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"Cultura" pedagógica: a influência do status do professor

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Academic year: 2017

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(1)

:·1.A RIA

L(JCl~

'

GOU LART

1j::: ·U ~ ~ D O ~

Vi6~ ~~ : aç ~o ~ u b ~ etlda c.cmo

A c qul~J..tc po.r.c.":"a .t pafLa a cbtenção do gJ:au de Me~tJte e m Educ.açao

Ori c nt ad'or :

Ell ezc~ Sc.hneldefL

Ri "d e Jan eiro

F u ndaç~ o Get~li o Va r ga s

Institu ~ o de Estudo s Av a nçado s em Educaçã o e

:' a

r ta r1'l ent o de Ps i col o gi a da Educaç~ o

(2)

qu e 6avo~ece~am em mim um a a~i~ud e c~ Z ~ i c a dia~~e da au~o~;dad e .

Ao s neu s a l un os ,

que ~~m 6 avo~e c id o a Cort.tZ rtu a

(3)

C.xp~e.6!aJt um a ~rntade de. mi6.:ti6 ;ca

-çao . Cem e.6e.ito , o e.du co_doJt .:te.n;6 ' • .a.6

} Jt.Z:p}U~a6 opçoe.6 , e. a.6 )'10_..t.6 pe./t..tgc

-6cu, I·la/ta u..m a e.duc.ação da l..tbe.Jtd o d e.

c.cbc..ll.;tu.'í.a de autoflidode.

(4)

.,\IJ~ ,~

TW C

I;

'.I~:

1

TOS

. os Pro essorc s co~ponentc s da Banca Ex ~m inadora

* ELIEZER S ei ' EIVER , orienta u r a dissclt n -ça o , 1e o inter esse e Dela cont í nu a con -i3n-ça e incentivo

na realiza çio est e tr abalh o .

* NELMA VE ABREU E LIMA FERE S, consultola

da dis_ertação, cuja amizade e perseverant e orientaç:o n

;:!--todo _6gica _oram gran e s rcsponsivei s De la con e ilsa o ~es ­

te trq alh o.

* CARLO S PAéS DE BARDGS , pela oportunica e

de vi,e~ci3r lID a re aça o

na seriedade de 11m alílp lo

p:rofes sor- a J ~_iD o ,

e ~6tuo ue stio ~arnen to .

À Professora A 'N A EV3TH BELLlCO DA COST A, o

meu il ~üs sincer o agrê'10eCLa2nt o :)31as C(" lstante s

ções e crítica s .

_ gradeç o, ainda, ao s Professore s

ESTE LA VOS SANf OS ABRE U

MAR IA CEcf LI A LEITE MENDCNÇA

THEREZINH A DE FRE I TA S RODR I GUE S OLIVE I RA

e a s Instituiçõe s

Instituto de '=5t ll c s Avançado s em Educaçã o, da Fundação Getúlio Varga s e Faculdade de E ucação , da Un i-vers i d ade Feder al de Nina s Gera is .

o lfle u agIa 0ciElent o especia l a FLÃVIO 2R.AC

(5)

o

objeti l O de ste estud o fo i o e investigar a cri açã o de una "cul tur a " e agógica , com e sela a i nf -,ê n

cia do rofessor , su -eito de ~tatu~ efinid o i nsti tucional

-mente .

Com ta l fina li a e , foi r.1ontn o um ce~':rio

exper: :'3nt al com suj ei to s distribuídos em Gr u os de Cont r o-le e EXl)eril o-len tai s , estes últ ir.lO S cont an,lo COil1 a ~artici . a -çao e 11'11 a lH'of e ssora , previ am ent e inst ru ída, "-,ara exerce r

in fl u~Dc ia . egun o a es t rat€g ia usada, os sujeitos r~~'i­

zaram o Exercício de Decisão po r Conse n s o, atró-Y€s _ e -

,:-te r í ret8ç3e s e c as sific açõe s, u e foram c0 __ si JeTé,_~ s

r-"c u l tura s" c ri ada s pe los

g

ru os , com e :3 em a i nfl uênc ia io professo r .

Os reco l hido s e ~n alis a os

seg unC o um a bordagem Fenomenológica perm itir a m cone uir

que a atuaçã o o Jr ofess or € decisiva para infl uenc iar o

co mporta me nto os aluno s e q ue esta in f lu~ncia pode ser

a-tribuí a prE:l c'l',' eran-::'e!1ente a o -!);tatu~ a e le con ... erido .

A li teratura T2 vist a possibilitou ainJ a u~ a

ani lise t r í tica d o papel de mode l ador exerc ido pel o profes

-sor (Ab ordagem _,lodern i zan te) , be m como do process o de ~'8

-produção da cult-Llra CO)l'L~nante ne sta taref a ( bon age m

.\1-ternativ a ) .

Dest a f o rm a, o s dado s emp íri co s e a s teoria s analisadas permitiram C01C ui r que a " cultura " pe ,a goglca ,

-

.

cr iada seja n a presen ça seja n a ausên c ia do rofcs so r , nã o

é is en ta e tampouc o apol í t i c a .

(6)

I~B ST RA CT

It Ka S the aim of thi s study t o investigat e

the creation of a pedagog ical "cul ture ", wi t h an d wi thou t

the influenc e of the teache r who is subj e ct to a n insti

tu-ti ona lly defined status .

Therefore, an experimenta l setting was de

-i-sed \\'i th Lhe sub j ects distribute d in tw o t ype s of groups,

one typpe for controlling an d anothe r f or experimen t

it-self. In the second group a tca cher wa s included an d s h e

had been pre viously inst ructe d t o infl uen ce the s ubjects .

According to thi s strategy , th e subjects pe

r-fo r me d th e Decision Teste by Consensus by mean s of

inter-pretati ons an d cl as sifi cations which '\\e:re ta -en a s "cultu -re" c reate d by th e group s wi th an d 1-vi thout th e teache r' s in f l uence .

The emp i rica l dat a collected an d analyse d a c-cordi n g t o th e Phenomeno logical Approach le d u s to th e

con-cl usio n tha t the teacher's r ole is crucial in the infl ue

n-ce of the s tude nts' behaviour a nd that this influenn-ce can

be attributed moost ly t o th e s tatus con erre d on him .

Furthermore, the li terature consul te d all o\-\-ed

a criticaI ana lysis of the modeler role performe d by the

teacher (1odernizing Approac h) as well a s an analysi s of

the do mina nt culture reproduction proce ss implicit in thi s role (Alternat i ve Approach).

Thus , th e empirical data and the theories

a-nalysed led u s to conclud e tha t th e pedag ogical "cu lture "

created as we ll in th e presence of a s in the absence of

the teacher is ne ither neu tral nor apolitical .

(7)

-I

['J

D I C E

LISTA DE TABELAS LISTA DE QUADRO S LISTA DE A "EXO S

. . .

.

.

. .

. .

. .

. . .

.

.

. .

. .

.

... ..

. . .

.

.

.

.

.

... .

Página

vi i i ix xi

C.AP[TULO

I -

O PROB LEMA

... ...

1

I mportãnc ia do e s tud o ... . . .. . . 6

Objetivo do estudo

Questã o do estudo

.

. . . .

... .

... ...

Defin ição do s termo s e abreviatura s ...

7

7

8

11 -

REVISÃO DA LITERATU RA . . . . . . 1 0

I I I

-Influ~nci a socia l . . . .. ~ 11

'ICul tu r a" . . . 17

Statu s .. . . .. . . . .... . .. 24

O professo r e o sist ema de en sino . ... ... 29

. Abordagem 10dernizant e ... . . . 32

Pa r sons Dreebe n "

Inke l es s

. Abordagem Alternativa Althusse r

Bourdie u I lli ch

METODOLOG I A

37

44

População e amostra . . . ... ... 4 5

Mode lo de e s tud o

...

4 6

Estrat"ég ia usada ... . . . 46

Instrume nt a çã o . . . . . . 5 0

Col e ta de dado s empíri c os . . . 52

Apuração dos dado s . . . . ... . . . .... 54

Limitaçõe s do estudo . . . ... . . 56

(8)

Capítul o Página

IV -

DISCUSSÃO DO S RESU LTA DOS . . . 57

A pri meira questã o do

A segunda questã o do

A terceira questã o do

V -

CO NCLUSOE S E SUGESTOE S

Sumári o da s concl usõe s

e st udo

·

...

estud o

·

...

estudo

·

...

58

71

79

82 83

Reflexõe s a título de sugestõe s ... ·... 84

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 87

ANEXO S

...

