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A relação entre o uso de drogas e comportamentos de risco entre universitários brasileiros.

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Academic year: 2017

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A RELAÇÃO ENTRE O USO DE DROGAS E COMPORTAMENTOS DE

RI SCO ENTRE UNI VERSI TÁRI OS BRASI LEI ROS

1

Sandr a Cr ist ina Pillon2 Bev er ley O’Br ien3 Ket t y Ar acely Piedr a Ch av ez4

O obj et ivo desse art igo é descrever a relação exist ent e ent re o uso de drogas e com port am ent os de risco ent re universit ários do prim eiro ano de graduação da Universidade de São Paulo- Ribeirão Pret o. O Yout h Risk Behavior Survey ( YRBS) é um quest ionário anônim o que foi ut ilizado para a colet a de dados. A am ost ra foi com post a por 200 ( 100% ) alunos de prim eiro ano. Dest es, ( 50% ) eram hom ens e ( 50% ) m ulheres, com idade entre 18 e 26 anos. Os resultados m ostraram a presença do uso recreacional de substâncias psicoativas, com as m ulheres bebendo dent ro dos lim it es de baixo risco e os hom ens m ais pesadam ent e. Para o uso de drogas ilícit as, os result ados foram em m enor proporção para am bos os sexos. Os hom ens dirigem m ais sob efeit o do álcool que as m ulher es e est iv er am m ais env olv idos em br igas com am igos e polícia do que as m ulheres. Em relação aos com port am ent os sexuais, os hom ens t iveram relações em m aior núm ero, com um núm ero m aior de parceiras e com m enor proteção e sob efeito de álcool. Este estudo conclui que o gênero está associado com o uso recreacional de drogas, bem com o out ros com port am ent os de riscos ent re est udant es univ er sit ár ios.

DESCRI TORES: est udant es; fat ores de risco; drogas ilícit as

THE RELATI ONSHI P BETW EEN DRUGS USE AND RI SK BEHAVI ORS

I N BRAZI LI AN UNI VERSI TY STUDENTS

The aim was to describe relationships between gender and drug use as well as risk behaviors that m ay be associated with drug use am ong first-year students at the University of São Paulo- Ribeirão Preto. The Youth Risk Behavior Survey ( YRBS) is an anonym ous survey t hat was used for t his descript ive correlat ional st udy. I t was developed by t he Cent ers for Disease Cont rol and Prevent ion in t he Unit ed St at es. The sam ple ( n= 200) included ( 50% ) m ales and ( 50% ) fem ales. Their ages ranged from 18 t o 26 years. Result s showed t hat m ore fem ale t han m ale st udent s use alcohol and t obacco, but t hat t he probabilit y of heavy consum pt ion is higher am ong m en. There was a low incidence of illicit drug use for bot h groups. Male st udent s were m ore likely t o drive under t he influence of alcohol t han fem ale st udent s and m ore m en were involved in violent behaviors such as fight s wit h friends and police. I n relat ion t o sexual behavior, m ale st udent s were likely t o have m ore part ners and less prot ect ion while under influence of alcohol. I t was concluded t hat gender is associat ed wit h recreat ional drug use, specifically t obacco and alcohol, as well as ot her risk behaviors in universit y st udent s.

DESCRI PTORS: st udent s; risk fact ors; st reet drugs

LA RELACI ÓN ENTRE EL USO DE DROGAS Y COMPORTAMI ENTOS DE

RI ESGO ENTRE ESTUDI ANTES BRASI LEÑOS

El uso de sust ancias psicoact ivas ent re est udiant es ha sido m uy invest igado en las últ im as décadas con obj et o de fort alecer cam pañas prevent ivas de drogas. La finalidad de est e est udio es describir la relación ex ist ent e ent r e el uso de dr ogas y com por t am ient os de r iesgo ent r e los univ er sit ar ios del pr im er año de pregrado de la Universidad de São Paulo- Ribeirão Pret o, Brasil. El Yout h Risk Behavior Survey ( YRBS) es un cuest ionar io anónim o que fue ut ilizado par a la r ecopilación de dat os. La m uest r a fue com puest a por 200 ( 100% ) alum nos del prim er año. El 50% de estos eran hom bres y el 50% m uj eres, con edad de 18 a 26 años. Los result ados m ost raron la presencia del uso recreat ivo de sust ancias psicoact ivas. Las m uj eres beben dent ro de los lím ites de baj o riesgo, m ientras los hom bres tienen consum o m ás pesado. Para el uso de drogas ilícitas, los r esult ados fuer on en m enor pr opor ción par a am bos sex os. Los hom br es dir igen m ás baj o el efect o del alcohol que las m uj er es y se inv olucr an m ás en peleas con am igos y con policía en com par ación con las m u j er es. En r elación a los com por t am ien t os sex u ales, los r esu lt ados apu n t an qu e los h om br es t am bién m ant uvieron m ayor núm ero de relaciones, con un núm ero m ayor de parej as, con poca prot ección y baj o el efect o del alcohol. Est e est udio dem uest ra que el género es asociado al uso recreat ivo de droga, bien com o ot ros com port am ient os de riesgo ent re est udiant es universit arios.

