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Academic year: 2021

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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". Você que tem nos acompanhado sabe que este programa tem por propósito estudar toda a Palavra de Deus. Fazemos isso porque entendemos a necessidade cada vez mais urgente de voltarmos à simplicidade e à profundidade dos ensinos bíblicos. Hoje de modo especial estamos alegres, pois iniciamos mais uma etapa do nosso projeto. Iniciamos o estudo do livro das profecias de Ezequiel. Estudaremos esse livro em vinte e cinco programas que, além de nos mostrar o relacionamento entre o povo e Deus, na época do exílio, certamente nos desafiará, através dos princípios que dele extrairmos, a aplicá-los em nossas vidas. Em dias como esses em que através dos jornais, das rádios, das tvs, e até dos púlpitos das igrejas as mais diversas e absurdas interpretações têm sido proclamadas, nos sentimos convocados por Deus para expor com genuinidade os princípios eternos que nos fazem viver conforme a Sua vontade. As correspondências que vocês enviam demonstram que estamos no caminho certo. Por isso, quero incentivá-lo a nos escrever sobre as suas boas experiências no estudo da Palavra. Foi sobre essas experiências que recebemos uma carta do Lauro, nosso amigo da cidade de Carapicuíba no estado de São Paulo. Ele nos enviou a seguinte mensagem: “Já ouvia a Trans Mundial nos anos 80 quando morava em Rondônia. Hoje ouço através da Nova Difusora de Osasco. Sou católico e aprendo ainda mais ao ouvir o Luiz Sayão e o PR Itamir Neves do Através da Bíblia. Quero ouvir uma canção e oferecer aos ouvintes” Lauro Lopes–Carapicuíba- SP- carta.

Prezado Lauro, louvamos a Deus por sua vida e por sua fidelidade em estudar a Sua Palavra. Certamente Deus tem recompensado sua vida, dando-lhe a direção certa para seguir. Peço a Deus que você de o comando de sua vida para Jesus. Ele é o nosso Senhor bondoso, disposto sempre a nos abençoar. Agora quero registrar o meu agradecimento pela

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disposição de vocês em orar por nós e é para isso que temos convocado a todos vocês, a se unirem em oração em favor do nosso projeto e do programa de hoje. É exatamente para orarmos que eu te convido agora. Vamos orar: “Pai querido, obrigado pela tua direção e pelas etapas que vencemos até agora. Obrigado por iniciarmos o estudo das profecias de Ezequiel. Pedimos a iluminação do Teu Espírito para que o estudo desse livro possa levar muitos a receberem Jesus como salvador e senhor de suas vidas e levar outros tantos a se firmarem tornando-se maduros em sua vida cristã. Ilumina-nos no programa de hoje. Te pedimos isso, em nome de Jesus. Amém”.

Querido amigo, hoje temos como alvo iniciarmos os nossos estudos no livro das profecias de Ezequiel. Ao introduzirmos nossas considerações sobre esse livro tão importante devemos notar que ele nos apresenta uma visão da história de Israel e Judá sob a ótica divina, no período em que o povo já estava enfrentando a disciplina do exílio. Como mencionamos anteriormente, os babilônios executaram três deportações do reino de Judá até conquistá-la e destruí-la totalmente em 586 a.C. A primeira deportação ocorreu por volta de 609/606, na época em que a Babilônia derrotava o Egito, em 605 na batalha de Carquemis. Na segunda deportação ocorrida em 597 a.C., além de Joaquim, os nobres, os militares e os artesãos qualificados com suas família foram levados cativos (conf. 2Rs 24.8-17). É bem provável que nesse grupo estava o sacerdote Ezequiel, que foi morar com a maioria dos seus patrícios cativos às margens do rio Quebar. Foi nessa situação, já na Babilônia que Deus chamou Ezequiel para ser o seu porta-voz perante o povo que estava cativo. Como todos sabemos, a história dos hebreus foi determinada pela resposta negativa ou positiva do povo ao Senhor. E no estudo desse livro verificaremos exatamente esse tópico: como o povo se relacionava

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com Deus, como o povo respondia aos apelos de Deus através do seus profetas, e qual era a mensagem de Deus para o seu povo nesse período de disciplina.

