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Práticas de leitura e escrita: inglês

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA INSTITUTO METRÓPOLE DIGITAL. Marcela Aparecida Cucci Silvestre Maria Edileuda do Rêgo Sarmento Maria Kassimati Milanez. PRÁTICAS DE. LEITURA E ESCRITA. INGLÊS.

(2) SOBRE O LIVRO O livro “Práticas de Leitura e Escrita – Inglês”, das autoras Marcela Aparecida Cucci Silvestre (UFRN), Maria Edileuda do Rêgo Sarmento (UFRN) e Maria Kassimati Milanez (IFRN) é fruto das observações das necessidades dos alunos, pelas autoras e professoras de Língua Inglesa, mais especificamente de Inglês para Fins Específicos (IFE) para universitários da área tecnológica e de cursos técnicos de nível médio. A obra é o terceiro volume de uma coleção – Práticas de Leitura e Escrita –, composta de dois volumes anteriores, a respeito da prática de leitura e escrita em português, voltada para alunos universitários e de nível técnico e tecnológico que necessitam ler textos nas áreas de informática, engenharias, etc. Este volume é dividido em dez capítulos, cada um abordando estratégias de leitura que vão desde a leitura superficial de um texto em inglês até a mais detalhada. Para isso, as autoras abordam os aspectos estruturais e semânticos da língua inglesa de forma acessível e objetiva, com uma linguagem dialogada. Assim, o aluno é conduzido a resolver exercícios de interpretação de textos em inglês após aprender sobre o tema do capítulo por meio de textos explicativos, exemplos de textos autênticos, imagens, esquemas semânticos e atividades resolvidas e comentadas, de forma independente e autodidata..

(3) REITORA. Ângela Maria Paiva Cruz. VICE-REITOR. José Daniel Diniz Melo. DIRETORIA ADMINISTRATIVA DA EDUFRN. Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Diretor) Wilson Fernandes de Araújo Filho (Diretor Adjunto) Judithe da Costa Leite Albuquerque (Secretária). Conselho Editorial. Luis Álvaro Sgadari Passeggi (Presidente) Alexandre Reche e Silva Amanda Duarte Gondim Ana Karla Pessoa Peixoto Bezerra Anna Cecília Queiroz de Medeiros Anna Emanuella Nelson dos Santos Cavalcanti da Rocha Arrailton Araujo de Souza Carolina Todesco Christianne Medeiros Cavalcante Daniel Nelson Maciel Eduardo Jose Sande e Oliveira dos Santos Souza Euzébia Maria de Pontes Targino Muniz Francisco Dutra de Macedo Filho Francisco Welson Lima da Silva Francisco Wildson Confessor Gilberto Corso Glória Regina de Góis Monteiro Heather Dea Jennings Jacqueline de Araujo Cunha Jorge Tarcísio da Rocha Falcão Juciano de Sousa Lacerda Julliane Tamara Araújo de Melo Kamyla Alvares Pinto. Luciene da Silva Santos Márcia Maria de Cruz Castro Márcio Zikan Cardoso Marcos Aurélio Felipe Maria de Jesus Goncalves Maria Jalila Vieira de Figueiredo Leite Marta Maria de Araújo Mauricio Roberto Campelo de Macedo Paulo Ricardo Porfírio do Nascimento Paulo Roberto Medeiros de Azevedo Regina Simon da Silva Richardson Naves Leão Roberval Edson Pinheiro de Lima Samuel Anderson de Oliveira Lima Sebastião Faustino Pereira Filho Sérgio Ricardo Fernandes de Araújo Sibele Berenice Castella Pergher Tarciso André Ferreira Velho Teodora de Araújo Alves Tercia Maria Souza de Moura Marques Tiago Rocha Pinto Veridiano Maia dos Santos Wilson Fernandes de Araújo Filho. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Secretária de Educação a Distância. Conselho Técnico-Científico – SEDIS. Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo. Secretária Adjunta de Educação a Distância Ione Rodrigues Diniz Morais. Coordenadora de Produção de Materiais Didáticos Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo. Coordenadora de Revisão. Maria da Penha Casado Alves. Coordenador Editorial. José Correia Torres Neto. Gestão do Fluxo de Revisão Rosilene Paiva. Revisão Linguístico-textual. Marcela Aparecida Cucci Silvestre. Projeto Gráfico, Capa e Diagramação Edinara Medeiros de Araújo Isabela Muniz Batista José Antonio Bezerra Junior. Revisão Tipográfica. Letícia Torres Renata Ingrid de Souza Paiva. ESCOLA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – ECT Diretor geral Douglas do Nascimento Silva. Vice-diretor. José Josemar de Oliveira Junior. INSTITUTO METRÓPOLE DIGITAL Diretor geral José Ivonildo do Rêgo. Vice-diretor. Adrião Duarte Dória Neto. Diretoria de Ensino. Daniel Sabino Amorim de Araújo. Setor de Produção Multimídia Danise Suzy da Silva Oliveira. Maria Carmem Freire Diógenes Rêgo – SEDIS (Presidente) Aline de Pinho Dias – SEDIS André Morais Gurgel – CCSA Antônio de Pádua dos Santos – CS Célia Maria de Araújo – SEDIS Eugênia Maria Dantas – CCHLA Ione Rodrigues Diniz Morais – SEDIS Isabel Dillmann Nunes – IMD Ivan Max Freire de Lacerda – EAJ Jefferson Fernandes Alves – SEDIS José Querginaldo Bezerra – CCET Lilian Giotto Zaros – CB Marcos Aurélio Felipe – SEDIS Maria Cristina Leandro de Paiva – CE Maria da Penha Casado Alves – SEDIS Nedja Suely Fernandes – CCET Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim – SEDIS Sulemi Fabiano Campos – CCHLA Wicliffe de Andrade Costa – CCHLA.

