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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

No documento 1 CAPA - NETWORK EDUCATIONAL (páginas 76-89)

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO

Introdução

A lei 9394/96, no artigo 26, 3º parágrafo garante que deve ser ensinado educação física nas escolas, inclusive para as crianças abaixo de seis anos. Apesar de bastante discutido, a educação física na educação infantil é respaldada por lei, tentando garantir da melhor forma possível o desenvolvimento das crianças (LDB, 2005).

Durante o desenvolvimento da criança no início da infância, é importante que lhe sejam disponibilizados o maior número de experiências motoras possíveis, a fim de aumentar seu repertório motor e estabelecer relações com o mundo que a rodeia. Para isso, é necessário que a complexidade dos “desafios” apresentados à criança seja cada vez mais difícil (SILVA 2015).

É importante ressaltar que o professor de Educação Física deve conhecer cada estágio em que seus alunos se encontram para que possa enviar estímulos adequados e eficazes para o desenvolvimento deles.

Atividades físicas são indispensáveis na infância, é uma fase onde a criança está em desenvolvimento, criando seu caráter, formando ideias, se socializando e desenvolvendo seus gostos, praticar esportes é indicado em todas as idades e sem restrições, apenas é preciso escolher a atividade correta e indicada para sua faixa etária e condição física.

Os estudos apresentados nesta pesquisa, os autores frisam que não só a existência das aulas de Educação Física na Educação Infantil é importante, mas também a garantia de que serão disponibilizados professores licenciados, habilitados e comprometidos com a função, que tem como principal objetivo mediar a construção de cidadãos capazes de corresponder às necessidades sociais, sendo autores e atuantes no meio em que estão inseridos.

Verificou-se que os autores das pesquisas possuem uma percepção positiva da disciplina na escola, visto que todos afirmaram que a Educação Física tem contribuído no desenvolvimento dos alunos.

Em síntese, este estudo teve como objetivo analisar a importância da Educação Física na educação Infantil, enfatizando a necessidade de profissionais de educação física presentes no ambiente escolar para desenvolver atividades que sejam adequadas para os objetivos.

Revisão bibliográfica

A LINGUAGEM DA CULTURA CORPORAL SOB O OLHAR DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O principal objetivo desta pesquisa (EHRENBERG, 2014) foi identificar o entendimento de professores acerca da cultura corporal como objeto de estudo da Educação Física para a Educação Infantil. Para atingir os objetivos propostos, foram realizadas 43 entrevistas com professores de Educação Infantil de diferentes instituições de ensino, sendo duas delas públicas e duas particulares, fomentados por algumas inquietações e questionamentos. Dentre eles, 35 professores (as) eram formados por cursos superior de Pedagogia; 2 professores(as) em formação em curso superior de Pedagogia e com magistério completo; 5 professores(as) formados em Licenciaturas específicas, sendo 1 em Letras, 3 em Artes e 1em Matemática; 1 formado(a) em curso superior de Biblioteconomia e com magistério completo. Nos resultados, os professores apontaram que apenas a expressão corporal e/ou a linguagem corporal podem ser

trabalhadas na Educação Infantil. A Educação Física, no entendimento deles(as), deve estar restrita aos alunos da Educação Fundamental. Ao solicitar que os(as) professores(as) explicassem melhor por que a Educação Física deveria estar apenas no Ensino Fundamental, ficou claro o entendimento histórico dessa disciplina associada diretamente ao esporte. Entende se que esse conceito histórico ainda bastante evidente nas práticas da Educação Física é que fortalece o entendimento dos(as) professores(as) de que não seja na Educação Infantil o espaço adequado para tais práticas. Acredita se que a Educação Física atual se ocupe do debate e da reflexão acerca das manifestações corporais e que, assim, contribua para uma formação humana comprometida com os valores esperados para a instituição escolar. De acordo com o estudo proposto, pareceu- nos ser o momento de repensar os cursos de formação, junto com a disciplina de Educação Física, de orientar, fomentar a discussão e ampliar o debate, para o entendimento de que a Educação Física contemporânea pode compreender a criança com suas especificidades e apreciem diferentes repertórios corporais e elaborem suas experiências pela vivência e experimentação, ampliando a sua sensibilidade e sua inserção no universo da cultura corporal.