DESCRI PTORES: est udiant es; fact ores de riesgos, drogas ilícit as

1 As opiniões expressadas nest e art igo são de responsabilidade exclusiva dos aut ores e não represent am a posição da organização onde t rabalham ou de sua

adm inist ração; 2 Docent e da Escola de Enferm agem de Ribeirão Pret o, da Universidade de São Paulo, Cent ro Colaborador da OMS para o desenvolvim ent o

da pesqu isa em en f er m agem , e- m ail: pillon @eer p. u sp. br ; 3 RN, RM, DNS, Facu ldade de En f er m agem da Un iv er sidade de Alber t a, e- m ail:

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I NTRODUÇÃO

O

u so d e su b st â n ci a s p si co a t i v a s en t r e est udant es t em sido invest igado de longa dat a, com o o b j e t i v o e sp e cíf i co d e i d e n t i f i ca r e e st u d a r int er v enções que possam dim inuir o uso de dr ogas

nest e grupo( 1). I nform ações sobre a relação ent re o

u so d e d r o g a s e co m p o r t a m e n t o s d e r i sco s e m a m b i e n t e s e sco l a r e s sã o n e ce ssá r i o s p a r a o d esen v olv im en t o d e am b ien t es liv r e d e d r og as e v i o l ê n ci a s. A m a t u r i d a d e d e i d é i a s v e m co m o cr e sci m e n t o n o r e co n h e ci m e n t o p o r p a r t e d o s p e sq u i sa d o r e s so b r e a s a l t a s p r e v a l ê n ci a s d o s pr oblem as de saú de e os r iscos par a a sociedade associados com o uso de drogas entre os adolescentes e j ovens. Muit os dos est udos onde est e t em a pode se r e x p l o r a d o f o r a m co n d u zi d o s e m e sco l a s/ univ er sidades que são locais de fácil acesso a um g r a n d e n u m e r o d e i n d i v íd u o s e co n si d e r a d o s

populações alvo para int ervenções prevent ivas( 2).

O u so r ecr eacion al d e d r og as en t r e est a população é preocupante. Os estudantes universitários sã o co n si d e r a d o s u m g r u p o e sp e ci a l p a r a a invest igação cient ífica no país, principalm ent e devido a sua im port ância para o fut uro no desenvolvim ent o d e n o ssa so ci e d a d e e m u m m u n d o a l t a m e n t e com plex o( 3).

Est u d os d a p r ev alên cia d o u so d e d r og as e n t r e e st u d a n t e s b r a si l e i r o s t e m si d o r e a l i za d o fr eqüent em ent e em univ er sidades e pr incipalm ent e no Estado de São Paulo, com vistas ao planej am ento d e cam p an h as p r ev en t i v as e d i r eci o n am en t o d e polít icas universit árias em relação ao uso de drogas O Brasil, a partir dos anos 80 é o país latino am ericano que t em gerado m ais dados sobre dependência, bem com o padr ões de consum o de dr ogas e álcool em

populações específicas( 4), incluindo est udant es de 1º

e 2 º g r a u( 5 - 7 ), e st u d a n t e s u n i v e r si t á r i o s( 3 ), e

graduandos de m edicina( 3- 4).

O uso do álcool por div er sas populações e con t ex t os t em r eceb id o con sid er ações esp eciais, d e v i d o à f a ci l i d a d e d e a ce sso , b a i x o cu st o e perm issividade social e desinibidor das inibições entre aqueles que o usam . A lit erat ura deixa evident e que o álcool é a substância m ais que tem m aior associação

com os com p or t am en t os d e r iscos( 8 ), d ev id o aos

efeit os sobre o com port am ent o e est á envolvida na

v iolência far m acológica( 9).

A relação direta e m ais com um entre o álcool

e a agressão é at ravés da int oxicação( 10), explicado

pelos de indução da agressão, que ocorre através da f a l t a d e i n i b i çã o d o m e d o , e m f u n çã o d a a çã o

ansiolít ica( 10), t am bém pode aum ent ar a per cepção

d a d o r, q u e p o d e ser u m a d as cau sas d e m ai o r agr essão defensiv a. No ent ant o, pode ser v ir com o u m m e ca n i sm o d e g a t i l h o p a r a p r o v e r a t o s d e agressão para aqueles que realm ent e t em propensão em relação à violência e que se encontra em situações

de “ agressividade”( 11). A exem plo est ão as alt erações

nas funções cognit ivas, dim inui assim a capacidade d o i n d i v íd u o em p l an ej ar açõ es em r esp o st a às sit uações de am eaça ( exem plo: agir sem pensar) .