(4) Catalogação da Publicação na Fonte. Bibliotecária Verônica Pinheiro da Silva CRB-15/692.. Silvestre, Marcela Aparecida Cucci. Práticas de leitura e escrita – inglês [recurso eletrônico] / Marcela Aparecida Cucci Silvestre, Maria Edileuda do Rêgo Sarmento e Maria Kassimati Milanez. – Natal: SEDIS-UFRN, 2018. 1 PDF. ISBN 978-85-93839-54-2 Modo de acesso: http://repositorio.ufrn.br 1. Leitura. 2. Escrita. 3. Inglês. I. Sarmento, Maria Edileuda do Rêgo. II. Milanez, Maria Kassimati. III. Título. . CDU 028.1 S587p. Todos os direitos desta edição reservados à EDFURN - Editora da UFRN Av. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN | Brasil e-mail: contato@editora.ufrn.br | www.editora.ufrn.br Telefone: (84) 3342-2221.

(5) APRESENTAÇÃO O Inglês para Fins Específicos (IFE), também conhecido como Inglês Instrumental, correspondente ao English for Specific Purposes (ESP), tem como objetivo atender às necessidades comunicativas específicas em Língua Inglesa, de públicos diferentes, nas diversas áreas de interesse. Uma das necessidades do público da área técnica e tecnológica é desenvolver a habilidade de leitura, isto é, de compreensão de textos específicos de sua área de conhecimento escritos em língua inglesa. Para isso, o leitor deve saber utilizar algumas das principais estratégias de leitura e ter noções relativas aos diversos níveis da língua. Para Hutchinson e Waters (2009), o ESP não foi um movimento planejado e coerente, e sim um fenômeno que se deu a partir de três situações convergentes iniciadas no século XX. A primeira delas refere-se ao fato de que, com o desenvolvimento do comércio e da tecnologia, o inglês passa a ser a principal língua aceita internacionalmente. Além disso, os novos estudos na área da Linguística passaram a enfocar o uso da língua em situações reais de comunicação, em detrimento de suas características formais. Emerge, então, a ideia de que, se a linguagem varia de acordo com as situações de uso, é possível determinar as principais características de cada uma delas para construir as bases de cursos de línguas que atendem a necessidades específicas das mais diversas áreas de conhecimento. Em terceiro lugar, pode-se apontar o desenvolvimento da Psicologia Educacional, que teve como foco principal os aprendizes e suas atitudes durante o processo de aprendizagem. Acredita-se que o IFE tenha surgido com a necessidade de comunicação rápida e eficaz em vários contextos mundiais. Durante a Segunda Guerra, por exemplo, os soldados precisavam aprender o idioma do inimigo para se comunicarem em caso de necessidade e até para a sua sobrevivência, motivos pelos quais eles tinham de estudar um vocabulário básico no avião, navio ou nos campos de batalha. No Brasil, a partir do início da década de 1980, com o apoio do British Council e em conjunto com a PUC-SP, surgiu o Projeto Nacional Ensino de Inglês Instrumental em Universidades Brasileiras, sob a coordenação da professora Maria Antonieta Celani. Com base em um levantamento de necessidades realizado com alunos em algumas universidades federais e alguns institutos técnicos federais em todas as regiões do país, concluiu-se que a necessidade principal desses alunos, naquele momento, era a leitura de textos em Língua Inglesa e, a partir dessa constatação, iniciou-se uma série de seminários nessas instituições a fim de capacitar professores para compreenderem o que seria IFE e, em conjunto, elaborarem materiais para o seu ensino nas instituições públicas de nível superior e técnico..

(6) Um desses seminários foi ministrado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com a participação de docentes da instituição que logo começaram a trabalhar em sala de aula utilizando IFE. A professora Maria Edileuda do Rêgo Sarmento, uma das autoras deste livro, estava presente no seminário da UFRN e, a partir daí, identificou-se com o IFE e se envolveu cada vez mais com essa abordagem de ensino até os dias de hoje. A professora Maria Kassimati Milanez entrou em contato com o IFE em 2005, quando, então, atuou como professora substituta na UFRN pela primeira vez. Sob a coordenação e as orientações da professora Maria Edileuda, iniciou seu envolvimento com essa abordagem, à qual continuou ensinando na instituição até 2014, quando passou a ser professora efetiva do IFRN. Em 2013, atuando como professora substituta na Escola de Ciência e Tecnologia (ECT) da UFRN, trabalhou com a professora Marcela Aparecida Cucci Silvestre, que já vinha ensinando IFE na ECT desde 2010 e que havia sido convidada a escrever este livro. Através da troca de experiências, da identificação de propósitos em comum com relação ao ensino da abordagem de IFE e do reconhecimento de sua importância na instituição e fora dela, as três professoras, a convite da professora Marcela Silvestre, uniram-se com o objetivo de compartilhar seu conhecimento e experiência na elaboração deste livro, fruto de seu comprometimento com o IFE e com a sua divulgação como abordagem reconhecidamente relevante para atender às necessidades específicas de qualquer área, notadamente a área técnica e tecnológica da UFRN, mas não se limitando a essa instituição ou área..

(7) PREFÁCIO É com imensa satisfação que apresento à comunidade acadêmica, alunos, professores, pesquisadores e demais interessados ou envolvidos com o ensino e com a aprendizagem de Inglês para Fins Específicos (IFE) o volume 3 de Práticas de Leitura e Escrita – Inglês, obra produzida por Marcela A. C. Silvestre, Maria Edileuda do Rêgo Sarmento e Maria Kassimati Milanez. Vivemos em um mundo repleto de pet shops, home theaters, playgrounds, coffee breaks, workshops, shopping centers, posts, notebooks, emails, LAN houses, LCD TVs, HD-TVs, check-ins, check-outs, sundaes, frozen yogurts, brownies, cookies, hot dogs, cheese burgers, hi=p-hops, RAPs, funks, dentre uma infinidade de outras palavras inglesas presentes em nosso dia a dia nas mais diversas áreas. Isso mostra como o inglês vem se tornando a cada vez mais a língua da globalização, da internacionalização e, em nossas universidades, é imprescindível que os alunos estejam aptos a interagir com o mundo nessa língua, principalmente por meio da leitura ou da escrita, em função da grande quantidade de conhecimentos produzidos em todo o mundo, por autores de diferentes nacionalidades e de diferentes línguas que escrevem em inglês, já que esta se tornou a língua de divulgação da ciência. Esta obra, dessa forma, vai proporcionar ao aluno conhecimentos linguísticos e discursivos necessários à compreensão de textos produzidos em língua inglesa, auxiliando na tarefa de desvendar aspectos dessa língua tão presente no cotidiano de nós brasileiros e, mais especificamente, no contexto acadêmico. O livro, como se perceberá, é o proveitoso resultado das experiências das três autoras com o ensino de IFE na universidade e suas práticas de ensino e de pesquisa sobre os diversos aspectos da língua e sua utilização para o ensino de inglês com propósitos específicos, já que as autoras abordam os principais recursos linguísticos do inglês necessários para que o leitor esteja apto a explorar um texto em inglês e dele possa extrair sentidos para serem usados em suas experiências universitárias. O material aborda os principais conceitos da área de IFE e os recontextualiza para a prática de leitura e escrita, preparando tanto aqueles que têm ou tiveram pouco contato com a língua inglesa, para que possam (re)construir os sentidos nos textos, até aqueles que já conhecem o idioma e que poderão utilizar os recursos apresentados para otimizar o processo de leitura e a construção de sentidos nos textos utilizados. São abordados, dessa forma, desde aspectos extratextuais, como a relação do texto com seu contexto de produção, até aspectos linguístico-gramaticais, como a estrutura verbal e nominal do inglês e sua relevância para a leitura, além de aspectos textuais e discursivos e outros relacionados à leitura, como o uso de dicionários..

