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CS TRIBUTÁRIO

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Academic year: 2021

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CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 1

APRESENTAÇÃO... 9

SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO ... 10

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 10

2. CONCEITO ... 10

3. FUNÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA ... 10

DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS ... 11

CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTOS ... 13

DEFINIÇÃO DA REGRA MATRIZ DAS ESPÉCIES E SUBESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ... 15

LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR ... 16

DELIMITAÇÃO DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS ... 16

3.5.1. Art. 157 da CF – Estados e Distrito Federal... 16

3.5.2. Art. 158 da CF – Municípios ... 17

3.5.3. Art. 159 da CF ... 18

3.5.4. Art. 160 da CF ... 19

3.5.5. Art. 161 da CF ... 20

3.5.6. Art. 162 da CF ... 20

4. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR ... 20

FORMA DE REGULAMENTAÇÃO ... 20

CONCEITO ... 22

CLASSIFICAÇÃO ... 23

NATUREZA JURÍDICA ... 24

OBJETIVOS ... 24

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO ... 25

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 25

2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA NA TRIBUTAÇÃO... 25

CONCEITO ... 25

CONTÉUDO ... 25

2.2.1. Certeza do direito ... 25

2.2.2. Intangibilidade das posições jurídicas ... 25

2.2.3. Estabilidade das situações jurídicas ... 26

2.2.4. Confiança no tráfico jurídico ... 26

2.2.5. Devido processo legal ... 26

3. PRINCÍPIO DA ISONOMIA ... 26

CONCEITO ... 26

ENTEDIMENTO JURISPRUDENCIAL ... 27

4. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ... 28

PREVISÃO LEGAL ... 28

(IM) POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO ... 29

CONTEÚDO ... 29 ASPECTOS ... 29 CONCRETIZAÇÃO ... 29 4.5.1. Imunidades ... 30 4.5.2. Isenção ... 30 4.5.3. Seletividade ... 30 4.5.4. Progressividade ... 30

5. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE COLABORAÇÃO ... 31

6. PRINCÍPIO DA PRATICABILIDADE DA TRIBUTAÇÃO ... 32

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO ... 33

1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ... 33

(3)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 2

CONTEÚDO ... 33

LEI x LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ... 34

MITIGAÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ... 35

1.4.1. Impostos Extrafiscais ... 35

1.4.2. ICMS-combustíveis monofásico ... 36

1.4.3. CIDE-combustíveis ... 36

LEGALIDADE TRIBUTÁRIA E TAXAS JUDICIAIS ... 36

NORMA TRIBUTÁRIA EM BRANCO ... 36

LEI DELEGADA... 37

DECRETO OU REGULAMENTO DELEGADO ... 37

MEDIDA PROVISÓRIA ... 38

COMPETÊNCIA ... 38

PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA FISCAL ... 39

LEI ESPECÍFICA ... 39

CORREÇÃO MONETÁRIA ... 39

2. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ... 40

PREVISÃO LEGAL ... 40

RETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ... 41

MUTAÇÃO JURISPRUDENCIAL E IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA ... 42

FATO GERADOR COMPLEXIVO, DE FORMAÇÃO SUCESSIVA OU PERIÓDICO ... 42

3. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ... 44

ANTERIORIDADE ANUAL, DE EXERCÍCIO FINANCEIRO, GERAL OU COMUM ... 44

3.1.1. Previsão legal ... 44

3.1.2. Conceito e considerações ... 44

3.1.3. Exceções ao princípio da anterioridade anual ... 45

3.1.4. Revogação de isenção/redução de benefício fiscal ... 46

ANTERIORIDADE MÍNIMA, DE NOVENTA DIAS, NOVENTÁRIA OU NONAGESIMAL . 48 3.2.1. Previsão legal ... 48

3.2.2. Prorrogação de alíquota ... 48

3.2.3. Exceções ... 48

3.2.4. Contagem derivada de MP em matéria tributária ... 49

QUADRO COMPARATIVO ... 50

4. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO TRIBUTO CONFISCATÓRIO OU RAZOABILIDADE DA CARGA TRIBUTÁRIA ... 50

