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Elaboração de um plano de negócios para implantação de uma loja de confecções

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS,

CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TATIANE DUMKE CARNEIRO

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE CONFECÇÕES

Ijuí (RS),

2012

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ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA

IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE CONFECÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis junto a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ.

Professora Orientadora: Eusélia Pavéglio Vieira

Ijuí (RS),

2012

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AGRADECIMENTOS

Acima de tudo agradeço a Deus pela dádiva da vida, e por não ter me permitido desistir diante das dificuldades.

Agradeço aos meus pais, João e Mariela, por todas as incansáveis atitudes de amor, carinho e dedicação. Principalmente por acreditarem em mim em todas as etapas de minha vida. Sem vocês eu não seria nada.

Não poderia esquecer de agradecer ao Alessandro, meu irmão, que apesar das inúmeras brigas, eu amo muito.

Ao meu amor Roberto, agradeço por todo o incentivo, compreensão e amor incondicional. Sinto-me privilegiada de ter encontrado uma pessoa tão especial e única na minha vida. Te amo!!!

Agradeço de uma forma muito especial à minha orientadora Eusélia pela inesgotável paciência e atenção, transmitindo conhecimento e me auxiliando na tarefa mais importante do curso: o trabalho de conclusão.

Agradeço a todos os professores que no decorrer do curso contribuíram imensamente para o meu aprendizado, crescimento profissional e pessoal.

Agradeço aos meus colegas por compartilharem comigo bons momentos, e a você Carin pela amizade construída ao longo destes anos.

Por fim, gostaria de agradecer a todos, familiares e amigos, que de alguma maneira fizeram parte de minha história de vida, dedico este estudo a todos vocês que desde o princípio acreditaram em mim.

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“Quando você percebe que o objetivo é o caminho e que

você sempre está nele, não para alcançar uma meta, mas para desfrutar sua beleza e sabedoria, a vida deixa de ser um fardo e se torna natural e simples, um êxtase em si mesma.”

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Diferenças entre a Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira...27

Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios...36

Quadro 3: Cadastro de Fornecedores...72

Quadro 4: Matriz FOFA...74

Quadro 5: Cadastro Individual de Cliente...81

Quadro 6: Controle Diário das Vendas...82

Quadro 7: Controle de Contas a Receber...82

Quadro 8: Controle de Contas a Pagar...83

Quadro 9: Fluxo de Caixa Diário...83

Quadro 10 Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais...84

Quadro 11: Estimativa de Investimento Fixo...84

Quadro 12: Estimativa de Estoque Inicial...86

Quadro 13: Políticas...88

Quadro 14: Estimativa de Investimento Inicial...88

Quadro 15: Estimativa do Custo de Depreciação...89

Quadro 16: Estimativa de Despesa com Pessoal...91

Quadro 17: Estimativa de Despesas Fixas Mensais...91

Quadro 18: Cálculo Mark-up - Preço de Venda Orientativo...93

Quadro 19: Cálculo Mark – up – Preço de Venda Mínimo...94

Quadro 20: Formação de Preços de Venda...95

Quadro 21: Margem de Contribuição – Preço de Venda Orientativo...96

Quadro 22: Ponto de Equilíbrio – Preço de Venda Orientativo...98

Quadro 23: Margem de Segurança Operacional- Preço de Venda Orientativo...99

Quadro 24: Estimativa do Faturamento Mensal...100

Quadro 25: Apuração do Custo das Mercadorias Vendidas – CMV...101

Quadro 26: Demonstração do Resultado do Exercício Projetada...103

Quadro 27: Construção de Cenários...105

Quadro 28: Fluxo de Caixa Projetado para os seis meses iniciais – Cenário Otimista...107

Quadro 29: Fluxo de Caixa Projetado para os seis meses iniciais – Cenário Pessimista...108

Quadro 30: Balanço Patrimonial Projetado – Mês 01...110

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Quadro 32: Rentabilidade...111

Quadro 33: PRI – Prazo de Retorno de Investimento...111

Quadro 34: Giro dos Estoques...112

Quadro 35: Valor Presente Líquido...113

Quadro 36: Taxa Interna de Retorno...114

Quadro 37: Payback Simples...115

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: O Processo Empreendedor...30

Figura 2: Organograma da Empresa...67

Figura 3: Logomarca da Loja...79

Figura 4: Estimativa de Distribuição do Estoque Inicial...87

Figura 5: Representatividade das Despesas Fixas Mensais...92

Figura 6: Participação nas Vendas...101

Figura 7: Fluxode Caixa Resumido...112

Figura 8: Payback Simples...116

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SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ... 4 LISTA DE FIGURAS ... 6 SUMÁRIO ... 7 1 INTRODUÇÃO ... 10 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 12

1.1.1 Área do Conhecimento Contemplada ... 12

1.1.2 Caracterização da Organização ... 13 1.1.3 Problematização do Tema ... 13 1.1.4 Objetivos ... 15 1.1.5 Justificativa ... 15 1.1.6 Metodologia do Trabalho ... 17 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ... 24

2.1 Contabilidade e Aspectos Gerais ... 24

2.1.1 Importância da Contabilidade ... 25

2.2 Contabilidade Gerencial ... 26

2.2.1 Distinção entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira ... 27

2.2.2 Papel do Contador Gerencial ... 28

2.3 Empreendedorismo ... 29

2.4 Plano de Negócios ... 30

2.4.1 Conceitos ... 31

2.4.2 Razões para Elaboração de um Plano de Negócios ... 32

2.4.3 A Quem se Destina o Plano de Negócios ... 34

2.4.4 Tipos e Modelos Sugeridos de Plano de Negócios ... 35

2.4.5 Estrutura de um Plano de Negócios ... 35

2.5 Atividade Comercial ... 44

2.5.1 Custos de Aquisição de Mercadorias no Comércio ... 47

2.5.2 Despesas Mensais ... 47

2.5.3 Formação de Preço de Venda ... 50

2.6 Projeções e Orçamentos ... 53

2.6.1 Classificação dos Orçamentos ... 54

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2.7 Indicadores de Viabilidade ... 55

2.7.1 Margem de Contribuição ... 56

2.7.2 Ponto de Equilíbrio ... 57

2.7.3 Margem de Segurança ... 58

2.8 Métodos de Análise de Investimentos ... 58

2.8.1 Tempo de Retorno de Investimentos – Payback ... 59

2.8.2 Valor Presente Líquido (VPL) ... 60

2.8.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 61

2.8.4 Índice de Rotatividade do Estoque ... 61

2.9 Fluxo de Caixa ... 61

2.9.1 A Estrutura do Fluxo de Caixa ... 63

2.9.2 Métodos de Geração de Fluxo de Caixa ... 64

3 ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE CONFECÇÕES: Estudo aplicado ... 66

3.1 Sumário Executivo ... 66

3.2 Dados Iniciais da Empresa ... 66

3.2.1 Descrição Legal ... 67

3.2.2 Estrutura Funcional e Organizacional ... 67

3.2.3 Sócios e Parcerias ... 69

3.3 O Plano de Marketing ... 70

3.3.1 Análise de Mercado ... 70

3.3.2 Oportunidades e Ameaças ... 73

3.3.3 Estratégias de Marketing ... 75

3.3.4 Relacionamento com os Clientes ... 80

3.4 O Planejamento Financeiro ... 81

3.4.1 Investimento Inicial ... 83

3.4.2 Levantamento das Despesas Mensais ... 89

3.4.3 Formação de Preços e Projeção de Vendas ... 93

3.4.4 Projeção de Resultado... 102

3.4.5 Projeção do Fluxo de Caixa...105

3.4.6 Balanço Patrimonial Projetado...109

3.4.7 Indicadores Financeiros...110

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3.5.1 Valor Presente Líquido (VPL)...113

3.5.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)...114

3.5.3Payback...115

CONCLUSÃO ... 122

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1 INTRODUÇÃO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis tem a finalidade de levar o concluinte a aprofundar e ampliar os conhecimentos construídos ao longo do curso, bem como sua aplicação prática em uma, dentre as diversas áreas da Ciência Contábil, sendo que neste caso a escolhida foi a área gerencial, focando principalmente o Plano de Negócios.

