• Nenhum resultado encontrado

Aplicação clínica do bloqueio anestésico paravertebral torácico em operações de mama.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Aplicação clínica do bloqueio anestésico paravertebral torácico em operações de mama."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Anestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Aplicac

¸ão

clínica

do

bloqueio

anestésico

paravertebral

torácico

em

operac

¸ões

de

mama

Sara

Socorro

Faria

a

e

Renato

Santiago

Gomez

b,c,∗

aUniversidadeFederaldeGoiás(UFG),Goiânia,GO,Brasil

bDepartamentodeCirurgiadaFaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),BeloHorizonte,MG,

Brasil

cHospitaldasClínicasdaFaculdadedeMedicinadaUniversidadeFederaldeMinasGerais(UFMG),BeloHorizonte,MG,Brasil

Recebidoem11dejulhode2013;aceitoem29dejulhode2013 DisponívelnaInternetem2desetembrode2014

PALAVRAS-CHAVE

Bloqueio paravertebral; Câncerdemama; Complicac¸ões pós-operatórias

Resumo

Introduc¸ão: oadequadotratamentodadorpós-operatóriatemsidodefundamentalimportância

noscuidadoscomopacientecirúrgico.Entreastécnicasdeanalgesiadirecionadasparaesse grupo de pacientes,o bloqueioparavertebral torácico combinadocomaanestesia geralse destacapelosbonsresultadosepelafavorávelrelac¸ãorisco-benefício.Muitosanestésicoslocais e outrosfármacosadjuvantes vêmsendo investigadospara usonessatécnica, comvistas a melhoraraqualidadedaanalgesiaereduzirosefeitosadversos.

Objetivo: avaliaraeficáciaeaseguranc¸adobloqueioparavertebralemcomparac¸ãocomoutros

regimesanalgésicoseanestésicosemmulheressubmetidasacirurgiasparacâncerdemama.

Métodos: revisãointegrativadaliteraturade1966a2012,feitapormeiodetermosespecíficos

nosbancosdedadosinformatizados,deartigosqueinvestigaramascaracterísticasclínicase osefeitosadversosebenéficosdobloqueioparavertebraltorácico.

Resultados: noperíodo selecionado,foramidentificados 16 estudos randomizados que

pre-enchiam os critérios de selec¸ão estabelecidos para essa revisão bibliográfica. O bloqueio paravertebraltorácicodemonstrouumareduc¸ãosignificativadadorpós-operatória,bemcomo diminuic¸ãodadordurantemovimentosdobrac¸oapósacirurgia.

Conclusão:obloqueio paravertebraltorácicoreduziu anecessidadepós-operatóriade

anal-gésicos quandocomparado ao grupo placebo, notadamentedentro das primeiras 24 horas. Oempregodessatécnicapoderiagarantirumaanalgesiapós-cirúrgicaderelevânciaclínica. Novosestudos,commaioresgrupospopulacionais,fazem-senecessários,umavezqueo blo-queio paravertebralparece promissor em analgesia preemptiva para cirurgia decâncer de mama.

©2014SociedadeBrasileira deAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:renatogomez2000@yahoo.com.br(R.S.Gomez). http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2013.07.018

(2)

KEYWORDS

Paravertebralblock; Breastcancer; Postoperative complications

Clinicalapplicationofthoracicparavertebralanestheticblockinbreastsurgeries

Abstract

Introduction:optimumtreatmentforpostoperativepainhasbeenoffundamentalimportance

insurgicalpatientcare.Amongtheanalgesictechniquesaimedatthisgroupofpatients, tho-racicparavertebralblockcombinedwithgeneralanesthesiastandsoutforthegoodresultsand favorablerisk-benefitratio.Manylocalanestheticsandotheradjuvantdrugsarebeing investi-gatedforuseinthistechnique,inordertoimprovethequalityofanalgesiaandreduceadverse effects.

Objective:evaluate theeffectiveness and safetyofparavertebralblock compared toother

analgesicandanestheticregimensinwomenundergoingbreastcancersurgeries.

Methods:integrativeliteraturereviewfrom1966to2012,usingspecifictermsincomputerized

databasesofarticlesinvestigatingtheclinicalcharacteristics,adverseeffects,andbeneficial effectsofthoracicparavertebralblock.

Results:ontheselecteddate,16randomizedstudiesthatmettheselectioncriteriaestablished

for thisliteraturereview wereidentified.Thoracicparavertebralblock showedasignificant reductionofpost-operativepain,aswellasdecreasedpainduringarmmovementaftersurgery.

Conclusion:thoracicparavertebralblockreduced postoperativeanalgesic requirement

com-paredtoplacebogroup,markedlywithinthefirst24hours.The useofthistechniquecould ensurepostoperativeanalgesiaofclinicalrelevance.Further studieswithlargerpopulations arenecessary,asparavertebralblockseemstobepromisingforpreemptiveanalgesiainbreast cancersurgery.

©2014SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevier EditoraLtda.Allrights reserved.

Introduc

¸ão

Onúmerodecasosnovosdecâncer demamatem aumen-tadonosúltimosanos,comriscoestimadode52casospara cada 100 mil mulheres.1 Analogamente ao observado na

populac¸ãomundial, ocâncerdemama passouaser a pri-meiracausademortalidadeentreapopulac¸ãofeminina.2,3

Cerca de 40% das pacientes vivenciam dor aguda clini-camente significativa no pós-operatório (acima de 5 na Escala VisualAnalógica). Issoindica que, comoem outros procedimentoscirúrgicos,o tratamentodadornãoé sufi-ciente.Ademais,adoragudapós-operatóriaéumfatorde riscoimportanteparaodesenvolvimentodedorcrônicaem mulheresapóscirurgiamamária.4Portanto,umaabordagem

terapêuticaparaadorpós-cirúrgicadecâncerdemamase faznecessária.