92

0000000

(9)

CAPrTULO 111

TABELA PÁGL TA

1 - Distribuição da amostrage m, segundo

as duas turrna s . . . 45

CAP!TULO 1\

1 - ;.iéclia dos desvios e ntre as classific açõ es criadas pela "cultura" do grupo e as

clas-sificaçõe s indivi dua is po steriores ...• 81

0000000

(10)

LISTA DE 1UADPOS

CAP!rULO 11 1

QUADRO

1 - Esquema de Pesquis a Experimen tal de Sol omom

2 - 1\10 de lo de Es t ud o . . . .

3 - Instru~ento-Síntese a s interpreta çõ e s e

cl as si f ic açõe s d ~ Exer cício de Decis~ o po r

PÁGINA

46

48

Co n sens o . . . Si

4 - Esque ma de aplicaç~o do Exer cício de Deci

-sa o po r Consens o . . . 5 3

CAP!rULO IV

QUADRO

I - '10de lo de Estud o . . . 58

2 - Quadr o co mp arativ o en tre as interpret a ções

d o Ins t rumen to -S í ntes e e a s interpretaçõe s

d o Grup o Experimenta l I

3 - Qu adr o comparativ o entre interpretaçõe s

in-dividua is na fase de pr é e pós - tes te d o Gru

po Experimen tal 1

4 - Quadro comparativo e ntre as classificações

do Instrument o-Síntese e as cl ass ific açõe s

d o Grup o Experiment al 1

5 - Qu adr o compa rativo entre a s seis primeiras

-classifis açõe s dos sujeitos na fas e de pre

e pó s- teste e o Instrumento-Síntes e

6 - Quadro comparativo ent re a s interpretaçõe s

do Instrume nto-Sínt ese e l as interpretações

60

61

62

63

do Grupo Experimental 2 ••• •••••• ••••••••• 66

(11)

7 - Qu adr o comparativ o en tre a s in terpretaçõe s do Instrume nto-Sínt es e e a s int er retaçõe s

indivi dua is na fase de p ós-teste ... 0. . ... 67

8 - Quadro c ompara tivo entr e as cl assificaçõe s

do Inst rumen to-Sínt e se e a s classificaçõ e s

do Grupo Experimenta l 2 ... ... . . . 68

9 - Quadro compa rativ o entre as sei s pri meiras

cl as si f icaçõe s dos sujeitos n a fas e de pós

-teste e o Instrument o- Sí ntes e

10 - Quadro comparativo en tre interpretaçõe s e

classificaçõe s do Instrume nto-Sínte se e a s

interp re t aç ões e cl as sific açõe s do Grup o de

69

Controle 1 . . . . 72

11 - Quadro compar ativ o entre interpretações

in-dividuais n a fase de pr€ e p ós-t e ste e o Gru

po de Controle 1 . . . 73

12 - Quadr o compara tivo en tre as seis primeiras

cl as sificações do s suje i t os na fas e de pr€

e pós-teste e "a s classificaçõe s do Grupo de

Controle 1 . . . . 74

13 - Quadr o comparativ o entre interpretaçõe s e

classificações do Inst rumen to-Sínt e se e

in-terpretações e cl as si ficaçõe s do Grupo de

Controle 2 . . . 76

14 - Quadro comp arativo entre interpretaçõe s

in-dividuai s na fase de pr€ e pós -teste e o Gru

po de Controle 2 . . . 77

15 - Quadro compa rativo entre as seis primeiras

classificações dos sujeitos na fase de pós

-teste e o Grupo de Controle 2 . . . 78

'!

oOoGoOo

(12)

LiSTA DE

N~EXO S

ANEXO PÁGI'

1 - Exercício de Decisã o po r Consens o . . . . 93

2 - Inst ruçõe s para o Exercíci o de Decisã o por

Consens o... 9 8

000000 0

(13)
(14)

o

PROBLEI1A

A necessidad e do grup o e sua i mp ortinc ia n o

vida do homem € bem retratada nas pa avras de Ro u 6b ea u

q~ando a f i rm a que a fraqueza do ho mem reside n o fat o de

te r ma ior núme ro de desejos do qu e habilidade s para s~

tisfaz ê-los . .'enhum ser h uman o sobreviveri a se ti\Ces se

que epende r i nteirament e de si mesmo par a sa ti sfa zer

suas necessi ade s bio16gica s e nenhum fara 6 teri a sua

Pl-rimide s e tivesse que depender inteir ame nte de sua enge

-nhosidade e energi a. Al€m do m ai~ , a maior part e da s

ati-vid ade s lumana s ne l e s se processam (o grupo fam iliar, o

grup o de trabalh o, de estudo s, de jo go s, a s co ml SSO~S

0-lític a s - geralme nte nã o excedem a dez pessoas).

por€m , se de um lado o grup o prove a o homem

org anização econ6mic a de e sforços , po r outr o lado o h

o-mem deve paga r um alt o preç o por es sa a ssociação - dev e

renunciar is s u a s idiossincrasias, cheg an do a um ce rt o

gTau d e conformidade e uniformidade de açã o, poi s cabe a o

pequen o grup o o ap el de proporciona r o ma ior potencia l

de pressõe s para um a confoTmidade i s cren ças e valore s

sociais.

Alguns desse s pequen os grupos sao for mal

-ment e org an i za dos , enquant o que outT OS o são de modo ma i s

livre e espontine o, algun s sao uma part e de grupo s ma

io-res, enquant o ! outros são mais independente s - mas todos

têm a i mp ort ant e f un ção de atuarem como med i a dore s entre

as pessoas e a sociedade da qua l fa ze m part e.

o

estudo de pequenos grup os t em sido um

im-port ant e aspec to de pesquisa ex pe rime nta l na s úl ti ma s dé

-cadas. Zajol1c. (1965), Lau.gh.t-<'I1, P. R. (1 968 ), Laugh.t-<.n C.

(15)

J o,. ~ daY!. (1 967 ), Laugh.t-tY!. f. MCg.tYí1 11 (1 96 8 ), Lau ghi-tY!. f. Ke.J!.Jl.. ( 197 5), entre outro s, focali za ram o pequen o grup o inve

s-tig and o tarefa s re lativame nte co mplexa s e que inclu f am ,

em n ível consi erive l, processo s cognitivo s abstratos . No s

prime iro s an os de tr a balho d e Psicologi a Soc ial Experil,~ ­

ta l, contudo, os grupo s recebiam tarefa s bastant e s i mple s

geral men te envo l endo ab ilid ad e motora rotineira . Foram

os estudo s de Th-tp.te.tt que mar caram o início d a pesqu isa

socia l eXJe rimen ta l. A que stã o "Qua l o efe ito de outras pessoa s sobre o desempenh o d e um i n divíd u o" fo i urn a da s rimeiras a se r po r ele investigada em laborat6ri o ( in d a Costa , 1972) . O tema fo i reto mad o por A.t.tpoht (1 92 0) ,s

en-do que ele denomino u Fac ili taçã o Socia l, o efe ito d a

es-ti mulaçã o da s pessoas uma s sobl'e a s outras .

Vário s e studos foram e têm sido conduzido s

sobre e s t e tema . Contud o, para Olm-6 te.d (1970), "a ob-6e.Jtva-ç~o e.xpe.Jt-tme.Y!.tal dO-6 e.6e.-tto-6 do gJtupo -60bhe. o -tY!.d-t~Idu o -6e. tJtaY!.~poJtto u d e. ~-t m p.te.~ Fac-t.t-ttaç~o S oc-tal ~ -t"co JtpoJt

a-çã o -tl'l.~ e.Y!.~ Zv e. .t d~ l1.oJtma ~ do gJttLpO . Ev-tde.Y!.te.m e.Y!.t e. , -t-6to

co Y!.~t -ttu-t um avaY!. ço". Cp p. 87-88) Fac ilit açã o Social em s eus efe i to s sobre a interação ent re a s pe ssoa s nã o € su

-fici ente para de sci eve r e mu ito men os expl ic a r o qu e

a-contece num a dinâm i c a de um pequeno grup o.

Vários autores , HomaY!.-6 (1961), Co.t.t-tY!.~ (1 9 64), FJte.e.d rrl o_Y!. (1973 ), Ne.wcom b (1 96 9) , L-t I'! dgJte. " (1973), entr e

outros , destacam que o pro cess o d e di scussão em g rup os

consis t e, basicame nte, em proposta s seguidas de

contra-propostas , aceitaçõe s, modif icaçõ e s, rejeiçõe s, et c. De

tai s particularidade s surge um sentid o de soli a~ i edad e

entre os memb ro s do grup o (ou o contrári o) e emerg e um

consenso corno r e sultado desta din âm ica - o cons enso pode

se refer ir a urn a decisã o ou si mplesment e a urn a form a de

aça o. Assim , pequena s regra s de procedime ntos surgem , va o

sendo refin a das e transm itidas a os outro s membr os. Estas

regras de comportamento, símbolos comun s,defi niçõe s,c re

n-ças, n o rma s e decisões con s tituem um a va ri edade de

(16)

Em-bora p e qu ena ,

é

i mporta nte , por ue e ssa "cultura"

é

Ile

-ce~~iria i açio conti nua da de qualquer grupo,uma vez que , sem ela , os gru pos n io seri am mais que um a pluralida de ou um a gl ome r a o de i ndivíduos .