Assim como fizemos ao iniciar os nossos estudos nos livros proféticos, quando refletimos sobre as profecias, e, especificamente as profecias proferidas por Isaías; para que possamos assimilar melhor as profecias de Ezequiel é necessário recordarmos a maneira correta de entendermos esse tipo de literatura bíblica. Como entender as profecias? Qual a maneira de encará-las para extrairmos delas suas lições? Como perceber se uma profecia foi cumprida ou não? Essas e outras perguntas podem e devem ser respondidas e, para isso, faremos duas considerações.

Em primeiro lugar é necessário perceber o ministério duplo dos profetas. Devemos nos lembrar que os profetas tinham uma dupla missão: a primeira para o presente imediato, para a época em que viviam; e a segunda para o futuro, quando previam eventos que ainda ocorreriam. O principal objetivo que os profetas tinham em vista era testemunhar contra e impedir os pecados de seus contemporâneos. Mas, como segundo objetivo eles previam o futuro que Deus revelava a eles.

Em segundo lugar é necessário compreendermos que nas profecias temos os quatro

pontos proféticos. Os pronunciamentos dos profetas concentravam-se, em sua maior parte,

ao redor de quatro pontos na historia:

1) As profecias eram feitas para atingir o seu próprio período histórico;

2) As profecias foram feitas mostrando, ainda os ameaçadores cativeiros assírio e babilônico, que seriam usados por Deus para castigar e disciplinar o seu povo se não se arrependesse, mas, ao mesmo tempo, as profecias incluíam também nesse ponto, a restauração subseqüente, pela pura misericórdia divina;

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3) As profecias apontavam para um período futuro da história, afirmando a vinda do Messias, concretizada séculos depois, na pessoa de Jesus, de Nazaré, o Cristo, o Messias; e

4) As profecias poderiam se referir a um futuro ainda muito distante, que ocorreria na volta do Senhor Jesus, o Cristo, como alguns entendem, para inaugurar o milênio (cf. Ap 20.1-6). Esses quarto pontos proféticos são assim ilustrados nesse gráfico:

(Jensen, Irving L. Isaías e Jeremias, São Paulo : Mundo Cristão, 1987. pg. 26-27).

Para entendermos bem como nos posicionarmos diante das profecias, devemos imaginar o profeta subindo num alto monte, e, ali (veja "A" no gráfico), olhando à distancia, proclamava o que via. Ele via quase sempre os pecados predominantes em seus dias e falava sobre eles (veja "1" no gráfico). A seguir, contemplava o dia em que a nação seria removida da terra prometida e levada para o cativeiro, vendo também nessa mesma imagem a volta dos judeus do cativeiro.(veja "2" no gráfico). O Espírito Santo algumas vezes capacitava o profeta a olhar ainda mais adiante no futuro e anunciar a vinda do Messias (veja "3" no gráfico). E, finalmente, por vezes era concedido ao profeta contemplar mais uma faceta do plano divino para a história humana. Nessas ocasiões, o olhar do profeta projetava-se ainda mais à frente

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no futuro, e, ele falava de um glorioso tempo de restauração e paz que viria para todo o povo de Deus, incluindo judeus e gentios, nos dias de novo céu e nova terra (veja "4" no gráfico). A fim de obtermos o verdadeiro significado das palavras de um profeta, é preciso identificar, em cada pronunciamento individual, qual desses quatro eventos está sendo tratado. A própria linguagem do profeta e o contexto em que proclamou sua mensagem, geralmente nos dão essa informação. Como exemplo, podemos citar o profeta Isaías:

No capítulo 7 de Isaías a profecia era dirigida para os seus dias: Sucedeu nos dias de

Acaz, filho de Jotão, filho de Uzias, rei de Judá, que Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém, para pelejarem contra ela, porém não prevaleceram contra ela ... Disse o Senhor a Isaías: Agora, sai tu com teu filho, que se chama Um-Resto-Volverá, ao encontro de Acaz ... e dize-lhe: Acautela-te e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa desses dois tocos de tições fumegantes ... (Is 7.1, 3, 4). Uma clara profecia sobre aqueles dias dirigida ao reino do Sul,

o reino de Judá.

