RevBrasAnestesiol.2015;65(4):302---305
REVISTA
BRASILEIRA
DE
ANESTESIOLOGIA
PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia www.sba.com.brINFORMAC
¸ÃO
CLÍNICA
Bloqueio
paravertebral
guiado
por
ultrassom
para
piloromiotomia
em
3
recém-nascidos
com
estenose
hipertrófica
de
piloro
congênita
Javier
Mata-Gómez,
Rosana
Guerrero-Domínguez
∗,
Marta
García-Santigosa
e
Antonio
Ontanilla
DepartamentodeAnestesiologiaeReanimac¸ão,HospitalUniversitárioVirgendelRocío,Sevilha,Espanha
Recebidoem9dejaneirode2014;aceitoem13demarçode2014 DisponívelnaInternetem7demaiode2015
PALAVRAS-CHAVE
Piloromiotomia; Bloqueio paravertebral; Estenosehipertrófica depiloro;
Anestesiaregional; Pediátrica
Resumo
Justificativaeobjetivos: A estenose hipertrófica do piloro é uma condic¸ão relativamente
comum do trato gastrintestinal na infância, que causa um quadro de vômitos em jato e alterac¸õesmetabólicasqueenvolvemumaltoriscodeaspirac¸ãoduranteainduc¸ãoda aneste-sia.Assim,recomenda-seumatécnicasobanestesiageraleinduc¸ãointravenosadesequência rápida,pré-oxigenac¸ãoepressãocricoide.Apósacorrec¸ãodaalcalosemetabólicasistêmica enormalizac¸ãodopH,olíquidocerebrospinalpodemanter umestadodealcalose metabó-lica. Isso, juntamentecom os efeitos residuais de agentes bloqueadores neuromusculares, anestésicoseopioides,podeaumentaroriscodeapneiapós-operatóriaapósanestesiageral.
Casosclínicos: Apresentamos o manejo bem-sucedido em três recém-nascidos que foram
submetidosapiloroplastiaporapresentarestenosehipertróficadopilorocongênita.O procedi-mentofoifeitosobanestesiageralcomintubac¸ãoorotraquealeinduc¸ãodesequênciarápida. Emseguida,fez-seumbloqueioparavertebralguiadoporultrassonografiacomométodo anal-gésicosemanecessidadedeadministrac¸ãodeopioidesduranteoperíodointraoperatórioeque mantémonívelanalgésicoadequado.
Conclusões:A anestesiaregional écomprovadamente seguraeeficaz napráticapediátrica.
Consideramosobloqueioparavertebralguiadoporultrassomcomdoseúnicacomoumapossível opc¸ãoaoutrastécnicasregionaisdescritas,evitaousodeopioidesebloqueadores neuromus-cularesduranteaanestesiageralereduzoriscodeapneiacentralnopós-operatório. ©2014SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:rosanabixi7@hotmail.com(R.Guerrero-Domínguez).
http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2014.03.011
Bloqueioparavertebralguiadoporultrassomparapiloromiotomiaem3recém-nascidos 303
KEYWORDS
Pyloromyotomy; Paravertebralblock; Hypertrophicpyloric stenosis;
Regionalanesthesia; Pediatrics
Ultrasound-guidedparavertebralblockforpyloromyotomyin3neonates withcongenitalhypertrophicpyloricstenosis
Abstract
Backgroundandobjectives: Hypertrophicpyloricstenosisisarelativelycommonaffectionof
gastrointestinaltractinchildhood thatresultsinsymptoms, suchasprojectilevomitingand metabolicdisordersthatimplyahighriskofaspirationduringanestheticinduction.Inthisway, thecarryingoutofatechniquewithgeneralanesthesiaandintravenousrapidsequence induc-tion,preoxygenationandcricoidpressurearerecommended.Afterthecorrectionofsystemic metabolicalkalosisandpHnormalization,cerebrospinalfluidcankeepastateofmetabolic alka-losis.Thiscircumstance,inadditiontotheresidualeffectofneuromuscularblockingagents, inhalantanestheticsandopioidscouldincreasetheriskofpostoperativeapneaafterageneral anesthesia.