Vár ias t en t at iv as d e f or m u lar u m a t eor ia com preensiva da relação ent re o uso de subst âncias psicoat ivas, violência e agressão. Para ent ender essa

relação o aut or( 8) revisou pesquisas e conceit os das

p e sq u i sa s b i o l ó g i ca s, p si co f a r m a co l ó g i ca s, psicológicas e m odelos psiqu iát r icos, per spect iv as sociais e cu lt u r ais n a t en t at iv a de apr esen t ar u m m odelo dessa relação que poderia ser relevant e para os adolescent es e j ovens da Am érica- Lat ina. Muit os pesquisadores concordam que a área m ais im portante de consenso dessas diferent es perspect ivas é que, a in t ox icação t em u m im pact o sign if ican t e sobr e as h a b i l i d a d e s e f u n ci o n a m e n t o co g n i t i v o e q u e a nat ureza desse im pact o varia de acordo com o t ipo de subst ância usada, m as é m oderado pelo cont ext o no qual o com port am ent o acont ece.

Por exem plo, o significado cult ural e social, com o a pessoa funciona sob influência das substâncias p si co a t i v a s, o i m p a ct o d a i n t o x i ca çã o so b r e o j ulgam ent o, a habilidade de per ceber as sit uações sociais; e a habilidade para focar os resultados a curto-p r a zo , e o s d e se j o s sã o f a t o r e s e x t r e m a m e n t e im portantes que determ inam os resultados da situação social na qual a drogas está presente e se a situação result ará em violência. A presença ou a escalada da violência t am bém são influenciadas pela int oxicação do in

At r av és da lit er at u r a( 3 - 7 ) e d a ex p er iên cia pr át ica, consider o que os est udant es univ er sit ár ios são vulneráveis quando expost os a presença ao uso de subst âncias psicoat iv as. O uso das subst âncias m uit as vezes acaba result ando em com port am ent os d e r iscos, n os m ot iv ou a d esen v olv er o p r esen t e est udo.

(3)

d e á l co o l , e n e ssa f a se p o u co e st u d a n t e s t e m experiênciado o uso de out ras subst âncias. Ent ão as sit uações de ent r ada na univ er sidade, afast am ent o da fam ília, a ligação com novas am izades fazem parte de um a fase de m udança que pode colocar em m aior r isco par a o u so de su bst ân cias, por pr essão dos am igos ou pela aquisição de independência t orna- se pot enciais para t ais com port am ent os. No ent ant o, o am bien t e t or n a- se f av or áv el par a ex per im en t ar a dr oga e além env olv er em out r os com por t am ent os in esp er ad os ( d ir ig ir em b r iag ad o, f azer sex o sem pr ot eção) .

O obj etivo desse é descrever o uso de drogas ent r e alunos de pr im eir o univ er sit ár io, conhecer o padrão de uso das subst âncias usadas e com parar a r elação ent r e o uso de dr ogas, os com por t am ent os de risco e o gênero.

METODOLOGI A

Est e é um est udo quant it at ivo descrit ivo, faz part e do Proj et o CI CAD/ OEA com part icipação de 13 países da Am érica - Latina que estão trabalhando em parceria na form ação de enferm eiros na redução da dem anda de dr ogas.

Os dados foram coletados entre os estudantes do pr im eir o ano de gr aduação na Univ er sidade de São Paulo –Ribeirão Pret o.

Foi ut ilizada um a am ost ra não probabilíst ica ou sej a, não representativa em que as pessoas foram convidadas a part icipar do est udo.

O Yout h Risk Behavior Survey ( YRBS) é um quest ionár io ut ilizado em lev ant am ent os, par a ser respondido anonim am ent e e volunt ariam ent e. Ele foi desen v olv ido pelo Cen t er f or Disease Con t r ol an d Pr e v e n t i o n( 1 1 ) p a r a m o n i t o r a r a p r e v a l ê n ci a d e com por t am ent os do uso de subst âncias e de r iscos ent r e j ov ens, dados sobr e. Em bor a o quest ionár io sej a de dom ínio público, m esm o assim foi solicit ada ao CDC u m a au t or ização par a a su a u t ilização n o Br a si l , co m o b t e n çã o p o si t i v a p a r a u t i l i za çã o e m odificação.

O quest ionár io or iginal YRBS m onit or a seis cat egor ias de com por t am ent os: a) com por t am ent os sem intenção que contribuem para danos e violência, b) o uso do álcool, c) o uso do t abaco e de out ras dr ogas, d) com por t am ent os sex uais; ( e) at iv idade f ísica, e ( f ) d iet a. Sen d o q u e p ar a as cat eg or ias a t i v i d a d e s f ísi ca s e d i e t a f o r a m e x cl u íd a s. As

cat egorias acrescent adas foram o uso de subst ância, per cepção dos r iscos ( dispon ibilidade das dr ogas, riscos para o uso de drogas) , e a percepção em relação co m a v i o l ê n ci a e co m p o r t a m e n t o s a g r e ssi v o s ( v iolência, agr essão r ebeldia, com por t am ent o ant i-social) .

Para a realização do proj eto foi solicitada um a aut orização dos diret ores das faculdades envolvidas, onde foi esclarecido os obj etivos do estudo. Após esse consent im ent o, o pr oj et o foi apr ov ado pelo Com it ê de Ética em Pesquisa da FMRP.USP e da Universidade de Albert a. A análise de dados deu- se por m eio do pr ogr am a est at íst ico SPSS - St at ist ical Pr ogr am of Social Science v.11 for Windows.

