolares com pesos normais, mostrando-se mais ativos fisicamente nos finais de semana do que durante a semana, em especial as meninas com sobrepeso/ obesidade.

Além disso, observou-se que a população em questão participa das aulas de Educação Física escolar, mas um fator que pode minimizar ou desmotivar essa participação se refere ao tipo de atividade proposta, pois apresentaram tendência a abandonar ou fugir das atividades que enfocam o deslocamento corporal e que evidenciam as dificuldades motoras oriundas do excesso de peso corporal.

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PERFIL EPIDEMOLÓGICO DA OBESIDADE EM CRIANÇAS:

RELAÇÃO ENTRE TELEVISÃO, ATIVIDADE FÍSICA E OBESIDADE

O objetivo do presente trabalho (PIMENTA; PALMA, 2001) foi investigar a prevalência da obesidade em crianças entre 10 a 11,9 anos, alunos da 4ª série do Ensino Fundamental. A amostra desta pesquisa compreendeu 56 crianças (29 meninas e 27 meninos) na faixa de 10 a 11 anos, alunos da 4ª série do Ensino Fundamental. A seleção da amostra foi realizada de modo intencional, a fim de facilitar a coleta das medidas antropométricas, além dessa coleta, também foi utilizado, como instrumento da pesquisa, um questionário com questões abertas e fechadas, o qual foi respondido pelo responsável do aluno. A utilização deste instrumento visou a obtenção de informações sobre a rotina diária da criança, a respeito de atividade física e/ou esportes, horas dedicadas à televisão e, ainda, sobre o hábito esportivo dos pais. No levantamento sobre a obesidade, pode-se observar que a média do percentual de gordura ficou em 25,22 (±

10,91), e mais da metade da amostra situou-se dentro das faixas não desejáveis, indicando uma alta prevalência da obesidade. Os dados mostraram, ainda, uma grande tendência ao sedentarismo. A média de tempo semanal dedicado à atividade física apresentou um total de 476,25 minutos, por criança, enquanto que a média de tempo destinado a assistir televisão foi de 1.103,03 minutos. Os resultados do presente estudo demonstraram uma elevada prevalência da obesidade, na amostra escolhida, e uma alta e significante associação entre o tempo dedicado à televisão e essa prevalência. O estudo mostra que, apesar dessas causas parecerem ser múltiplas e complexas, existem dados que possibilitam haver realmente uma relação causal entre a TV e a obesidade.

Normalmente, quando se assiste TV, a vontade de comer, e os alimentos escolhidos costumam ser de altos teores calóricos e gordurosos, tais como pipoca, batata frita, biscoitos, chocolates, doces etc. Baseado nestes dados fortalece-se a questão de se adotarem medidas de prevenção da obesidade, durante a infância já que a obesidade é a principal causadora da hipertensão em crianças e que esta pode ajudar a desenvolver algum tipo de complicação cardiovascular ou cerebrovascular, a partir de um período de 7 anos. Outra questão que mostra a necessidade de intervenção é que as fases onde ocorrem picos de hiperplasia das células adiposas coincidem justamente com os períodos da infância. Por fim, acreditando no princípio de que para algo se tornar um hábito deve ser trabalhado desde cedo, deve-se oferecer às crianças uma dieta equilibrada e motiva-las a se dedicarem a alguma atividade esportiva que lhes dê prazer, afastando-as do sedentarismo, na tentativa de minimizar o número de pessoas obesas na idade adulta. Diante das constatações os autores apontam que os pais, a escola, o professor de Educação Física devem atuar como incentivadores desse processo, pois a prevenção da obesidade infantil parece ser o melhor caminho.