PREVISÃO LEGAL ... 50

INCIDÊNCIA ... 50

AFERIÇÃO ... 51

SANÇÕES POLÍTICAS ... 51

5. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DO TRÁFEGO DE PESSOAS OU BENS ... 54

PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ... 54

A QUESTÃO DO PEDÁGIO ... 55

6. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA ... 55

7. PRINCÍPIO DA ISONOMIA DOS TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ENTES FEDERADOS E DA TRIBUTAÇÃO DOS RENDIMENTOS DE SEUS SERVIDORES ... 56

8. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE ISENÇÕES HETERÔNOMAS OU HETEROTÓPICAS ... 57

PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ... 57

TRATADOS INTERNACIONAIS ... 58

9. PRINCÍPIO DA NÃO-DISCRIMINAÇÃO TRIBUTÁRIA ... 59

(4)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 3

1. CONCEITO ... 61

NORMA CONSTITUCIONAL ... 61

NORMA DE EXONERAÇÃO ... 61

NORMA DE VALORES RELEVANTES ... 61

NORMA DE INIBIDORA DE COMPETÊNCIA IMPOSITIVA ... 61

NORMA DE NÃO INCOMODAÇÃO ... 62

2. “FALSAS ISENÇÕES” ... 62 3. NORMAS IMUNIZANTES ... 62 ART. 149, §2º, I DA CF ... 63 ART. 156, §2º, I DA CF ... 63 ART. 150, VI DA CF ... 63 4. ESPÉCIES DE IMUNIDADES ... 64

(A) PATRIMÔNIO RENDA OU SERVIÇOS UNS DOS OUTROS ... 64

4.1.1. Impostos afastados ... 64

4.1.2. Extensão da imunidade recíproca ... 65

4.1.3. Responsabilidade por sucessão imobiliária ... 66

4.1.4. Excluídos da imunidade recíproca ... 66

4.1.5. Outras questões ... 66

(B) TEMPLOS DE QUALQUER CULTO ... 67

4.2.1. Casos concretos importantes ... 67

4.2.2. Observações finais ... 68

(C) PATRIMÔNIO, RENDA OU SERVIÇOS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, INCLUSIVE SUAS FUNDAÇÕES, DAS ENTIDADES SINDICAIS DOS TRABALHADORES, DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS, ATENDIDOS OS REQUISITOS DA LEI ... 68

4.3.1. Conceito ... 68

4.3.2. Pessoas abrangidas ... 68

4.3.3. Espécie de lei ... 69

4.3.4. Finalidades institucionais ... 70

4.3.5. Observações finais ... 70

(D) LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E O PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO . 71 4.4.1. Questões pertinentes ... 71

(E) FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS PRODUZIDOS NO BRASIL CONTENDO OBRAS MUSICAIS OU LITEROMUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTAS BRASILEIROS BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM, SALVO NA ETAPA DE REPLICAÇÃO INDUSTRIAL DE MÍDIAS ÓPTICAS DE LEITURA A LASER. ... 73

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ... 75

1. CONCEITO DE TRIBUTO ... 75 2. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ... 76 3. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO ... 77 CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 77 CARACTERÍSTICAS ... 77 FATO GERADOR ... 78 PRESSUPOSTOS ... 78

3.4.1. Despesas extraordinárias (em virtude de calamidade pública ou de guerra externa) 79 3.4.2. Investimento público de caráter urgente e relevante interesse social ... 79

(5)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 4

PREVISÃO: ART. 145, III DA CF ... 79

FATO GERADOR ... 80 BASE DE CÁLCULO ... 80 SUJEITO PASSIVO ... 80 OBSERVAÇÕES FINAIS ... 81 5. TAXAS ... 82 PREVISÃO LEGAL ... 82 CONCEITO ... 82 CARACTERÍSTICAS ... 82 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ... 83

TAXA DE SERVIÇO PÚBLICO: REQUISITOS ... 83

5.5.1. Discussões ... 83 TAXA DE POLÍCIA ... 87 6. IMPOSTOS ... 89 REGRAS GERAIS ... 89 DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ... 91 7. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS ... 92 CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 92 CARACTERÍSTICAS ... 93