RESULTADOS

O quest ionário foi dist ribuído aos est udant es de prim eiro ano de graduação das áreas, biológicas, exatas e hum anas, perfazendo um total de 200( 20% ) dos estudantes. Dentre esses, 100( 50% ) são do sexo fem inino e 100( 50% ) do sexo m asculino, com idade m édia 19 anos com desvio padrão de 2 anos, idade m ínim a 18 e m áxim a de 26 anos; solteiros 197( 98% ) , cat ólicos 110( 55% ) , m oram com os pais 69( 34.5% ) , em m édia possu em u m a fam ília com 4 pessoas e 93( 46.5% ) nunca m udaram de dom icilio.

Ent r e as subst âncias psicoat iv as ut ilizadas pelos f am iliar es en con t r am os qu e 7 5 ( 3 7 . 5 % ) pais fazem uso de bebida alcoólica e 25( 12.5% ) das m ães f u m am .

Tabela 1 - Apresent ação em núm ero e porcent agem do padr ão de uso das subst âncias psicoat iv as nos últ im os 6 m eses ( n= 200)

a c n u

N UsoExperimental UsoModeradoUsoPesado

N % N % N % N %

* a j e v r e

C 58 29 63 31.5 54 27 25 12.5

* s o h n i

V 60 30 109 54.5 22 11 9 4.5

* a c d o V , y k s i

W 86 43 68 34 45 22.5 1 0.5

* a h n o c a

M 164 82 23 11.5 12 6 1 0.5

* s e t n a l a n

I 178 89 21 10.5 1 0.5 -

-* a n í a c o

C 19095.5 9 4.5 - - -

-a l r e

M 192 96 8 4.0 - - -

(4)

Tabela 2 - Apresent ação em núm ero e porcent agem do uso na vida de subst âncias psicoat ivas ent r e os est udant es ( n= 200)

o n i l u c s a

M Feminino Total

N % N % N %

e d a t a l 1 ( l o o c l á e d e s o d a m U e d l m 0 4 , o h n i v e d o p o c 1 , a j e v r e c * ) a g n i p 2

9 53 81 47 173 86.5

* a d a g a r t a m u , o r r a g i

C 86 66 44 34 130 65

* o r i e t n i o r r a g i c m

U 67 75 22 25 89 44.5

* a h n o c a

M 48 84 9 16 57 28.5

m e s o i d é m e r ( l a g e l i a g o r d a m u g l A * . ) a c i d é m o ã ç a c i d n

i 39 36 14 39 53 26.5

* . a d r o c e d o m u

F 26 86 4 14 30 15

, l o s o r e a , a l o c , a n i l o s a g ( s e t n a l a n I * ) a t n i

t 21 72 8 28 29 14.5

* a n i m a t e f n A / a n i m a t e f n a t e

M 17 85 3 1.5 20 10

* ) k c a r c ( a n í a c o

C 8 4 3 1.5 11 5.5

) e t o y e p , s o d i c á ( D S

L 8 4 3 1.5 11 5.5

) A M D M ( y s a t c x

E 8 4 3 1.5 11 5.5

a l r e

M 2 1 0 0 2 1

Diferença significativa entre o gênero p.< 0.005.

Para est a am ost ra Foi encont rado diferenças est a t íst i ca s si g n i f i ca t i v a s en t r e o g ên er o p o r ém podem os not ar que em bora a am ost ra é grande, ela não é represent at iva da população de est udant es.

Em relação à idade em que fez o uso de álcool pela prim eira vez foi em m édia de 13 anos ( Dp = 2 anos) com idade m ínim a de 10 e m áxim a de 18 anos e para o uso experim ental de drogas ( exceto o álcool) a idade m édia foi de 16 anos ( desvio padrão de 1.64 anos) com m ínim a de 10 e m áxim a de 18 anos. Tais r esult ados dão indicador es que o inicio do uso do álcool e m esm o de drogas, provavelm ente tenha sido ant es do ingresso na universidade.

Os est udant es do sex o m asculino 36( 18% ) dir igir am 7 v ezes ou m ais sob influência do álcool, enquant o as est udant es 14( 7% ) pelo m enos 1 vez.

Nesta am ostra, 150( 75% ) estudantes ficaram e m b r i a g a d o s, se n d o q u e 6 6 ( 3 3 % ) h o m e n s se e m b r i a g a r a m 7 v e ze s o u m a i s, e n q u a n t o q u e 24( 13.5% ) m ulheres o fizeram de 1 a 2 vezes. Entre o s h o m e n s 5 5 ( 2 7 . 5 % ) a p r e se n t a r a m com port am ent os com o “ est ar alt o ou int oxicado pelo u so de dr ogas”, e par a est ado de em br iagu ez n a universidade 47( 23.5% ) do sexo m asculino. Ou sej a o s e st u d a n t e s a p r e se n t a m i n t o x i ca çõ e s m a i s freqüent em ent e que as est udant es.