(8) Meu prazer em apresentar esta obra ao leitor e, de certo modo, fazer parte dessa aventura, é imenso, pois, além da rica partilha de experiências com Marcela A. C. Silvestre sobre a produção de materiais didáticos, aspectos relacionados à leitura em inglês, ao cotidiano do ensino na universidade e participação em eventos científicos, tive a grata satisfação de orientar a dissertação de mestrado A análise de necessidades de Inglês para Fins Específicos em um curso de graduação em turismo, pesquisa desenvolvida por Maria Edileuda do Rêgo Sarmento, e a tese de doutorado Histórias de professores universitários sobre ensinar inglês para fins específicos, produzida por Maria Kassimati Milanez, ambas sobre aspectos relacionados ao ensino de IFE. A capacidade das três autoras e sua preocupação com o desenvolvimento dessa área, desse modo, parte representada por este material, em muito contribuirão para o ensino e a aprendizagem de IFE. Que o trabalho com este livro seja proveitoso e que dele surjam muitas e novas experiências relacionadas à aprendizagem da língua inglesa e que estas despertem outras tantas, na instigante tarefa de aprender uma língua estrangeira. Natal, 12 de dezembro de 2014. Prof. Dr. Orlando Vian Jr. Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas e Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFRN.

(9) SUMÁRIO 1 Conhecimento prévio . 10. 24. 2 A importância do contexto 3 Estratégias de leitura . 33. 4 Estrutura Verbal da língua inglesa . 73. 5 Grupos nominais 6 Elementos Conectores e Coesivos nas Orações 7 Cognatos e Falsos Cognatos. 111. 8 Gêneros Discursivos. 86 100. 9 Formação de Palavras. 145. 10 Uso de Dicionários Respostas Referências. 158 180. 50. 122.

(10) 1. Conhecimento prévio. VOCÊ VERÁ POR AQUI.... ...o que é conhecimento prévio e sua importância no processo de construção do sentido de um texto durante a leitura. OBJETIVOS »»Compreender a importância da utilização consciente do conhecimento prévio no ato da leitura. »»Conceituar conhecimento prévio. »»Entender a existência de leituras adequadas e inadequadas, tendo em vista a possibilidade de um enunciado não estar aberto a qualquer interpretação. »»Perceber a leitura como atividade consciente que envolve diversas habilidades e conhecimentos do leitor. »»Aplicar o conhecimento teórico às práticas de leitura e escrita.. INICIANDO NOSSA CONVERSA Por muito tempo, a leitura foi entendida como decifração de códigos de um texto. Hoje, defende-se a ideia de que ler envolve um intenso processo de interação entre o leitor e o próprio texto. Muitas vezes, esse processo se dá de forma inconsciente mas, se prestarmos atenção, sem essa interação, a compreensão de um texto simplesmente não acontece. Isso ocorre porque, ao lermos, estabelecemos relação entre nossos conhecimentos acumulados ao longo da vida e as novas informações trazidas pelo texto. Podemos afirmar, então, que o significado é construído pelo leitor a partir de suas próprias experiências e valores, que chamamos de conhecimento prévio. Para Araújo (2010, p. 21), o conhecimento prévio é um recurso fundamental no processo de compreensão, pois possibilita a formulação de hipóteses e inferências pertinentes ao significado do texto e diz respeito às redes de conhecimento que devem ser ativadas durante a leitura. Assim, quando estamos lendo um texto sobre determinado assunto, nosso cérebro acessa, quase que de maneira imediata, as experiências anteriores sobre o assunto tratado a fim de que as novas informações sejam, primeiramente, relacionadas a elas e, possivelmente, mais tarde, incorporadas ao acervo de conhecimentos do leitor.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 10.

(11) Exemplo 1 Observe a imagem a seguir:. Fonte: <http://banzeiros.blogspot.com.br/2009/10/gp-brasil-de-formula-1.html>. Acesso em: 19 jul. 2016.. Vamos ver se você entendeu a imagem do Exemplo 1: Se você pensou em Fórmula 1, Rubinho Barrichello, Projeto Tamar, Equipe Honda, tartarugas marinhas, velocidade, carro e outras coisas relacionadas a esses temas, já verificou como é fácil acionar seu conhecimento prévio. Se você concluiu que se trata de uma brincadeira com o ex-piloto de Fórmula 1, Rubinho Barrichello, acertou mais uma vez. Note que a imagem do esportista está atrelada à de uma tartaruga, já que sua escuderia estaria patrocinando o Projeto Tamar, que tem o intuito de preservar as tartarugas marinhas da costa brasileira. Você já havia parado para pensar em quantas referências, imagens e informações lhe vieram à mente para que o texto fosse compreendido? Agora, ficou mais fácil entender o que é conhecimento prévio. Trata-se de todos esses pensamentos relacionados ao texto que vêm à tona quando tentamos compreendê-lo. Muitas vezes, não estamos atentos ao acionamento desses conhecimentos que podem ser desperdiçados ou ignorados durante a leitura. Por isso, é importante que essa atividade de resgate das informações pré-existentes em nosso cérebro se torne intencional e consciente.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 11.