Ocontrole dadorpós-operatória emprocedimentosde cirurgiamamária é fundamental. A issose somaa neces-sidade do tratamento das comorbidades pós-operatórias, assim como náuseas e vômitos, visto serem essas as três principais variáveis relacionadas à restric¸ão da alta hospitalardaspacientessubmetidasaprocedimentos cirúr-gicos,taiscomoquadrantectomiaemastectomia.Náuseas evômitosestãorelativamentesobcontrolecomoadvento dosnovosagentesantieméticos.O bloqueioparavertebral temsemostradoumaopc¸ãoviávelàclássicaanalgesia mul-timodal,notadamentenosúltimosanos,comoempregode opioideseanti-inflamatórios.5

Com o advento da ultrassonografia para feitura de bloqueios anestésicos, seu uso tornou-se ferramenta deavaliac¸ãopré-operatóriaquepredizapossibilidadedese fazerumbloqueiononeuroeixo.6Ousodessapropedêutica

auxiliar pode evitar lesão de estruturas como vasos e pleura, alémde permitir a injec¸ão precisa do anestésico local sob visualizac¸ão direta. Um estudo prévio apontou que o bloqueio paravertebral torácico (BPT) pode ser considerado uma opc¸ão eficiente que propicia anestesia e analgesia pós-operatória (PO) em cirurgias mamárias, bemcomoreduc¸ãonaintensidadedadorenoconsumode fármacosparanáuseasevômitos.7

Apesardonúmerocrescentedeartigosrelacionadosao tratamentodedorpós-operatória,agudaecrônica,nãose verificouumarevisãointegrativa,noqueserefereaotema em pauta. Sendoassim,o objetivodeste estudoé avaliar aeficácia eseguranc¸adoBPTem comparac¸ãocomoutros regimesanalgésicoseanestésicosemmulheressubmetidas acirurgiasparacâncerdemama,comvistasaocontroleda dorpós-cirúrgica.

Métodos

Fez-se uma revisão integrativa da literatura referente aos estudos de delineamento randomizados e/ou duplo--cegos, com enfoque populacional e hospitalar. A busca foi feita em fevereiro de 2013, nas bases de dados com-putadorizadas PubMed (http://www.pubmed.gov), Coch-rane Controlled Trials Register (Central, The Cochrane Library---http://www.thecochranelibrary.com.br),Embase (http://www.embase.com) e Lilacs (http://lilacs.bvsalud. org).

(3)

82 artigos identificados nas bases de dados

50 estudos potencialmente relevantes

15 artigos com informações úteis incluídas na revisão integrativa

20 estudos excluídos por causa da irrelevância para o tema

específico

15 artigos foram ilegíveis, segundo os critérios pré-definidos (testes não randomizados, 3 estudos em idioma russo).

Figura1 Sistematizac¸ãodoprocessodeselec¸ãodosestudos.

para a obtenc¸ão dos estudos foram: breast surgery

[Mesh], post operative analgesia [Mesh], post operative chronicpain[Mesh],paravertebralblock[Mesh]e preinci-sionalparavertebralblock[Mesh]. Foramadotados artigos querespondessemàquestãonorteadoraestabelecidae obe-decessemaosseguintescritériosdeinclusão:queversassem sobreosefeitos, ascaracterísticasclínicas, aeficácia e a seguranc¸a do bloqueio paravertebral associado à aneste-sia geral e placebo-controladoem mulheres submetidas à cirurgiaparacâncerdemama;estudosrandomizados inde-xados nasbases dedadossupracitadas de 1966 a 2012;e queosresumosestivessemdisponíveison-line.Como crité-riosde exclusão,não foramselecionadas publicac¸ões não randomizadas,editoriais,revisõeserelatosdecaso.

Osartigosselecionadosforamanalisados(fig. 1)e lidos na íntegra com base em roteiro que considerou as carac-terísticas do estudo (tipo e desenho da pesquisa, ano e local); métodos de avaliac¸ão; participantes (número de participantes, critérios de inclusão, média de idade, tipo de cirurgia,técnica anestésica,objetivos do estudo, algoritmodecontroleparaogerenciamentodador,usode medicamentofixocontraadorpós-operatóriaemambosos grupos deestudos--- BPTe AG ouplacebo, profilaxia pós--operatóriacontravômitos);principaisdesfechosclínicos.

Resultados

Foram identificados 82 estudos, dentre os quais 15 pre-encheram os critérios de inclusão (fig. 1). Os artigos selecionadosforaminseridosemumquadro(tabela1)afim decompará-los.Alémdesses,aolongodestarevisãoforam citados outrosdocumentos para fundamentac¸ão teóricae discussão do tema. Foram excluídos aqueles estudos que claramente nãose encaixaram nos critériosde inclusãoe foramobtidascópiasdostextos quepotencialmenteeram relevantes.

Foram randomicamente designadas para grupos de intervenc¸ão ou controle 825 participantes submetidas à cirurgiamamáriados15estudosincluídos.Ostiposde cirur-gia foram: remoc¸ão do tumor, mastectomia com ou sem dissecc¸ãoaxilar,quadrantectomiaemastectomiaseguidade reconstruc¸ão imediata.Somente uminvestigador demons-trou estatísticas cirúrgicas detalhadas, bem como dados da operac¸ão.7 Os principais critérios de inclusão das

pesquisasconsistiramem: adultos (maiores de18 anos) e classificac¸õesdeI aIII doestadofísicodepacientes

cirúrgi-cosdeacordocomaSociedadeAmericanadeAnestesiologia (ASA).Desordensdecoagulac¸ão,tratamentoscom anticoa-gulantes,alergia àanestesia localeinfecc¸ões nolocal da injec¸ãotorácicaenquadraram-senoscritériosdeexclusão emtodososestudos.