É possível observar que nos últimos anos a sociedade vem passando por um processo de globalização, onde a todo momento acorrem mudanças de comportamento, avanços de natureza tecnológica, econômica, política e legal. Neste ambiente, as informações circulam de uma forma extremamente rápida, sendo que, quem tem o acesso à informação e sabe aproveitá-la, possui o poder, portanto, as empresas se veem obrigadas a estar constantemente se adaptando a todas essas transformações para garantir sua sobrevivência.

Neste mercado onde a competitividade está cada vez mais acirrada, e os clientes cada vez mais exigentes, o planejamento é uma tecnologia gerencial utilizada por muitos empresários na condução dos negócios e para enfrentar a concorrência, pois através dele são definidas as diretrizes para alcançar os objetivos traçados e principalmente para definição dos meios de alcançá-los, proporcionando uma visão mais clara e consistente sobre o desenvolvimento da empresa em metas alcançáveis.

No processo de planejamento está incluída a elaboração de um Plano de Negócios que é um instrumento contendo informações estratégicas e financeiras de como o empreendimento deve operar. O Plano de Negócios auxilia o gestor no processo decisório, pois contém informações de todos os setores da empresa, tanto interno quanto externo, permitindo avaliar os riscos e identificar as melhores soluções, definir os pontos fracos e fortes da empresa em relação aos concorrentes, avaliar investimentos, calcular o retorno sobre o capital investido, entre tantas outras utilidades.

O plano de negócio é a primeira incursão da empresa em planejamento estratégico e, ao contrário do que muitos pensam, também pode, e deve ser feito em empresas de pequeno porte, para estas, pode ser vital em função de que raramente dispõem de recursos para se recuperar de eventuais falhas.

Para condução deste estudo, é apresentado no primeiro capítulo a contextualização do estudo, que abrange a área do conhecimento contemplada, a caracterização da empresa, definição do tema e problema, os objetivos, justificativa e metodologia.

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Na seqüência é apresentada a revisão bibliográfica, realizada em diversas fontes tais como livros, sites e artigos que tratam sobre o tema.

No terceiro capítulo, apresenta-se o estudo aplicado onde foi desenvolvido o plano de negócios desde o surgimento da ideia para o desenvolvimento do trabalho, envolvendo todas as etapas que contemplam um plano de negócios, culminando com as análises dos resultados projetados, avaliando sua viabilidade ou não.

Para finalizar, apresenta-se a conclusão e a bibliografia consultada durante a realização do estudo.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo apresenta-se a contextualização do estudo que contempla o tema a ser pesquisado, seguido da definição do problema e dos respectivos objetivos, justificativa e da metodologia que norteará a pesquisa.

1.1.1 Área do Conhecimento Contemplada

Na obra de Gonçalves e Baptista (2004) a Contabilidade está definida como a ciência que estuda o patrimônio das organizações, a partir da utilização de métodos desenvolvidos para coletar, registrar, acumular e interpretar os fatos que afetam o patrimônio empresarial, objetivando oferecer informações a respeito da situação patrimonial, sua composição, aspectos quantitativos e qualitativos, desta forma contemplando diversos campos de atuação profissional, envolvendo as áreas contábil, financeira e gerencial.

A contabilidade gerencial é a parte da Ciência Contábil voltada à geração de informações aos usuários internos das entidades, principalmente aos gestores responsáveis pelo processo decisório, com o intuito de facilitar o gerenciamento e a otimização do uso dos recursos, para que a organização atinja seus objetivos, sendo, portanto indispensável para a administração de toda e qualquer empresa, independente de seu porte.

É usada para atividades de tomada de decisão, aprendizagem, planejamento e controle, de modo que não se requer que as informações por ela geradas sejam elaboradas conforme os princípios contábeis, pois seu objetivo é atender exclusivamente as demandas da administração da empresa, quanto à geração de dados úteis ao processo decisório, mas desde que tenham como base a contabilidade das empresas.

Dentre as ferramentas da Contabilidade Gerencial, destaca-se o Plano de Negócios, como um documento que descreve um empreendimento que se deseja implementar, ou que já esteja em andamento, seus objetivos e metas, e os principais caminhos que devem ser seguidos para os atingir e tornar o negócio viável.

Sua principal função é orientar o empreendedor que deseja iniciar uma nova atividade econômica ou expandir uma já existente, e para tanto, além de descrever o negócio, mostra os motivos da existência da oportunidade mercadológica, bem como das estratégias de marketing, projeções financeiras, proporcionando uma visão futura da situação financeira,

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minimizando os riscos e apontando as oportunidades, desta forma dando embasamento ao processo decisório, pois planejar é primordial para o sucesso de qualquer negócio.

Neste sentido, o presente estudo se propôs estudar um plano de negócios e posteriormente projetar a implantação de uma loja comercial. Portanto a temática do estudo é a elaboração de um plano de negócios para a implantação de uma loja.

1.1.2 Caracterização da Organização

Por meio deste trabalho de pesquisa, pretendeu-se elaborar um Plano de Negócios a fim de verificar a viabilidade e as condições de abertura de uma loja de confecções na cidade de Jóia – RS. O referido estabelecimento terá suas instalações em um prédio localizado na Travessa Vione, s/n,na área central da cidade. A empresa será aberta na forma de Empresário Individual, optante do Simples Nacional, sendo que inicialmente será contratada duas colaboradoras para auxiliar a proprietária no atendimento à clientela.

Devido ao município de Jóia, ter uma economia principalmente voltada para a agropecuária, e a população em sua maioria ser de baixa e média renda, estes tem dificuldades em encontrar confecções femininas, masculinas e infantis, de boa qualidade e com preço acessível, de modo que muitos acabam se dirigindo até as cidades vizinhas em busca de melhores preços, sendo este, portanto, o foco mercadológico deste novo empreendimento: uma loja popular que ofereça preços acessíveis.

1.1.3 Problematização do Tema

O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, contudo é possível perceber que grande parte das pessoas que montam seu próprio negócio são motivadas porque ficaram desempregadas e não porque optaram pelo caminho do empreendimento buscando num novo negócio uma fonte extra de renda. Em função disso, muitos brasileiros quando procuram empreender, mais por uma necessidade do que por buscarem outra fonte de renda, lançam–se ao mundo empreendedor sem ter uma informação relevante sobre o ramo de atividade no qual optaram para implantar seu negócio.

