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Dissertação - Fátima Almeida Baraúna - 2019.pdf

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O objetivo geral foi investigar os Conselhos Municipais de Educação do Sudoeste Goiano (Jataí, Santa Helena de Goiás e Rio Verde) sob uma perspectiva democrática. Esta pesquisa investigou os Conselhos Municipais de Educação do Sudoeste Goiano (Jataí, Santa Helena de Goiás e Rio Verde) no conceito de viés democrático.

A DEMOCRACIA E SEUS ELEMENTOS ESTRUTURAIS NA

A democracia e suas diferentes concepções

O conteúdo escolar é separado da realidade social e da capacidade cognitiva dos alunos e é aplicado como uma verdade absoluta na qual só o professor tem razão. O conteúdo escolar passa a ter significado pessoal e vai ao encontro dos interesses e motivação do aluno.

Democracia e escola

Para Basílio (2012), a Constituição Federal de 1988 trouxe uma mudança significativa, ou seja, uma mudança de paradigma, na relação entre o Estado e a sociedade. Ou seja, as decisões de políticas públicas partiriam da comunidade local, ao contrário do que se vê, pois apenas foram passadas responsabilidades e objetivos a serem seguidos pelo governo federal, resultando na desconcentração.

A gestão dos Conselhos Municipais de Educação no Viés democrático

Portanto, o que vemos neste contexto atual é uma intensa massificação com transnacionalização de políticas económicas que dominam através da disseminação e aplicação de conhecimentos meramente instrumentais e adaptativos de acordo com as forças económicas. Devido a esta necessidade, as pessoas precisam melhorar para que o progresso social seja confirmado, para que possam dar continuidade às suas ideias e conhecimentos.

Atuação do CME na Perspectiva da Gestão Democrática

O que se reforça aqui é a necessidade de que não atuem como um campo de síntese dialética de interesses conflitantes que se opõem aos governantes e à sociedade civil, mas promovam o confronto com propostas liberais e esvaziadoras de direitos que emanam periodicamente das autoridades públicas. Assim, com base nas contribuições derivadas do CME, como instrumento que possibilita a superação dos problemas sociais vivenciados no âmbito educacional, vale citar Saviani (1999, p. 59), cuja teoria defende que “o próprio tratamento diferenciado, Portanto, justifica-se o abandono da busca pela igualdade em nome da democracia, e nesse sentido são introduzidos no interior da escola os chamados procedimentos democráticos”. Segundo Marx (2006), as pessoas fazem a sua história, mas não a fazem de acordo com a sua livre vontade ou de acordo com as circunstâncias das suas escolhas, mas sim de acordo com aquelas diretamente encontradas, legadas e transmitidas do passado.

Marx (2006) acreditava que a emancipação do proletariado só poderia ser resultado do próprio proletariado, e que a garantia dessa emancipação se baseia na união de toda a classe trabalhadora, com o mesmo objetivo de um projeto comum, até que o as forças produtivas são alcançadas e sujeitam-nas ao plano de distribuição igualitária, dependendo das suas necessidades. Contrariamente à crença popular, as políticas educativas neoliberais intensificaram a acção contra a exclusão social porque não satisfaziam as necessidades dos países pobres. Mais adiante, este autor afirma que “o trabalho educativo deve ser desenvolvido durante um período de tempo suficiente para que as competências e conceitos que se pretendem assimilar pelos alunos se tornem de facto uma espécie de segunda natureza.

Segundo ele, a visão de educação imposta pelos organismos internacionais produz a ocultação da dimensão cultural e humana da educação, uma vez que a relação entre o direito das crianças e dos jovens a serem culturalmente diferentes e ao mesmo tempo semelhantes aos dignidade humana e reconhecimento.

HISTORICIZANDO O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Buscando a raiz do vocábulo Conselho

Diferentemente do Conselho Municipal de Educação, o Conselho Estadual de Educação (CEE) foi instituído pela legislação nacional. 2. - O conselho municipal de educação será composto por 11 (onze) membros designados pelo titular do poder executivo municipal. Dentre essas estruturas, podemos destacar a importância local (em nível municipal) dos conselhos municipais de educação.