A técnica descrita por Eason e Wyatt foi usada a fim deestabelecero BPT.8 O anestésicolocalera injetadono

espac¸o paravertebral entre o terceiro e o quarto níveis torácicos.Bupivacaína0,25-0,5%foioanestésicolocalmais comumenteadministrado.7,9---12 Lidocaína 2% foiusada em

umestudo,13 enquanto outrotestou umamistura de

lido-caína 2%, bupivacaína 0,5% com epinefrina, fentanil e clonidina.14Aadic¸ãodefentanil(0,05%)foiassociadaa

náu-seasevômitos,enquantoaclonidinaresultouemalterac¸ões hemodinâmicas (hipotensão arterial).14 A levobupivacaína

(0,1%)administradadeformaisoladanãofoieficazna anal-gesia doBPT após cirurgiamamária.A ropivacaína (0,5%) agiude formamaisrápida quando empregada e ofereceu maiordurac¸ãoanestésica.15---17Osprincipaisagentesusados

nainduc¸ãoanestésica,namaioriadosestudos,foram pro-pofol,fentanil ousufentanila. O tiopental foi empregado em umestudo.13 Aanalgesiafoi proporcionadapor vários

opioidesadministradosembolus.Diferentesanalgésicos adi-cionais (acetaminofeno, anti-inflamatórios não esteroides [Aines]tradicionais,coxibe)foramdistribuídosemtodosos trabalhos. Com a finalidade de diminuir a prevalência de náuseasevômitosnoPO,usaram-sedexametasona, ondan-setronaouambos antesdaoperac¸ão,conformerotina em cada instituic¸ão. Os pacientes foram ventilados por sis-temadeanestesia comabsorvedor dedióxido decarbono e ventilac¸ão mecânica com pressão positiva controlada a pressão.

Houve uma diferenc¸a significativa nos níveis de ‘‘pior dor pós-operatória’’ entre os grupos de BPT e AG com <2horas,2-24horase24-48horas.Aheterogeneidade influ-enciounosresultadosemtodososperíodos.Dadosdistintos emníveisdedorduranteorepousoforamselecionadosem doisestudos9,10ehouveapenasumapontuac¸ãodedor

ligei-ramentemelhor durante todosos intervalos detempo no grupo BPT, apesar da não significância estatística. Houve reduc¸ãosignificativanosníveisdedoremrepousonoperíodo de2-24horas e em todososintervalos detempodurante o movimento. Cinco estudos,10---14 que incluíram dadosde

215 pacientes, compararam níveis de dor pós-operatória aguda(EVA/NRS)emmulheressubmetidasàcirurgiaporBPT eAGemcomparac¸ãocomAGisoladanotratamentodador agudaPO.Verificou-seumadiferenc¸asignificativanosníveis das‘‘pioresdoresduranteoperíodopós-operatório’’entre ogrupoBPTeocontrole(<2horas).Dadossobrea necessi-dadede analgesiaderesgate foramanalisados emquatro pesquisas.11---14 Um menor número de pacientes requereu

opioidesnointervalo 0-24 horasapós passar pelacirurgia porBPT e AG quando comparados com AG isoladamente. OgrupoBPTtambémprecisoudeumaquantidademenorde morfinanointervalo0-24horas.

Quatro estudos11---14 que incluíram 248 mulheres

(4)

Tabela1 Principaiscaracterísticasdosestudossobrebloqueioparavertebralemcirurgiasparacâncerdemama

Autor,ano,local Populac¸ão

(n) Tipode estudo Médiada idade Métodode avaliac¸ão

Objetivosdoestudo Anestésicos

Viadebloqueio Detalhesdatécnica anestésica

Complicac¸ões PrincipaisResultados

Puschetal., 1999;Áustria

86 42---AG; 44---BPT

Prospectivo AG:53anos;

BPT:51anos

EVA CompararoBPTcoma

AGemcirurgiade

câncerdemama

(quadrantectomia,

mastectomiasimples;

mastectomiae

dissecc¸ãoaxilar)

1)BPT:injec¸ãode0,3

ml/Kg(dosemáximade

150mg)a0,5%de bupivacaínanonívelT4; 2)AG:induc¸ãoIVde2-3

mg/Kgdepropofole2-3

microgramasde

fentanil;

3)SPVB

Vômitos

AG:12pacientes; BPT:4pacientes

OBPTrepresentouuma

boaalternativapara cirurgiadecâncerde

mama,apresentando

bonsresultados

Kleinetal.,2000; Carolinado Norte

59 30---AG; 29--- BPT

Randomizado prospectivoe duplo-cego

AG:44anos; BPT:48anos

EVA;NRS CompararoBPTcoma

AGempacientes

submetidasà

reconstruc¸ãomamária

pós-câncerdemama

1)BPT:injec¸ãode4ml

debupivacaína0,5%

comepinefrina

1:400000nonível T1-T7; 2)AG:induc¸ãocom

1,5-2mg/Kgde

propofole1-3

microgramas/kgde

fentanilcomisoflurano

eNOemoxigênio

3)MPVB

Vômitos 30min---BPTxAG (p=0,11); 1h---BPTxAG (p=0,26); 24h---BPTxAG (p=0,04)

OBPTmostrou-secomo

alternativacirúrgica parareconstruc¸ão

mamária,oferecendo

menosdorenáuseas

quandocomparadoàAG

isoladamente

Terheggenetal., 2002; Arhem/Holanda

25 10---BPT; 15---AG

Prospectivoe randomizado

BPT:48

anos;

AG:51anos

EVA Avaliaraeficáciado

BPTVcomaAGem

pacientessubmetidasà

quadrantectomiacom

ousemlinfonodo

sentinela

1)BPT:injec¸ãode15-20 mla0,5%de

bupivacaínacom

epinefrina1:200000por meiodecateter inseridoentreos espac¸osT3-T4.O cateterfoiremovido apósacirurgia; 2)AG:induc¸ãocom

1-1,5micrograma/Kgde

fentanileinfusãode propofol3-5

microgramas/mlcom

mistura1:2deoxigênio

eNO;

3)SPVB

1)Dispneiae hipotensãoarterial (ipacientedo BPT); 2)Punc¸ãopleural acidental(1 pacientedoBPT);

3)Nãohouve

complicac¸õesno

grupoAG

Orisco/benefíciodo

BPTnãodemonstrou

resultadosfavoráveis paraestetipo decirurgia

Kairaluomaetal., 2004;Finlândia

60 30--- BPT; 30---AG

Randomizado BPT:52

anos;

AG:55anos

EVA;Avaliac¸ãodo

movimento(flexão

eabduc¸ãodo ombro)

Verificarospossíveis

efeitosdoBPTcom

bupivacaínaousoluc¸ão salinaantesdaAG

1)BPT:bupivacaína

5mg/mlnonívelT3e

lidocaína2-5ml; 2)AG:induc¸ãocom

propofol2-3mg/Kg.