Infelizmente isso traz como uma das principais conseqüências uma alta taxa de mortalidade empresarial. O último levantamento realizado pelo SEBRAE-SP (2008) indica que 27% das empresas abertas, fecham no primeiro ano, 38% encerram suas atividades até o

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segundo ano, 46% fecham antes do terceiro ano, 50% não concluem o quarto ano, 62% fecham até o quinto ano e 64% encerram suas atividades antes de completar seis anos.

Dentro deste contexto de país empreendedor, mas com altas taxas de mortalidade empresarial, é possível observar que somente a vontade de transpor a falta de oportunidade no mercado de trabalho e o perfil criativo do brasileiro, não são suficientes para obter sucesso no empreendimento, mas principalmente a construção de um planejamento bem elaborado é determinante para que se alcance êxito.

Para auxiliar os gestores no gerenciamento das organizações é que existe a contabilidade gerencial, a qual tem como foco o ambiente interno das organizações, ou seja, seu objetivo é gerar informações aos funcionários, gerentes e administradores, oferecendo controles que satisfaçam as necessidades estratégicas e operacionais destes e permitam avaliar de maneira estratégica o andamento do negócio, bem como desenvolver medidas, implementar e aplicar metas, para que o funcionamento e desenvolvimento do negócio seja crescente, e gere resultados positivos. Portanto a contabilidade gerencial é indispensável na vida de todas as empresas.

Iudícibus (1998, p.21) argumenta que Contabilidade Gerencial é “[...] todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil „feito sob medida‟ para que a administração os utilize na tomada de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho”.

Nesta linha gerencial, surge o plano de negócios, sendo um mecanismo dinâmico que permite simular e prever situações na implantação de um negócio sejam elas estratégicas, de vendas, de marketing ou financeira, bem como possibilita identificar os riscos e sugerir planos para minimizá-los e até mesmo evitá-los, identificar os pontos fortes e fracos em relação aos concorrentes e ao ambiente do negócio em que se pretende atuar.

Para tanto, fez-se necessário saber quais as oportunidades que podem ser percebidas neste novo empreendimento, as principais ameaças ao negócio em questão, escolha de local e espaço físico, analisar o mercado em potencial, identificar os concorrentes, políticas de crédito e formas de divulgação, dimensionar a equipe de trabalho, relacionar produtos/serviços que serão oferecidos, preços, como serão obtidos para a comercialização, definir uma estratégia competitiva, entre outros fundamentados a partir de dados reais e informações precisas.

Diante dessas informações é importante e necessário que as empresas construam seu planejamento para que o empreendimento não deixe de existir e continue crescendo. Uma

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forma de fazer esse planejamento é confeccionar um plano de negócios, que pode proporcionar informações, dados de toda a organização, além de sua viabilidade econômica, questão fundamental para existência da empresa, fornecendo ao gestor um conhecimento maior sobre a empresa e mais segurança nas tomadas de decisões.

Portanto a elaboração de um plano de negócios é um processo que ajuda os empreendedores a obter conhecimentos mais profundos sobre suas ideias, avaliação da oportunidade e dos meios necessários para realizá-la.

Diante do exposto, questiona-se: De que forma o desenvolvimento de um plano de negócios pode contribuir na decisão de implantação ou não de uma loja de confecções?

1.1.4 Objetivos

A definição dos objetivos visa definir os resultados da realização do estudo e o que é preciso seguir para alcançá-los. São classificados em objetivo geral e objetivos específicos.

1.1.4.1 Objetivo Geral

Elaborar um plano de negócios que proporcione subsídios para a decisão de implantação de uma loja de confecções.

1.1.4.2 Objetivos Específicos

Revisar a literatura referente a Contabilidade Gerencial, e plano de negócios; Estruturar um Plano de Negócios que contemple todas as fases de elaboração; Analisar a viabilidade econômica e mercadológica da implantação da loja.

1.1.5 Justificativa

Ao fazer uma análise sobre a realidade comercial atual é possível perceber que vários empreendimentos não conseguem se manter no mercado. Muitas organizações abrem suas portas sem um estudo e planejamento prévios, seus gestores agem muitas vezes no ímpeto da vontade de simplesmente abrir uma empresa e devido a diversos fatores que influenciam na

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sua manutenção, bem como em função da crescente concorrência existente entre empresas no mesmo ramo, consequentemente levando aquelas menos preparadas a fechar as portas.

Sendo assim, é indispensável que anterior a ação, haja um planejamento que, baseado em informações gerenciais, permite a antecipação dos riscos e percepção de boas oportunidades de crescimento, pois ao contrário do que se pensa, em muitos casos o que leva empresas à falência não é alta carga tributária, mas sim a falta de planejamento e conhecimento do negócio.

A confecção de um plano de negócio é uma forma tanto de planejamento quanto de levantamento de informações, que sirvam de auxílio para a tomada de decisões, fazendo com que a empresa alcance suas metas e objetivos, posicionando-se cada vez melhor no mercado.

Neste sentido, este estudo teve a pretensão de construir um plano de negócios, permitindo um planejamento detalhado e minucioso acerca da abertura de uma loja, e posteriormente realizar a avaliação dos resultados esperados, sendo satisfatórios ou não.

Um novo empreendimento deve passar pelo planejamento de sua implantação e análise da viabilidade, permitindo reduzir consideravelmente os riscos inerentes à nova ideia, dando mais segurança ao negócio. Deste modo, antes de abrir uma empresa, é importante identificar as oportunidades de investimento que se apresentam e os riscos a serem assumidos. Os riscos fazem parte de qualquer empreendimento e é necessário coragem para enfrentá-los.

Para a Universidade e em especial para o curso de Ciências Contábeis, este trabalho contribui servindo de subsídio e fonte de pesquisa para a elaboração de outras pesquisas nesta área, pois como se sabe a Universidade tem incentivado seus alunos a serem grandes empreendedores, tanto é que se seus egressos são reconhecidos e requisitados pelo mercado de trabalho, justamente por terem desenvolvido esta habilidade.

Para a acadêmica, foi um momento de aprofundar os conhecimentos desenvolvidos ao longo do curso, sendo que a escolha pela área gerencial, focando o plano de negócios, deu-se pelo fato de que há algum tempo, já tem a pretensão de abrir um negócio próprio, e acredita que é preciso ter uma gama de informações acerca de gerenciamento de negócio, pois é imprescindível ao empreendedor conhecer bem o mercado em que pretende atuar e as condições em que se desenvolverá as atividades da empresa, pois a competição está cada vez mais acirrada, de modo que é extremamente necessário que sempre se busque planejar antes de agir, para que com isso se consiga minimizar os riscos, e evitar erros que podem levar a organização à falência.

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1.1.6 Metodologia do Trabalho

A escolha dos instrumentos metodológicos utilizados na realização da pesquisa está diretamente ligada ao problema a ser estudado, sendo assim, a escolha depende dos diversos fatores relacionados com a pesquisa (LAKATOS e MARCONI, 2003).

Entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade. Ou seja, a metodologia inclui simultaneamente a teoria da abordagem (o método), os instrumentos de operacionalização do conhecimento (as técnicas) e a criatividade do pesquisador (sua experiência, sua capacidade pessoal, e sua sensibilidade). A metodologia ocupa um lugar central no interior das teorias e esta referida a elas, (MYNAIO et al, 2008, p.14).