Casereport: Wepresentthesuccessfulmanagementin3neonatesinthoseapyloromyotomy
wascarriedoutbecausetheyhadpresentedcongenitalhypertrophicpyloricstenosis.This pro-cedure was doneunder generalanesthesia withorotracheal intubationandrapid sequence induction. Then,ultrasound-guidedparavertebralblock wasperformedasanalgesic method withouttheneedforadministratingopioidswithinintraoperativeperiodandkeepingan appro-priateanalgesiclevel.
Conclusions: Localanesthesiahasdemonstratedtobesafeandeffectiveinpediatricpractice.
Weconsidertheultrasound-guidedparavertebralblockwithonedoseasapossiblealternative forotherlocaltechniquesdescribed,avoidingtheuseofopioidsandneuromuscularblocking agentsduringgeneralanesthesia,andreducingtheriskofcentralapneawithinpostoperative period.
© 2014SociedadeBrasileirade Anestesiologia.Publishedby ElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.
Introduc
¸ão
Aestenosehipertróficadopiloro(EHP)éumdistúrbio gas-trointestinal próprio da infância, com uma incidência de 0,9-5,1/1.000casos1, uma idade média de apresentac¸ão de cincosemanas e um peso médio de 4kg---1. O
qua-dro clínico clássico é caracterizado por vômitos em jato, desnutric¸ão, desidratac¸ão e distúrbios eletrolíticos e metabólicos.1 O tratamento dessa condic¸ão consiste numa piloromiotomia sob anestesia geral e intubac¸ão orotraqueal,2 o que representa um desafio para os anes-tesiologistas dadoo risco deaspirac¸ão broncopulmonar.3,4 As alterac¸õesmetabólicasfrequentes nocontextodeuma anestesiageral porhiperventilac¸ão3,4ouadministrac¸ão de opioidesebloqueadoresneuromuscularespodemaumentar oriscodeapneiacentral.Umacirurgiasobanestesiageral combinada com técnicas locorregionais poderia reduzir o riscodeapneiaecomplicac¸õespós-operatórias.3,5
Casos
clínicos
Apresentamos três lactentessubmetidos a piloromiotomia devidoaEHPcom30,34e42diasdeidadeepesosde3.500; 3.200e4kgrespectivamente.Nachegadaàsaladecirurgia forammonitorados porpressão arterial não invasiva, ele-trocardiograma e oximetria de pulso e canalizou-se uma veia periférica sob sedac¸ão com sevoflorano a 5%. Foram administrados 0,02mg/kg---1 de atropina intravenosacomo
pré-medicac¸ãoefez-seumainduc¸ãointravenosade propo-folaumadosede4mg/kg---1 atéatingirascondic¸õesideais
paraintubac¸ãotraquealcominduc¸ãodesequênciarápidae pressãocricoide.Posteriormentecomprovou-seacolocac¸ão correta do tubo endotraqueal por meio de capnografia e instaurou-seventilac¸ãomecânica avolumeem modo con-trolado.Aanestesiafoimantida comsevofloranoa1CAM. Atécnicaparavertebralfoiaplicadaapósainduc¸ão anes-tésicanaposic¸ãodedecúbitolateralesquerdoemanteve-se o lado direito acessível para o procedimento. O material usadoconsistiu em umultrassom ToshibaNemio XG® com
transdutorplanomodeloPLM-1202S®eumaagulha
hipodér-micade23Gde25mmdecomprimento.OníveldeT8foi identificadoporcolocac¸ãodasondaemsentidotransversal elateralaoprocesso espinhosonessenível, localizou-sea sombraacústica hiperecogênica costale, posteriormente, deslocou-se ligeiramente em direc¸ão craniana até identi-ficar a pleura como uma linha hiperecogênica no espac¸o intervertebral com eco posterior em forma de cauda de cometa;acimadele,umaimagemisoecogênica correspon-denteaomúsculointercostalexternoemedialeforadesse umalinhahiperecoicaqueserviuparamarcaroslimitesdo espac¸oparavertebral.Depoisdeidentificaressasestruturas aagulha(fig.1)foiintroduzidaemcondic¸õesestéreis, late-ralemedialàsondaeselocalizouemtodososmomentosa pontadasondaatéatingir oespac¸oparavertebral,quefoi infiltrado-ocom0,25mL/kg---1debupivacaínaa0,25%emum
únicobóluseapósaspirac¸ãopréviaparadescartarinjec¸ão intravascular(fig.2).