O direito à educação e a qualidade de ensino socialmente referenciada: as ações do Conselho Municipal de Educação de Mineiros/GO. A diretoria municipal de educação na perspectiva da comunidade escolar na rede pública municipal de ensino. Fornecer o valor do Jeton aos conselheiros da Diretoria Municipal de Educação de Santa Helena de Goiás e dar outras providências.

Governança democrática da educação pública: um estudo da Secretaria Municipal de Educação de Rio Claro 1997-2004.

A caminhada dos Conselhos anteriores à Constituição Federal de 1988

A história do CME no Estado de Goiás

Contudo, é importante ressaltar que o Conselho Estadual de Educação de Goiás foi criado em 1962 pela Lei Estadual nº. 4.009 após a aprovação das diretrizes educacionais e da Lei de Bases nº. 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e vigorou até 1971. I – os municípios podem aderir a sistemas integrados de ensino para a organização e manutenção dos sistemas de ensino fundamental; III - os sistemas municipais de ensino organizarão, nos termos da lei, conselhos municipais de educação, que implementarão as funções normativas do sistema e emitirão normas complementares para atender às peculiaridades e diferenças locais (GOIÁS, 1998, grifo nosso).

A lei estadual seguiu as diretrizes da LDBEN nº para a constituição de seus sistemas de ensino, com a observação de que deveriam comunicar ao Conselho Estadual de Educação sua opção de implantação de seus respectivos sistemas. Analisando o conjunto de leis estaduais e municipais acima mencionado, importa aqui apresentar a trajetória histórica do processo de criação do Conselho Municipal de Educação (CME), no estado de Goiás. A análise do ponto de vista histórico e jurídico traz evidências de que os Conselhos Educacionais se diferenciam dos demais conselhos gestores em dois aspectos: Primeiro, porque têm um percurso com a criação dos primeiros órgãos colegiados, em nível nacional e.

A Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização da Educação (Fundef) – Lei nº foi o primeiro marco nacional a nomear CMEs e o impulsionador da criação de órgãos colegiados nos municípios para atender aos não- composição compulsória, por conselheiros municipais de educação no conselho municipal de fiscalização e controle social (CMACS) da fundação (BRASIL, 1996).

Historicizando os CMEs do Sudoeste Goiano

  • CME de Rio Verde
  • CME de Santa Helena de Goiás
  • CME de Jataí

9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, sistema municipal de ensino de Rio Verde – SIMERV, com a finalidade principal de coordenar a política educacional do município. II - Secretaria Municipal de Educação e Inspetor Especial de Educação Rural, responsável direto pela execução e fiscalização das atividades educacionais administrativas e didático-pedagógicas, “por referendo” do prefeito municipal. III - Conselho Municipal de Educação - COMERV, órgão consultivo e consultivo, como órgão normativo e recursivo em relação à legislação educacional (RIO VERDE, 1997).

1. - Fica instituído o Conselho Municipal de Santa Helena de Goiás, órgão público, financiado e administrativamente independente, com caráter consultivo e deliberativo sobre assuntos de sua competência. Artigo 1º - Esta lei regulamenta a organização e o funcionamento do Sistema Municipal de Ensino de Santa Helena de Goiás, Estado de Goiás, amparado no art. 2. - Foi criado o MSP – sistema municipal de ensino de Santa Helena de Goiás, integrado às diretrizes da educação nacional e estadual, inspirado nos princípios constitucionais [..] (SANTA HELENA de GOIÁS, 2006).

2º- O conselho municipal de educação é órgão normativo, consultivo e fiscalizador do sistema municipal de educação, composto por educadores e entidades de comprovada contribuição para o ensino, representantes do conselho de escola.