7

Cada grup o tem su a "cultura" própria , que

na verd a de

é

um a versão s elecio nada e modific a da de

algu-ma s parte s da cultura maior . "CuR..:tufla, el1:tão

é

um :t e.JU11 0 aplic..áveR.. n.ã.o .óÔ a .óoc..iedade maiofl , ma.ó :to.mbém ao.ó .ó e u.ó .ó Ubg flu pO.ó e, .ó em d~vida , ao a.ópec..:to 6ul1 dame l1:taR.. de i n:te

-flaç.ão do.ó .ó erc. e...ó hu.ll1al1 o.ó " C O.1!.m.ó:t ed , 19 70, p. 101 ).

As pessoas procuram se relacionar,

inte-ragir a partir de idéias, inte re sses, s entimento s e ocu

-paço e s comuns , consti tu i n do-se gr upos ?eculiare s com

su-as respectivsu-as "cultursu-as".

"r:

i mpo.ó.óZveR.. ao.ó homel1.ó vi V Vi..

jun.:to.ó, a.ó.óoc..iafl-.óe , .óem adquiflifl um .óel1:timel1:t o fle.óuR..:tan -:te de.ó.óa união de .óefl pafl:te de um :todo , .ó em adeflifl ele.ó me.ó mo.ó ao :todo , pfle oc..u.p an do-.óe c.. e m .ó e u.ó in:te ne .ó.óe.ó e i6.óO in6luindo em .óua c..ondu:ta ". (Vu n k.heim , 1977, p.14).

Pa r a tal organização em grupo s peculiares e

característicos, i?úmera s va riiveis entram em açio, como

decorrência de um processo dinâmico. A regulaçã o do

com-portament o de uma pessoa em relação is outras, o grau de

infl uência que cada membro exerce , s eu nível de controle

e domínio em ocio n al , o flux o de comu nic a ções e st abelec

i-do, sio fenô me no s, entre outros, que ocorrem no interior

do grupo. Para atingir a um a estrutura de ma ior equi

-líbrio e estabilidade ness a dinâmica de formas variadas,

os membros vão diferenciando seus papéi s funcionais, de

1

OR..m.ó:te..d u.óa a expfle.ó.óão "c..uR..:tufla" pan a .óigni6ic..afl o pflO-du:to do peque.no g ,"LUPO . úafld (7974) u.ó a " c..uR..:tufla" en-:tfle a.ó pa.ó pafla a cuR..:tufla induzida expe.flime.n:talmen:te..

Zajonc.. (1969) u.óa a e.xpfle.ó.óão cuR..:tufla expe.flimen:taR... Ne..ó:te :tf1..abaR..ho, a exe.mpR..o de. Ou:tflO.ó au:tofle.ó a paR..avfla "c..u R..:tufl a" 60i u.óada e.n:tfle a.ópa.ó pafla indicafl que

é

(17)

ta l for ~ a ue mesô o em

2

-6 tO .. Úl -6 e l e s geram U I!l " .

gru JOs se m

( Bflad6oh d, 1966 ).

estrutur a de

Em gru os forma is, onde os papéi s sa o def

i-nido s, a estrutur a de -6tat~ é ma is permanente . este s

grupo s, a s osições sao fixa s, dispostas hierarquicame

n-te em n-termos de seu valo r, e sã o preenchidas p or indiv

í-duo s possuidore s de car a cterística s e qualidades esp e c

í-ficas - poslçoe s que se revestem de -6tatu -6 for ma l.

Parece que a importânci a crescente de e stu-do s sobre o probl em a de diferenciaçã o de -6.ta.tu .. -6 forma l s e

deve a o predomíni o numéric o de grupo s hierárquico s sobr e

os nao diferenciados.

Até que pont o a diferenciação de -6tatU-6

a-feta o funcionament o de um grup o? Um estud o feito po r

TO hhance , cit a do po r Gahagam (1976), conclui que há um a tendênci a para se valoriza r ma is a s con trib uiçõ e s dos rne ~

bro s de -6tatU-6 elevado s, mesm o que este s nã o sej am út e i s

par a a me ta do grup o.

Gahagam cita vár ios estud os realizados com

grupo s informai s, qu e indicam como a s difer enças de .ót

a-tu.ó podem inibir 6 funcionamento de grup o, i mpe dindo que

membros de .ó.tatu.ó ma is e l evad os peçam ajuda ao s que sao

iguais ou inferiores a ele. Tal fen6men o f oi c on siderado

com o o process o de se mante r " congruênci a de -6.tatu.ó".

Como se relacionam n a dinâmica de um grupo

o -6tatu~ formal de seus membros e o aparecimento de sua "cultur a" f oi a preocupaçã o de ste estud o. Isto é, como a

diferenciação de .ótatu.ó form al afet a o funcioname nto de

um grupo, ou a sua "cul tur a"

(18)

Parece ser bast a nte important e esc l arece r aspecto s teórico s relac i onado s à "cul tur a" do pequen o

gru-p o; investigar com o os gru-produ tos individuais são combina

-do s num produ t o de grup o (" cu l tu r a") , através da in te ra

-çã o entre os participantes de diferente s ~tatu~ . A di

s-cussã o da influência exercid a n a "cultura " de um gru o e

-los participante s de ~t atu ~ diferente s possu i a licaç6e s

e implicaç6e s óbvias para os di fe rente s campo s da ati

i-dade humana : na s áreas industriai s, de saúde , educaçã o,

p olíti ca , et c. Considerando-se que os membro s de ma is al

-t o ~t({.t~ geralmente exercem ma ior inf l uênc ia ( NewcCim b, Bate~ , Keltey , citado s ar Kle~n , 1972), eduz- s e o ri

s-co de algun s produto s d e grup os, nos quai s ,a aut or idad e

s e base ia em outras razõe s qu e nã o a s funcionai s. Além do

mai s, o risc o aument a se se analis a que , dentre os dife

-rentes mo os de afeta r os outro s ( atravé s d a orça nit i

dam ent e manifesta do pode r, da força, da competên cia, da

técni ca e da lideranç a) o modo através do qu al o pode r de

~tat u ~ se proces sa está em um n ível nã o manifest o.

g

po

s-sível qu e a conscientizaçã o de indivíduo s qu e exerçam

a-péis de ma ior ~tatu~ lhe s perm ita análise crítica da s u a

i nf l uência n a cristalização de valore s e normas, n a "cultu-r a", enfim .

A significância dest e estud o pode esta r

ainda em f o rnece r elemen tos para inferências sob r e o efe i-t o do professo r num a " culi-tura " e agógic a . Os seus resu l-taJos pçrmitem um a an ális e d a relaçã o )ro ass ar-al un o, p o-dendo levar a um a conscienti zaçã o, por p arte do professo r

(sujeito com ~tatu ~ f o rma l definid o de autoridade ), da de

-li mit açã o de se u pape l, dentr o de um cenár io pedagógic o instituci on al já definid o e estruturado . As sim, e ste est u-do pode esclarecê-lo sobre os alçance s e riscos de sua in-fluência na formaçã o da " cultur a" pe~ag ógica.

. I

(19)

o

obje ti v o deste estud o fo i investiga r qua l a jnflu~ncia exercid a po r um mem bro de ~tatu ~ fOD l a l d i-ferenciad o num a " cu l tura " induzida , através da análise d o

dese mpenh o do s indivíduos num a tarefa orientada . A " cu l

tura " em questã o fo i cri ad a em do is ti os de gru10s ( ~ru ­

po s cuj os memb ro s têm , ~ta ;tu ~ i gua l e gru )O S cuj os 1110mb ro s

t~m ~tatu~ di~e ren te} Ta l ob jetivo pode s e r resumid o ~ a

ques tã o : Qua l a influência do ~ tatu ~ do s n.emb ro s de i.,m

grup o sobre a criaçã o de um a " cu ltu r a" própria , ev idenc i-a di-a pel o desem' enh o do indivídu o?

Questã o do Estudo

Grupo s com indivíduo s do me sm o ~tatu~ e gru

-po s com indivíduo s de ~tatu~ difer en te t~m desempe~l o s

i-milar n a criação da sua c ultura ?