304 J.Mata-Gómezetal.
Figura1 Feituradebloqueioparavertebralguiadopor ultras-somempacientecomEHP.
Figura 2 Vista por ultrassom do espac¸o paravertebral em níveldeT8.
extubac¸ãoprecoceapósaconclusãodoprocedimento cirúr-gico.
Nãohouveepisódiosdeapneianasprimeiras24horasde pós-operatórioenenhumdostrêsbebêsprecisoude analge-sianasprimeiras12horas.
Discussão
OsvômitosrecorrentesassociadosaEHPcausamumestado dealcalosemetabólicahipoclorêmica3eumaumentodopH dolíquido cerebrospinal.Aalcalosedolíquido cerebrospi-nal podepersistirapós a correc¸ão daalcalosemetabólica sistêmica.3 O pH do líquido cerebrospinal é um dos fato-resdeterminantesdoestímulorespiratório.3As alterac¸ões metabólicas, a hiperventilac¸ão, a desidratac¸ão e o efeito residualdebloqueadores neuromusculares, agentes inala-tórios e fundamentalmente opioides empregados durante oprocedimentoanestésico3 poderiamaumentaroriscode apneiacentral,aumentadoemprematuros,queconstituem 12% dos casos,3 o que levaa problemas respiratórios que precisamdeventilac¸ãomecânicademaneiraprolongada.2
Osrecém-nascidossãoespecialmentesensíveisaos efei-tos depressores respiratórios associados a analgesia com opioides. Essa sensibilidade parece estar relacionada à imaturidadedosmúsculosrespiratóriosedoscentrosde con-trole respiratórios.3 Embora as complicac¸ões respiratórias eaincidência depausasdeapneiasejammaisfrequentes nessesúltimos,apneiaspós-operatóriasforamdescritasem recém-nascidossaudáveisnosquaissefezumapiloroplastia eforamadministradosopiodesnoperíodointraoperatório.3 Forammantidosintubadoseconectadosaventilac¸ão mecâ-nica no período pós-operatório. Por esse motivo, alguns anestesistasrecomendamlimitarousodeopioidesdurante piloromiotomia.3
Ospacientescom EHPsãoconsiderados de‘‘estômago cheio’’,1,3,4 de modo que se recomenda uma técnica de anestesia geral com pré-oxigenac¸ão adequada e induc¸ão de sequência rápida com pressão cricoide e intubac¸ão orotraqueal4 com o objetivo de reduzir o risco de aspirac¸ão broncopulmonar. Até 5% dos anestesistas reco-mendam intubac¸ão em vigília para limitar o risco de aspirac¸ãoepossíveldessaturac¸ão.Noentanto,elaestá asso-ciadaaoutrascomplicac¸ões,comotraumadetecidosmoles, bradicardia,laringoespasmoehipóxia.4Ainduc¸ãoinalatória temsidorecomendadadevidoasuaseguranc¸aempacientes pediátricos.2,4,6
No período neonatal, a analgesia regional está indi-cada quando a nossa meta é uma extubac¸ão precoce. Além de proporcionar um nível adequado de analgesia intraoperatória e uma maior durac¸ão da mesma durante o período pós-operatório,5 fornece um grau de rela-xamento muscular que facilitará a técnica cirúrgica.7 Anecessidadede suporteventilatório nopós-operatórioé reduzidademaneiraimportante7quandotécnicasde anal-gesia locorregionais são aplicadas,em comparac¸ão com a administrac¸ãodemedicamentos opioidesintraoperatórios, diminuem a durac¸ão da ventilac¸ão mecânica e minimi-zam ascomplicac¸ões respiratórias,o que reduz, assim, a morbimortalidade.7
Para aaplicac¸ão de umatécnica de anestesia locorre-gional é necessário saber a localizac¸ão exata da incisão cirúrgica.Apiloromiotomiarequerumaincisão supraumbili-caldireita.Onívelanalgésicoénecessárioparaessacirurgia T4.1
Apresentamos uma técnica anestésica inovadora nos pacientescomEHPsubmetidosapiloromiotomia,combase na feitura de um bloqueio torácico paravertebral (BPV) guiadoporultrassomeadministrac¸ãodedoseúnicade anes-tésicolocalsobanestesiageraleintubac¸ãoorotraqueal.