Os procedimentos metodológicos compreendem a forma como foi desenvolvida a pesquisa e os métodos utilizados, abrangendo a Classificação da Pesquisa, o Plano de Coleta de Dados e os Instrumentos utilizados, além do Plano de Análise e Interpretação dos Dados.

1.1.6.1 Classificação da Pesquisa

Para Gil (2010, p.1) “pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos” e acrescenta ainda, que:

É desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos e técnicas de investigação científica. Na realidade, a pesquisa desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fases, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória apresentação dos resultados, (GIL, 2010, p.1).

A presente pesquisa classifica-se do seguinte modo:

a) Do Ponto de Vista de sua Natureza

Na definição de Vergara (2004), a pesquisa aplicada é motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, ou seja, sua característica principal é a aplicação prática do conhecimento.

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Gil (1999, p.43), acrescenta ainda que:

A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e conseqüências práticas dos conhecimentos, (GIL, 1999, p.4).

Desta forma, quanto ao ponto de vista de sua natureza, o presente estudo caracteriza-se como Pesquisa Aplicada, pois objetivou a elaboração de um plano de negócios para a implantação de uma empresa comercial no ramo de confecções.

b) Do Ponto de Vista de seus Objetivos

Quanto ao ponto de vista de seus objetivos, as pesquisas classificam-se em: exploratória, descritiva e explicativa.

Para Beuren (2004, p.81) “explorar um assunto significa reunir mais conhecimento e incorporar características inéditas, bem como buscar novas dimensões até então não conhecidas”.

Deste modo, uma pesquisa exploratória normalmente ocorre quando existe pouco conhecimento sobre o assunto abordado, envolvendo levantamentos bibliográficos, entrevistas e análises de exemplos, e “tem como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores”,(GIL, 1999, p.43).

Na concepção deste mesmo autor, a pesquisa descritiva:

As pesquisas deste tipo tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, (GIL, 1999, p.44).

Portanto, pode-se dizer que uma pesquisa descritiva tem a principal preocupação de identificar, observar, registrar e interpretar os fatos.

Quanto à tipologia de pesquisa explicativa, Vergara (2004) descreve que uma investigação explicativa objetiva tornar algo inteligível, por meio da explicação de seus

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motivos, com isso esclarecendo os fatores que contribuem para a ocorrência de um fenômeno determinado, requerendo para tanto pesquisa descritiva para suas explicações, sendo, portanto a mais complexa dentre as tipologias de pesquisa. Salienta-se que conforme Gil (1999) nem sempre é possível realizá-la em ciências sociais.

Assim sendo, a presente pesquisa, quanto aos objetivos, classificou-se em exploratória, descritiva e explicativa, já que se enquadra nas características destas, pois primeiramente para se familiarizar com o tema e o problema abordado, foi realizado levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que possuem algum tipo de experiência prática na área, e ainda buscou identificar características de alguns grupos, tais como concorrentes, fornecedores, clientes em potencial.

c) Quanto a Forma de Abordagem do Problema

Existem duas tipologias de pesquisa quanto à abordagem do problema: a forma qualitativa e a forma quantitativa. Conforme Richardson apud Beuren (2004), a principal distinção entre estas duas tipologias de pesquisa está no fato de que a primeira não utiliza instrumentos estatísticos, não se prendendo a numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.

Sendo assim, este estudo enquadra-se nesta tipologia de pesquisa qualitativa, pelo fato de que não utilizou métodos estatísticos na coleta, tratamento e análise de dados.

d) Do Ponto de Vista dos Procedimentos Técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, para a realização do presente trabalho foram utilizados a pesquisa bibliográfica, o levantamento e estudo de caso.

Segundo Vergara (2004, p.48) a pesquisa bibliográfica “é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral”. Sua utilização possui grande importância no embasamento teórico, e para fins deste estudo foi feita em livros, revistas, artigos e sites, para que a autora pudesse conhecer o que já foi publicado acerca do assunto.

A pesquisa bibliográfica foi de suma importância para a elaboração do presente estudo, pois forneceu o embasamento teórico necessário para que fosse possível a elaboração

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deste Plano de Negócios realista, e que de fato foi relevante na tomada de decisão de implantação de uma loja de confecções.

Quanto às pesquisas do tipo levantamento:

As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes dos dados coletados, (GIL, 2010, p.35).

Cabe salientar que Beuren (2004) alerta para o fato de que para a realização de um levantamento, é preciso selecionar estatisticamente uma amostra, retirada da população ou do todo a ser pesquisado, o que deve ser considerado, pois geralmente as amostras não são perfeitas, gerando uma variação no grau de erro.

Entre as principias vantagens do levantamento, Gil descreve que estão:

a) Conhecimento direto da realidade: à medida que as próprias pessoas informam acerca de seu comportamento, crenças e opiniões, torna-se mais livre de interpretações calcadas no subjetivismo dos pesquisadores;

b) Economia e rapidez: desde que se tenha uma equipe de entrevistadores, codificadores e tabuladores devidamente treinados, torna-se possível a obtenção de grande quantidade de dados em curto espaço de tempo. Quando os dados são obtidos mediante questionários, os custos tornam-se relativamente baixos;

c) Quantificação: os dados obtidos mediante levantamento podem ser agrupados em tabelas, possibilitando sua análise estatística. As variáveis em estudo podem ser quantificadas, permitindo o uso de correlações e outros procedimentos estatísticos. À medida que os levantamentos se valem de amostras probabilísticas, torna-se possível até mesmo conhecer a margem de erro dos resultados obtidos, (GIL, 2010, p.36).

Por outro lado, dentre as principais limitações dos levantamentos, Gil (2010) cita o fato de que a ênfase é dada aos aspectos perceptivos, pois os dados coletados são aqueles que as pessoas têm acerca de si mesmas, e como o que elas dizem nem sempre é o que realmente fazem ou sentem, isto pode gerar uma distorção nos resultados obtidos. Outra limitação é a pouca profundidade nos estudos da estrutura e dos processos sociais, pois por meio de um levantamento é possível coletar-se uma grande quantidade de dados sobre os indivíduos, contudo os fenômenos sociais são influenciados pelos fatores interpessoais, e os levantamentos não são capazes de investigar profundamente estes fenômenos. Gil (2010) acrescenta ainda que é limitada a compreensão do processo de mudança, tendo em vista que o

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levantamento proporciona uma visão estática do fenômeno estudado, sem indicar as tendências à variação nem as possíveis mudanças estruturais.

Quanto ao estudo de caso, Vergara (2004, p.49) diz que “é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como pessoa, família, produto, empresa, órgão público, comunidade ou mesmo país”, e Gil (1999) acrescenta que se caracteriza principalmente pelo grau de profundidade e possibilitando que o conhecimento obtido sobre o objeto estudado seja amplo e detalhado. Beuren (2004) aponta que neste tipo de pesquisa normalmente, os pesquisadores concentram-se em um único objeto de estudo, o que acaba sendo uma limitação, pois seus resultados não podem ser generalizáveis, a outros objetos.

Portanto, o presente estudo também se caracteriza como um estudo de caso, por se tratar da elaboração de um plano de negócios, pois o mesmo não pode ser generalizado a outras empresas, por possuírem características e/ou localização distintas. Foram realizados ainda levantamentos tendo em vista que são extremamente úteis no estudo de opiniões e atitudes, sendo que os dados levantados junto ao mercado consumidor, bem como junto aos possíveis fornecedores e principais concorrentes, a fim de obter informações úteis para o planejamento da instalação da loja de confecções, objeto deste estudo.