Esta questão básica fo i subdivid a em t rê s

sub-q ue stõ e s:

1) Um grup o cuj os memb ro s têm ~ tatu~ di fe

-rente difere n a crlaça o de um a "cul tura" ( eviden ciada po r

interpretaçõe s e classificaçõe s do EÀcrc í ci o de Decisão

p or Consens o) quando submetido s a: (a) pr é e pós-t est e;

(b) p ós- te ste, apena s?

2) Um grup o cu j o s membro s têm ~tatu~ igua l

difere n a criaçã o de um a "cultura" ( ev i denciada p or in-terpreta çõe s e . clas si ficaçõe s do Exercíci o de Decisão por

Co nsens o) quand o su -;ne tido s a: (a) pré e p ós-t es te; (b)

pós-teste , a ena s?

-' 3) Como s e compa ra 'a ,rcuItúra" de doi s

gru-pô s ( evidenciada por ínterprefaçõe s ' "e élass"ificaçõe s do

(20)

.6:tatu . .6 i-.:ua l e .5:tetru, di r CL(! l-;-e , ''el '' ,-( ' o sub.:.c l· os a : ( a )

pre e ás-test e ' (b) )ós-tc-íe, iJ.:~na s ?

_Defin ição os Terno s e Abreviatur;{s

GT~p~ S _C~!:) ~)_s _r1~7:I~ r~ s _ t ~m _o _ m~sJJ o .6 ia.ir~.

Gru-p o de alunas do Curso de Licenciatura da Facullade ~e Ed '

-caç a 0 a 1 niversi a e Fc,:cra l de l,;ina s Gerai s - F . .\E-UflG ,

matr i culada s na disciplina Psicologia a Educaçã o :

Desen-volvi ment o e prendizagem , n o segund o seme tre de 1977 .

~r~p~ s _c~ ' ~s_ ~e~b!o ~ têm l:tatU.6 diferente .

Gru?o _ormado po r proIassora de Psico ogia a E ucaça o

do DepaTtanent o de Ciências Aplicadas à .cducrlção DECAE

-da FAE - UF~ G e a l unas do Curs o de Licenciatura da Facul

a-de e E ucaçã o da UniYersi~a e FedeTa l de ~ina s Ge ra is

-F_ E-U?l'1G , !i1atr icul aca s na disciplin a Psicoogia da Edui:-~­

ção : Desenvolvir!ent o e A' rend i zagem , no segu;1 o se'.estre

e 1977 .

,Çria~E.Q. ~e :' _ lTl ~ ~ult~ra . Consens o a o qua l o

gru o c egou , isto €, a int~lpretaçã o e a class i ficaçã o

do grupo re ativ a à s oze afirnat i vas do Exer cíci o po r De

-cisão po r Consenso, ropost o po r J chn Han6en e revist o

or Dourado e :len onça (1972), confol"lc _ .. nex o 1 . A anál

i-s e da c ai-si-sificação fo i fe i ta em relação ài-s i-sei i-s pri mei~ s

coloca da ~, posição med i an a do s i tens .

(21)
(22)

::'0 -)Ycsente cs t u O, f oi fe ita un a ·r,:::\lsã o . a literatur a em quatr o 3r311':2S área s, )e. a i'"l)ossibilid,:'I.-;e

de se encontra r um único 1.~trC O teóric o, qu e .loss e

sufi,=i-en te para ab range r a COlilp c xi ad e do prob ema es tu a o .

o

-)roblei :a ta l CO-l O f oi fOl1ula o, a inf_~.l

ência do .ótatu.5 l os ~ ' C:;'" ro s o grup o sobr e a cri açã o ,:e un a " cultura" pró)ria, exigi u a aná lise de U:!!l a série de

fatores envolvido s nesta interação .

j ssim , o Jri~eira tena abor d8d o Lo i o de

1n-f lu~ncia Social , com con\ergências para a re Rça o int er

a-tiva e din~rn i c a de um pequen o grup o, qu e é o tipo e inte

-ração existente na relação pedagógic a, sitJ8ç;0 in\tsli

-ga a n o ~resent e estu o .

A s egun a seça o versou sobre " c ul tura ", que

...

e, a o ~esm o tem o, o procc:s o ue dinamiza e o pro uto de

inter a ção e ntre pr01essor e aluno . Enbor a e ste termo nao

tenh a si o ainda aplicado para caracteriza r o produt o a

relação pr o fes sor-al un o, areceu bastante per ti nent e a ge

-nera li zaçã o, uma vez que a resu lt ante desta interaçã o é o conjunto de comport anento s, crença s, definiç6c , sfmb olos comuns. A S5 im , os e s tudo s de cri açã o de um a I ' cu 1 tu ra " s a o

es s enciai s para qu e se busqu e s uporte teóric o para que se

possa enten e r a " cultura " pe ago:;lc a .

... .

Os estudo s a re s eito e .ótatu.ó e , espec i f

i-c ame nte, a resp~ ito do .ótatu.ó do professo r dentr o do

sis-t em a de ensi n o conssis-ti sis-tui rar;-se J10 S sis-tercei 1' 0 e quarsis-t o sis-te...,a s abordado s, respectivamente . O estud o acerc a da diferenc

ia-ção de papéis dentro de um pequeno grupo, refere -s e ~ s ~ s­

titucionalizaç6es dos papéi s, ou o .ótatu.ó dos membro s,que

se org an i zam segun .o tá uas de valore s mora l nent e

(23)

anál ise ..la " cultur a" c a " ,

ou nã o dcstc s . ,'o '.:a50 do l)r

o-f e s s o r, e 1 e

ê

o a g e n t e a u t o r i .::. a o d e i n~") o s i ç ã o e 1.1 m a T b i -t Tári o cul-tura l, da criaçã o de U1~ a "cultura " l)cd:l",ó,::ica .

Seu ltatul ê organizad o e estTutura o com esta fi' ali~a _ e ,

e dere esta r em harmon ia com a oTganizaçã o socia l existen

-te . Dest a OD1a , a açã o ~o profess or , seja a ní-e l fOI~a l

ou ex lícito , Cc terr.lCS r,Le tTansnissã o de infol naçõc s e

conte1:ídos), se j a a níve l informa l ou impl íci t o (,-a ore s e

at i tudes que ele trans~ite at é ceTto pont o inconscientc

-) " , .

-

)

~ente ,se .0Lcsc a oe _or~a a eYIOenCla r a rc aça o oC

endência 02'!Ül'e ç uL..a~;:;o e o sistcna socia l cCJ'l O um t 0<.10 .

A anális e o /::·;tat M do pro ,-e5so r levou em consi eraçã o e

s-ta .L'e ação , a paTti T de ua s ?b:)Tl.as;e'1s sUgcTidas por Gli.O.J.l

(19 76): a Awor age 110 ernizante e a Alter l1at iya .

Inf uênci a Soci al

A influênci a socia l é um term o gera l paTa

i ndica r os nuneTOSO S efeitos ps icológicos que os i nd ivídu-os exercem s obTe outro i nd ivídu o. Qu and o um a pesso a se vê

n o Dei o e out:ras pessoas, na is articu arnent e, quando

ela nart icil a de um grup o, n ão Jla is pennanece indiferent e

a ele . PQde reagi r de diferente s fonna s: adota r a i n

dica-ção do grup o, ajustar-se a s sua s n o rma s ou opor- se a elas,

ou at é mesm o ignorá- as: O gr~po 'erá 'orta~t o , a mai s

0-erosa fonte de influência socia l . Da í a defini çã o de

Ki-elfel!. (1973): "A influência social é um a mud an ça , em indi -v íduo s, pro-voca'da por indi "íduo s f' (p. 28) .

Há um a cO'1cordãnci a fun anenta l entre quase

todo s os psicólogos sociai s de qu e a in fluên cia social

o-corre apena s na reuniã o de pess o a s em que os par tici pante s

possuam relaçã o psicológica entr e si. (V avil, 1973,

Kiel-fel!. , 1973, Klein , 1972, Azgy fe, 19 74 ). Um grup o

(24)

co - " grul:) O est i ciente

e fl;:[erêl1ci " - (; -iste ql':m o : ( a ) a esso a o s outro s ; (b ) a L essoa se ,efin e COIil O membr o

do gru o ou gostari a de sê-lo ; (c) a CSS0a sc-nte (tu e os

outros sao signif ic at i vo s para e a , cJ.lOcion a l ou c0t,nit

i-\'i'lJ!1ente .