Oespac¸o paravertebral torácico é umaáreaem forma de cunha que contém os nervos torácicos e o tronco simpático.8,9Aparedeposterioré formadapeloligamento costotransversosuperior,aparedemedialpelocorpo verte-braleodiscointervertebraleaparedeanterolateralpela pleuraparietalquecontinuacomoespac¸ointercostal8.No BPV bloqueia-se o ramo anterior das raízes nervosas, os ramoscomunicantescinzaebrancoe acadeia simpática9. Para minimizar o risco de punc¸ão vascular, lesão nervosa e pneumotórax, recomenda-se uma técnica guiada por ultrassom.8,9
Bloqueioparavertebralguiadoporultrassomparapiloromiotomiaem3recém-nascidos 305
dehipotensãoereduc¸ãodecomplicac¸õespulmonares.Além disso, a administrac¸ão de anestésicos locais no espac¸o paravertebralproduzumbloqueiosomáticoesimpático uni-lateral que é vantajoso para os procedimentos cirúrgicos unilateraisdetóraxeabdome.
Háváriosestudosemqueoutrastécnicaslocorregionais sãousadasnapiloromiotomiaporEHP.
Willschkeetal.1descreveramumatécnicaperidural torá-cica guiada por ultrassom sob sedac¸ão como uma opc¸ão possívelparaaanestesiageralparapiloromiotomia.
Atualmente,aevidênciasustentaqueoBPVétãoeficaz quanto o bloqueio peridural para o manejo da dor pós--operatóriaeumperfildeseguranc¸amelhordoquetécnicas neuroaxiais.5
Somri et al.3 sugeriram que a anestesia espinhal com bupivacaínaisobárica aumaconcentrac¸ão de0,5% e uma dose de 0,8mg/kg---1 constitui uma opc¸ão para anestesia
geral. No entanto, o bloqueio espinhal para piloromio-tomia pode causar um bloqueio alto descontrolado com consequente insuficiência respiratória1 e necessidade de intubac¸ãoorotraquealurgente.3
Moyao-Garcia et al.4 expõem séries de casos de pilo-romiotomia com a feitura de um bloqueio caudal com bupivacaína a 0,25% e volume de 1,6mL/kg---1. Apesar do
uso de altas doses de anestésico local, o nível exigido deanalgésicopoderiaserinsuficientee sernecessárioum nível T4-T61. A dose de anestésicos locais administrada no bloqueio caudal para alcanc¸ar um nível metamé-rico de analgesia adequado ultrapassa as doses máximas recomendadas5epodecondicionarcomplicac¸ões neurológi-casecardiovasculares4quenesteestudopoderiamtambém estarmascaradas,dadoograudeprofundidadedesedac¸ão empregado.
Poroutrolado,obloqueiosimpáticoassociadotantoao bloqueioespinhalcomo àanestesia caudalpoderiacausar repercussõeshemodinâmicasempacienteshipovolêmicose desidratadosdevidoaoquadroclínicosubjacente.