(12) Atividade 1 Observe o texto a seguir e responda às questões:. Fonte: <http://joaobasilio.blogspot.com.br/search?updated-min=2009-01-01T00:00:0008:00&updated-max=2010-01-01T00:00:00-08:00&max-results=12>. Acesso em: 19 jul. 2016.. 1. Faça uma lista das principais palavras que vieram em sua mente ao observar a imagem: ................................................................................  ............................................................................ ................................................................................  ............................................................................ ................................................................................  ............................................................................. 2. Descreva as ideias que lhe ocorreram durante sua observação: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 12.

(13) 3. Descreva quais foram os conhecimentos prévios acessados para a compreensão: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 4. É possível alguém não ter compreendido a imagem? Procure explicar o que pode ter ocorrido nesse caso. ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. ACIONAMENTO DO CONHECIMENTO PRÉVIO Você deve ter percebido que as pessoas que conseguiram compreender as imagens e até riram das situações apresentadas acima têm conhecimento acerca de Fórmula 1 e da novela “A favorita”. Sem a interação entre esse conhecimento prévio do leitor, praticamente não haveria a compreensão das imagens. Isso quer dizer que você deve estar sempre atento a todas as informações que estão à sua volta, pois ninguém sabe quando podemos utilizá-las novamente. Mas, esse processo só ocorre com textos imagéticos, como vimos nos exemplos, ou também pode ser aplicado a um texto exclusivamente verbal? Com certeza, sim! É fácil percebermos como a simples menção de uma palavra consegue nos remeter a uma série de pensamentos e ideias prévias sobre o objeto mencionado. As palavras são igualmente capazes de acionar nosso conhecimento prévio. Vejamos o próximo exemplo:. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 13.

(14) Atividade 2. PROBLEMA NA CLAMBA Naquele dia, depois de plomar, fui ver drão o Zé queria ou não ir comigo lá na clamba. Achei melhor grulhar-lhe. Mas, na hora de tungar a ficha, vi-o passando com a golipesta – e me dei conta de que ele já tinha outro programa. Então resolvi ir sozinho à clamba. Ao chegar, estacionei o zulpinho bem nacinho, pus a chave no bolso e desci correndo para aproveitar ao chinta aquele sol gostoso e o tode pli sulapente. Não parecia haver nem galpo na clamba. Tirei os grispes, pus a bangoula. Estava pli quieto ali que até me saltipou. Mas esqueci logo das saltipações no prazer de nadar no tode, inclusive tirei a bangoula para ficar mais à vontade. Não sei quanto tempo fiquei nadando, siltando, corriscando, até estopando no tode. Foi depois, na hora de voltar à clamba, que vi que nem os grispes nem a bangoula estavam mais onde eu tinha deixado. O que fazer? Fonte: Texto adaptado de Scott (1981).. Primeiramente, precisamos esclarecer que, apesar de estar escrito em nossa língua materna, esse texto contém várias palavras “inventadas”, ou seja, que não fazem parte do vocabulário da Língua Portuguesa. Apesar disso, certamente muitas ideias devem ter pipocado em sua mente durante a leitura. 1. Procure enumerá-las a seguir, mesmo que você não tenha certeza absoluta se compreendeu o texto todo: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 14.

(15) 2. O que aconteceu para que, mesmo com tantas palavras desconhecidas no texto, você tenha compreendido seu sentido geral? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 3. Como você lidou com as palavras desconhecidas? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 4. Em que medida as palavras conhecidas puderam ajudá-lo na compreensão geral do texto? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 5. Procure recuperar as estratégias que você utilizou para chegar a uma interpretação satisfatória. ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 15.

(16) NÍVEIS DE CONHECIMENTO PRÉVIO Para tentar explicar esse fenômeno, é preciso ter em mente que, durante a leitura, nossa compreensão não se processa “palavra por palavra”, mas sim em blocos de informação. Isso quer dizer que não precisamos conhecer todas as palavras de um texto para entendê-lo. A partir dessas constatações, pode-se afirmar que, com o conhecimento de algumas palavras-chave e de algumas estruturas linguísticas, além da utilização de certas estratégias de leitura (que serão apresentadas em capítulos subsequentes), é possível ler qualquer texto, mesmo que em língua estrangeira. O conhecimento prévio é, portanto, a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual e o conhecimento de mundo (KLEIMAN, 2013, p. 15). O conhecimento linguístico “abrange desde o conhecimento sobre como pronunciar português, passando pelo conhecimento de vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua” (KLEIMAN, 2013, p. 15). Trata-se de conhecer o vocabulário, as relações sintáticas e o uso da língua como, por exemplo, os cognatos, os afixos, as principais formas verbais e as referências pronominais, que serão assunto de nossos próximos capítulos. O conhecimento textual refere-se ao conjunto de noções e conceitos sobre o texto, como a questão da tipologia textual (narração, descrição ou dissertação) e dos gêneros, que também será abordada mais adiante neste livro. Já o conhecimento de mundo pode ser adquirido tanto de maneira formal (por meio de leituras e estudos específicos das diversas áreas de conhecimento) como informal (em conversas, trocas de experiências vividas e entretenimento). Para Kleiman (2013, p. 18), quando há problemas no processamento em um nível, outros tipos de conhecimento podem ajudar a desfazer a ambiguidade ou obscuridade, “num processo de engajamento da memória e do conhecimento do leitor que é, essencialmente, interativo e compensatório; isto é, quando o leitor é incapaz de chegar à compreensão através de um nível de informação, ele ativa outros tipos de conhecimento para compensar as falhas momentâneas”. Por último, é importante lembrar que, durante nossas leituras, o leitor desempenha papel ativo no processo de interação com o texto, partindo de seus próprios conhecimentos sobre o assunto, relacionando-os com as novas informações e estabelecendo inferências a fim de compreender integralmente seu conteúdo.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 16.