1 S funçõ3 s do s " grupo s de re fe rên c i a " \'a ri -!fi

e acor o com os notivo s que seus participantes tenham ~~

ra uni r- se , nas e 11-,0 o ge l'a l , reenchem ua s funçõe s b

á-sicas : em prirreiro uga r , o indivídu o pode estar ),tot iyado

para conquista r ou r;:ante r a acei tação ou mesn o buscar

Cu::1--panhia . est e tipo de grupo tem um a funçã o nornatiya , OIS

estimul a e il~6 e a a rcsentaçã o de crenças e co~ orta1~n

tos aceitivei s e , na med ida em qu e o indivídu o s e confor~ a

às suas regras e padr6e s , é premiad o . O segund o J1otiv o de

-te rJnina (u e a pesso a us e o " grup o de referência" : ~(n a a

u-menta r o con ecimento que tem do mund o, para acil itar a s

avaliaç6es de si mesm a e do s outros . Nest a si tuaçã o, os

outros sã o o padrã o ue a pessoa us a para fa~e r julg 3D2n

-tos e o grupo tem um a funçã o de in ormaçã o. ue r es ta i n

for maçã o se ja clara ou ambígu a , ela é c omparada à s

opini-6e s e con leC1ge ntos que a pesso a tem acer ca de s i mes ma . Em re s um o , um grw o tem funç6e s 110L"a tiva s e informativas .

_ pes ar da extreAa i mportânci a do tem a i nf lu

-ência soc ia l, some nte n o sécul o XX é q ue s e tento u pesqu

i-sar seus efeitos de mane i r a completa e ex erinenta l.

Um do s primeiro s e do s ma i s in ortantes no

-me s lig ado s à irea de e studo s sobre a infl uê ncia social

fo i o de Allpoht (1924) . Su a pe s qu isa de outor ane nto ti

-nha c omo objetivo fun amenta l estuda r o efeit o da presença

de outro s na realização de tarefas. Es sa área de estudo s

passou a ser cOflhe c ida , depoi s dele, com o " Faci li taçã o So-cial ". Seu exper i ;-:Jent o básic o con sistia n a realizaçã o de

in~ me ras tarefas d e c ar iter cognitiv o, tai s como

multipli-cação de n~ m eros , assinalar vogai s, faze r asso ciaç ã o li vr e,

julg a r peso s de obj eto s, etc. Os sujeitos rea li zavam t are -fas em três condiç6es : (a) completame nte sozinho s; (b)

so-zinho s, mas ciente s de qu e outros e stav am tr abalhan do em

1

(25)

outr o oca l n a r esm a ora ; Cc) reuni.dos com outro s n a ne s-ma rle sa .

Al.tpoJt:t controlo u a ad áve l com etiçã o a

-tr av é s a na o ce l1~) araçã o en t r e nota s ou qua lque r re ferê

n-cia a rivalidade . A resenç a e outr a s essoa s teve trê s

e fei to s ge rais : C a) a vi a ;'1a io r p roporça o e res po s tas,

ou se ja, a pres enç a de outros aumen tava a produçã o, em

o-ra alguma s taref a s u essem se r men os exatas; Cb) o aune n

-t o da dis-traçã o e da ressa ; Cc) a pesso a tinha urn a ori e

n-t ação diferenn-t e na presença de oun-tro s - ma io r preo cupa ç a o com aqui lo qu e os outro s poderiam pensa r.

g

interessant e nota r que o fat o de tr aba llllir

em iso ament o, ma s s ab en do que outro s es t avam executand o

a s me smas tare a s e out ras sa l as tin l a o f3eSlfi O efe i to que

o fat o de trabal a r n a presenç a fí sica de outro s. AllpoJt:t

(1924) , resumi u ass im suas princi pa is conclus ões : "Quand o

to os estã o envolvidos n o nesm o tip o de taref a, a sub mi

s-são toma a forma de confo rn ar-se com a maneir a pela q u al

os outros membros estão reagind o ... Exi ste um a ten dê ncia

human a básica par a temperar opiniõe s à condut a de outros "

(p.277- 278) .

o

va lo~ heurístic o da s pesqu isas de All poJt:t

reside na emon st raçã o de que a simp les presen ça de outras

pessoas pod e ser p sicolo gic amen te i mp ortante .

Uma das mais antiga s e engen.. ~osa s técnica s

pa r a estudar a influência socia l f oi inventada po r S heJti6

(1967). Este i nv e sti gador inte re ssou-se pel os efei t os

re-cíprocos exercido s pe r dua s ou trê s pessoa s, a o jul ga r u~ a

si tua ç ã o i dêntic a , que era e~ tYe maDe nt e ambígua . Com o ob

-jeto de jul gament o, S heJti 6 esc ol he u um fenômen o perceptwü

esp e cífico - o ~feit o au tocinético. Trata-se de uma ilusão

óti c a qu e ocorre quando se olha fixament e par a um ont o de

luz estacion ário e m um local c ompletamente es c ur o. Nesta s

co n dições, o pont o luminoso parece movime ntar-se: o

movi-me nto percebido subjetiv amovi-me nte parece objetivo.

(26)

)cr c c bi.c o , feita s pr

i-meir o po r indi í uos isolct} : ,"e nte c e )oi s reuni os em

grupo s de duas e tras cs soa s, que n e sta Glti ma situaçi o,

apresentavam em pGblico suas ava li açõe s . Obser ou s e qu e

passado s alg un s momento s , a s diferentes e s ti mativa s ind

i-viduais começaram a converg ir , produzind o n o rm as de

julga-men to características d o grup o que estav a sendo testad o

em conjunt o. Importante as si na lar que os componente s do

grupo na o s e consu l taram en t r e si a fim de ch e garem a 11m

-

.

ponto comum; si ~ples m ente se li mitar am a da r sua proprl a

esti mativ a e es c uta r a dada pe l os outro s. Todo s te n a r am

a uma norma C0IDUm, atravé s de um a série de modific a çõe s

de sua própria esti ma tiva . Quando a s norma s compartilh

a-a s pel o grup o se a-acha-ava-am esta-abelecida-as, os g r upo s era ~

dissolvido s e s e testav am nov ament e o s indivíduos em

par-ticul a r . 1 esm o nas nova s circunstâncias, os indivíduo s mmr

ti nham a e stimativ a q~e co rre s pond ia i s norma s do grup o,

t r ansportan d o a interpretaçi o do t amanh o da m ovi m ent a ç~ o

da luz que havia si do cri a da pe lo grup o.

o pont o crucia l do s experiment os de S he~ n

fo i a escob ert a de que nã o s ó o s indiv íduo s n o grup o

es-t i o claramenes-t e influenciando uns ao s oues-tro s, mas que , sem

que neruluffi a pressã o se ja exercida , pa ra qu e variem seus

jul game ntos em qualquer direção particula r, h i um a tend~n ­

cia cl ar a e consistente par a a converg~n cia . She~ n ch am a

ess e ac ordo mutuament e dependent e para o controle do

com-porta

m en~

o

um a norm a socia11• Ele ainda acrcscent a que a mai or ia das pessoas ni o parece perceber que seu s julgame

n-tos sio afetados pelo s jul gamento s (O S outro s membr os do

grup o, isto é, nã o percebem que a s s am a adotar o con

sen-so do grup o e p e nsam que o jul gament o que fazem é apena s

seu.

(27)

}~st e es Lu o de Slte.n..<.ó l Chlonstl'(l iPn ortante s

princípios : ( a ) que os indivíduos colocados em um a

situa-ç~o amb í gua possuem a inclinaç~ o para epender un s do s

ou-tos e para se sugestiona r com opini6e s de outro s n o curs o

de sua aç~ o; (b) que o consens o do grup o afeta o cú J1porta

-ment o fora do context o d o grup o; (c) que o process o e

in-fluência socia l ocorre sem que a s pessoas dele se dêe m

conta.

Os estudo s de She.~"<'6 atraíram o interes se de numerosos psicólogos sociai s porque eles oferecem explic a-çao acerc a ua in8JT·ica (>~s :10_:,a s SOC18lS , 'e_o T1eno s :-n situaç6e s amb í guas.

S Je.nt..<.ng (ci tad o po r Angyle., 1974) re eti u os ex e rimento s de She.n..<.

6,

confi rmando os resul tado s apre

-sentados : (a) quando o s indivíduos enfrentam sozinho s a

situaç~o autocinética , estabe lecem um níve l re lativ ament e

co ns tant e de julg ament o; (b) depoi s das sessõe s indi -idu

ais , quando os pare s sao reunid os, os julgamentos come çam a co nverg ir rapidament e.

Sp enl..<.ng , a o interpreta r este s o faz como Shen"<'6. Diz que quando do is, três

resultado s, indivíduos

d~ o sua opini~ o na presença um do outro, todo o grupo e

s-tabelece uma amp litude e um pont o de referênci a espe cíf

i-ca para o grupo . S peJ:.t..<.ng admit e ainda a alternativ a de

que tal efeit o tenha sid o o resu lt ad o de mútua imitaç~ o

automátic a, ou um a expres são de sugestibilidade. Vale

di-ze r que os indivíduos poderiam ter buscado o acord o, sem

outra razão a na o se r concorda r.