1.1.6.2 Plano de Coleta de Dados

Na elaboração deste trabalho de pesquisa foram coletados diversos dados indispensáveis para aproximar ao máximo o resultado da pesquisa à realidade. Com isso foi possível avaliar a viabilidade de implantação de uma loja de confecções, bem como quais os investimentos necessários para colocar o negócio em funcionamento, identificação das carências dos clientes a fim de que se consiga criar um empreendimento diferenciado, capaz de se sobressair à concorrência e ganhar a preferência dos consumidores, além de permitir um estudo acerca dos fornecedores e dos produtos que serão comercializados.

Tais dados foram obtidos por meio de entrevistas despadronizadas, envolvendo empresários do setor, bem como, junto ao mercado-alvo e fornecedores dos produtos.

1.1.6.3 Instrumentos de Coleta de Dados

Para o atingimento dos objetivos propostos pelo presente estudo, foi necessário o uso de instrumentos de coleta de dados, tais como a observação, o questionário e a entrevista.

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Conforme Lakatos e Marconi (2003, p.190) a observação “é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”. Vergara (2004) classifica a observação em simples ou participante. Na primeira, é mantido distanciamento do grupo ou da situação estudada, enquanto que na observação participante, o pesquisador se engaja na vida do grupo ou na situação.

Quanto à técnica da entrevista, esta mesma autora ensina que é um procedimento onde oralmente o entrevistador faz perguntas ao entrevistado, e que pode ser classificada em informal, focalizada ou por pautas.

Para Lakatos e Marconi (2003, p.195), a entrevista “é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”.

De acordo com estes mesmos autores, há diferentes tipos de entrevistas:

Entrevista padronizada ou estruturada: onde o entrevistador segue um roteiro

estabelecido, ou seja, as perguntas feitas ao entrevistado são previamente determinadas, sendo que o objetivo da padronização é obter respostas às mesmas perguntas, permitindo uma comparabilidade entre as mesmas.

Entrevista despadronizada ou não estruturada: onde o entrevistado é livre para

desenvolver cada situação na direção que considere adequada, como uma forma de explorar amplamente a questão, em geral as perguntas abertas podendo ser respondidas em uma conversa informal. As entrevistas do tipo despadronizada podem ser de três modalidades de acordo com Ander – Egg (1978: 110) apud Lakatos e Marconi (2003), na entrevista não

dirigida, há liberdade total por parte do entrevistado, de modo que os dados são coletados por

meio de uma conversa aberta, ao contrário da entrevista focalizada onde apenas um assunto é tratado, ou seja, não acontecem dispersões na conversa, pois há um roteiro de tópicos. Por sua vez, na entrevista clínica, pode ser organizada uma série de perguntas específicas, e objetiva estuda os motivos, os sentimentos e a conduta das pessoas.

O método do questionário, segundo Vergara (2004), caracteriza-se por ser um conjunto de questões apresentadas por escrito a um respondente, sendo que pode ser um questionário aberto, onde as respostas são livres, ou questionário fechado, onde o respondente deve fazer escolhas dentre as alternativas apresentadas.

Para a obtenção dos dados necessários à elaboração da presente pesquisa, foram efetuadas entrevistas informais, tanto junto a empresários do setor, quanto a população em

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geral, com a finalidade de identificar quais as preferências do público que a loja pretende atingir. Além disso, foram aplicados questionários com esta mesma finalidade, bem como utilizado método da observação em relação ao mercado consumidor, e em relação à concorrência, possíveis fornecedores, entre outros.

1.1.6.4 Plano de Análise e Interpretação de Dados

Para Beuren (2004, p.136) “analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos e outros dados disponíveis”, enquanto Gil (1999) acrescenta que esta etapa da pesquisa objetiva organizar e sumariar os dados coletados, a fim de obter as respostas ao problema proposto no trabalho.

No presente estudo, após a obtenção dos dados necessários à pesquisa, os mesmos foram trabalhados para que se transformassem em informações úteis, e a partir destas elaboradas planilhas, tabelas e gráficos com a finalidade de dar sustentabilidade ao estudo do plano de negócios, possibilitando a análise da viabilidade de implantação de uma loja de confecções, permitindo o alcance das respostas esperadas e o propósito do trabalho atingido.

Quanto à fase de interpretação dos dados, Gil (1999) comenta que “tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos obtidos”, ou seja, os dados obtidos são correlacionados a base teórica anteriormente construída, sendo imprescindível que isto seja feio de forma clara e objetiva, confirmando ou refutando as hipóteses investigadas.

Para a realização da análise da viabilidade do empreendimento, foram elaborados Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Fluxo de Caixa projetados.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica consiste na fundamentação teórica, construída por meio de consultas a vários autores relevantes sobre os assuntos que envolvem o contexto do presente estudo, procurando dar suporte e sustentação ao mesmo.

2.1 Contabilidade e Aspectos Gerais

A contabilidade é uma Ciência Social, pois trata do patrimônio das células sociais as quais estão inseridas no todo social. Seu objeto de estudo é o patrimônio das entidades, em seus aspectos qualitativos e quantitativos, e seu objetivo é evidenciar e mensurar a evolução patrimonial, fornecendo informações aos usuários internos e externos a respeito de tais fenômenos.

Contabilidade para Sá (1998, p.42) é a “ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais” enquanto que Padoveze (2000, p.49) define contabilidade como “um processo de comunicação de informação econômica para propósitos de tomada de decisão tanto pela administração como por aqueles que necessitam fiar-se nos relatórios externos”. De uma forma mais prática, podemos dizer que a contabilidade é um sistema de informação em si e que também faz parte de um sistema de informações gerencias dentro da gestão empresarial.

Neste sentido, Santos et al (2003, p.63) descreve que o “objetivo precípuo da Contabilidade é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras, num sentido dinâmico”. Por sua vez, a finalidade da contabilidade é fazer o controle do patrimônio, fornecer informações sobre sua composição e variações sofridas, bem como apurar o resultado das atividades econômicas desenvolvidas em busca do alcance dos seus fins, que podem ser sociais ou lucrativos.

Para Basso (2003, pg.40) “uma das principais funções da Contabilidade é gerar informações fidedignas, justas, reais e tempestivas sob os aspectos qualitativo e quantitativo do patrimônio das entidades, embasando o processo de tomada de decisão dos usuários”.

São considerados usuários da informação contábil, todas aquelas pessoas físicas ou jurídicas, que direta ou indiretamente, tenham algum tipo de interesse na avaliação e no

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desenvolvimento de determinada organização. Os usuários podem ser classificados em internos e externos, cada um deles com interesse específico pelas informações contábeis.

Os usuários externos são aqueles que não atuam diretamente na empresa, mas que externamente querem ter conhecimento da situação patrimonial, como por exemplo, os acionistas e investidores, instituições financeiras, fornecedores, órgãos públicos e de fiscalização, entidades de classe, sindicatos, mercado em geral, entre outros.

Por sua vez os usuários internos, são aqueles que por atuarem na atividade da empresa e por estarem fazendo sua gestão, além de utilizarem os relatórios normais, também necessitam de relatórios específicos, para fins de controle e planejamento. São eles os administradores, gerentes, diretoria e pessoal interno em geral.