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA

DO MOVIMENTAR-SE E SUAS CONTRIBUIÇÕES NO

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.

A autora Basei (2008), teve como objetivo trazer algumas contribuições sobre a Educação Física na Educação Infantil, fundamentadas na importância do movimentar-se humano e nas contribuições que as experiências com a cultura do movimento podem trazer nesse período de vida da criança e em todo o seu processo de formação. O método utilizado foi inicialmente pontuar alguns aspectos que são considerados relevantes ao falar do processo de desenvolvimento humano e da educação infantil e, num segundo momento, foi falado especificamente sobre como a Educação Física através do movimentar-se humano pode contribuir para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, tendo como pano de fundo uma concepção crítica do ensino. É dentro dessa perspectiva que o procedimento foi elaborado de modo a enfatizar a necessidade de proporcionar às crianças na educação infantil, o maior número de experiências de movimento possível, onde elas possam adquirir formas de movimentar- se livremente, desenvolvendo sua própria relação com a cultura do movimento, experimentando os diferentes sentidos e significados do movimento, para, a partir de suas vivências, incorporá-las a seu mundo de vida. Nesse contexto, os resultados apresentaram que a compreensão de movimento que é considera o processo como elemento fundamental, onde o movimento humano é considerado na prática educativa da Educação Física escolar na Educação Infantil, não como uma estrutura técnica e objetiva, e sim uma estrutura emancipatória se ampliados nessa compreensão: passando a entendê-la como uma relação intersubjetiva entre o sujeito e os outros sujeitos que

“movimentam-se” e o seu contexto histórico-social, o qual na forma tradicional (técnica) de tratar o movimento humano não é considerado. Então, mesmo a criança experienciando movimentos que já conhece como algo que contém um significado pré- determinado socialmente, repleta de significados, partindo das premissas acima no espaço da aula de Educação Física, pode-se reportar a uma contextualização do consenso cultural que lhe deu origem.

CORPO E APRENDIZAGEM: A IMPORTÂNCIA DO

PROFESSORDEEDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Maciel e Fernandes (2014) realizaram um estudo, que teve por objetivo problematizar a pertinência da formação deste profissional junto à educação infantil, cuja base teórica crê na indissocialidade corpo/mente e relevância da corporeidade e da ludicidade, associadas à importância de um profissional qualificado, que tem como objeto fundamental o estudo da motricidade humana. O método neste estudo consistiu em uma revisão bibliográfica, descritivo e de abordagem qualitativa, em que se procura observar e compreender o corpo teórico das atuais práticas em Educação Física na Educação Infantil. Em seu procedimento, foram analisadas as grades de duas escolas de grande porte que ofertam educação infantil, propositadamente uma pública - CMEI e outra privada, da rede salesiana em Cuiabá, sendo que a segunda compreende um total 3.000 alunos no Ensino Básico. Os resultados mostraram que, foi verificado, das cinco escolas que oferecem Educação Infantil, apenas duas têm Educação Física em sua matriz curricular, com professor habilitado ministrando as respectivas aulas. Vale dizer que as atividades de jogos e recreação, movimento e ludicidade, existem em todas as escolas, em respeito à legislação em Educação Infantil, porém são ministradas pelo mesmo professor de sala de aula, como sempre aconteceu nas escolas brasileiras. Na discussão, foi apresentado que o movimento representa a personalidade de cada indivíduo e sua maneira de estar no mundo, de maneira que as atividades lúdicas, outro destaque da educação infantil, devem fazer parte do cotidiano escolar. O brincar, enquanto fator promotor da capacidade e potencialidade da criança deve ocupar um lugar especial na prática pedagógica, tendo espaço privilegiado dentro da escola, sendo assim, o professor de educação física, além de gostar de brincar, deve aprender a lidar com esses conteúdo. Segundo os autores pode-se concluir que o profissional de Educação Física que atua na Educação Infantil não deve possuir somente conhecimentos específicos de sua área, mas somá-los aos conhecimentos do contexto da criança com a qual está trabalhando, todavia a formação específica auxilia sobremaneira. Deve-se então, considerar e valorizar os aspectos de desenvolvimento infantil, a maneira de aprender das crianças e seus conhecimentos prévios e ter consciência do papel da escola, que está baseado em viver o presente e proporcionar vivências que tenham finalidades concretas para o cotidiano das crianças, haja vista que a infância atual está sem espaço de liberdade para este corpo aprisionado e sufocado.