A~eh (1 952 ) assim se referi u i tendência

hu-mana para a imitação: "Em sociedade, a s p e sso a s dependem

umas da s outras para compreende r, sentir e saber da exte n-são do sentido de realidade . A fim de que essa dependência

e con f i anç a t enham um a bas e s ólida, cada um deve cont

ri-buir para essa compreensão e sentimento ... A estória das

ro upa s novas do i mperad or é um exemp lo do consenso sem

(28)

16

contribuição cÓ1ria . . . Ulna t eo ria a s influências soc

i-ais deve toma r em consideraçã o a s p ressõe s sobre as pe

s-so a s n o s e ntido de ag irem contra suas pr6pri a s crenças e

valore s ... " (p.123).

A~Qh emonstro u em piric anent e que s ere s hu

-manos i mit am um jul gament o qu e sabi am se r contr~ri o a os

fatos, contrári o a o qu e perceb i am, ou a ambos . Fo r.no u

gru-pos de sete a oito peSSOq S, que deveriam compara r li nha s

de diferente s c omp ri mento s e agrupa r a s que fossem i gu~i s. Havia um suj e ito " ingênuo", que era o único qu e na o a vi a si o L1struí.::o y:; o c\: _'eri '2n'c.c:ào r . Os ( " ~:-'":'~i s :ariar.; 'rc;

-posit ada e unan i mement e a mes ma resposta errada e f ariam

assim qu e o suj e i t o "i ngênu o" ficasse num a situação de

conflito en tre su a percepçao do e stímul o e o desej o de

estar de ac ordo com a ma ioria. O model o experi me nta l tam

-b€m incluía um grupo de controle, comp ost o po r sujei t os

que apresentavam seus julg ame nto s li vr em ente n a au sê nc ia do s sujeitos treinados pel o experimentador. Os re sul tado s indicaram que : (a) n o grup o de controle,os sujeitos

alcan-çar am cerca de noventa e três po r cento de preclsao nos

seus j ulgamento s~ (b) no s grupo s experime ntais, os

sujei-to s conseguiram apenas sess e nta e sete po r censujei-to de

preci-são~ (c) n o cômpu to ger al, de dez oito provas feitas,cerca de um terço dos sujei to s aderiu à maiori a, contrariando a clara evidencia do s ,seus senti dos.

A t€cnica de A~Qh tornou-se um paradi gm a

pa-ra as expe ri mentaç ões subsequentes, pos sibilitando a man

i-pulação de numerosos fatores que p o dem e sclarece r os pr

o-cessos env olvi do s n o conformism o.

Exame pormenorizado de todas as pesquisas

sobre Facilitação Social foi realizado por ZajonQ (citado

p or Da Costa, 1972), que recons i dero u o probl em a desde ~ a

proposição inicial por T ~plet e m 1897,chegando às

seguin-tes conclusões: "Existem dois paradigmas para estudo da

questão: I- Efeitos da au diência - me ra presença; I I -

Efei-tos da co-at uaçã o - outros i mplic a dos na mesm a tarefa.

(29)

pre-scnça t e ou tro te efe ito (stiilul a or e res90stas om i-nante s e inibidor de respostas su ordi nada s . As respos t a s

om i nante s e s ubordin a a s v a riam conforme a sit uaçã o seja

de d e s empenl o ou apren di zagem. Uma resposta dominant e €

a uela que tem ma iur pro' J.bili a de de emissã o. _lOS

estági-os iniciai s de ap rend iz age m, estági-os erro s cons tit uem n a re

s-os t a dominant e e s-os acerto s, na s res s-ostas s ubordi nadas" ( Da Costa , 1972, p .1 7).

A q ue stão sobre Faci li tação Social nao se

esgot a com a hip6tese gera l de Za j on e . Outro s e studos t~m

C. \ Z G I_ S a E;'~ G i ~ ( a es' eci ':i

-cação do desempenh o e /ou aprendi zagem , em situaçõe s

sim-pIe s e complexas. Al€m do ma is , tem-s e amplia o a questã o

para eng l oba r ou tr as variávei s pertinente s à dinâmic a

in-terna de grupo .

"Cu l tur a"

Uma das man eiras de s e conceituar "cultura"

de um grup o € em termos de suas normas. As n o r ma s ajud am

a i dentificar e definir o g rup o, proporcionam uma compre

-ensão ma is amp la da si tuaçã o, fa cilitando ao indivíduo se sit ua r em um a soci edad e ma ior .

Segundo Li n dg h..e. n (1973), "o i ndivídu o procu-ra por outros indivíduos, a fim de encontprocu-ra r pistas que o ajudem a e struturar e organizar seu ambiente e dar-lhe si gn i ficad o. E € a parti r destas pistas que ele aprende ro atitudes, c renças e valore s que usa como um gu ia para su-as açoes futursu-as" (p.120).

A capac i dade de responde r à s pistas mutuamefr

te deix ada s co nstitui a b as e para os padrõe s de comp

orta-mento do grupo em termos do que ~ chamado de normas

soci-ais. "Normas sociais apel am para motiv os e comportamentos

(30)

c1amamo s " cultura" (Lé /1dglLc, n , 1973 , p.120 ) •

. 10nn a é uma es écie de consequen c. a ló gica

de um va lor compartilhado elos articipante s de u~ grup o

ad ho~ . Desde ue u indivídu o esti condicionado a ~usca r

outras essoas para satisfaçã o de suas necessidades ,

quan-do no grup o, agir i respeitanquan-do ao s outro s mc~ l OS , a re

n-deri a moI ar-se a s ex e ctativas do s outros. i S nor~a s

sao adquiri a s or mei o a s interaçõe s com as pesso a s,

sao aprendidas, e o grau de pro undidade de sua aceitaçã o

vari a e acord o com a s necessidade s da s pessoa s . m

indi-~ .

-\ 'lQLlO ) o(~c ac\;ita-lc..s ,-'yi_al e .... DS)~UL.u..le.lte , L.O.l\i.;;jJI_~ lU e

sua validade e j u stiça, outr o pode aceiti-las sob plote

s-t o. Ous-tro ainda pode coloca r -se margina li zad o, recusand

o-se a co m partilhi-la s~ participari então, de outr o grup o,

cu j a s normas lhes sejam ma is congruente s. Como diss e

She-lL-<-6 (1 9 67), uma essoa leva con sigo seu s gru · os de ref

e-r~ncia par a a s nova s sit uaçõe s que enfrenta .

As norma s são encontradas onde quer que

exis-ta sociedade, seja primitiva ou comp l exa . Hi qu e

conside-rar os co st ume s, tradições , regras, valo re s e outro s

cri-térios de conduta que sã o padronizad os como consequ~nci a

da interação entre os indivíduo s. Esta s norma s se rvem como

pont o foc al na expe ri~ n cia d os i ndi ví duo s e, consequente

-ment e, como guias para sua s ações . . em sempre é uma funçã o

consciente~ mu itas veze s, i sto acontece sem que se tenh a

consci~ncia diss o. V~-se sua e vid ~nci a e efetividade pe l os

resultadõs, isto é, no comp ortame nto dos indivíd uo s.

A rot i na diiria é regulada em grande ex ten

-sa o pe l a s norma s sociais de cad a soci edade e os que del a

se afastam são considerados excentrico s, luniticos,i n adap-tados, etc.

Mas, quand o a vi da socia l se torna difíci l

e se acumulam tensõe s, o equilíbri o deixa de se r e stivel

e, sob estas condições, as normas incorporadas pelos

indi-víduos se torn am incertas e falíveis. g t empo de transição

(31)

Q l.ll1 o o s indh- í lUO S e stão dia nt e de um a s

i-tuação i n stáve l , desest..ruturada , alguma norm a ou adrã o é

estabelecida , a princIpi o, individual me nte , c oi s

chega-se a um a norm a comum e )eculia r a o grup o . Urn a o bj eç~ o que

pode se r feita é u e a nOl"Jl.a cria a é simplesmente a

nor-ma do líder . She~i6 (1967 ) co n trar ~umcnt a , di zen d o qu e

os resultado s os seu s ex~cr i nento s demonstram que tanb $m

o líde r é infl uencia o elo s seus seguidores , mesmo u~~

do a s norma s gravitam em torn o de um a pe ssoa dominante . Ai nda aSS1 m a s n o rmas e st aJe l e ci da s são peculia re s a o

g1"·-po \...U •. :O

si ve na interação de I ide ranç a . "Quand o em grupo , o s ~e.j 1·

br os tendem a est rut ur ar a sit ua ção pela converg~ncia de

seu s jul gamento s em direção a um a norm a comum " (S he.Jl.i 6, 1967, p.145 ) .