A INFLUÊNCIA DOS PAIS NO ESTILO DE VIDA DOS FILHOS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE INFANTIL

Bankoff e Moutinho (2008) tiveram por objetivo investigar através de uma pesquisa bibliográfica a influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil. De acordo com os resultados, conclui-se que 15 estudos realizados existe uma grande influência dos pais no estilo de vida dos filhos e que esta influência pode ser de extrema importância para minimizar a obesidade dos mesmos. Os resultados que mostra na presente revisão bibliográfica permitiu-se concluir uma grande influência por meio dos pais em relação ao estilo de vida de seus filhos, e que essa influência pode ser exercida por fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócios comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da obesidade. Esses fatores confirmam a influência do micro- ambiente familiar e do microambiente na

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gênese do sobrepeso/obesidade. Há possível associação destas alterações nutricionais com acesso aos alimentos e determinados hábitos alimentares, também evidências de que o sobrepeso e a obesidade estão fortemente associados ao estilo de vida sedentário.

Evidentemente a obesidade é uma questão que deve ser avaliada e tratada dentro da própria família, pois em grande parte dos casos, onde o pai e mãe são obesos, a tendência dos filhos é se apresentarem na mesma situação. A maior difusão deste conhecimento bem como a proliferação destes estudos é importante para proporcionar um atendimento e intervenção adequada à obesidade infantil.

OBESIDADE INFANTIL: IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA MUDANÇA DESTE CENÁRIO

O autor Ferreira (2015) realizou um estudo que teve por objetivo apresentar a obesidade como uma epidemia mundial e traçar um vínculo com o papel da educação física escolar em crianças na prevenção e tratamento deste mal e através da linha de raciocínio traçada, observar e propor através da pesquisa realizada, possíveis meios para se trabalhar a prevenção e estratégias para tratamento. O método utilizado neste trabalho trata-se de um estudo bibliográfico transversal com abordagem descritiva. O procedimento foi uma pesquisa fundamentada na revisão de literatura, sendo desta forma feita buscas bibliográficas nas bases de dados do Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Google Acadêmico, como também, em publicações de livros e artigos online. Os resultados apontaram um panorama geral da obesidade e sobrepeso no Brasil, em que a prevalência de sobrepeso e obesidade encontrada em brasileiros de 7 a 9 anos foi de 15,4 e 7,8%, respectivamente para os sexos masculino e feminino, que, se combinada (sobrepeso+obesidade), seria de 23,2%. Outro ponto mais preocupante foi que a prevalência de obesidade em uma cidade serrana do Rio Grande do Sul foi de 8%

e de sobrepeso 19,9%, totalizando 27,9% da amostra. Rech também comparou seu resultado às pesquisas de outras regiões do país, em que as prevalências de obesidade e sobrepeso encontradas são superiores aos estudos realizados em Fortaleza/CE (19,5%

de obesidade e sobrepeso), Corumbá/MS (6,5% obesidade e 6,2% sobrepeso) e Belo Horizonte/MG (3,1% obesidade e 8,4% sobrepeso). Quando comparado com os resultados de Santos/SP (18% obesidade e 15,7% sobrepeso), as prevalências de obesidade e sobrepeso do presente estudo são menores. A discussão na presente pesquisa mostra que a obesidade é um problema sério e que demanda atenção, mas a obesidade infantil ainda deve ser objeto de futuros estudos, pois ainda se sabe pouco os problemas reais que essas crianças terão por se tornarem obesas na infância. Pode-se afirmar que a escola é um local de diversas experiências, sendo, portanto, um excelente local para aprendizagem de hábitos saudáveis, principalmente nas aulas de educação física, que deve ensinar o aluno a conhecer e cuidar da própria saúde. Sendo assim, foi concluído que a educação física na escola tem maior facilidade de se aproximar do aluno e propor a todos mudanças de hábitos que sejam levados e amplamente divulgados à família dos escolares, acreditando que nesse caso, a prevenção é o melhor remédio. Na vida das crianças já obesas, existe toda uma preocupação em trazer de volta à um peso desejável, propondo um estilo de vida mais saudável e alimentos mais adequados, livre de açúcares e pouco industrializados.