VIVENCIANDO A CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Este artigo (CARRAZONI, 2015) teve como objetivo apresentar as experiências obtidas no componente curricular de estágio supervisionado do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Pampa, ocorrido entre os meses de abril e julho de 2015. O método utilizado nesta pesquisa, contou com 23 alunos entre 5 e 6 anos de idade e composta por 5 observações, seguidas de 15 intervenções de 1h/aula, e a partir do conhecimento e análise das necessidades e possibilidades para com a turma, onde foi decidido oportunizar a prática física aos alunos visando estimular o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais, relações interpessoais e socioafetivas. O procedimento foi através das aulas planejadas de modo a usufruir da maioria dos espaços disponíveis para a prática física na escola: pátio da escola, salão e espaço solar (ambiente fechado, porém, sem cobertura). Assim como, foi utilizado grande parte dos materiais existentes na instituição de ensino, tais como, linhas de movimento, placas de madeira, formas geométricas. O resultado desta pesquisa apontou êxito na proposta de trazer atividades dinâmicas e que despertassem o interesse da

turma, oportunizando a prática à alunos que não participavam deste momento e a partir das intervenções propostas, passaram-se fazer presentes nas atividades. Na discussão do presente estudo, mostrou que, o planejamento das atividades era realizado visando uma progressão, para que os alunos vivenciassem, de diferentes maneiras e em diferentes contextos, os movimentos requisitados, partindo de atividades mais simples à mais complexas, auxiliando no princípio da progressividade do desenvolvimento motor.

Baseado nos resultados, segundo os autores, pode-se concluir que, diante do que foi exposto neste relato, e da proposta apresentada ao decorrer do desenvolvimento das práticas, as perspectivas foram alcançadas, mostrou-se que em um curto período de tempo, proporcionaram diferentes vivências para os alunos, instigaram quanto à importância de cada um dos conhecimentos disponibilizados a eles, e não apenas estimular a prática pela prática, contribuindo para a valorização da Educação Física nesta etapa de ensino. E, mostrou que a educação infantil é a porta inicial para valorizarmos a Educação Física em nossa sociedade, uma vez que, as vivências que estas crianças terão hoje, repercutirão nas próximas etapas de suas vidas.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

Stein, et al., (2015) apresentaram nesta pesquisa o objetivo de conhecer o que está sendo produzido sobre esta área do conhecimento (Educação Física na Educação Infantil), e investigar quais os aspectos desta área na Educação Infantil são abordados nas publicações disponíveis em bases de dados e bibliotecas digitais, na última década.

O método consistiu em uma revisão sistemática de trabalhos científicos que estudaram a Educação Física na Educação Infantil e o seu momento na rotina da instituição escolar.