2.1.1 Importância da Contabilidade

A contabilidade é uma das ciências mais antigas do mundo, e segundo registros, as civilizações antigas já possuíam um esboço de algumas técnicas contábeis, utilizadas para evidenciar a riqueza patrimonial detida pelo homem primitivo. Contudo, o surgimento das atividades econômicas, em especial o comércio, desencadeou a necessidade de aprimorar o controle patrimonial, evidenciando a importância da Contabilidade.

Neste sentido, Marion (2003), destaca que “a contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio que desejavam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas riquezas”.

Há alguns anos, a Contabilidade era feita apenas para atender as exigências do fisco, contudo, isto vem mudando, e cada vez mais vem ocupando um importante papel na gestão e gerenciamento das organizações, pois vivemos na era do conhecimento e da informação, onde estar atento às mudanças, buscando sempre aprimorar seus processos gerenciais não é mais um diferencial, mas sim, uma condição essencial para manter-se no mercado.

De acordo com Marion (2003) “observamos com certa frequência que várias empresas, principalmente as pequenas, têm falido ou enfrentam sérios problemas de sobrevivência”, e que normalmente os empresários culpam a elevada carga tributária, a falta de recursos, as altas taxas de juros, entre outros, pelos problemas. Contudo, o autor afirma que estes fatores até contribuem, mas que a grande maioria das dificuldades enfrentadas pelas empresas são causadas por má gerência e por decisões tomadas sem respaldo e sem dados confiáveis.

(27)

Neste enfoque a Contabilidade, com sua rica base conceitual, constitui-se na principal fonte de informações das atividades econômicas e financeiras do patrimônio das organizações. Além do mais pode elaborar demonstrativos que refletem o desempenho dos processos de gestão nas dimensões social, humana, cultural, ética, entre outras, (MACIEL e RIBAS, 2005, p.47).

Portanto, atualmente a relevância da Contabilidade para as organizações justifica-se não somente pela obrigatoriedade legal, mas também por seu papel de suprir a empresa com informações relativas ao patrimônio e que subsidiem o processo decisório.

2.2 Contabilidade Gerencial

A Contabilidade Gerencial é aquela voltada para os usuários internos, ou seja, aqueles que estão dentro da organização, cuja principal finalidade é ser instrumento de gestão, e gerar informações úteis para a administração da organização, auxiliando os gestores no processo decisório.

No entendimento de Iudícibus (1998, p.21),

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido as várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

Para Crepaldi (1998) a Contabilidade Gerencial é o ramo da contabilidade cujo

objetivo principal é fornecer instrumentos aos administradores, que auxiliem a desenvolver suas funções gerenciais na gestão das empresas. Acrescenta ainda, que está voltada para a otimização dos recursos econômicos pertencentes a empresa, por meio de um adequado controle dos insumos, efetuado por um sistema de informação gerencial.

Maciel e Ribas (2005, p.47) relatam ainda que “para atingir seus propósitos a Contabilidade Gerencial utiliza-se dos sistemas de informação para analisar e projetar situações em função dos resultados planejados e para a tomada de decisão no desenrolar do processo de gestão”.

(28)

Sendo assim, pode-se dizer que a Contabilidade Gerencial assume uma posição estratégica nas organizações, interferindo no processo decisório através da projeção de situações esperadas.

2.2.1 Distinção entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

A Contabilidade Gerencial está voltada para a administração das empresas, com o objetivo de gerar informações úteis no processo de tomada de decisões, visando melhorar o gerenciamento da organização, não se submetendo às imposições legais. Sendo assim, a contabilidade gerencial preocupa-se em gerar informações úteis aos usuários internos, principalmente para os administradores responsáveis pela gestão da empresa (PADOVEZE, 2000).

Por sua vez, a Contabilidade Financeira, condiciona-se às imposições legais e requisitos fiscais, relacionando-se com o fornecimento de informações para os acionistas, credores, entre outros usuários externos, que estão fora da organização (PADOVEZE, 2000).

Segundo Warren et al (2001, p.3) “a demonstração financeira, objetiva e periodicamente, relata os resultados das operações e a condição financeira da empresa de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade” enquanto que “as informações da contabilidade gerencial incluem dados históricos estimados usados pela administração na condução de operações diárias, no planejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de negócios integradas”.

Bruni e Famá, (2004, p.24) apontam que “genericamente, enquanto a contabilidade financeira preocupa-se com os registros do patrimônio, segundo as normas, convenções e princípios contábeis, a contabilidade gerencial preocupa-se com o processo decisorial e de tomada de decisões”.

Quadro 1: Diferenças entre a Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

CONTABILIDADE FINANCEIRA GERENCIAL

PRODUTO Demonstrações Financeiras Relatórios Gerenciais Usuários Externos e Administração Administração

Objetivo Objetivo Objetivo e Subjetivo

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Princípios Fundamentais da Contabilidade e as Normas brasileiras de Contabilidade necessidades gerenciais Periodicidade dos Relatórios

Preparados periodicamente Preparados periodicamente ou quando necessário

Abrangência dos

Relatórios

Entidade empresarial como um todo

Entidade empresarial toda ou segmento

Fonte: adaptado de Warren et al (2001, p.2)

2.2.2 Papel do Contador Gerencial

Para ser um profissional contábil de sucesso é necessário ter uma visão ampla do ambiente das organizações e estar preparado para assumir este papel. A Contabilidade Gerencial, aliada com outras áreas do conhecimento científico, é capaz de dar este suporte ao profissional dentro deste novo modelo de fazer contabilidade.

Uma das principais características do contador gerencial é saber tratar os dados fornecidos pela contabilidade financeira, a fim de apresentá-los de forma clara e capaz de suprir a administração no processo decisório.

O contador gerencial, também conhecido como controller da empresa, tem como principal função a assessoria, pois presta serviços especializados aos administradores da empresa, “garantindo que as „informações cheguem às pessoas certas no tempo certo‟, não sendo de sua responsabilidade a elaboração das mesmas, mas sim sua compilação, síntese e análise”, (CREPALDI, 1998, p.24), certificando-se que a administração receba somente informações úteis ao processo decisório.

As principais funções do controller são:

Organizar um adequado sistema de informações gerenciais que permita à administração conhecer os fatos ocorridos e os resultados obtidos com as atividades;

Comparar o desempenho real com o desempenho esperado; Classificar as variações em: de desempenho e de estimativa; Identificar as causas e os responsáveis pelas variações; Propor medidas corretivas, (CREPALDI, 1998, p.26).

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O contador gerencial deve ser uma pessoa altamente qualificada, com formação ampla, que se mantém em aprendizagem continuada e detentor de profundo conhecimento dos princípios contábeis, pois é ele quem definirá e controlará todo o fluxo de informações da empresa, fazendo com que as informações corretas cheguem aos interessados dentro dos prazos adequados. Também deve possuir conhecimento de tecnologias e habilidades de comunicação, ser empreendedor e comprometido com o sucesso da empresa.

2.3 Empreendedorismo

O processo empreendedor envolve todas as funções e atividades associadas com a percepção de oportunidade e a criação de meios para persegui-la, portanto, ser empreendedor significa ter a capacidade de realizar coisas novas, pondo em prática ideias próprias. Diversos autores falam sobre empreendedorismo e sobre as características de um empreendedor, entretanto em todas as definições, é possível observar conceitos tais como “identificar oportunidades”, “inovar”, “assumir riscos” e “antecipar-se aos fatos”.