SheJl.i6 ain a c ome nta o fat o de q u e os in

dví liO S na o e stão co nsciente s de que e stão sen o inf uenc i-a os n i-a si tui-açã o de grup o, de que e le ou out ro s ~lem b 1'05

;)':;-tã o con ergind o em direçã o a um a norma comum. A ma ioria

dos re 1 a to s dos s uj ei tos en t re vis t a do s po r S h. e~

6

re feri

u-se ao at o e acre dit arem qu e s eu s julg ament os nã o haviam

sido influenciado s ~o r outro s .

As n o rma s constituem , ois, os meio s através

do s quai s a s açoe s os indivíduo s se organizam par a

atin-glr determ i nado s fins . El a s sã o comp artilhadas porqu e

0-tencialmente t razem satisfaçõ e s e dis t o re sulta um certa

unifo rmidàde de açã o e de pensamen to. O indivíduo continu a

a atuar em consonância com o grup o me sm o quando nã o est á

mai s sob sua aça o .

Esta ment alidade grupa l de riva d o fat o de

que o grupo funciona em muita s oportunidade s corno um a un1-dade , ainda ue seus membro s a isto não se prolOfllam ne m

dist o tenham consci~ n cia .

O term o designa, p ois, uma atividade menta l

coleti v a que s e produz quand o a s pessoas s e reunem em gru

(32)

Os rcsu l talo s (O S 8St11 os e Sfl CJ -i.. ô . o e m

se const ituir numa b a sc para um a idéia qu e j á {o i a i d€ia l e que n a s i tuaçã o de grup o, o indi ví u o

opu lar : a b di c a comp et ament e e su a in c l,r>nc ênci a e j ntegr ida e . G[g.ta. ve.

le. Bc n ( 195 1 ), um do s pri .ciro psic6 l ogo s soc iais , argume n-tava que , na situ a çã o de grup o, a unicidade e a in dividu

a-l ida e da pessoa , seu b om sens o, se u jua-l gament o a aban

0-navam e e la s e tornav a um a an ima l incivi li zad o, c apa z a s I'1a is lC di on a s açoe s .

A men ta li da e grupa l est á formada el a 0 1) 1-... nião , lontade ou dese jo unânime d o grupo ém t.m dad o ,·,O, .JL!ll -t o . Os indiví uo s con-tribucm ar a el a an õni ma ou

inconsci-entC::j~ent e com os dese j os , opiniões ou pens amento s . Es ta

org ani~~ ção , po r mai s pri miti v a e rudimenta r que se ja , é c1ama a po r Bion ( 1970 ) e " cul tur a" o grup o . Est e

ceit o inc u i a e st rutur a ac quirida pe

°

grup o e m l m mOl1.cn

-to ado , a s tarefa s que se prop õe e a organizaçã o que ad

o-ta ara a realiza çã o da s mesma s , os papéi s qu e os indiv í

duo s àescr')cn am , os lídere s qu e atuam , o co111 ortarn.en to do grulo com o um a totalidade .

-A " cu l tur a" d o grup o e lL1ça o _a mentali

a-de gru' a I e os des~ j os o s indiví u os q u e sa o fatore s

desta ··unção . Par a Bion , ment a l idade g rup a l significa a

síntese de toda s a s opiniõ e s do s indivíduo s em term os de

ati tu .c s e valo re s , ou segun o s':as palavra s " rlent a l i ad e

grupal si~nific a o recipient e ou cont~nent e de toda s a s

contrib ui.ções feita s pe los membro s do grup o" (B..ton, 1970 ,

p.34) .

Para dar mai or precisã o a est e conceit o,

Bi-on int ro uzi u o de supost o básico, um term o qu e qua lifi c a

a mental idade grupa l. O conceit o de supost o básic o s e re

-fere a o conte~ o as contrjbuiç~e s dos indiv í uo s, Jo s

di-ferente s conteúdo s rcssíveis na s o)iniõc s e erio cões do s par-i ~

ticip an tes , permi tind o dest a mane ira, uma co mpreens ã o mai s ampla do s fenô men os emociona is presente s n os grupo s.

(33)

}

eRoçoe s i ntensa s e de or i ge m p ri miti v a , cons i dera da s

co-mo bás ' cas. Su a cssên c; a de te rm ina , e m gran de part e, a or-gan i zaç~ o qu e o grup o adot a e o mo do pe lo qu al en cara a taref a qu e deve realizar . Por esse motivo, a " cult u ra " do grup o dei xa rá se mp r e tr an spar e ce r evidência s dos supostos

básicos subjacent e s, ou de determinado s supostos básico s

ativos n o moment o. A condut a do grup o, determinada por e

s-tes i mp ul s os em ocionais , p os sui gran de f orça de vid o a ir

-r aci ona li da de do c onteú do da s fan t a si as g-rupa is .

Os sup osto s bás ico s hierarqui zado s o r Bi on

sã o trê s : Cal supost o bis i c o de dependênc ia - o grup o sus ·

t e nta a c o n v icç ~ o de que es tá reunid o par a q u e a l guém ~lC­

veja a s ati s faç~ o de toda s a s suas necessidade s e de te

dos os seus dese j os , alguém e quem o grupo deL'CIl( e el0" a

form a absolu,ta . Em um a fOlTlUlaç~ o diS"erc::.nte , é a Cl~'1ça

em um a ei 'a e protetora , cu j a on a e , pode r e sa eloria

na o s e poe em dúvida . A " cu l tur a " ne s t e c a so, se olg ;.iJl iza

em busca e um lí .e r que cunpra a funç~ o de prove r a c

cessida ( e d o grup o , organism o imatur o e a s si' o; (b) o s"

-po s t o bás i c o de ataqu e - fug a - consis t e em um grup o

ca1"C-ter i zado pe la crenç a de que existe um inim i go CQFilffi , ao

qua l se deve ataca r ou de l e fugi r . O líde r deve prove r a o

grup o esta destruiç~ o ou ajudá-l o a se efender ; (c) O su

post o bá s ic o e acasalament o - cara c ter i za - se pel a conv

ic-çã o grupa l de que , qua quer que se j a o tip o de d i ficulla e ou neces s idad e que o grup o atrayess e ,haver á sempre alguém ou a l gum ~ idéia que o sa l var á . Há um a fanta s i a onipotente

de sol uç6e s mág i ca s . A condut a do grup o t ende a e vi t ar o

contato com a realidade e frustrações , impedind o com isto

que seus lTIembr os apren am da experiência rea l . O 11 -c r ,

n o ca s o, é do tipo messlani c o.

S~o n di st ingu e os grupo s dentr o a

configu-raça o e suposto s b2sicos do s gni')O S de t1'aba1110 . Segun o

e le , este úl timo é um tipo pa rticular de menta l idade

gru-pa I que implica em c ontato com a realidade , s up6e a

utili-zaç~ o de méto dos rac i ona is e cont r ole de e~oç6c s n a or

(34)

1 ,

I

,

forço . O resLllta o cle~te ('S [ocço con j 'nlt o e coo erat iv o

traclu ~ -s e n a "cu tura " Jo ç r']")o

. J ... , o u se ja , unifonü He s

Os estude s 10 cente s e acob ~ e Ca mpbel l,em

1961 , citados po r Zajanc (1969 ) , plocuram verificar a trans~issio e convenç6e s sociai s, atrav6s e proce .:>'~) s

e 3)len, i '.:ageJl1 . E e s testaram ,ária s " geraçõe s "

ratúrio s, para a c·, ,~ )ça a

se v?n~e r . O e e i t o est'lcpdo ainda fo i o efeit o autot'l

t i c o . ~ . a p li' .. e i r a s e s s 2-o, o s (O i s sujeito s preJarado s

i:-lstrulC os 11e o exp8ri"lcntaJo r anu,nciavéTfi l ue a l u z 11<':<\ ia

se 110vil'0 I.p.lÍJlze ou ,ez-:;sscis :)0 c~adas- a clença que í

e-se j aça.n . r0 1Jaga r Ce aue n80 er a a Ú'.5 :.10s ta COl tet a) . T L- <Jo

de oi s , o su ' eit o ingênuo anuncia\a seu ' ul';<.t.~J1to . '~s s e

.