A OBESIDADE INFANTIL: UM OLHAR SOBRE O CONTEXTO FAMILIAR, ESCOLAR E DA MÍDIA

Duré et al., (2013) tiveram o objetivo neste artigo, discutir a problemática da obesidade infantil considerando três agentes que influenciam o estilo de vida de escolares com sobrepeso e obesidade: mídia audiovisual, relações familiares e

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instituições acadêmicas. O método utilizado trata-se de uma revisão de literatura. Os resultados apontaram que, segundo a pesquisa realizada em Brasília, 17,3% das crianças obesas com idade entre 07 e 10 anos apresentam síndrome metabólica, outro estudo realizado na cidade de Viçosa-MG, com 199 adolescentes, encontrou uma prevalência de 35,5% de síndrome metabólica nos escolares obesos, a pesquisa revela que cerca de 50% das crianças gastam seu tempo em atividades leves, como assistir televisão e jogar videogame, não havendo, portanto, atividade física vigorosa. Diante de tais resultados, pode-se verificar uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, o que ressalta a importância de programas específicos de atenção à saúde desse grupo. A discussão deste estudo nos traz dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, que mostram que na faixa etária de 05 à 09 anos, os níveis de obesidade vem aumentando (meninos 51,4%; meninas 43,8%), além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta anualmente 448 milhões de reais com o tratamento das doenças relacionadas à obesidade. Quando se trata de obesidade grave, os gastos chegam a 116 milhões. Baseado nos dados colhidos neste estudo, os autores concluem que, os principais fatores influenciadores dessa patologia são o sedentarismo e a alimentação inadequada. Outro ponto observado refere-se aos investimentos despendidos pelo governo no tocante à infraestrutura e às ações de orientação para a prática de atividades físicas, tornando as escolas uma referência para tal. É importante salientar que as escolas exercem papel fundamental na orientação e incentivo à prática de hábitos alimentares saudáveis, justificando-se, assim, a necessidade de adaptar as cantinas escolares a essa nova realidade, e também o papel importante da família, que se destaca como ponto agregador desses fatores, servindo como mediador e controlador dessas novas ações.

Revisão bibliográfica

O excesso de peso e a obesidade são fatores de risco cruciais no desenvolvimento de muitas doenças crônicas, tais como as doenças cardíacas e respiratórias, a diabetes mellitus ou a diabetes do tipo 2, a hipertensão e alguns cancros que podem levar a morte prematura.

Sendo assim, parte da literatura tem se preocupado em investigar este tema, como segue: Guimarães, et al., (2012) buscou verificar a associação dos fatores biopsicológicos, socioeconômicos e comportamentais em escolares com excesso de peso e obesidade.

Já os autores Coelho, et al, (2008), Ferreira (2015) e Celestino e Costa (2006) realizaram estudos visando determinar a incidência de excesso de peso e de obesidade na população infantil e juvenil escolarizada e avaliar a eficácia de um plano de atuação que a escola utiliza como veículo na prevenção da obesidade.

Os estudos de Vieira (2009), Dalcastagné et al. (2008), Bankoff e Moutinho (2008), Duré et al., Giuliano e Carneiro (2004) e Pimenta e Palma (2001), avaliaram a problemática da obesidade infantil considerando três agentes que influenciam o estilo de vida de escolares com sobrepeso e obesidade: mídia audiovisual, relações familiares e instituições acadêmicas, e em consequência disso, avaliaram a resposta da família ao serviço de orientação para os pais.

Para o levantamento dos dados coletados, Guimarães et al. (2012), Coelho, et al, (2008), Ferreira (2015), Celestino e Costa (2006), Vieira (2009) e Pimenta e Palma (2001) optaram em realizar uma avaliação nos escolares por faixa etária, sexo, idade, raça, peso, estatura e o índice de massa corporal. A seleção das amostras foi realizada

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de modo intencional a fim de facilitar a coleta das medidas antropométricas, além dessa coleta, também foi utilizado como instrumento das pesquisas, questionários com questões abertas e fechadas, o qual foi respondido pelos alunos ou responsável dos mesmos.

Os fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócios comportamentais analisados nas pesquisas, exercem uma forte contribuição para o desenvolvimento da obesidade, segundo os autores Giuliano e Carneiro (2004), Dalcastagné et al. (2008), Bankoff e Moutinho (2008) e Duré et al.(2013), que apresentaram seus resultados através de estudos bibliográficos com abordagens descritivas e pesquisas fundamentadas na revisão de literatura, permitiu concluir que, além dos fatores mencionados, existe uma grande influência por meio dos pais em relação ao estilo de vida de seus filhos.