Na visão Dornelas (2008, p.23) “o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. O autor define também as características dos empreendedores de sucesso: são visionários, sabem tomar decisões, são indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são independentes, determinados, dedicados, dinâmicos, apaixonados pelo que fazem e constroem o próprio destino.

O empreendedor é uma pessoa que empenha toda sua energia na inovação e no crescimento, manifestando-se de duas maneiras: criando empresas ou desenvolvendo alguma coisa completamente nova em uma empresa preexistente (que herdou ou comprou, por exemplo). Nova empresa, no produto, novo mercado, nova maneira de fazer – tais são as manifestações do empreendedor, (FILION e DOLABELA, 2004, p.25).

De acordo com Lacruz (2008) o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil se deu a partir da década de 90. Antes deste período, os ambientes político e econômico do país não eram propícios e os empreendedores não encontravam informações suficientes para o desenvolvimento de seus negócios.

(31)

Figura 1: O Processo Empreendedor Fonte: Dornelas (2008, p.27)

Segundo Dornelas (2008) o processo empreendedor inicia-se quando fatores externos, ambientais e sociais aliados às aptidões pessoais do empreendedor surgem, possibilitando o início de um novo negócio, sendo que as fases do processo empreendedor são as descritas na figura 01, cabendo salientar que apesar de as mesmas serem apresentadas de forma sequencial, nenhuma delas precisa ser totalmente concluída para que se inicie a seguinte.

Entretanto, Lacruz (2008) alerta que antes de se lançar no mercado é preciso que o empreendedor faça um extenso e profundo planejamento das suas ações, tendo em vista que atualmente a velocidade das mudanças e o acirramento da competitividade mercadológica, estão exigindo tal postura dos empresários, pois temos visto que geralmente aqueles que não costumam fazer planejamento, acabam vindo à falência já nos primeiros anos da empresa. Sendo assim, é indispensável a elaboração de um Plano de Negócios, observando sua grande relevância para o sucesso de um empreendimento.

2.4 Plano de Negócios

O plano de negócios é a formalização de um conjunto de dados e informações sobre empreendimentos futuros, para abertura de um novo negócio ou expansão de um já existente, definindo suas principais características, levando em conta todas as informações existentes sobre o mercado e possibilitando uma análise da viabilidade, bem como dos riscos inerentes, dando maiores garantias de sucesso à sua implantação.

(32)

Na construção de um plano de negócios são levantadas informações de todos os setores da organização, sejam internos, que partem de dentro da organização ou externos, que venham de fora dela, mas independente da sua origem têm grande importância para a confecção do plano, pois tais dados servirão para que a empresa possa se posicionar melhor no mercado em que atua ou pretende atuar, desenvolvendo estratégias que possibilitem isso.

Dornelas (2008) destaca que nas empresas que já estão em funcionamento, o plano de negócios deve mostrar não apenas aonde a empresa quer chegar, mas também onde está no momento, e isto é possível pelo fato de ser um planejamento dinâmico, que deve ser constantemente atualizado, cujas utilidades são diversas, indo deste a possibilidade de avaliação dos riscos e identificação das soluções, até a avaliação dos investimentos necessários e a análise da viabilidade do negócio.

2.4.1 Conceitos

O Plano de Negócios, para Filion e Dolabela (2004, p.164), “é antes de tudo o processo de validação de uma ideia que o empreendedor realiza, através do planejamento detalhado da empresa”, que depois de concluído permite a decisão de abertura ou não de um novo negócio, de expansão ou não da empresa, de lançamento ou não de um novo produto, entre outras, isto porque pode inclusive indicar a inviabilidade de um empreendimento.

No entendimento de Vasconcelos e Silva (2003, p.58), “o plano de negócios consiste em um documento que mostra a caracterização do negócio que se pretende empreender e do mercado no qual o empreendimento estará inserido”.

Por sua vez, Salim et al (2005, p.3) definem que “Plano de Negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”.

O plano de negócios é documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem a autoconhecimento, e, ainda, permite o empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios, (DORNELAS, 2008, p.84).

(33)

Entretanto, Filion e Dolabela (2004), ressaltam que o plano de negócios não deve ser visto apenas como um instrumento técnico, pois o mesmo está intrinsecamente vinculado a quem o elaborou, e, portanto, será determinado pelas características pessoais do criador tendo em vista que a criação de uma empresa é essencialmente, um processo humano.

Outra característica importante, acrescentada por Dornelas (2008) está no fato de que não deve estar somente focado no aspecto financeiro, pois de acordo com o autor, indicadores de mercado, de capacitação interna da empresa e operacionais, também são relevantes, tendo em vista que mostram a capacidade da empresa “alavancar” os seus resultados financeiros no futuro.

2.4.2 Razões para Elaboração de um Plano de Negócios

O plano de negócio pode ser visto por muitos empreendedores como uma mera formalidade, sendo utilizado apenas para a obtenção de financiamentos. Entretanto, os mais visionários, o vêem como uma ferramenta estratégica, utilizado para orientar a implantação de um negócio, avaliar objetivos e metas e monitorar o desenvolvimento da empresa. Através da elaboração de um plano de negócios adquire-se um profundo conhecimento do negócio, do tipo de produto/serviço que será ofertado, dos clientes potenciais, dos mercados, dos preços, da concorrência, entre outros, podendo indicar que o empreendimento tem grande potencial de sucesso, ou ainda pode dar evidências de que o negócio é irreal, que existem obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que os riscos são incontroláveis ou que a rentabilidade obtida será insuficiente para garantir a sobrevivência da empresa, sugerindo o adiamento de sua implementação.

Apesar de diversas empresas obterem sucesso mesmo não conhecendo um plano de negócios, muitos insucessos podem ser evitados se os empreendedores estiverem melhor preparados para administrar.

No Brasil, a taxa de mortalidade de novas empresas é bastante elevada nos três anos seguintes à sua criação, chegando a cerca de 90%. As causas deste desaparecimento precoce podem ser atribuídas, em grande parte, ao lançamento prematuro do novo produto ou serviço, colocando seus idealizadores em situações financeiras indesejáveis, acompanhadas do sentimento do fracasso pessoal. Alguns empreendedores são, sem dúvida, bons técnicos, mas, dentre eles, alguns não conhecem bem o mercado, a gestão financeira ou administrativa, as leis ou o ambiente sócio-econômico. Para elaborar o Plano de Negócios, exigem-se

(34)

conhecimentos sobre o setor do negócio e contexto mercadológico, bem como percepção gerencial e habilidade em lidar com assuntos técnicos e legais em diversas áreas, e em vencer barreiras no relacionamento interpessoal, (SEBRAE, 2004).

O desenvolvimento de um Plano de Negócios orienta o empreendedor que deseja iniciar uma nova atividade econômica ou que pretende expandir um negócio já existente, auxiliando na tomada de decisão estratégica, visando evitar diversos fatores de risco, que podem levar-lhe a falência, tais como: desconhecimento de mercado, localização errada, falta de capital de giro, tecnologia ultrapassada, falta de planejamento operacional e estratégico do negócio, falta de controle de custos e gestão financeira, entre outros. Isto porque o plano de negócios habilita o empreendedor a pensar de forma estratégica, fornecendo informações importantes para a implantação de novo negócio, permitindo observar os fatores que contribuem para o sucesso e que representam vantagens competitivas em relação ao mercado concorrente, (SEBRAE, 2004).