Sevofluranoe40%de

oxigênio(monitorado

comBIS).Todasas

pacientesforam

intubadaseventiladas

comPPVC;

3)SPVB

Vômitos AG:17pacientes; BPT:10pacientes; p=0,069

Diferenc¸assignificativas

foramobservadasentre

osgrupos.OBPT permitiumaiorgrau demovimentac¸ãodo

ombro;menosdor

(p=0,019).Houve rápidarecuperac¸ãoda func¸ãopsicomotora,

bemcomodocontrole

ocularnogrupoBPT

Iohometal., 2006;Irlanda

29 15---AG; 10---BPT

Prospectivoe randomizado

AG:59anos; BPT:65anos

EVA;McGillPain Questionário

Compararosefeitos

dedoisesquemas

analgésicosea probabilidadedo

aparecimentodedor

crônicapós-cirurgia

demama;Associaras

concentrac¸ões plasmáticasdeNOea probabilidadede posteriordo

desenvolvimentodedor

crônica

1)BPT:2-5mlde lidocaína1%nonível T3;

2)AG:induc¸ãocom

sevoflurano8%em100%

deoxigênio.;

3)CPVB

Umpaciente

desenvolveu

síndromede

Hornernogrupo

CPVB

Nãohouveassociac¸ão entreoNOeo subseqüente

desenvolvimentodedor

crônicaapósdissecc¸ão axilar

Kairaluomaetal., 2006;Finlândia

60 30---BPT; 30---AG

Prospectivo, randomizado, duplo-cego

- EVA;POMS;NRS DeterminarseoBPT

estariaassociadocom

menosdorneuropática

apóscirurgiapara

câncerdemama

(dissecc¸ãoaxilare linfonodosentinela)

1)BPT:0,5de

bupivacaína1,5mg/Kg

nonívelT3; 2)AG:induc¸ãocom

propofol2-3mg/Kg.

Sevofluranoe40%de

oxigênio(monitorado

comBIS).Todasas

pacientesforam

intubadaseventiladas

comPPVC

3)SPVB

Nãohouverelatos decomplicac¸ões pós-operatórias

Nãohouvediferenc¸as significativasentreos gruposquantoá incidênciaderigidezna cicatrizcirúrgica, distúrbiossensoriais, sintomas musculoesqueléticos, restric¸ãodomovimento

doombroeedema.

Nenhumapaciente

(5)

Tabela1(Continuação)

Autor,ano,local Populac¸ão

(n) Tipode estudo Médiada idade Métodode avaliac¸ão

Objetivosdoestudo Anestésicos

Viadebloqueio Detalhesdatécnica anestésica

Complicac¸ões PrincipaisResultados

Burlacuetal., 2006;Irlanda 52 1)13-19 mlde levobupi-vacaína ---BPT; 2)19ml de levobu-pivacaína

e0,25%de

fentanil ---BPT; 3)19ml de levobu-pivacaína

e0,25%de

clonidina ---BPT; 4)Grupo controle ---AG Grupo1: 51anos; Grupo2: 54anos; Grupo3: 53anos; Grupo4: 57anos

Randomizado EVA;OAA/S Compararosdiferentes

efeitospós-operatórios entreaAGeoBPT

1)Grupo1:19mlbolus levobupivacaína

0,25%mais1mlde

soluc¸ãosalinanormal antesdacirurgia seguindo-seumainfusão contínuaparavertebral delevobupivacaínaa 0,1%;

2)Grupo2:19mlem

boluslevobupivacaína 0,25%,maisfentanil50

mg(1mldevolume)

seguidoporinfusão

delevobupivacaína

0,05%comfentanill g.ml3)Grupo3:19ml embolus levobupivacaína 0,25%comclonidina150

mg(1mldevolume)

antes

daincisãocirúrgica, seguidoporinfusãode levobupivacaína 0,05%comclonidina (3mg.ml)nonívelT3; 4)AG:induc¸ãocom propofol2-3mg/Kg;

5)CPVB

Náuseas (p=0,04)

OBPTdiminuiu

significativamenteador

PO(quadrantectomia,

mastectomiae

mastectomiaseguidade

reconstruc¸ãoimediata)

Molleretal., 2007; Dinamarca

79 38---BPT; 41---AG

BPT: 57,6anos; Placebo: 57,2anos Randomizado, duplo-cego

NRS;PONV AnalisarseoBPT

juntamentecom

propofolemáscara

laríngeafeitosantesda

AGproduzemmelhoria

analgésicanoPOde mastectomia

1)BPT:0,5de ropivacaína(30ml);5 mdelidocaínano processotransverso nonívelC7---T5; 2)AG:propofol (2-3mg/Kg)efentanil;

3)MPVB

1)Náuseas---BPTe AG(7)/Placebo(9); 2)Vômitos---BPTe AG(2)/Placebo(1); 3)Distúrbiosdo sono--- BPTeAG (8)/Placebo(7)