Avaliando o uso de subst âncias nos últ im os 30 dias, encont ram os que 35( 17.5% ) fum aram de 1 a 19 dias, sendo 24( 68.6% ) hom ens. Quant o ao uso do álcool 175( 78.5) beberam , sendo 100% do sexo m asculino, e 30( 10.5% ) dos hom ens fizeram uso de

m aconha, com diferença significat iva ent re o gênero. Os est udant es do sexo m asculino fazem uso dessas subst âncias em m aior freqüência com parada com as est udant es.

Nos últim os trinta dias, o uso de inalantes foi de 5( 2.5% ) , cocaína 1 ( 0.5% ) e LSD 8( 4% ) entre os e st u d a n t e s, se m d i f e r e n ça si g n i f i ca t i v a e n t r e o gên er o.

Uso nos últ im os 30 dias na universidade de subst âncias psicoat ivas, 11( 5.5% ) dos est udant es do sex o m ascu lin o f u m ar am 1 a 2 d ias, 2 1 ( 1 0 . 5 % ) t om ar am pelo m en os 1 dose de álcool. A m esm a quant idade fum ou m aconha.

Qu a n t o a o co m p o r t a m e n t o d o u so d e su bst ân cia en t r e os est u dan t es, en con t r am os qu e 53( 26.5% ) dos est udant es gost am beber de m aneira su f icien t e p ar a f icar u m p ou co alt o, en q u an t o as est udant es 37( 18.5% ) não bebem , e as que bebem 30( 15% ) gostam de tom ar de 1 a 2 goles, um beber dent ro dos lim it es considerados de baixo risco.

Referent e ao dirigir em briagado; 95( 47.5% ) est udant es relat aram que dirigiram sob influência do álcool, destes as estudantes 21( 10.5% ) fizeram 1 a 2 vezes, enquant o os est udant es 36( 18% ) 7 ou m ais v ezes. .

Quanto perguntado sobre a percepção de uso p r ej u d i ci a l d e su b st â n ci a s, en co n t r a m o s q u e o s est udant es m asculinos 39( 19.5% ) consideram o uso o ca si o n a l d o ci g a r r o e x t r e m a m e n t e p r e j u d i ci a l , e n q u a n t o a s e st u d a n t e s 4 5 ( 2 2 . 5 ) co n si d e r a m pr ej udicial.

Para o uso ocasional do álcool os estudantes con sider am 3 0 ( 1 5 % ) pr ej u diciais e as est u dan t es 40( 20% ) prej udiciais.

Qu an t o à p er cep ção d o u so d a m acon h a a m b o s o s e st u d a n t e s 5 8 ( 2 9 % ) co n si d e r a m ext rem am ent e prej udicial. Para anfet am ina e exct ase d e u n an i m i d ad e ex t r em am en t e p r ej u d i ci al en t r e am bos os sexos sem diferença significat iva.

En co n t r a m o s a i n d a q u e 6 6 ( 3 3 % ) d a s estudantes percebem o uso de m aconha m uito errado. Das est u dan t es 3 6 ( 1 8 % ) per cebem qu e o u so de b eb id as alcoólicas n ão é t ot alm en t e er r ad o. Nós encont ram os que 68( 34% ) delas percebem o uso do ci g a r r o m u i t o e r r a d o . Av a l i a çã o d a e sca l a d a s percepções quanto ao uso de substância encontram os Alfa de Crom bach .8293.

(5)

u m a a d u a s v e ze s 4 6 ( 2 3 % ) , f u m a r m a co n h a o ca si o n a l m e n t e 5 9 ( 2 9 . 5 % ) e b e b i d a a l co ó l i ca 68( 34% ) .

Am bos os est udant es consideram m uit o fácil obt er cigarro e bebida alcoólica. Para a obt enção de m acon h a e m et an f et am in a os est u dan t es do sex o m asculino consideram fácil.

Os l o ca i s e m q u e o s e st u d a n t e s a ch a m possív el conseguir dr ogas são 72( 144% ) em fest as ou ev ent os for a da univ er sidade e 131( 65. 5% ) na u n i v e r si d a d e , a t r a v é s d e a m i g o s 1 1 9 ( 5 9 . 5 % ) e vendedores de drogas e ou t raficant es 91 ( 46% ) .

Em r el ação p er cep çõ es d o s m o t i v o s q u e levam os est udant es a usar subst âncias psicoat ivas 48 ( 74% ) usam bebidas alcoólicas para se diver t ir, 1 1 8 ( 5 9 % ) p ar a al eg r ar - se d e seu s p r o b l em as e 108( 54% ) porque seus am igos o fazem .

Os est udant es est im am que em m édia 22% dos estudantes de seu curso fum am m enos 1 vez ao m ês, ( Dp14% ) , variando de 10% a 60% . Em relação à porcentagem de pessoas que tem provado m aconha, acham em m édia 35% dos estudantes de seu curso o fazem , ( Dp 23% ) variando de 10% a 80% .