Os resultados dos estudos apontam que a obesidade infantil tem crescido a cada dia, e com ela a preocupação dos professores e pais em como fazer com que as crianças percam peso e evitar futuros problemas de saúde.

Assim sendo, todos os autores apresentaram em suas conclusões que a obesidade é maior entre meninas comparado com meninos, pois em média os garotos tem um gasto calórico maior.

A ocorrência de sobrepeso e obesidade foi maior nas crianças cujas mães tinham menor escolaridade e a frequência de sobrepeso e obesidade nos pais das crianças com sobrepeso e obesidade foi maior do que nos pais das crianças normais. O sedentarismo predominou na maioria dos pais, o que chama a atenção é que existe uma grande influência por meio dos pais em relação ao estilo de vida de seus filhos e que essa influência pode ser exercida por fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócio comportamentais que contribuem para o desenvolvimento da obesidade.

Os fatores biológicos, psicológicos, socioeconômicos e sócios comportamentais analisados, exercem uma forte contribuição para o desenvolvimento da obesidade. Esses fatores confirmam a influência do micro- ambiente familiar e do microambiente na gênese do sobrepeso/obesidade.

Além de todos esses fatores apresentados, o principal índice de sobrepeso e obesidade encontrados nas pesquisas, evidenciam a gravidade do problema e a necessidade da prevenção em meios propícios como a escola, em especial pela disciplina de Educação Física.

O desfecho das análises permitiu aos autores sugerir que a atuação dos profissionais e as adoções de medidas preventivas e controle do avanço dessa pandemia, podem ser prejudiciais devido há um terço dos alunos desta pesquisa mostraram-se satisfeitos com o excesso de peso e obesidade, tornando assim preocupante que este excesso de peso e obesidade tornem-se padrões que irão persistir ao longo da vida. Os estudos destacam a inatividade das crianças como um dos fatores associados à obesidade.

Em suma, os autores apontam que a escola é sem dúvida um vetor primordial na prevenção da obesidade, intervindo em nível da educação alimentar e do gosto pela prática de exercício físico, para que os resultados sejam alcançados de forma consistente, é essencial o envolvimento ativo da família e comunidade. Paralelamente, é urgente criar condições para que os comportamentos aprendidos na escola possam ser postos em prática, onde possa desenvolver hábitos alimentares saudáveis e atividades físicas regulares, durante a infância e adolescência, são ações fundamentais para prevenir a instalação e a progressão da obesidade na vida adulta.

Os autores afirmam que a escola é um local de diversas experiências, sendo, portanto, um excelente local para aprendizagem de hábitos saudáveis, principalmente

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nas aulas de educação física, que em tese devem ensinar o aluno a conhecer e cuidar da própria saúde. A Educação Física na escola tem maior facilidade de se aproximar do aluno e propor a todos mudanças de hábitos que sejam levados e amplamente divulgados à família dos escolares, acreditando que nesse caso, a prevenção é o melhor remédio.

É neste cenário que emerge nossa inquietude, onde a prevenção e a identificação das variáveis que podem influenciar a obesidade tenham papel importante no combate desta doença.

Objetivo

Investigar os fatores que influenciam o excesso de peso e obesidade na educação infantil.

Método

Foi realizada uma pesquisa qualitativa concretizada através de uma revisão de literatura. Inicialmente o tema foi pesquisado em livros, dissertações e teses e posteriormente em base de dados e em periódicos. O método de análise dos textos e dos artigos foi influído pela literatura (NELSON; THOMAS, 2012; CERVO; BERVIAN, 2007), seguindo a ordem de literatura de reconhecimento, leitura crítica ou reflexiva e pôr fim a leitura interpretativa.