Oconsumodefentanil

foisignificativamente

menornogrupoBPT

duranteaanestesia. Aintensidadedolorosa

nogrupoBPTfoimenor

comp<0,0001

Dabbagh,Elyasi; 2007;Irã

60 30---BPT; 30--- AG

- Randomizado NRS CompararseoBPT

intervémpositivamente

naintensidade

dolorosa,oconsumode

morfinacomoanalgesia

deresgateeotempode hospitalizac¸ãonoPOde

mastectomiasimples

1)BPT:injec¸ãode15ml (lidocaína2%)nonível T4;

AG:4-5mg/Kgde

tiopentalcomhalotano

(1:1misturadeNOe oxigênio); 3)SPVB

Nãohouverelatos decomplicac¸ões pós-operatórias

Observou-sequeoBPT

produzpoucas complicac¸ões,diminuia intensidadedolorosa

podendoserummétodo

alternativoparacirurgia mamária

Sidiripoulou etal.,2007; Itália

48 24---BPT; 24--- AG

BPT:64anos;

AG:67anos

Randomizado EVA;Avaliac¸ãodo

movimento (rotac¸õesexterna einternado ombro,abduc¸ão)

CompararaAGeoBPT

quantoàeficácia

analgésicaeoconsumo

demorfinaapós mastectomia

1)BPT:5mlde lidocaína2%nosníveis T1-T5;

2)AG:induc¸ãode

0,3-0,5mcg/Kgde

sufentanilepropofol; 3)SPVB

Náuseasevômitos 1)BPTeAG: 5pacientes; 2)Placebo: 15pacientes

Osvômitosforammais

freqüentesnogrupoAG.

Oconsumodemorfina

nãodiferiuentreosdois grupos.Aincidênciade náuseasevômitosfoi

menornogrupoBPT

McElwainetal., 2008;Irlanda

37 1)15min: 19; 2)30min: 18

1)15min: 55anos; 2)30min:

54anos

Prospectivo, randomi-zado, duplo-cego

EVA Compararosescoresde

dorentreoBPTeaAG 1)15min

---levobupivacaína---0,2% (bolus:3ml); 2)30min ---levobupivacaína---0,2% (bolus:8ml); 3)AG:induc¸ãode20ml bolusde

levobupivacaína0,25% (paracetamol1g;

diclofenaco75mg;

ondansetrona4mg;

morfina0,15mg/kg)

Síndromede Horner,bradicardia assintomática, infecc¸ão, desconexão docateter

Nãohouvediferenc¸as significativasquantoà intensidadedolorosae

aosmovimentosdo

brac¸o.Observaram-se

menosefeitosadversos

emaiorsatisfac¸ãodas

pacientescomoBPT

Bougheyetal., 2009;Estados Unidos

80 41---AG; 39---BPT

comAG

AG: 57,9anos; BPT:53anos

Prospectivo e randomi-zado

NRS AvaliaroefeitodaAG

comousodeBPT.O

objetivoéocontrole

álgicopós-mastectomia

semreconstruc¸ão plástica

1)BPT:1%e5%de ropivacaínacom

1:400000deepinefrina

nonívelT1-T6; 2)AG:parâmetros cardiovasculares monitorados; 3-6mlde5%de ropivacaínacom 1:4000000epinefrina); medidasprofiláticas

paranáuseasevômitos

(dexametasona, ondansetrona

eprometasina)

3)MPVB

Nãohouve

diferenc¸asnos

escoresdenáuseas

evômitosentreos gruposedemais complicac¸ões

OBPTdiminuiu

significativamenteador

(6)

Tabela1(Continuação)

Autor,ano,local Populac¸ão

(n)

Tipode estudo

Médiada

idade

Métodode

avaliac¸ão

Objetivosdoestudo Anestésicos

Viadebloqueio Detalhesdatécnica anestésica

Complicac¸ões PrincipaisResultados

Buckenmaier etal.,2010; Pensilvânia

73 1)23 ---Placebo; 2)27

---CPVB+

AG; 3)26

---CPVB+AG

Placebo: 58,4anos; 2)54,3anos; 3)54,8anos

Prospectivo, randomi-zado, duplo-cego e placebo--controlado

EscalaLikert; Wong-Baker FacesPain RatingScale; McGillPain Questionário; ProfileofMood States;McCockle

SymptomDistress

Scale

Compararador,

náuseas,humorentre

osgruposBPTeAG

1)BPT:5mlde ropivacaínaeepinefrina 1:400000nonível T1-T6;

2)AG:lidocaína1%com epinefrina1:200000

3)CBPV

Seroma(2);

Linfedema(2); Infecc¸ãodosítio cirúrgico(1);

Síndromede

Horner(1);

OusodoBPTnãofoi

sustentadocom

significâncianeste estudo

Ibarraetal., 2011;Espanha

29 14---AG 15--- AG +BPT

- Randomizado EVA;

Neuroestimulac¸ão

paraBPT;

Entrevista telefônica

Determinaraassociac¸ão entreatécnica anestésica,a intensidadededor pós-cirúrgicaeo

desenvolvimentodedor

crônica

1)Anestesiabalanceada

comsevoflurano,

remifentanila; 2)Anestesiabalanceada

comsevoflurano,

remifentanila

combinadacomBPT

Grupo1: 1)Dorneuropática: 43%;

2)Mamafantasma:

21%; 3)Dormiofascial: 33%; Grupo2: Dorneuropática: 6,7%;

Mamafantasma:

0%; Dormiofascial: 43%;

Adorneuropáticafoi

maisfrequentenas

pacientesdaAG,com

umatendênciamaiora

desenvolversensac¸ão

damamafantasma

Bhuvaneswari etal.,2012; Índia

48 G1)12; G2)12; G3)12; G4)12

G1: 50,7anos; G2: 49,1anos; G3: 48,7anos;

G4:49anos

Randomizado VRS;NRS;PONV Avaliaraeficáciade

menoresconcentrac¸ões

debupivacaínacom

esemfentanilnoBPT

empacientes

submetidosàcirurgia

decâncermama

G1):0,25%bupivacaína

+epinefrina5mg/mL;

G2)0,25%bupivacaína+

epinefrina5mg/mL+

fentanil---2mg/mL;

G3)0,5%bupivacaína+

epinefrina5mg/mL;

G4)Soluc¸ãosalina

Nãohouve

complicac¸ões

Osresultados

demonstramqueo

consumode

analgésicos,aavaliac¸ão dadoreadurac¸ãoda analgesiaforam

comparáveisentreos

pacientesque

receberamBPTcom

bupivacaínaa0,5%e

0,25%debupivacaína+

fentanil.