(17) Vamos colocar em prática seus conhecimentos prévios na compreensão do texto abaixo:. Atividade 3. WHAT IS MIGRAINE? A migraine is characterized by an intense throbbing headache, often on one side of the head, plus 2 or more of the following symptoms: - Increased sensitivity to light, sound and/or smells; - Nausea and/or vomiting and/or diarrhea; - Other neurological symptoms such as visual disturbances, pins and needles or numbness on the affected side – these symptoms are known as migraine aura. Not all sufferers experience all of the above symptoms and sufferers are symptom-free between attacks. The frequency of attacks varies, but the average is 13 per year. Fonte: Adaptado de <http://www.migraine.org.uk/information/>. Acesso em: 19 jul. 2016.. PARTE A: Responda às seguintes questões sobre seus conhecimentos prévios: 1. Liste as palavras que você já conhecia e explique como você as conheceu: .............................................   .............................................................................................................. .............................................   .............................................................................................................. .............................................   .............................................................................................................. .............................................   ............................................................................................................... 2. Faça uma lista das palavras que você não conhece: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 17.

(18) 3. Faça uma lista das palavras que, mesmo sem ter visto anteriormente, você conseguiu reconhecer com facilidade: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 4. Releia o texto e verifique se há palavras cujos significados você conseguiu entender com a ajuda do contexto e anote abaixo: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 5. Procure descrever em que medida as palavras desconhecidas influenciaram na compreensão do texto como um todo: ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PARTE B: De acordo com o texto, responda: 1. O que é migraine? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 18.

(19) 2. Quais são os principais sintomas dessa doença? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 3. Quantas crises o paciente pode ter? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. CONSIDERAÇÕES FINAIS Depois de tudo o que foi visto e discutido nesta aula, você pode estar se perguntando como podemos adquirir esse tal conhecimento prévio, tão valioso durante o processo da leitura. A resposta é simples: o leitor precisa ter não só o conhecimento enciclopédico, que é aquele adquirido de maneira formal em livros ou durante os estudos, mas também um conhecimento mais geral, ou seja, precisa se interessar por informações das mais diversas áreas do conhecimento, culturas, gêneros, línguas, etc. Por isso, quanto mais contato com textos diferentes, seja por meio da televisão, do rádio, da internet, de chats, etc., maior será a gama de conhecimentos disponíveis na hora de ler um texto e maior será o número de conexões possíveis entre os assuntos conhecidos e as ideias novas, aumentando as possibilidades de compreensão dos textos.. PARA SABER MAIS * Livro. KLEIMAN, A. Texto e leitor – aspectos cognitivos da leitura. 15ª ed. Campinas: Pontes, 2013.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 19.

(20) RESUMO DA AULA Nesta aula, discutimos a respeito do conceito de conhecimento prévio. Entendemos que a leitura é um processo de interação entre o texto e o leitor, que constrói seu entendimento relacionando seu conhecimento prévio com as novas informações propostas no texto. Vimos que o conhecimento prévio abrange o conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo, além da utilização de algumas estratégias de leitura. Finalmente, por meio de exemplos e exercícios, expusemos a importância do resgate consciente do conhecimento prévio para uma compreensão mais efetiva dos textos.. AVALIAÇÃO Leia o texto abaixo: THE HISTORY OF CHOCOLATE Centuries ago, the product was a bitter mixture drank by the Mayans and Aztecs. Delicious, delectable, soothing and American. Chocolate was a New World discovery, one of the most sought-after treasures brought back to Europe from the brave new land across the Atlantic. Cacao, from which chocolate is created, is said to have originated in the Amazon at least 4,000 years ago. The cacao tree was worshipped by the Mayan civilization, who believed it to be of divine origin. Cacao is actually a Mayan word meaning “God Food”, hence the tree’s modern generic Latin name Theobroma cacao, meaning “Food of the Gods”. The word Cacao was corrupted into the more familiar “Cocoa” by the early European explorers. The ancient Maya brewed a spicy, bittersweet drink by roasting and grinding the seeds of cocoa beans with maize and chili and letting the mixture ferment. This drink was reserved for use in ceremonies as well as for drinking by the wealthy and religious elite. The Aztecs of Central Mexico attributed the creation of the cacao beans to their god Quetzalcoatl who, as the legend goes, descended from heaven on a beam of a morning star carrying a cacao tree stolen from paradise. In fact, the Aztecs valued the beans so much that they used them as currency: a hundred beans bought a turkey or a slave, and taxes were paid in cocoa beans to Aztec emperors. They prized Xocolatl well above gold and silver so much so that when Montezuma was defeated by Cortez in 1519 and the victorious “conquistadors” searched his palace for the Aztec treasury expecting to find gold and silver, all. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 20.

(21) they found were huge quantities of cocoa beans. The Aztecs, like the Mayans, also enjoyed cacao as a beverage fermented from the raw beans, which again featured prominently in rituals and as a luxury available only to the very wealthy. They regarded chocolate as an aphrodisiac and their Emperor, Montezuma reputedly drank it fifty times a day from a golden goblet and is quoted as saying of chocolate: “The divine drink, which builds up resistance and fights fatigue. A cup of this precious drink permits a man to walk for a whole day without food”. Xocolatl or Chocolat or Chocolate, as it became known, was brought to Europe by Cortez. By this time, the conquistadors had learnt to make the drink more palatable to European tastes by mixing the ground roasted beans with sugar and vanilla (a practice still continued today), thus balancing the spicy bitterness of the brew the Aztecs drank. Fonte: Adaptado de <http://www.aphrodite-chocolates.co.uk/history-chocolate/>. Acesso em: 19 jul. 2016.. De acordo com o texto, assinale a alternativa correta: 1. Os Astecas explicam a origem do cacau como: a. Uma criação do deus Quetzalcoatl, que enviou a semente de cacau em um raio de sol. b. Uma invenção do Imperador Montezuma, que gostava de beber chocolate todo dia. c. Uma invenção dos Maias, que consideravam a própria semente como um Deus. d. Uma invenção do deus Quetzalcoatl, que trouxe a semente da Amazônia. e. Uma criação do deus Quetzalcoatl, que desceu do céu carregando um pé de cacau que ele havia retirado, sem permissão, do paraíso. 2. Pode-se afirmar que: a. os Astecas e os Maias apreciavam a bebida feita a partir de cacau fermentado, especialmente durante rituais. b. S omente os Astecas consideravam o cacau como sendo de origem divina. c. Somente os Maias usavam o cacau como moeda. d. Os Maias e os Astecas preparavam chocolate com açúcar. e. Os europeus aprenderam a apreciar o gosto picante do chocolate.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 21.