-J 21';C tl.r:S •

, 'O Y~11J8nt e trint a sessõe s , e as sim suc.essi\ aJ<~n te.F1 -0Cl\r );.: se y e ri f i ca r a "t radiçã o"

grup o expeli' enta l , o s doi s su ' e i to s 13:<:8 ri tenta is

raram a uéd ia lO S gru:)o s )a1"a c,uatorze ou quinze polega-:':) , nas a medid a qu e o s suieitos i npênuo s i am sendo introduz i- "' ..:> do s, a e stinat iva rn6d ia ca ía . Os e xperi Jl1e ntadore s conclui-rarn ~ -:.ue a '10rma cu l tura l, pur3nent e arbitrárj a , nao ~ )O e se er?etuar sem onte s e su ort e. A clença arbitr51i R , sem' unç ão , se desgast a natura l e espontanc:.,. ·',cltt e . Os doi s autore s ci t ad os po r Zajo!1c afi rmam: "~ uarl o ob serv amo s crença s biza rl'2 s le sis tente s , CeY ("1'1c S (',F',a r i '(U ::l alg o mais

do que a mer a tradição , sugestibilida(~c 0 U conformidad e

par a exp li ca r su a retençi o" Cp . 1 4 5) .

(35)

s-)

o r 1 a j c 11 c.. (19 6 9)

r3 ] ~La u~~crVlç~cs rcaliz8t8 s em macaco s, que alqu iri ram

o costU:1e e ala r atat2 s LC.CC S an tes de comê-l a s.A aI1rerr

di7a~cM fo i inici a a po r un a fênea nov a, e)oi s tr ansm

iti-( a

ã

5l'a r<le , jrll:ls e i1l.i;:;OS . O acoT'1,':.,11oa)](;nt o o ex.:)cri

nentado r, urant e cinc o ai~O S , evi encia qu e o conportar.en

-to ainda se TIlanteve em FllÜ "Los ma cacos , especialn3nte IJ S

laa is jov ens, e Sla conclus~o é

h~bito cultura l esse grup o .

.

-u e 1ra se transfoI"' ar 'em

Os 3StU. os . ceal i za os até agor a sobre " cu

l-'cura " .1.e gHlpO , na o preenchem a necess i ade

çoe s sobre o tema .

de info rJ-:i

a-De acor o com O.e.m.ó ;te.d (197 0), a " c ll tu 1'a 1\

de grupo na o tem sido recoJl1ecida com o )!1erecedor a e B"l.?}l

-ça o (;spec ial ·0 1' arte do s estudioso s . Segund o e le, ex is

tem trê s tipos de pesquisa de pequeno grup o que são art

icu a: .ente importantes : (a) qs que usam n ovas técnica s pa

-ra merli r as norna s de gru~o ; (b) a s qu e tentam lev ant ar e

cata ot,a r as nor1l1a s de grup o de acord o com a s teo1'ias

e-xisten te s; (c) a s que mo stram como um a _eterminada n01'8 a

é ca~ uaJ.rlen te re lacion ad a a aI gum as ect o do ) roces s o ,e

grupo , ta is com o o · produt o o grup o ( n o cas o , sua "cul

tu-ra") , ou a e st rutur a social e a s atividade s indivi dua is

dos membros .

A part ir

ra" englob a diferente s grupo e pode-se dizer

o ex 10St O, obserl'as e qu e " cult

-aspecto s da dinimica do pe uen o

-que este termo e um constructo qu e

se infere a partir de norma s estruturada s intern anent e .

De sta orma , "-analisar a s atitude s do s nembros em relaçã o

-

a sua pequena estrutura social - o gru o - e

-

provavel men

-te ma is i mport~nte para o pesquisad or d o pequeno grup o do

que analisa r as atitude s objetivas desses mesmo s

indivídu-os com relação a Deus" (O.e. m.6;te.d , 1970, p . 40) . Ou em

rela-ça o a qualque r conteúdo específico.

(36)

~ L\ [U S

01 8.nCO s e COli) (lr2m cultllr<1 S diferente s ,

,e-rifica-se que os comportanento s dos indiví uo s obe ecem a e s truturas es ec í f ic a s da cu l tura onde vi e ~ . por6m , (ua

-:l O se ana lisa o i nter iol' t e l.:P1 a mesm a cultur a , v ê -s e 12 ... 11

bém un a di erenciação e cO /D or tamento s, que correspon..iem

a unçõe s sociai s di erentes . Toman o-se co mo Jont o e r

c-~er~nci a o indivídu o , o uga r ue ele ocupa Dest a cu l t u ra de te rP1ina se u I.> ;t o_:t UI.> ou pape l . ~a rática , a disti

n-entre , ~ t a..t UI.> pape l

-

andona aplica

-

pa 1

a-(; ? o e e a a , e se a

.6 1.(' t U. 6 ab r2ngem

-

tempo s ent ido

\ ra lIS OS que a um so o e

s-tr ito d2s ta palavra e a de papel .

Segun do S:toe:tzel ( 196 6) , o .ótatu.ó € um

con-j unt o de co~p ort a~ent os que um indivíduo pode esp2rar

]8-giU.iTlé .. ent e os J cmais, e o con j unt o de COtV'ül L,-,ento s

os erna is esperam de sua parte . Para Kie6le~ (1 973 ) "o

term o .ó:tatul.> pode ser def inido co mo o valor de um a essoa ,

~'a l CO/l O ê a,ra1iado por um gru o ou ~lJn a classe de pessoas .

A a 'alia ção e valor ê ceterm inada ~ me dida que seus

atri-butos ou caracter ístic a s são percebi~rts com o im ortan te s

para a s nece ssidade s e alores compartil ado s pel o grup o

ou cl as se e iJess oas " (p . 75 ) . Statu.ó, se gund o Go.nagam (1976)

refere-se a o fato de membro s de um grupo possuirem vruore s

diferente? para esse grup o . Reflete-se no s direito s e

o-brigaçõe s em que diferente s pessoas incorrem .

Estas P1es~a s caracterís tica s encontram-s e

na caracteri za ção do te rm o .ótatu.ó, dado por Bac~ m an (1964) .

Pa r a e l e , .óta:tu.ó € o va l o r de um a pes s oa ta l c om o e s timado

pe lo grup o . A e!s timativa do val or ê determinada pel a ex

-tensão através a qua l os atributo s ou características a s

pessoas sã o percebidas com o pos síve i s de contribu ir par a

comp a r til ha r valore s e neces sidade s do grup o . e ste

con-text o, o termo atribut o e caracte rís ti c a inclu i nã o apena s

(37)

-ç a o , :..; T 11 .' o c OU l r í) s f a t o r c s .

Par a She.Jt ..i..ô (19 70), um i mportante aspec to

J a s relaç6es inter cssoa is Jo s art ici pante s em um grup o

é a Ji men são o po e r . A posiçã o da p e sso a n a est ru tur a

de poder , que se torna nec e ssaria mente hierárqu ica , def

i-ne se u .6ta.tu .. .6 n o grupo, com o é r.led ido pe la efetividade â3 iniciati as que ela )ode dispo r: (a) a o contro lar int e ra -ç6e s, ativida e s e t om ada de e cis6e s; (b ) a o ap li ca r s a n-çoe s em c a sos de nã o )articip a çã o e n ã o submissã o .

Pa ra Sh e. Jtiô , n a for mação do grup o, a s pos içoe s de topo e a s inferiores são a s prime i ra s a se e s t abi -lizarem . A posição do top o é a posiçã o de lide ran ça, o

pa-pe l do líder . Segue-s e que o lí de r torna-se lí de r em re

-l a ção a out r os membros , e m funçã o da s atividade s , das

nor-ma s que surgem , e nã o de vido às suas características

)es-s oai )es-s ou e )es-stil o)es-s .

AJtgyf!..e. (1974) t a;ibém afi r1 a u e a est ru tu

-ra hierárquica de um grup o pode ser an alisada e m te rm os

da di ferenciaçã o de .6ta.tU.6 . Segun do ele, os grupo s desen

-volvem e st rutura s de .6tatu.6 estávei s, nas quai s a

locali-zaçã o do s membro s é ,aceit a de comum acordo . Este gra u em

que um a pes soa é aprovada , admirada pelo s demai s membro s

(posição de .6ta.tU.6 ) difere de sua po pularidade - base ada

na afeiçã o e n a sua habili dad e para infl uenciar .

}uitas da s posiç6e s que a s pessoa s ass umem

nos diversos grupo s forma is são posiç6e s fixas, disposta s

hierarquic ame nte . Estas po si ç6e s são preen chidas po r pe

ssoas na medida em qu e possuem caracter ísticas e qualifica

-çoes relevante s par a o grup o . Contud o, os grupo s podem

che-gar a um acordo sobre outras características que ta mbém

adquirem .6ta.tU.6~ mas em nível não for ma l.

~ o esenvol vi nent o de um .6tatu .. .6 na o f o r mal\

-o membr -o c-ome ça a c-omp-or um pape l b em especia li z ad-o, va i

recebendo os reforço s pela s tentativas bem sucedidas.

De-poi s de algum temp o, com o .6tatu.6 já a s segurad o, tende a

Imagem

TABELA  PÁGL TA

Referências

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