Qu a n d o p e r g u n t a d o s so b r e a p e r ce p çã o q u a n t o a p u n i çã o p e l o u so d e su b st â n ci a s n a universidade, 95( 47.5% ) dos estudantes responderam que é possível um est udant e ser suspenso, expulso ou transferido se for pego usando ou possuindo álcool ou out ras drogas na Universidade.

Quant o à possibilidade de encont r ar aj uda p a r a o s p r o b l e m a s r e l a ci o n a d o s a o u so d e su b st â n ci a s, e n co n t r a m o s q u e 9 9 ( 4 9 . 5 % ) d o s est u d an t es ach am q u e é p o ssív el u m est u d an t e encont rar aj uda na universidade.

Os co m p o r t a m e n t o s a p r e se n t a d o s n o s ú l t i m o s 1 2 m e se s, n a u n i v e r si d a d e f o r a m q u e 61( 30.5% ) dos est udant es foram vit im as de gozação devido ao aspect o ou pelo j eit o que fala e m edo de ser golpeado, 48 ( 24% ) por ter sido vitim a de fofocas ou m ent iras 39( 19.5% ) 4 vezes ou m ais. Para essa e sca l a d e v i t i m i za çã o e n co n t r a m o s u m Al f a d e Cr om bach 0.88.

Com parando o com port am ent o sexual ent re a a m o st r a , 1 2 8 ( 6 4 % ) d o s e st u d a n t e s t i v e r a m relações sexuais, sendo que 87( 68% ) eram do sexo m asculino.

Com parando o com port am ent o sexual ent re o gênero encontram os que 55( 27.5% ) das estudantes n u n ca t i v e r a m r e l a çõ e s se x u a i s, e n q u a n t o o s estudantes 35( 17.5) tiveram com 2 pessoas, 20( 10% )

u sar am álcool ou dr ogas an t es da r elação sex u al, sen d o 1 5 ( 7 5 % ) d o sex o m ascu lin o, 6 6 ( 3 3 % ) d os e st u d a n t e s u sa r a m p r e se r v a t i v o s, se n d o q u e 43( 65% ) eram do sexo m asculino.

Ref er en t e a h on est idade em r espon der as perguntas, encontram os que a m aioria dos estudantes 1 4 1 ( 7 0 . 5 % ) f o i h o n est a em r esp o n d er t o d as as pergunt as, sendo que as est udant es 92( 46% ) foram em m aior quant idade com parada com os est udant es. Em relação aos problem as causados pelo uso de subst âncias, 56( 28% ) dos est udant es esqueceram o que aconteceu ou desm aio devido ao uso do álcool. Entre os estudantes que fizeram uso de álcool 56( 28% ) n u n ca t i v e r a m p r o b l e m a s, e n q u a n t o a o u so d a m aconha 9 t iveram out ros problem as. Os problem as r elacionados ao uso do álcool foi m aior em r elação ao uso da m aconha.

DI SCUSSÃO

Est e est u d o av aliou a r elação d o u so d e d r og as e os com p or t am en t os d e r i scos en t r e os est udant es de pr im eir o ano de gr aduação de um a universidade pública brasileira. O uso de drogas nessa p o p u l a çã o é p r e o cu p a n t e u m a v e z q u e o u so r e cr e a ci o n a l e st á p r e se n t e . Est e é u m e st u d o descrit ivo de levant am ent o, foi realizado at ravés de um a am ostra não representativa, foram entrevistados aleatoriam ente 200 estudantes, sendo, 50% para cada sex o.

A am ost r a desse est u do f oi com post a por est udant es j ovens de prim eiro ano de graduação. A m aioria possui religião, m ora com os pais, e pouco se m u d a r a m d e d o m i ci l i o . Ca r a ct e r íst i ca s consider adas fundam ent ais nos fat or es de pr ot eção p ar a o u so d e su b st ân cias p sicoat iv as, em b or a a pr esença de fam iliar es de uso de dr ogas com o as bebidas alcoólicas e o cigarro ( pai, m ãe, irm ão) que t am b ém p od em f av or ecer o u so. Tais d ad os são se m e l h a n t e s a o s e n co n t r a d o s e m o u t r a s

univ er sidades br asileir as( 4).

(6)

os h om en s r elat ar am u sar su bst ân cias psicoat iv as ( lícit as e ilícit as) e padrão de uso ( uso freqüent e e pesado) .

O álcool foi à subst ância m ais usada pelos est udant es, com padr ão de consum o “ uso na v ida” ( 8 6 . 5 % ) , n os “ ú lt im os 6 m eses” ( 7 1 % ) , u so n os “ últ im os 30 dias” ( 78.6% ) e nos últ im os 30 dias na universidade ( 46.5% ) , tal fato foi evidente na m aioria dos estudos que envolveram estudantes universitários no Brasil( 3, 12).

O uso de um a dose álcool ent r e a m aior ia dos est udant es est á em consonância com o est udo am er i can o q u e m o st r a q u e m ai s d a m et ad e d o s estudantes fazem uso excessivo de álcool e 40% das estudantes relataram que pelo m enos em um a ocasião se int oxicaram nas últ im as 2 sem anas( 13) .