OS CONSELHOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO SUDOESTE

Funções dos conselheiros

Também participam de reuniões e eventos que tratam de assuntos educacionais realizados pela Secretaria Municipal de Educação e outros órgãos. Escolas Estaduais e Municipais, Poder Legislativo, Escolas Particulares, pais de alunos, gestores da secretaria municipal de educação e do conselho municipal da criança e do adolescente. O CRV possui prédio próprio para funcionamento e conta com representantes independentes e não vinculados à secretaria municipal de educação.

Os conselhos municipais de educação presentes nas cidades brasileiras, criados com diferentes funções, se forem concebidos como uma ponte entre as vozes exigidas pela sociedade civil e pelo Estado, ajudam a estabelecer maior controle sobre a gestão municipal da educação e podem, se bem executados, ser um pilar importante da liderança democrática, com a participação da sociedade civil nas decisões políticas relacionadas com a educação. Nesse contexto, ocorre a criação dos Conselhos Municipais de Educação (CMEs), que são órgãos públicos estaduais, com deliberações colegiadas, integrados à estrutura dos sistemas de ensino, voltados para políticas públicas específicas - no caso a educação - e que devem atuar como canais de comunicação entre a sociedade e o governo. Essa constatação pôde ser observada na opinião dos conselheiros respondentes quando questionados sobre as mudanças necessárias quanto à gestão dos CMEs, onde se destaca a seguinte resposta: “Ter prédio próprio para funcionar e ter representantes independentes e não vinculados ao conselho municipal secretaria de educação." [..] “Maior valorização das pessoas que fazem parte do conselho”.

Participação sociopolítica e governança democrática: o papel dos conselhos municipais de educação na governança e implementação de políticas. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Educação. Entre 2006 e 2016 atuei como orientador educacional na secretaria municipal de educação de Rio Verde.

Gráfico 1- Funções dos respondentes nos conselhos
Gráfico 1- Funções dos respondentes nos conselhos

Representavidade

Participação social e política

Dentre os entrevistados, 04 deram respostas que se aproximam dos princípios da gestão escolar democrática, que conforme art. Estas vozes apontam para diferentes opiniões pessoais sobre a definição de liderança democrática e os interesses dos diferentes grupos. C12Sim/Gestão democrática = gestão participativa, onde as ações tomadas dependem da atitude de todos os envolvidos na comunidade escolar, desde o aluno até os órgãos colegiais.

Portanto, o que não é discutido não é discutido, votado ou analisado, o que é contrário ao princípio da governação democrática. O contexto das reacções descritas sublinha o poder centralizador do Conselho, o que o coloca em conflito com o princípio da governação democrática. A pergunta seguinte pedia ao respondente que avaliasse se a discussão sobre governança democrática é algo importante dentro das responsabilidades do CME.

Quando questionados sobre a forma como o Conselho promove e incentiva a gestão democrática nas escolas, as respostas foram vagas e muitas vezes não responderam diretamente à pergunta.

Mobilização social

A estrutura orgânica do Conselho é: o Conselho Pleno, a Câmara de Educação Básica, a Câmara de Legislação, Normas e Procedimentos, a Presidência, as comissões da Câmara e a Secretaria-Geral. Nesse sentido, o CME deve garantir que suas ações não sejam sequestradas pelo poder instituído dessas entidades (sejam elas públicas, privadas ou filantrópicas) para servir a outros fins que não o benefício exclusivo do bem comum, como segundo Lima, Raimanno e Santosu (2018, p. 308), “a atuação dos vereadores é colocada no campo da disputa, em que os conselhos institucionalizados tentam reproduzir as relações hierárquicas das secretarias municipais de educação, mas os conselhos não se baseiam no papel de um mero representante.

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Gráfico 1- Funções dos respondentes nos conselhos
Gráfico 2: Área de formação profissional.
Gráfico 3 - Nível de formação dos membros dos Conselhos
Gráfico 4 - Experiência profissional em gestão educacional ou docência
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Referências

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