Nestes três estudos comentados, osautores usam téc-nicaslocorregionaiscombinadascomsedac¸ãoprofunda,de modoqueopacientesomenterespondiaanteestímulos for-tes.
Emnossaopinião,aintubac¸ãoendotraquealéuma téc-nica mais segura no controle das vias respiratórias em pacientes submetidos a piloromiotomia, uma vez que os níveisdesedac¸ãousadosparamanteraimobilidadedo paci-ente,bemcomoavariabilidadedarespostaàsedac¸ãoem recém-nascidos, tanto com o uso de midazolam como de propofol, poderiam comprometer a seguranc¸a davia res-piratória e condicionar a perda de reflexos, com o risco consequentedeaspirac¸ãobroncopulmonarempacientesde altorisco.
Portanto, a partir de nossa experiência, foi feita uma induc¸ão intravenosa sem administrac¸ão de bloqueadores neuromuscularesnemopioides,oquediminuiuaincidência deepisódiosdeapneianoperíodopós-operatórioporefeito
farmacológicoresidual.Com a feiturado BPVforam obti-dascondic¸õesideaisdeanalgesiae relaxamentomuscular parafacilitaroacessocirúrgicoeumaanalgesiaadequada nas12horas depós-operatóriosemanecessidadede anal-gésicossuplementares,períodoque coincide coma maior incidênciadeapneianessespacientes.
Emresumo,oBPVguiadoporultrassomcombólusúnico de anestésico local associado a uma técnica anestésica geral com intubac¸ão orotraqueal foi usado em três casos derecém-nascidoscompiloromiotomiaparaEHPcomêxito, sem episódios de apneia nas 24horas de pós-operatório. Consideramos essa técnica uma opc¸ão atraente para a administrac¸ão de opioidesintravenosos durante a aneste-siageral,que aprimoraumníveladequado deanalgesiae reduzi as complicac¸ões respiratórias associadas ao efeito residualdosopioidese,portanto,oriscodeapneiacentral epossibilitatambémumaextubac¸ãoprecoce.3
Alémdisso,emcomparac¸ãocomoutrastécnicas locorre-gionaisdescritas,apartirdenossaexperiência,obloqueio paravertebral reduz o risco de insuficiência respiratória associada ao bloqueio peridural, é associado a menos complicac¸ões e, aocontrário dobloqueio caudal,garante umnívelanalgésicosuficienteparaatécnicacirúrgica.1,5,7
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Referências
1.Willschke H, Machata AM,Rebhandl W, et al. Managementof hypertrophicpylorusstenosiswithultrasoundguidedsingleshot epiduralanaesthesia---aretrospectiveanalysisof20cases. Pae-diatrAnaesth.2011;21:110---5.
2.KachkoL,SimhiE,FreudE,etal.Impactofspinalanesthesia foropenpyloromyotomyonoperatingroomtime.JPediatrSurg. 2009;44:1942---6.
3.SomriM,GaitiniLA,VaidaSJ,etal.Theeffectivenessandsafety ofspinalanaesthesiainthepyloromyotomyprocedure.Paediatr Anaesth.2003;13:32---7.
4.Moyao-García D,Garza-LeyvaM,Velázquez-ArmentaEY,etal. Caudal block with 4mg×kg−1 (1.6ml×kg−1) of bupivacaine
0.25% inchildrenundergoing surgicalcorrection ofcongenital pyloricstenosis.PaediatrAnaesth.2002;12:404---10.
5.JöhrM,BergerTM.Regionalanaesthetictechniquesforneonatal surgery:indicationsandselectionoftechniques.BestPractRes ClinAnaesthesiol.2004;18:357---75.
6.AndreuE,SchmuckerE,DrudisR,etal.Algorithmforpediatric difficultairway.RevEspAnestesiolReanim.2011;58:304---11.
7.BosenbergA.Benefitsofregionalanesthesiainchildren.Paediatr Anaesth.2012;22:10---8.
8.ChellyJE.Paravertebralblocks.AnesthesiolClin.2012;30:75---90.