Os m ot ivos em que dos est udant es pensam a respeito “ do porque j ovens usam bebidas alcoólicas”, a m aior ia das r espost as f oi par a se div er t ir, par a aleg r ar - se d e seu s p r ob lem as. A m an eir a q u e os est udant es geralm ent e gost am de fazer uso foi para ficar alt o ou “ em briagado”.

Pesquisas exper im ent ais t êm m ost r ado que m u i t o d o s r e su l t a d o s d a s m u d a n ça s n o s com p or t am en t os n ão d ev id o n ão som en t e a ação farm acológica do álcool, m as t am bém pelas crenças d o s su j e i t o s( 1 4 ). Ai n d a , a r e l a çã o á l co o l e co m p o r t a m e n t o s d e r i sco n ã o e st ã o so m e n t e relacionados às conseqüências do beber, m as tam bém so b r e o q u e a s p e sso a s a cr e d i t a m so b r e a s conseqüências, em diferent es cult uras, os bebedores podem t er difer ent es ex pect at iv as sobr e os efeit os do álcool.

Os est u dan t es do sex o m ascu lin o dir igem m ais freqüentem ente em briagados que as estudantes. Dirigir sob influência de álcool é um dos fat ores de r iscos m ais com uns ent r e os j ov ens e que podem est ar relacionados a fat alidade.

O u so do t abaco t am bém est ev e bast an t e present e ent re os est udant es. Houve um a percepção d e u so p r e j u d i ci a l p o r p a r t e d e st e s, p o r é m a pr ev alência ainda é consider áv el. Apar ent em ent e a fr eqüência do fum ar é baix a ( a m aior ia, de 1 a 2 dias) , não car act er izando um uso cont inuo. Par a o uso de cigarro “ na vida” foi de ( 65% ) , j á nos últim os 6 m eses ( 44.5% ) , uso nos últ im os dias ( 17.5% ) e n os ú lt im os 3 0 d ias n a u n iv er sid ad e ( 1 4 % ) . Tais result ados indicam que os est udant es dessa am ost ra têm fum ado em m aior freqüência na vida com parado

com o est u do( 1 2 ) en t r e est u dan t es qu e iden t if icou

43.1% para o uso na vida. Ainda, com parando com o u t r o e st u d o d e r e l e v â n ci a( 1 5 ) e n v o l v e n d o o s est udant es do Cam pus USP São Paulo, apr esent ou um a prevalência do uso de t abaco foi de 50,5% na vida e 20.16% uso nos últ im os dias.

A idade de uso experim ent al para o uso de álcool e dr ogas ( 13 & 16 anos) , t êm sido bast ant e j ovem e provavelm ente tem se iniciado antes m esm o de iniciar a vida universit ária.

No est u d o( 1 5 ), o au t or com p ar a o u so d e

d r o g a s e n t r e o g ê n e r o e e n co n t r o u - se q u e o s est u d an t es f azem m ais u so d e álcool, in alan t es, a n a b o l i za n t e s, cr a ck , co ca ín a , a l u ci n ó g e n o s e m a co n h a . As m u l h e r e s f a ze m m a i s u so d e tranqüilizantes, anfetam inas e opiáceos. O que pouco diferenciou desse estudo, pois as drogas foram álcool, t a b a co e m a co n h a co m p r e v a l ê n ci a d o se x o m asculino.

O terceiro tipo de droga m ais usada entre os estudantes foi a m aconha, considerada a drogas ilícita d e m a i o r u so e n t r e a d o l e sce n t e s d o s p a i se s d esen v olv id os q u e v em au m en t an d o n as u lt im as décadas. Um a das possíveis explicações para t al fat o é a percepção de que a m aconha é um a “ droga leve”, sem m uitas conseqüências para a saúde do individuo,

em cont rast e com out ras drogas licit as( 3).

O u so e ab u so d o ál co o l co n st i t u em u m significant e problem a ent re est udant es dos diversos cam pus univ er sit ár ios. Recent es pesquisas r elat am que aproxim adam ente 90% dos estudantes fazem uso d e á l co o l e 2 5 a 5 0 % d e m a n ei r a a b u si v a ( 1 3 ) . Est u d a n t e s q u e “ b e b e m p e sa d o ” d e se n v o l v e m co n se q ü ê n ci a s n e g a t i v a s, t a i s co m o a ci d e n t e s, pr ej uízos na escola, e com por t am ent os sex uais de r iscos.

(7)

Nem todos os cursos de graduação oferecem infor m ações a r espeit o do uso de dr ogas. Tor na- se necessário um a discussão da necessidade de inserção d e co n t eú d o s a r esp ei t o d o u so d e su b st â n ci a s psicoat ivas nos diversos program as de graduação na univ er sidade.

Men os d a m et ad e con si d er a p ossív el u m est udant e ser suspenso, ex pulso ou t r ansfer ido se for pego usando ou possuindo álcool ou outras drogas na Universidade, isso pode est ar relacionado à falt a de polít icas específicas relacionada ao uso de drogas no cam pus.