Abupivacaínaa0,25%+

epinefrinacombinada

comfentanil2ug/ml

proporcionaanalgesia pós-operatória

excelentecomparávelà

bupivacaínaa0,5%+ epinefrina,coma

vantagemdeumperfil

detoxicidademenor,

quandousadoparaum

úniconíveldeBPT torácicoparacirurgia

damama

AG,anestesiageral;BIS,índicebiespectral;BPT,bloqueioparavertebraltorácico;CPVB,catetercontínuo---bloqueioparavertebral;EVA, escalavisualanalógica;MBPV,injec¸õesmúltiplas---bloqueioparavertebral;MCG,microgramas;NRS,escalanumérica;OAA/S,Observer’s AssessmentofAlertnessandSedation;POMS,ProfileofMoodStates;NO,oxidonítrico;PO,pós-operatório;PONV,náuseasevômitos pós-operatório;PPVC,pressãopositivaavolumecontrolado;SPVB,injec¸ãoúnica---bloqueioparavertebral;VRS,escalaverbal.

BPTpodeterprevenidooaumentodaintensidadedolorosa naregião damama após aradioterapia em pacientesque nãofizeramdissecc¸ãoaxilar.Adurac¸ãodoefeitoanalgésico nogrupoBPTeAGfoiduasvezesmaiorquandocomparada àdocontrole(AG).

Discussão

Ocontroleinsuficienteeineficazdadorapósacirurgiapara câncerdemamapodeatrasararecuperac¸ão,limitaraalta hospitalar e aumentar os custos assistenciais dacirurgia, poispoderesultarem dorcrônica.Diversosestudos inves-tigaram a viabilidade do BPT de maneira a reduzir a dor apósacirurgiamamária.18Naanálisedosestudosinclusos,

observam-seevidênciasconsideráveisdequeoBPTseguido comAGforneceumelhoranalgesiaPOcompequenosefeitos

(7)

Asdorescrônicaspós-operatórias,queincluem pareste-sia,neuralgiaintercostobraquial edornamamafantasma, acometem25-50%daspacientesapósacirurgiapararetirada docâncerdemama.20 Osfatoresderiscopreditivosparao

desenvolvimentodadorneuropáticapersistente apósesse tipodecirurgiasãoaradioterapiaequimioterapia adjuvan-tes,dorpréviaàcirurgia,tipodecirurgia,lesãonervosa---do nervo intercostobraquial, fatores psicossociais, ansiedade e depressão, mulheres jovens.20 Observou-se nos estudos

supracitadosumdecréscimomoderado21 emdorescrônicas

pós-operatóriasentreseis e 12 mesespara pacientesque receberam AG com o BPT em comparac¸ão com a AG iso-lada.Porémissodeveseranalisadocomcautela,porcausa donúmerolimitadodetestesinclusosedaheterogeneidade observada.Portanto,hánecessidadedesedesenvolverem estudos maiores para investigar o possível papel preven-tivodoBPTnaincidênciadedorcrônicapós-operatóriaem pacientesquefizeramcirurgiamamária.

O dano cirúrgico ao tecido resulta também na sensibilizac¸ão espinhal, como, por exemplo, a ativac¸ão metabólicaeahipersensibilidadedosneurônios nocicepti-vosdamedula,aexpansãodoscamposreceptivossensoriais easalterac¸õesnoprocessamentodosestímulosinócuos.Tais mudanc¸as neuroplásticas pós-operatórias fundamentam o desenvolvimentodador‘‘patológica’’,queécaracterizada tantopelahiperalgesia(primáriaousecundária)quantopela alodinia.21Dessaforma,umaanalgesiaefetivaobtidaantes

doestímulonociceptivopoderiareduziroriscodasíndrome dedorcrônicaPO.

Adorsentidaduranteosmovimentosfoimenorquando nãoforammaisadministrados inibidores COX-2e nenhum dessas pacientes desenvolveu síndrome dolorosa pós--cirurgia mamária. As evidências sugerem um aumento substancial nos níveis de COX-E na medula espinhal após odanoperiférico.22 Ainibic¸ãoCOX-2,sepostaem prática

imediatamente após a cirurgia, pode auxiliar na reduc¸ão daproduc¸ãode prostanoidee atuar nasmudanc¸as neuro-naisquepodemcontribuirparao desenvolvimentodador crônica.12,22

O óxidonítrico (NO) está relacionado tanto ao desen-volvimento quanto à manutenc¸ão da hiperalgesia.23 Três

mecanismos opcionais têmsido propostos para explicar a sensibilizac¸ãonociceptorainduzidapeloNO:1)oNOpode aumentaraliberac¸ãodeumasubstânciaalgésica,como,por exemplo, aprostaglandina E2; 2)o NO podeinibira ac¸ão

de umasubstância endógenaantinoniceptiva que age nos nociceptoresperiféricos;ou3)oNOpodeagirdiretamente nos nociceptores.24,25 Além disso, estudos farmacológicos

indicam que a sensibilizac¸ão central é, ao menos parci-almente, intermediada pela ativac¸ão dos receptores do N-metil-D-aspartato,fatoquepoderialevar,emúltimocaso, àproduc¸ãodeNO,emboraaligac¸ãoentreaproduc¸ãolocal easistêmicanãoestejadefinida.Operfilperioperatóriodo NOapósacirurgiamamáriafoisemelhanteaoutrosperfis emdiferentestiposdecirurgias(18),comumadiminuic¸ão acentuada 12 horas após a operac¸ão.12 O fato de que

nenhumaoutradiferenc¸aentreosgrupostenhasido detec-tadapodeseratribuídoaonúmeroreduzidodepacientespor grupo.