No entendimento de Dornelas (2008, p.85) através da elaboração de um plano de negócios é possível:

Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas. Monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário. Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco, etc.

Identificar oportunidades e transforma-las em diferencial competitivo para a empresa.

Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos investidores, associações, etc.).

Este mesmo autor aponta ainda, que dentre os objetivos que se pretende atingir ao elaborar um plano de negócios, estão: testar a viabilidade de um conceito de negócio, orientar o desenvolvimento das operações e estratégia, atrair recursos financeiros, transmitir credibilidade e desenvolver a equipe de gestão.

Ao fazer o Plano de Negócios, o empreendedor irá diminuir ou eliminar esforços desnecessários, investimentos improdutivos, gastos sem sentido. Mais: aumentará dramaticamente sua chance de permanecer no mercado, criando riqueza, gerando empregos, introduzindo inovações (...). Se é verdade que um Plano de Negócios não basta para garantir o sucesso empresarial (algo impossível na atividade empreendedora), ele se constitui em instrumento de minimização de riscos, orientando o empreendedor para não cometer erros evitáveis e chamando sua atenção para os pontos vitais, (FILION e DOLABELA , 2004, p.14).

(35)

Sendo assim, o plano de negócios permite a minimização das chances de morte precoce da empresa, uma vez que parte dos riscos e situações operacionais adversas serão previstas no seu processo de elaboração, além de ser requisito, para obtenção de empréstimos, para ingresso em incubadora de empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgãos do governo, entre outras, (DORNELAS, 2008).

2.4.3 A Quem se Destina o Plano de Negócios

O Plano de Negócios é um instrumento de negociação interna e externa para administrar a interdependência com sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos, etc.

Sabe-se que o principal usuário do plano de negócio é o próprio empreendedor, pois o plano é uma ferramenta que o faz mergulhar profundamente na análise de seu negócio, diminuindo o risco e subsidiando suas decisões, que pode ser até mesmo de não abrir uma empresa ou de não lançar um produto novo, entretanto diversos são os públicos-alvo de um plano de negócios, citados por Dornelas (2008, p.86):

Mantenedores das incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, governos, associações etc.): para outorgar financiamentos a estas.

Parceiros para a definição de estratégias e discussão de formas de interação entre as partes.

Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, imóveis, expansão da empresa etc.

Investidores; empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, angles, BNDS, governo, etc.

Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima e formas de pagamento.

A empresa internamente: para comunicação da gerência com o conselho de administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação).

Os clientes: para a venda do produto e/ou serviço e publicidade da empresa. Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formalização da sociedade.

Salim et al (2005), salienta que nem sempre a empresa possui recursos suficientes para investir no negócio, sendo assim, pode ser necessária a ajuda de investidores, de modo que para atraí-los é preciso um excelente plano de negócios, que demonstre que a empresa apresenta perspectivas de resultados financeiros positivos. Além destes, observa-se ainda que os parceiros em potencial, tais como distribuidores e representantes, desejam saber sobre a qualidade do seu produto e sua capacidade de produção, os fornecedores sobre sua capacidade

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em honrar dívidas, além dos franqueados, que desejam ter conhecimento sobre passado, presente, futuro, qual é o potencial de mercado, a lucratividade, entre outros.

2.4.4 Tipos e Modelos Sugeridos de Plano de Negócios

Existem diversos padrões e modelos de plano de negócios apresentados pela literatura especializada e por serviços de apoio ao empreendedor, “o tamanho e apresentação do documento, assim como sua ênfase informativa, dependem dos objetivos do plano e das características do usuário”, (VASCONCELOS e SILVA, 2003, p.56), entretanto, de forma geral todos possuem em comum a elaboração de três etapas principais: o planejamento estratégico, o planejamento de marketing e o planejamento financeiro.

Neste sentido, de acordo com Jian apud Dornelas (2008, p.96) existem basicamente três tipos de plano de negócios:

Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade

de dinheiro, ou se necessita apresentar uma visão completa do empreendimento. Pode variar de 15 a 40 páginas mais material anexo.

Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar algumas

informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um Plano de Negócios Completo. Devem mostrar os objetivos macros do empreendimento, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e deverá focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 10 a 15 páginas.

Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado

internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das necessidades específicas de cada empreendimento em termos de divulgação junto aos associados e colaboradores.

Cabe salientar que o plano de negócios deve ser personalizado, pois “não é um documento rígido nem burocrático, tampouco tem um escopo único, adequado para todo tipo de negócio”, (LACRUZ, 2008, p.10).

2.4.5 Estrutura de um Plano de Negócios

Não existe uma estrutura rígida de plano de negócios, pois cada negócio possui particularidades, sendo, portanto impossível definir um modelo padrão, que seja universal. Entretanto, no entendimento de Dornelas (2008) qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo de seções suficientes para permitir um entendimento completo do negócio, e

(37)

organizados em uma sequência lógica, permitindo ao leitor do plano, entender como a empresa é organizada, quais são seus objetivos, quais os produtos e serviços que oferece, bem como seu mercado, sua situação financeira e sua estratégia de marketing, (DORNELAS, 2008).

Para facilitar a compreensão da estrutura de um plano de negócios, tem-se no quadro 2 a estrutura proposta por Dolabela (2004):

Quadro 2: Estrutura de um Plano de Negócios

1.SUMÁRIO EXECUTIVO 1.1 Enunciado do Projeto 1.2 Competência os Responsáveis 1.3 Os Produtos e a Tecnologia 1.4 O Mercado Potencial 1.5 Elementos de Diferenciação 1.6 Previsão de Vendas

1.7 Rentabilidade e Projeções Financeiras 1.8 Necessidades de Financiamento

2. A EMPRESA

2.1 A Missão

2.2 Os Objetivos da Empresa Situação Planejada Desejada O Foco

2.3 Estrutura Organizacional e Legal Descrição Legal

Estrutura Funcional, Diretoria, Gerência e Staff

2.4 Síntese das Responsabilidades da Equipe Dirigente - Currículos 2.5 Plano de Operações Administração Comercial Controle De Qualidade Terceirização Sistemas De Gestão

(38)

2.6 As Parcerias 3. O PLANO DE MARKETING 3.1 Análise de Mercado O Setor O Tamanho do Mercado Oportunidades e Ameaças A Clientela Segmentação A Concorrência Fornecedores 3.2 Estratégia de Marketing O Produto

A Tecnologia e o Ciclo de Vida Vantagens Competitivas

Planos de Pesquisa & Desenvolvimento Preço

Distribuição

Promoção e Propaganda

Serviços ao Cliente (Venda e Pós-Venda) Relacionamento com os Clientes

4. O PLANO FINANCEIRO

4.1 Investimento Inicial 4.2 Projeção dos Resultados 4.3 Projeção de Fluxo de Caixa 4.4 Projeção do Balanço 4.5 Ponto de Equilibro 4.6 Análise de Investimentos

Tempo de Retorno de Investimentos – Payback Taxa Interna de Retorno

Valor Atual Líquido Fonte: Dolabela, (2004, p.144-145)

Referências

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