Pesquisas indicam que o gênero pode ser um in d icad or d a v iolên cia r elacion ad os n a escola, os hom ens pr ov av elm ent e env olv em - se m ais em at os v i o l e n t o s e à v i o l ê n ci a r e l a ci o n a d a a o s com port am ent os e geralm ent e são m ais am eaçados ou prej udicados em relação às m ulheres no am biente escolar.

Est udos sobre j ovens que usam subst âncias p si co a t i v a s e co m p o r t a m e n t o s a g r e ssi v o s t ê m

enfatizado sobre a violência física( 8). No entanto, esses

com port am ent os são apenas algum as das respost as agressivas dos conflit os int erpessoais. Durant e um a discussão, por ex em plo, os j ov ens podem engaj ar em ag r essão, m as n ão em r esp ost as f ísicas ( ex . grit ar) ou sem confront o, m as host il ou respost as de ev it ação. Est as r esp ost as são d e m ecan ism os d e enfr ent am ent o m al- adapt ados, eles não cont r ibuem par a a r esolução do pr oblem a e discor dância par a gerar conflit os int erpessoais.

O uso de substâncias psicoativas tem m aiores pr obabilidades de com por t am en t os de r isco com o e x e m p l o , o u so d e p r e se r v a t i v o s e n ú m e r o d e parceiros. Um dos fat ores que cont ribui para o risco d e d o e n ça s se x u a l m e n t e t r a n sm i ssív e i s sã o o s com p or t am en t os r elacion ad os ao u so d o álcool e drogas e as relações sexuais. Pesquisas sobre esse t em a su ger em qu e o u so do álcool ou de dr ogas aum ent a a probabilidade de relações sem prot eção e m a i o r e s r i sco s p a r a d o e n ça s se x u a l m e n t e t r ansm issív eis.

O u so d e d r o g a s é co n si d e r a d o u m com portam ento de alto risco para a infecção pelo HI V. Mesm o as pessoas que não se inj et am dr ogas m as as consom em de out r a m aneir a podem se infect ar p or m eio d e r elações sex u ais sem p r eser v at iv os.

Diversos est udos t êm m ost rado que as pessoas sob ef eit o d o álcool f r eq ü en t em en t e se en v olv em em

relacionam ent os sexuais sem prot eção( 11).

CONCLUSÃO

Em bora esse estudo tenha sido realizado com um a am ostra não representativa foi possível identificar a caract eríst ica dos alunos de graduação de prim eiro ano da universidade, ident ificar o padrão de uso de dr ogas den t r o e f or a do am bien t e u n iv er sit ár io e avaliar assim os alguns com portam entos de risco entre o g ê n e r o . A r e l a çã o e n t r e u so d e su b st â n ci a s p si co a t i v a s e v i o l ê n ci a é m u l t i d i m e n si o a l e

condicionada pelos fat ores sociais( 8).

Nó s i d en t i f i cam o s a p r esen ça d o u so d e dr ogas r ecr eacionais ent r e os est udant es. O álcool co n t i n u a se n d o a d r o g a d e m a i o r u so e n t r e o s est udant es, seguido pelo t abaco e m aconha. O sexo m ascu lin o m ais f r eq ü en t em en t e ap r esen t ou alt os índices de consum o, freqüência e tipo de substâncias usadas de form a m ais int ensa que as m ulheres. As m ulheres fazem uso de álcool dent ro dos lim it es do beber. Enquant o os est udant es gost am de beber de m aneira a em briagar- se ou ficar alt o e t am bém para alegr ar - se.

Os e p i só d i o s d e “ b e b e r p e sa d o ” sã o r elat ivam ent e um fenôm eno ent r e os est udant es, e est udant es que bebem ex cessiv am ent e apr esent am r i sco s a u m e n t a d o s p a r a u m a v a r i e d a d e con seqü ên cias.

O se x o m a scu l i n o a p r e se n t a m a i o r e s freqüências de atividades sexuais, com m aior num ero de parceiras, porém as estudantes em bora em m enor o f a ze m co m m e n o r p r o t e çã o , o u se j a , p o u ca s referiram o uso de preservat ivos pelos parceiros.

A u n i v e r si d a d e p o d e se r u m a m b i e n t e vulnerável ao uso de subst âncias psicoat ivas, porém o u so ex p er im en t al v em an t er ior ao in g r esso n a univ er sidade.

(8)

AGRADECI MENTOS

Ag r ad ecem os a Com issão I n t er am er ican a p ar a o Co n t r o l e d e Ab u so d e Dr o g as/ CI CAD, ao Program a de Bolsas da OEA, ao Governo do Japão, a

todos os docentes da Universidade de Alberta/ Canadá, e aos onze representantes dos sete países da Am érica Lat ina que part iciparam do “ I Program a I nt ernacional d e Pesq u i sa ” i m p l em en t a d o n a Un i v er si d a d e d e Albert a/ Canadá no ano de 2003- 2004.

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