Uma análise retrospectiva de 129 pacientes submeti-dasà mastectomiae àdissecc¸ão axilarmostrouumbaixo riscoderecorrênciadocâncernaquelasquereceberamBPV

com AG quando comparadas com as que receberam ape-nasAG.Evidênciasrelevantesindicamqueoprocedimento cirúrgico,oqualliberacélulascancerígenasdiretamentena circulac¸ão,osanestésicosvoláteis,quedebilitam a imuni-dade,ousodeopioidesnoperíodopós-operatório,fatores pró-angiogênicose dor por si só estão associados à rein-cidência do câncer.25 As pesquisas demonstraram menor

necessidade quanto ao uso de morfina pós-operatória no grupo de pacientes BPT26 --- o que indica um mecanismo

fisiopatológico potencial para umamenor reincidência de câncerdemama.Acrescenta-seaessesfatoresahipótesede quealgummecanismomolecularlocalnosnervosperiféricos podeserresponsável pelo aumento dadurac¸ão,da quali-dadedobloqueioanestésicolocaledocontroledadorapós aadic¸ão deopioides. Entretanto,esseresultado deveser analisadocomprecauc¸ão,27---30porcausadonúmerolimitado

deestudosincluídosedeumaheterogeneidadesignificativa. Osresultadosdapresenterevisãosãolimitadosporcausa daheterogeneidadeclínica dos estudosincluídos. Em pri-meirolugar, os níveis dedor foram calculadostanto pela escalavisual analógica(EVA)quantopelaescalanumérica (NRS).Apenastrêsestudosexplicitaramdetalhadamentea dor durante o repouso e o movimento do brac¸o (flexão, abduc¸ão,rotac¸õesexternaeinterna).Emsegundolugar,os índicesdedordependeramdaextensãodacirurgia mamá-ria.Issosinalizaqueasoperac¸õesmenosinvasivas,comoas intersecc¸õesdesegmentos,produziramvaloresmaisbaixos dedordoqueamastectomiacomdissecc¸ãoaxilar.Em ter-ceirolugar,otipodeanestésicoslocaiseadjuvantes,dentre elesaclonidinaouopioides,variouentreosestudoseisso podeterinfluenciadoaavaliac¸ãodaintensidadedolorosa. Entretanto,existemevidênciasdequearopivacaína,a bupi-vacaína,alevobupivacaínaealidocaínapropiciamanalgesia similare quea administrac¸ão deadjuvantes nãomelhora aeficáciaanalgésica.Nãoobstante,faltamdadosrelativos àdosagem adequadadeanestésico localusada noPVB na cirurgiamamária.Em quarto lugar, asdiferentes técnicas de estabelecimento de BPT (SPVB, MPVB e CPVB) podem desempenharumpapel importante na eficácia da analge-sia.Percebeu-seumatendênciaàanalgesiamaisprolongada após a combinac¸ão de AG com CPVB, o que gerou, por suavez,reduc¸ãona necessidadenoconsumodeopioides, umavezquereduziramasensac¸ãoálgica.

Conclusão

Verifica-seumaquantidadedeevidênciassobreosbenefícios dequeoBPT combinadoà AGoferececontrole adequado nadorpós-operatória,menor consumo deopioidese pou-cos efeitos adversos (náuseas, vômitos, punc¸ão pleural, pneumotórax) em comparac¸ão com outras estratégias de tratamento com analgésicos. Entretanto,esses resultados são limitados pela heterogeneidade clínica por causa da aplicac¸ão de diferentes procedimentos (cirúrgicos, doses deanestésicoseanalgésicos).Sãonecessáriosmaisestudos paradeterminarosbenefíciosdatécnica.

Conflitos

de

interesse

(8)

Referências

1.JemalA,BrayF,CenterMM,etal.Globalcancerstatistics.Ca CancerJClin.2011;61:69---90.

2.WorldHealth,Organization.,InternationalAgencyforResearch on,Cancer.,WorldCancerReport.Lyon:IARCPress;2009. 3.Brasil.MinistériodaSaúde.Estimativa2012:incidênciade

cân-cernoBrasil.InstitutoNacionaldeCâncerJoséAlencarGomes daSilva,RiodeJaneiro[Acessoemabr2013].Disponívelem: http://www.inca.gov.br/estimativa/2012/estimativa20122111. pdf

4.PeuckmannV,EkholmO,RasmussenNK,etal.Chronicpainand othersequelaeinlong-termbreastcancersurvivors:nationwide surveyinDenmark.EurJPain.2009;13:478---85.G.

5.Vila Jr H, Liu J, Kavasmaneck D. Paravertebral block: new benefits from an old procedure. Curr Opin Anaesthesiol. 2007;20:316---8.

6.ChinKJ,ChanV.Ultrasonographyasapreoperativeassessment tool: predictingthefeasibilityofcentralneuraxialblockade. AnesthAnalg.2010;110:252---3.

7.PuschF,FreitagH,WeinstablC,etal.Single-injection paraver-tebralblockcomparedtogeneralanaesthesiainbreastsurgery. ActaAnaesthesiolScand.1999;43:770---4.

8.EasonMJ,WyattR.Paravertebralthoracicblock---Areappraisal. Anaesthesia.1979;34:638---42.

9.Kairaluoma PM, Bachmann MS, Korpinen AK, et al. Single--injection paravertebral block before general anesthesia enhancesanalgesiaafterbreastcancersurgerywithandwithout associatedlymphnodebiopsy.AnesthAnalg.2004;99:1837---43. 10.KairaluomaPM,BachmannMS,RosenbergPH,etal. Preincisio-nalparavertebralblockreducestheprevalenceofchronicpain afterbreastsurgery.AnesthAnalg.2006;103:703---8.