(22) 3. Quando Cortez derrotou Montezuma em 1519, ele esperava: a. conhecer os segredos da preparação do chocolate. b. conhecer o palácio real e as plantações de cacau. c. levar os pés de cacau de volta para a Europa. d. encontrar metais preciosos no palácio real. e. encontrar os grãos de cacau afrodisíacos. 4. No trecho “The cacao tree was worshipped by the Mayan civilization, who believe it to be of divine origin” (2º parágrafo), o pronome “it” se refere: a. aos Maias. b. ao pé de cacau. c. ao ato de adorar. d. à civilização. e. à origem divina. 5. Indique a única sentença VERDADEIRA. a. A expressão “God Food” pode ser traduzida como “Deus do Alimento”. b. Montezuma, o imperador dos Maias, apreciavam beber Xocolatl muitas vezes por dia. c. A melhor tradução para a palavra “beans” é “feijões”. d. O autor infere que Cortez e seus soldados ficaram desapontados ao encontrar cacau no Palácio de Montezuma. e. Os antigos Maias costumavam comer sementes cruas de cacau para desenvolver mais resistência e combater a fadiga. 6. Localize no texto as palavras ou expressões equivalentes em inglês a: a. Agridoce: ............................................................................ b. Disponível: ......................................................................... c. Descoberta: ......................................................................... d. Pelo menos: ........................................................................ e. Cansaço: .............................................................................. f. Consideravam: .................................................................... g. Adoravam, veneravam: .................................................... h. Primeiros, antigos: ............................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 22.

(23) Responda às perguntas em Português: 7. Por que Cortez e seus soldados ficaram desapontados quando invadiram o Palácio de Montezuma? Por que o palácio estava cheio de grãos de cacau? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. 8. Como os antigos Maias preparavam e consumiam o cacau? ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................ ................................................................................................................................................................. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 23.

(24) 2. A importância do contexto. VOCÊ VERÁ POR AQUI... ...porque devemos considerar o contexto para interpretar corretamente as informações de um texto e que é possível usar o cotexto para deduzir o sentido de algumas palavras desconhecidas.. OBJETIVOS »»Compreender o que é contexto e cotexto. »»Perceber a importância do contexto cultural em que o texto foi produzido. »»Entender como se pode deduzir o sentido de uma palavra ou expressão considerando-se o cotexto. »»Aplicar esse conhecimento teórico na leitura e interpretação de um texto na língua inglesa.. INICIANDO NOSSA CONVERSA Como vimos no capítulo anterior, a leitura é um processo não linear, dinâmico na inter-relação de vários componentes utilizados para o acesso ao sentido, e é uma atividade essencialmente preditiva, de formulação de hipóteses, para a qual o leitor precisa utilizar seu conhecimento linguístico, conceitual e sua experiência (KLEIMAN, 1989). É um processo seletivo, no qual o (bom) leitor usa o seu conhecimento prévio do mundo para levantar hipóteses que são confirmadas, ou não, durante o desenvolvimento do processo. A testagem das previsões acaba sendo eficiente devido à redundância existente na linguagem natural, assim como à capacidade que o leitor tem de fazer as inferências (deduções) a partir de seu conhecimento prévio. Citando Freire (2001, p. 8): “a compreensão de um texto vai além do texto em si, englobando também o contexto. Essa compreensão se concretiza não no nível da manipulação mecânica das palavras, mas numa relação dinâmica que envolve língua e realidade.” Por isso, como você já deve ter percebido, o leitor é parte importantíssima no processo de leitura de um texto, pois sem ele, o texto não faria sentido.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 24.

(25) CONSIDERANDO O CONTEXTO A língua é uma representação do real e um sistema potencialmente capaz de gerar significados, os quais somente se realizam no contexto. A construção dos significados linguísticos é negociada e processual: não pertence isoladamente ao falante (ou enunciador de qualquer tipo), à gramática da língua, ou ao contexto, mas surge da relação dinâmica entre esses componentes, validados pela cultura da comunidade linguística.. Contexto é o “ambiente” ou a “situação” em que está inserida uma informação. De maneira mais ampla, refere-se à cultura em que a informação foi produzida. Já o cotexto refere-se ao trecho do texto onde a palavra ou expressão estão inseridas.. Exemplo 1 Imaginemos uma informação do tipo “A velha é inútil.”. Dependendo do contexto em que ela foi transmitida, pode ter várias interpretações. Se o contexto for uma conversa entre marido e mulher, no Brasil, a respeito da mãe dela, que virá morar com eles, deduzimos que o termo “a velha” refere-se à sogra. Mas se o contexto é uma conversa em uma oficina de automóveis, no Brasil ou nos EUA, em que o mecânico está explicando ao dono do carro a razão da troca de uma peça por uma nova, o termo “a velha” refere-se a uma peça do carro. Você pode imaginar mil e uma situações (contextos) diferentes em que essa mesma informação poderá ser interpretada de modos variados. Por isso, sempre devemos considerar o contexto em que uma informação é dada, até mesmo em conversas e não somente em textos escritos, pois isso poderá evitar muitos mal-entendidos.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 25.