Os resultados mostraram que dentro dos 232 artigos pesquisados e os cinco avaliados na íntegra abordaram predominantemente o nível de atividade física e as recomendações a respeito das aulas de Educação Física. Nos estudos encontrados sobre o tema, a partir da literatura analisada, foi possível observar que há uma maior incidência de estudos relacionados à atividade física e seus benefícios para a saúde infantil, reforçando o objetivo abordado por quatro, dos cinco artigos selecionados. Acredita-se segundo os pesquisadores que esses resultados possam estar relacionados às bases de dados elegidas para a busca, pois apenas a base SCOPUS é multidisciplinar, enquanto as demais são voltadas à área da saúde. Na discussão, sugere-se que o ambiente escolar seja fundamental importância e propício para a adoção e manutenção de comportamentos saudáveis, principalmente durante as aulas de Educação Física, que proporciona ao aluno a conscientização da importância de se adquirir hábitos saudáveis e o respeito ao próprio corpo. Baseado neste estudo pode-se afirmar que os estudos acreditam na eficácia e importância das aulas de Educação Física na Educação Infantil, fato evidenciado e reforçado nos principais resultados, no que se refere ao aumento do nível de atividade física, desenvolvimento de habilidades motoras e a manutenção da saúde destas crianças por meio das aulas de Educação Física.

A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO INFANTIL.

Os autores desta pesquisa (DEZANI et al., 2014) tiveram por objetivo, mostrar através de uma revisão de literatura a importância das aulas de Educação Física e o papel do professor para as crianças do Ensino Infantil. De acordo com os resultados obtidos, é possível sugerir que a Educação Física contribui para o desenvolvimento

psicomotor das crianças, por este motivo, pode-se dizer que o desenvolvimento, apesar de ser um processo comum a todas as crianças, pois todas passam pelas mesmas etapas, é também um fenômeno extremamente singular, pois cada criança vivência de uma maneira própria. Sendo assim a discussão apresenta que o professor precisa compreender que existem muitas possibilidades para atingir aos objetivos e necessidades da disciplina, além de observar a importância da educação física voltada para a saúde, seguindo moldes da visão higienista do século passado. Entende-se que a educação para a saúde não é apenas uma disciplina escolar, mas constitui-se em um princípio de vida que atue na formação de uma consciência corporal saudável, visando a ações comprometidas e autônomas de integração biopsicossocial. Assim, a Educação Física atende a numerosos objetivos, tanto de curto quanto de longo alcance. Ainda para os autores a aula de Educação Física Escolar deve estar voltada para o desencadeamento de um processo sócio educacional de caráter permanente. De acordo com o este estudo, deve-se oportunizar ao aluno uma grande variedade de atividades motoras possibilitará ao mesmo desenvolver seu organismo em sua totalidade, levando em consideração o aspecto biopsicossocial, não se pretende desenvolver somente o físico e as destrezas motoras nas aulas de Educação Física, mas também a função cognitiva e despertar no indivíduo o respeito às normas e regras das atividades, ao mesmo tempo em que se socialize com os demais colegas durante as aulas, e para que isso aconteça não podemos esquecer-nos de uma pessoa muito importante dentro deste processo, o professor de Educação Física, que para atingir tais objetivos necessita de comprometimento com seus alunos, conhecimento, atualização e capacitação profissional constante, e uma boa dose de amor pelo que faz, com isso, possivelmente ocorrerá um êxito nas aulas de Educação Física.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2010.1

Rocha (2010) teve como objetivo relatar a experiência vivida no Estágio Supervisionado e identificar a importância da Educação Física no ensino infantil e sua relevância para o desenvolvimento adequado e integral da criança, tendo como fundamento o movimento humano e suas contribuições a construção de conhecimentos, habilidades e comportamento que se estruturam durante este período de vida da criança e que refletem durante todo o seu processo de formação. O procedimento metodológico é de caráter qualitativo e orientado por elementos de observação ação. O estudo foi de dimensão participativa, cooperativa e formativa, onde todos os participantes da pesquisa são responsáveis por seu processo de desenvolvimento. O procedimento desta pesquisa foi realizado em uma escola pública básica da rede municipal de Sobral – CE, situada no bairro Sumaré, no período de 23 de março a 10 de maio de 2010, totalizando uma carga horária de 30 horas, onde foram realizadas inicialmente observações das aulas, planos de aula e regências com as turmas de infantil IV e V, sob a supervisão da professora titular da turma. O público alvo, composto por 45 alunos do ensino infantil, onde era dividido em dois grupos, 22 alunos do infantil IV,e 25 alunos do infantil V.