Resultados e conclusão

De acordo com as pesquisas, o aumento na prevalência da obesidade entre crianças, adolescentes e adultos, em todo o mundo, é alarmante e os resultados dessa mudança virão na melhoria da saúde geral da criança e no fortalecimento da sua autoimagem, aspectos importantes para elevar a autoestima e, consequentemente, melhorar as suas relações pessoais e interpessoais, e de fato, a obesidade é uma questão que deve ser avaliada e tratada dentro da própria família, pois em grande parte dos casos, onde o pai e mãe são obesos, a tendência dos filhos é se apresentarem na mesma situação.

Acreditando no princípio de que para algo se tornar um hábito, deve ser trabalhado desde cedo, deve-se oferecer às crianças uma dieta equilibrada e motiva-las a se dedicarem a alguma atividade esportiva que lhes dê prazer, afastando-as do sedentarismo, na tentativa de minimizar o número de pessoas obesas na idade adulta.

Diante das constatações, os pais, a escola, o professor de Educação Física devem atuar como incentivadores desse processo, pois a prevenção da obesidade infantil parece ser o melhor caminho.

Considerações finais

A realidade atual tem demonstrado um aumento considerável na prevalência da obesidade e sobrepeso em escolares. É muito importante que as escolas exerçam papel fundamental na orientação e incentivo à prática de hábitos alimentares saudáveis e nas

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atividades físicas, mas também, é de extrema importância que a família tende à se destacar como ponto agregador desses fatores, servindo como principal mediador e controlador dessas ações.

A criança aprende pelo modelo dos pais, por isso, quando os veem se exercitando e se alimentando corretamente, tal atitude serve de estímulo para que ela aprenda desde cedo a adquirir hábitos saudáveis, quando os pais são sedentários, os filhos provavelmente também serão, pois a criança depende totalmente dos pais para tudo. Fugir da atração da TV e dos computadores e adotar brincadeiras que requerem movimentação, como esconde-esconde, pega-pega e amarelinha é um hábito saudável que pode ser estimulado dentro de casa, de nada adianta o aluno ser instruído com hábitos saudáveis na escola se dentro de casa os pais, a família não der continuidade, os pais, a escola. O professor de Educação Física deve atuar como incentivador desse processo, pois acreditamos que a prevenção é sempre o melhor caminho.

Referências

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A DANÇA COMO COMPONENTE CURRICULAR NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Camila Moura Galindo ¹ Thiago Augusto Costa de Oliveira ²

RESUMO

Esse estudo tem como principal objetivo mostrar a importância da dança como componente curricular nas aulas de Educação Física nas escolas, e o motivo maior pela qual esse componente não recebe a necessária atenção nessas aulas, utilizando de estudos de grandes autores e pesquisadores da área que abriram discussões sobre a temática. Partindo desses estudos, conclui-se que a dança é valiosa como elemento educativo, artístico e cultural, entretanto é tratado limitadamente como o reconhecimento de movimentos pelos profissionais da Educação Física, que não se sentem aptos a desenvolver tais atividades.

Palavras-Chaves: Dança, Educação Física escolar.

ABSTRACT

This study aims to show the importance of dance as a curricular component in physical education classes in schools, and the biggest reason why this component does not receive the necessary attention in these classes, using studies of great authors and researchers who opened discussions on the subject. Based on these studies, it is concluded that the dance is valuable as educational, artistic and cultural element, however is treated narrowly as the recognition of movements by the Physical Education professionals, who do not feel able to develop such activities.

KeyWords: Dance, physical education.

¹Graduanda em Educação Física (Licenciatura), Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail: camilagalindo.cg@gmail.com).

² Professor Mestre em Educação Física – Professor do curso de Educação Física, Faculdades Network – Av. Ampélio Gazzetta, 2445, 13460-000, Nova Odessa, SP, Brasil (e-mail: tacooliveira@yahoo.com.br)

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Tabela 2 – Analise final de QM
Tabela  1  -  Classificação  de  quoeficiente  motor  (QM)  e  nível  de  coordenação  motora (GORLA; ARAÚJO; RODRIGUES, 2009)

Referências

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Outra visão da autora nesse estudo direciona-se a necessidade de um corpo docente especializado para lecionar as aulas de dança, questionando que nas graduações de