(26) Exemplo 2 O mesmo ocorre se você passar por uma sala e ouvir alguém dizendo: “Temos que matar a desgraçada!”. Você logo vai achar que se trata de uma trama para assassinar alguém. No entanto, pode ser que as pessoas estejam falando sobre uma barata, por exemplo, que estaria perturbando a reunião. Imagine a confusão gerada se você fosse correndo à polícia denunciar a “quadrilha”. Tudo porque você ouviu uma informação descontextualizada, isto é, “pegou o bonde andando”, como popularmente se diz quando alguém ouve uma informação pela metade, sem o contexto. Em textos em língua materna ou língua estrangeira pode acontecer de você deduzir o significado de uma palavra sem considerar o contexto em que ela está inserida, com consequências bem menos trágicas, é claro, mas com prejuízos ao entendimento. Portanto, quando se deparar com uma expressão ou palavra desconhecida, não se esqueça de considerar todo o contexto e o cotexto, antes mesmo de partir para um dicionário, porque o contexto ajudará, inclusive, na escolha da opção de significado mais apropriada ao consultar uma palavra com vários significados. Tenha sempre em mente que, para se deduzir o sentido de uma palavra ou expressão que desconhecemos, devemos considerar todas as outras palavras envolvidas na frase, ou trecho, que estamos lendo (cotexto). Por isso, precisamos conhecer, pelo menos, algumas palavras do trecho para, então, deduzir as que não conhecemos. Mais uma vez, ressaltamos o fato de que é necessário possuir um vocabulário mínimo na língua inglesa para aplicar essa estratégia.. PARA SABER MAIS * Livro. Instant Brazilian Portuguese Vocabulary Builder. Autor: Tom Means Editora: Hippocrene Books Ano: 2006 Neste livro, Tom Means relaciona 4000 palavras e 24 sufixos, ou terminações, que podem facilitar muito a sua compreensão de bastantes palavras com radical cognato em inglês. Deseja visualizar algumas páginas do livro antes de acessá-lo por completo? Entre no site <http://books.google.com.br/books>. Digite o nome do livro no campo de busca.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 26.

(27) O VOCABULÁRIO DE QUE VOCÊ PRECISA É fato comum entre os teóricos o reconhecimento de que, para se adquirir vocabulário é preciso se expor à língua, lendo o máximo de textos possível (CELCE-MURCIA, 2001). A exposição às mesmas palavras em contextos e textos diferentes é que lhe dará condições de aumentar cada vez mais o seu vocabulário na língua inglesa. Embora as estratégias de leitura existam para suprir eventuais falhas no conhecimento de vocabulário em inglês, somente elas não dariam conta da interpretação mais profunda de um texto em língua inglesa. Devido a essa constatação, em alguns capítulos desse livro, estaremos direcionando você a ler outros textos além dos expostos aqui. Da mesma maneira, esperamos que, por conta própria, você tome a iniciativa de ler o máximo possível de textos em inglês a fim de adquirir um vocabulário cada vez maior. Leia o texto abaixo:. Atividade 1. HOW YOUR CELL PHONE HURTS YOUR RELATIONSHIPS The mere presence of a phone affects how you relate to others. Most of us are no stranger to this scenario: A group of friends sits down to a meal together, laughing, swapping stories, and catching up on the news – but not necessarily with the people in front of them! Nowadays, it’s not unusual to have one’s phone handy on the table, easily within reach for looking up movie times, checking e-mails, showing off photos, or taking a call or two. It’s a rare person who doesn’t give in to a quick glance at the phone every now and then. Today’s multifunctional phones have become an indispensable lifeline to the rest of the world. We might expect that the widespread availability of mobile phones boosts interpersonal connections, by allowing people to stay in touch constantly. But a recent set of studies by Andrew K. Przybylski and Netta Weinstein of the University of Essex showed that our phones can hurt our close relationships. Amazingly, they found that simply having a phone nearby, without even checking it, can be detrimental to our attempts at interpersonal connection. Przybylski and Weinstein asked pairs of strangers to discuss a moderately intimate topic (an interesting event that had occurred to them within the last month) for 10 minutes. The strangers left their own belongings in a waiting area. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 27.

(28) and proceeded to a private booth. Within the booth, they found two chairs facing each other and, a few feet away, out of their direct line of vision, there was a desk that held a book and one other item. Unbeknownst to the pair, the key difference in their interactions would be the second item on the desk. Some pairs engaged in their discussion with a nondescript cell phone nearby, whereas other pairs conversed while a pocket notebook lay nearby. After they finished the discussion, each of the strangers completed questionnaires about the relationship quality (connectedness) and feelings of closeness they had experienced. The pairs who chatted in the presence of the cell phone reported lower relationship quality and less closeness. Przybylski and Weinstein followed up with a new experiment to see, in which contexts, the presence of a cell phone matters the most. This time, each pair of strangers was assigned a casual topic (their thoughts and feelings about plastic trees) or a meaningful topic (the most important events of the past year) to discuss – again, either with a cell phone or a notebook nearby. After their 10-minute discussion, the strangers answered questions about relationship quality, their feelings of trust, and the empathy they had felt from their discussion partners. The presence of the cell phone had no effect on relationship quality, trust, and empathy, but only if the pair discussed the casual topic. In contrast, there were significant differences if the topic was meaningful. The pairs who conversed with a cell phone in the vicinity reported that their relationship quality was worse.  The pairs also reported feeling less trust and thought that their partners showed less empathy if there was a cell phone present. Thus, interacting in a neutral environment, without a cell phone nearby, seems to help foster closeness, connectedness, interpersonal trust, and perceptions of empathy – the building-blocks of relationships. Past studies have suggested that because of the many social, instrumental, and entertainment options phones afford us, they often divert our attention from our current environment, whether we are speeding down a highway or sitting through a meeting. The new research suggests that cell phones may serve as a reminder of the wider network to which we could connect, inhibiting our ability to connect with the people right next to us. Cell phone usage may even reduce our social consciousness. Perhaps it would be going too far to prepare for important conversations by throwing your cell phone into the closet, or leaving it in the car on first dates. But if you are spending the day with people you really care about, you might want to reconsider the next time you reach for your phone to reply to a text message or check sports scores. Just having that phone nearby is bad enough. Fonte: <http://www.scientificamerican.com/article/how-your-cell-phone-hurts-yourrelationships/>. Acesso em: 19 jul. 2016.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 28.

(29) Baseado no contexto tecnológico em que vivemos hoje em dia, e de acordo com o texto acima, responda: 1. Como o celular pode afetar as relações pessoais? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 2. Os notebooks têm o mesmo efeito que os celulares nas relações pessoais? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 3. Quais são as sugestões da autora para melhorar as relações com as pessoas com quem você se importa? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ PARA SABER MAIS * Livros. As palavras mais comuns da língua inglesa. Autor: Rubens Queirós de Almeida Editora Novatec Ano: 2003 O livro contém as palavras mais frequentemente utilizadas na língua inglesa. É interessante tentar conhecer aos poucos cada uma delas já que elas estão sempre sendo usadas em textos em inglês.. Inglês na ponta da língua. Método inovador para melhorar seu vocabulário. Autor: Denilso de Lima Editora: Elsevier Ano: 2004 Livro sobre como usar a combinação de palavras para entender melhor o inglês. O autor também dá outras sugestões para melhorar o seu vocabulário.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 29.