Nos resultados pode-se observar que, no que diz respeito à execução das atividades pelas crianças, algumas dificuldades foram diagnosticadas, problemas relacionados à movimentação, equilíbrio e socialização. Isso se remeteu a uma reflexão sobre o fato da disciplina Educação Física não existir enquanto componente pedagógico e não estar inserida no cotidiano da escola. A experiência das crianças sobre os aspectos da cultura corporal e movimento ficam restritos a um único momento, a “hora do movimento”, termo que designa o período de vinte minutos durante os quais se realizam atividades

recreativas de forma aleatória e sem um objetivo claro. A discussão relata que a educação infantil proporciona um espaço em que a criança aprende, brinca se desenvolve, se relaciona com outras crianças, dialoga, desenvolve seus aspectos cognitivos, sociais, afetivos, e isso é essencial, já que é a primeira experiência educacional da criança fora do ambiente familiar, longe dos pais, que são os meios de proteção. É neste momento que se destaca a importância da Educação Física na educação infantil, pois esta trabalha o movimento, a linguagem corporal, a cultura da criança por meios de atividades lúdicas, jogos e brincadeiras. A brincadeira é algo normal para as crianças, onde se sentem felizes, sentem prazer, desenvolvem sua imaginação, assumem outros papéis, e é através do brincar que a criança explora, experimenta, cria, conhece seu próprio corpo, descobre seus limites, interage com outras crianças, desenvolvem capacidades, habilidades, brincando em atividades de movimentação corporal. Portanto, conclui-se que é imprescindível a presença do professor de Educação Física no ensino infantil, fase em que a criança necessariamente deve estar brincando, movimentando-se, descobrindo-se, por ser a área do conhecimento humano que estuda o movimento, não pelo movimento, mas este, integrando o corpo, cultural, linguagem corporal, a educação física deve estar presente em todas as etapas da educação.

IMPORTÂNCIA DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE E APTIDÃO MOTORA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

O objetivo deste estudo (PEREIRA; MOREIRA, 2013) foi realizar uma revisão de literatura a fim de analisar a aptidão física relacionada à saúde e a aptidão motora em crianças e adolescentes. O método deste artigo se caracteriza como levantamento bibliográfico. Os resultados obtidos mostraram que através desse levantamento teórico foi possível verificar a aquisição de hábitos positivos para a prática de atividade física, sempre acompanhada por profissionais de Educação Física, podem repercutir de forma positiva no desenvolvimento das crianças e adolescentes, contribuindo de forma decisiva na promoção de saúde. A discussão apresenta que a hipocinética humana vem sendo mantida ou agravada pela atual “era digital”. Concomitantemente, os hábitos das pessoas também mudaram com o passar dos tempos, provocando modificações na qualidade de vida. O próprio lazer é sedentário. Dentre esses fatos há um consenso de que a hipocinesia está relacionada com várias doenças crônico-degenerativas, como: acidente vascular cerebral, câncer, obesidade, osteoporose, diabetes, hipertensão e as cardiovasculares. Cada vez mais, segundo os autores, existem dados demonstrando que o exercício, a aptidão e a atividade física estão relacionados com a prevenção, com a reabilitação de doenças e com a qualidade de vida. Pode-se concluir que é evidente que a exposição à inatividade física, quando iniciada na infância ou adolescência, torna- se mais estável na vida adulta e, portanto, mais difícil de modificar. Por isso, quanto mais cedo forem traçadas metas para a prática de atividade física, a literatura demonstra que a probabilidade dessa criança ou adolescente se tornar um adulto sedentário serão mínimas.