No capítulo 8 de Isaías a profecia era dirigida para uma situação histórica específica: Porque

antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, serão levadas as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei das Assíria (Is 8.4). Uma clara profecia

contra o reino do norte, o reino de Israel, que em 722 aC., foi conquistado pelos assírios. No capítulo 9 de Isaias a profecia foi dirigida para a primeira vinda do Messias: O povo que

andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz ... porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is 9.2, 6). Uma clara profecia sobre a

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primeira vinda de Jesus, o Cristo.

E, no capítulo 11 de Isaías a profecia foi dirigida a um futuro bem distante, para a segunda vinda do Messias: Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo.

Repousará sobre ele o Espírito do Senhor ... A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins ... o lobo habitará com o cordeiro ... o leão novo e o animal cevado andarão juntos ... a criança de peito brincará sobre a toca da áspide ... não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar ... (Is 11.1, 2, 5, 6, 8, e 9). Uma clara profecia sobre a época da segunda vinda de Cristo.

Querido amigo, quando estudamos as profecias, esse é um quadro interpretativo que não deve sair de nossas mentes. E, por isso mesmo, as profecias, relativas ao povo histórico de Israel ou Judá, o povo hebreu, devem ser entendidas corretamente, para que não as apliquemos à igreja, o atual povo de Deus sem fazermos a devida contextualização. É certo que a Palavra de Deus é eterna e toda ela tem valor, como acabamos de estuda em 2Tm 3.16; porém, ao considerarmos uma mensagem dirigida ao povo hebreu, devemos entendê-la, interpretá-la e extrair dela o seu princípio; pois os princípios são atemporais e eternos, porque a Palavra de Deus é eterna, e, assim podemos aplicar seus princípios às nossas vidas.

Muito bem, tendo, feito essas considerações podemos prosseguir, percebendo também, que o livro das profecias de Ezequiel merece toda a nossa atenção, por pelo menos duas razões: A primeira razão é porque este é um livro profético que nos apresenta declarações exemplificadas nesses quatro pontos proféticos que acabamos de mencionar sobre como entender a profecia bíblica. E, a segunda razão é porque este é um livro bem específico que

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nos apresenta vários vislumbres do quarto ponto profético, eventos que ocorrerão num futuro ainda distante, referente aos dias finais, quando o Senhor Jesus virá, pela segunda vez, quando, então, voltará para julgar os homens, os povos e as nações.

Assim, diante do fato de que encontraremos nesse livro como nos livros de Daniel, Zacarias e Apocalipse muitas referências sobre os dias finais, também deveremos entender claramente como interpretar, como entender esses chamados textos apocalípticos. Sem esse entendimento prévio estaremos correndo sério risco de interpretar inadequadamente a Palavra de Deus.

Por isso devemos entender a Literatura Apocalíptica nas Escrituras

A palavra “apocalíptico” para muitas pessoas, significa algo catastrófico ou relacionado ao fim do mundo. Quando falamos da literatura apocalíptica na Bíblia, porém, utilizamos outro sentido para esta palavra. Linguagem apocalíptica é um modo de expressão simbólico e até obscuro.

O estilo de linguagem empregado nestes livros ou trechos não é literal, mas é uma maneira simbólica de comunicar verdades importantes aos leitores. Muitos comentaristas consideram Daniel o primeiro autor verdadeiramente apocalíptico. Ezequiel, cujo trabalho antecede o de Daniel, escreveu muitos trechos num tom apocalíptico. Zacarias, um profeta pós-exílico, também empregou o estilo apocalíptico quando motivou os judeus que voltaram do cativeiro a reconstruírem o templo, e nos dias do Novo Testamento, o Apocalipse, escrito pelo apóstolo João também segue o mesmo estilo.