11.TerheggenMA,WilleF,BorelRinkesIH,etal.Paravertebral bloc-kadeforminorbreastsurgery.AnesthAnalg.2002;94:355---9. 12.IohomG,AbdallaH,O’BrienJ,etal.Theassociationsbetween

severityofearlypostoperativepain,chronicpostsurgicalpain, andplasmaconcentrationofstablenitricoxideproductsafter breastsurgery.AnesthAnalg.2006;103:995---1000.

13.DabbaghA,ElyasiH.Theroleofparavertebralblockin decre-asingpostoperativepaininelectivebreastsurgeries.MedSci Monit.2007;13:CR464---7.

14.Burlacu CL, Frizelle HP, Moriarty DC, et al. Fentanyl and clonidineasadjunctiveanalgesicswithlevobupivacainein para-vertebralanalgesiaforbreastsurgery.Anaesth.2006;61:932---7. 15.Moller JF, NikolajsenL, Rodt SA, et al. Thoracic paraverte-bralblockforbreastcancersurgery:arandomizeddouble-blind study.AnesthAnalg.2007;105:1848---51.

16.SidiropoulouT,BuonomoO,FabbiE,etal.Aprospective com-parisonofcontinuouswoundinfiltrationwithropivacaineversus

single-injectionparavertebralblockaftermodifiedradical mas-tectomy.AnesthAnalg.2008;106:997---1001.

17.BougheyJC,GoravanchiF,ParrisRN,etal.Prospective randomi-zedtrialofparavertebralblockforpatientsundergoingbreast cancersurgery.AmJSurg.2009;198:720---5.

18.KleinSM,BerghA,SteeleSM,etal.Thoracicparavertebralblock forbreastsurgery.AnesthAnalg.2000;90:1402---5.

19.SchnabelA,ReichlSU,KrankeP,etal.Efficacyand safetyof paravertebralblocksinbreastsurgery:ameta-analysisof ran-domizedcontrolledtrials.BrJAnaesth.2010;105:842---52. 20.HuraG,KnapikP,MisiołekH,etal.Sensoryblockadeafter

tho-racicparavertebralinjectionofropivacaineorbupivacaine.Eur JAnaesthesiol.2006;23:658---64.

21.GartnerR,JensenMB,NielsenJ,etal.Prevalenceofandfactors associatedwithpersistentpainfollowingbreastcancersurgery. JAmMedAssoc.2009;302:1985---92.

22.BrennanTJ.Frontiersintranslationalresearch.Anesthesiology. 2002;97:535---7.

23.SamadTA,SapirsteinA,WoolfCJ.Prostanoidsandpain: unra-vellingmechanismsand revealingtherapeutictargets.Trends inMolecularMed.2002;8:390---6.

24.Salter M,Strijbos PJ,Neale S, et al. The nitricoxide-cyclic GMP pathway is required for nociceptive signaling at spe-cific loci within the somatosensory pathway. Neuroscience. 1996;73:649---55.

25.SunMF, Huang HC, Lin SC, et al. Evaluation of nitric oxide andhomocysteinelevelsinprimary dysmenorrhealwomenin Taiwan.LifeSci.2005;76:2005---9.

26.SesslerDI.Long-termconsequencesofanestheticmanagement. Anesthesiology.2009;111:1---4.

27.Buckenmaier CC 3rd, Kwon KH, Howard RS, et al. Double--blinded, placebo-controlled, prospective randomized trial evaluatingtheefficacyofparavertebralblockwithandwithout continuousparavertebralblockanalgesiainoutpatientbreast cancersurgery.PainMed.2010;11:790---9.

28.BhuvaneswariV,JyotsnaW,PreethyJM,etal.Post-operative painandanalgesicrequirementsafterparavertebralblockfor mastectomy:a randomizedcontrolledtrial ofdifferent con-centrations of bupivacaine and fentanyl. Indian J Anaesth. 2012;56:34---9.

29.Ibarra MartíML, S-Carralero G-Cuenca M, Vicente Gutiérrez U,et al.Compariciónentreanestesia generalcono sin blo-queoparavertebralpreincisionalcondosisúnicaydolorcrônico postquirúrgico,encirugíaradicaldecâncerdemama.RevEsp AnestesiolReanim.2011;58:290---4.

Referências

Documentos relacionados

A szakmai találkozó tervezett témái: megfigyeléses vizsgálatok elemzése, kauzalitás, kli- nikai vizsgálatok, hiányzó adatok pótlása, népegész- ségügyi-, szociológiai- és mezőgazdasági

O bloqueio da articulac¸ão facetária é indicado para os pacientes com dor lombar por mais de seis meses e com exames de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética

O artigo titulado ‘‘Comparac ¸ão entre bloqueios peridu- ral e paravertebral torácicos contínuos para analgesia pós-operatória em pacientes submetidos a toracotomias:

no fim da cirurgia e relataram que o bloqueio não prolon- gou o tempo até a primeira necessidade de analgésico em comparac ¸ão com o grupo controle; porém, os autores rela- taram

Injeção intravascular acidental de anestésico local (AL), pneu- motórax, raquianestesia total, bloqueio peridural torácico, entre ou- tras dificuldades, são complicações

Outro fator importante na diminuic¸ão das taxas de câncer é a diminuic¸ão da esteatose hepática nos pacientes subme- tidos à cirurgia metabólica.. A diminuic¸ão da esteatose

Concluímos que o bloqueio peridural torácico com solução de ropivacaína a 0,5% adicionada de sufentanil, associado à se- dação com propofol em infusão venosa contínua,

Conclusões: A implantac ¸ão do protocolo ERAS para cirurgia colorretal foi associada a uma reduc ¸ão significativa das complicac ¸ões pós-operatórias e do tempo de internac

O objetivo deste es- tudo foi relatar um caso de dor pós-operatória persistente após retossigmoidectomia videolaparoscópica, controlada com bloqueio anestésico bilateral do