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA NA APRENDIZAGEM E DESENVLVIMENTO DE CONTEÚDOS CONCEITUAIS E PROCEDIMENTAIS.

Os autores Ferraz e Flores (2004) tiveram o objetivo de investigar o ensino sistematizado de um programa de Educação Física na Educação Infantil nas unidades de conteúdo: habilidade básica de arremessar, saltar e equilíbrio; conhecimento das partes do corpo e; noção de educação física. O método utilizado foi uma comparação entre duas turmas, compostas por 35 crianças de quatro anos, de uma escola da Rede Municipal de São Paulo. No procedimento, foi realizada uma avaliação diagnóstica antes do início das aulas, os dois grupos foram submetidos a cinco testes: três de habilidades motoras básicas (saltar, arremessar e equilíbrio), um sobre o reconhecimento das partes do corpo e uma entrevista visando avaliar a noção do que é educação física. Os resultados evidenciaram mudanças significantes e positivas nos dois grupos para as habilidades de saltar e equilíbrio, indicando influência do processo maturacional e de experiências extra aulas de educação física e não a influência do programa. Na habilidade de arremessar, verificou-se mudanças significantes e positivas nos dois grupos com superioridade para o grupo experimental, indicando efeito do programa. Em relação aos conteúdos conceituais o grupo experimental apresentou aprendizagem superior à do grupo controle na noção de educação física. Na identificação das partes do corpo, os dois grupos demonstraram aprendizagem, sendo que o grupo experimental foi superior que o grupo controle em um dos componentes.

Os resultados demonstram a necessidade de se considerar o tempo de prática necessário ao desenvolvimento das habilidades motoras básicas, remetendo-se a perspectiva do aprender a aprender. Além disso, verifica-se a importância de se considerar os conteúdos em educação física escolar, não só na dimensão procedimental, mas também nas dimensões conceitual e atitudinal. A discussão aponta que a inexistência de aulas de educação física e a precariedade dos projetos pedagógicos das Escolas de Educação Infantil do Município de São Paulo, revelam uma situação preocupante, esse estudo pretendeu verificar a exequibilidade de alguns conteúdos que compõem um programa de educação física mediante metodologia de ensino específica. Em relação aos aspectos do desenvolvimento de habilidades motoras básicas, destaca-se o fato de que seu desenvolvimento necessita de maior tempo de prática. Como o número de aulas de um programa de educação física em três anos letivos, duas vezes por semana, não ultrapassa 200 aulas; as atividades realizadas no tempo livre devem ser pensadas como complementares ao programa escolar, uma vez que a quantidade de conteúdos que compõem um programa (habilidades básicas, conceitos do movimento, jogos, atividades rítmicas entre outros) é extensa demais para o tempo disponível nesse ciclo de escolarização. Concluindo, os autores consideram os resultados desse estudo um indicativo de adequação dos objetivos específicos do nosso programa, pois não se pretende dar aulas de estimulação motora, ao invés disso, propiciar uma base motora, mediante experiências de movimento variadas, para que as crianças possam apreciar e usufruir com segurança dos elementos que compõem a cultura de movimentos. E propõem que diversos programas de educação física sejam testados para se verificar sua adequação em relação ao sentido que as atividades irão ter em função do contexto sociocultural em que as crianças estão inseridas. Contudo, esses aspectos não podem estar dissociados dos métodos adequados de ensino, para não se correr o risco de saber a importância do que ensinar, sem saber como.

A IMPORÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL O presente artigo (NEGRÃO et al., 2013) teve como propósito apresentar algumas considerações acerca da importância da Educação Física na educação infantil, tendo como objetivo geral compreender a contribuição da educação física na vida do

No documento 1 CAPA - NETWORK EDUCATIONAL (páginas 76-89)