Aparentemente adaptando o estilo destes escritos inspirados para servir seus próprios fins, vários escritores judeus produziram livros de natureza apocalíptica durante o período de 200 a.C a 200 d.C. Embora tendo um estilo semelhante e um conteúdo que freqüentemente

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concorda com os livros bíblicos, estes livros contêm, também, falhas graves e contradizem a Bíblia em vários pontos, por isso foram chamados de “pseudos-epigraficos”, isto é, escritos falsos. Conseqüentemente, foram rejeitados e tratados como livros não inspirados e, de origem meramente humana.

Até a data do livro do Apocalipse, escrito por João, nas últimas décadas do primeiro século, por volta de 90 a 100 d.C., o estilo apocalíptico tornou-se bem conhecido entre alguns setores da sociedade judaica. As descobertas da comunidade de Qumran sugerem que os judeus que moravam lá, e talvez toda a seita dos essênios, valorizava muito os escritos apocalípticos. É provável que outros judeus, também, conhecessem esse estilo de literatura até a época do Apocalipse. Independente de qualquer influência dos essênios, os cristãos primitivos tiveram a mesma vantagem que os estudantes da Bíblia têm até hoje: os cristãos primitivos tiveram o privilégio de estudar a literatura apocalíptica do Antigo Testamento com intuito de saber como abordar o livro do Apocalipse.

Abordando Estilos Literários Diferentes no Estudo da Bíblia

As tendências ocidentais, ao enfatizarem uma expressão prosaica e raciocínio lógico, podem explicar, em parte, a dificuldade que muitos cristãos enfrentam no estudo de certas partes da Bíblia. Uma boa parte da Bíblia foi escrita em linguagem simples e direta, mas outras partes utilizaram vários modos de expressão figurada. Podemos concluir que “nem todos os versículos foram criados iguais”, e, assim os estilos literários diferentes exigem abordagens diferentes no estudo.

Encontramos nas Escrituras diversas formas literárias. É importante sabermos desse detalhe, pois ele nos leva a interpretarmos com segurança a Palavra de Deus. Entre as diversas formas literárias podemos citar:

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1) Prosa; 2) Poesia; 3) Parábolas; 4) Alegorias; 5) Metáforas; 6) Símiles; 7) Profecias; 8) Narração (histórica, biográfica, etc.); 9) Literatura apocalíptica; 10) Debates; 11) Ilustrações; e diversas outras formas literárias.

Portanto, para compreendermos a mensagem transmitida por um autor, devemos considerar seu modo de comunicação. Se aplicarmos uma afirmação literal de maneira figurada, ou interpretarmos literalmente uma expressão figurada, estaremos cometendo equívocos no uso das Escrituras. Dificuldades deste tipo têm sido a fonte de muitas interpretações errôneas entre os estudantes e muitos pregadores da Bíblia nos dias de hoje.

Algumas Características da Literatura Apocalíptica na Bíblia

Estas observações se limitam aos livros apocalípticos bíblicos (inspirados por Deus). Não devem ser aplicadas aos livros semelhantes, de origem meramente humana.

Algumas características importantes da literatura apocalíptica são as seguintes: 1) Normalmente é altamente simbólica; freqüentemente utilizando sonhos e visões;

2) O seu escopo é amplo tratando de assuntos e questões não abordadas em outros livros proféticos;

3) Um entendimento forte do controle de Deus sobre os assuntos humanos; 4) Escrita em períodos de crise nacional;

5) Utiliza significados simbólicos de números; 6) Enfatiza muito o futuro; e

7) Aponta para uma época que vai ocorrer somente quando o Senhor Jesus voltar.

Assim como nos estudos dos livros de Daniel, Zacarias e Apocalipse, é importante no nosso estudo no livro das profecias de Ezequiel reconhecer e respeitar esse estilo apocalíptico escolhido pelo Espírito Santo para transmitir a sua mensagem aos leitores.

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Conclusão

Querido amigo, o meu convite a você, depois de todos esses esclarecimentos, é que você acompanhe o estudo desse importante livro bíblico com a mente e o coração aberto para ouvir a voz de Deus.

Que ele produza em você não só o querer, mas também a força para realizar. Deus te abençoe.Um abraço e até o próximo programa.

Referências

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