(30) PARA SABER MAIS * Site <http://www.stories.org.br> Ótimo site contendo narrativas em inglês e a tradução lado a lado. Uma boa maneira de aumentar o seu vocabulário e de ler histórias interessantes.. Atividade 2 Sem consultar um dicionário, tente deduzir a partir do contexto e comente o significado da palavra meaningful no trecho que se segue retirado do texto anterior. Observe que seu sentido se opõe (in contrast) ao da palavra casual, então a dedução fica bem fácil. The presence of the cell phone had no effect on relationship quality, trust, and empathy, but only if the pair discussed a casual topic. In contrast, there were significant differences if the topic was meaningful. ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ CONSIDERAÇÕES FINAIS Gostaríamos de chamar a sua atenção para o fato de que, em uma língua qualquer, as palavras não vêm sozinhas. Na maioria das vezes, elas vêm aos pares, ou em grupos, formando um só significado. Esse fenômeno é chamado de colocados (collocations em inglês), que quer dizer agrupamento (LEWIS, 1993). Ter essa noção é importantíssimo para se ler um texto na língua, pois os alunos, em geral, se preocupam demais com as palavras isoladas, quando deveriam perceber que a nossa compreensão não se dá palavra por palavra, mas, sim, por grupos de palavras (NUTTALL, 1998).. RESUMO DA AULA Nesta aula aprendemos que o contexto e o cotexto são essenciais para interpretarmos qualquer texto. Vimos também que é possível deduzir uma palavra ou expressão que não sabemos considerando outras que estão ao redor. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 30.

(31) dela (cotexto). Para isso, precisamos ter um vocabulário básico mínimo em inglês e podemos conseguir isso lendo textos na internet, por exemplo.. AVALIAÇÃO Leia o texto abaixo e responda às questões: ADVANCED MECHANICAL HORSE BUILT FOR THERAPY While hippotherapy works to improve the quality of life for children and adults with physical and mental impairments through riding a horse, just getting some patients onto the horse can be a major obstacle. But now, Baylor University researchers have built a custom mechanical horse to help those with physical and mental impairments get the same benefit from hippotherapy without having to actually get on to a horse. “Our vision is that the mechanical horse can provide better access and can act as a complementary tool to actual therapeutic horse riding,” said Dr. Brian Garner, associate professor of mechanical engineering at Baylor and a biomechanics expert. “If the patient is afraid of horses or it may not be safe for the patient to ride a horse, the mechanical horse can act as stepping stone to build the patient up to a level of stability so they can get onto a live horse.” Garner said hippotherapy is unique and valuable as a therapeutic tool because it produces three-dimensional rhythmic, repetitive movements, which preliminary research has shown simulates the movements of the human pelvis while walking. The movements promote many physical benefits like increased circulation, development of balance and improved coordination among many others. Therapeutic riding can help children and adults with various impairments or delays in development, including those with cerebral palsy, spina bifida, Down syndrome and autism. Baylor’s prototype mechanical horse mimics a real horse by using a threedimensional system. The stationary device with a moving saddle surface can move in virtually all directions in a cycling pattern, putting the body through a complex of movements just like real hippotherapy. To make sure the mechanical horse replicates as precisely as possible the movements of an actual horse, Baylor engineering students took video-motion photography of several real horses walking and used that data to create the mechanical horses’ movement patterns. Garner and his research team will now conduct additional research using the horse, studying the biomechanics of hippotherapy. Fonte: <http://www.sciencedaily.com/releases/2009/05/090507184757.htm>. Acesso em: 19 jul. 2016.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 31.

(32) 1. O que é hipoterapia? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 2. O que o texto defende como sendo uma alternativa para o uso de animais no tratamento de pessoas com problemas físicos ou mentais? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 3. Em que aspectos o aparelho descrito no texto e o cavalo real se assemelham? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 4. Qual é a principal diferença entre o aparelho e o cavalo de verdade? Por que isso representa uma vantagem para o aparelho? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ 5. A que se refere a palavra horse no último parágrafo? Como você deduziu isso? ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ....................................................................................................................................................... ........................................................................................................................................................ PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 32.

(33) 3. Estratégias de leitura. VOCÊ VERÁ POR AQUI... ...o que são estratégias de leitura, quais são as mais utilizadas e sua importância durante a leitura de um texto em inglês.. OBJETIVOS »»Conhecer e compreender diferentes estratégias de leitura. »»Entender a importância da utilização de diferentes estratégias de leitura dependendo das necessidades do leitor e do gênero textual envolvido. »»Perceber a leitura como atividade consciente que envolve diversas habilidades e conhecimentos do leitor. »»Aplicar o conhecimento teórico às práticas de leitura e escrita.. INICIANDO NOSSA CONVERSA De acordo com Solé (1998), as estratégias de leitura são ações (conscientes ou inconscientes) que envolvem os aspectos cognitivo e meta-cognitivo da aprendizagem, sendo adotadas pelo leitor para controlar e regular nossa atuação inteligente em relação ao texto proposto. Em outras palavras, as estratégias de leitura podem ser entendidas como as diferentes maneiras utilizadas pelos leitores para resolver os problemas presentes nos textos durante o ato da leitura. Isso quer dizer que todos nós utilizamos algum tipo de estratégia a fim de solucionar as questões propostas nos textos escritos. Para alguns estudiosos, toda e cada diferente solução encontrada pelos leitores pode receber o nome de estratégia, seja ler o texto em voz alta, tentar adivinhar o sentido de uma palavra usando o contexto ou até mesmo procurar uma palavra no dicionário. Uma vez que tais procedimentos visam à otimização da leitura e à redução do tempo dispendido no processo, é essencial que o emprego das estratégias seja fruto de reflexão e conscientização do leitor. Caso não sejam utilizadas de maneira consciente, é bem possível que você se esqueça de estratégias que já se mostraram eficazes ou tenda a repetir procedimentos não tão efetivos que foram aplicados em outras situações.. PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA INGLÊS. 33.

Referências

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