7.2.1. Não se confundem com impostos ... 93

7.2.2. São espécies tributárias autônomas ... 94

MODALIDADES ... 94

Contribuições sociais ... 94

7.4.1. Contribuições de intervenção do domínio econômico (CIDE) ... 95

7.4.2. Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas). ... 96

7.4.3. COSIP: Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública ... 96

TEORIA DO FATO GERADOR ... 97

1. FENÔMENO DA INCIDÊNCIA ... 97

CONCEITOS IMPORTANTES ... 97

2. CARACTERÍSTICAS DO FATO GERADOR ... 99

3. ASPECTOS DO FATO GERADOR ... 100

ASPECTO MATERIAL ... 100

ASPECTO TEMPORAL ... 100

ASPECTO ESPACIAL... 101

ASPECTO PESSOAL ... 101

ASPECTO QUANTITATIVO ... 101

4. CLASSIFICAÇÃO DO FATO GERADOR ... 102

FATO GERADOR INSTANTÂNEO OU SIMPLES ... 102

FATO GERADOR CONTINUADO OU CONTÍNUO ... 102

FATO GERADOR COMPLEXIVO OU PERIÓDICO ... 103

5. OBSERVAÇÕES FINAIS ... 103 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ... 104 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ... 104 2. CONCEITO ... 104 3. SUJEITO ATIVO ... 104 CONCEITO ... 105 ESPÉCIES ... 105

(6)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 5

3.2.2. Sujeito Ativo Indireto ... 105

4. SUJEITO PASSIVO ... 106

ESPÉCIES ... 107

OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES ... 107

5. OBJETO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA... 109

6. CAUSA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA... 109

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ... 111

1. INTRODUÇÃO ... 111

2. EXTENSÃO DA RESPONSABILIDADE DO TERCEIRO ... 111

3. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ... 112

RESPONSABILIDADE PESSOAL, SOLIDÁRIA E SUBSIDIÁRIA ... 112

RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA ... 112

RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO (RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO REGRESSIVA E PROGRESSIVA) ... 113

3.3.1. Responsabilidade por substituição regressiva (para trás ou antecedente) ... 113

3.3.2. Responsabilidade por substituição progressiva (para frente ou consequente)... 114

RECAPITULANDO ... 115

4. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES DO CTN ... 116

RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES ... 116

4.1.1. Responsabilidade do adquirente de bens IMÓVEIS (art. 130 do CTN) ... 116

4.1.2. Responsabilidade do adquirente ou remitente de bens MÓVEIS (art. 131, I, do CTN) 117 4.1.3. Responsabilidade na sucessão ‘causa mortis’ (art. 131, II e III CTN) ... 118

4.1.4. Responsabilidade na sucessão empresarial (art. 132 do CTN) ... 118

4.1.5. Responsabilidade em aquisição de estabelecimento (art. 133 do CTN)... 119

RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS (ARTS. 134 E 135 DO CTN) ... 121

4.2.1. Responsabilidade de terceiros decorrente de atuação regular (art. 134 CTN) ... 121

5. RESPONSABILIDADE DO SÓCIO ... 122

ART. 134, VII. SITUAÇÃO ESPECÍFICA: RESPONSABILIDADE DO SÓCIO NÃO DOLOSA NA LIQUIDAÇÃO DE SOCIEDADE DE PESSOAS. ... 122

ART. 135, III. REGRA GERAL: RESPONSABILIDADE DO SÓCIO POR OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS RESULTANTE DE ATOS COM VIOLAÇÃO DE PODERES, LEI, CONTRATO SOCIAL OU ESTATUTO. ... 123

6. ESQUEMAS GRÁFICOS. RESUMO DO PONTO. ... 124

ART. 134 X ART. 135 CTN. DIFERENÇAS GERAIS. ... 124

ART. 134 X ART. 135 CTN. QUANTO AO SÓCIO. ... 125

7. DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE INFRAÇÕES ... 125

CONCEITO ... 125

REQUISITOS ... 126

CRÉDITO TRIBUTÁRIO ... 128

1. INTRODUÇÃO ... 128

2. CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PELA ADMINISTRAÇÃO: LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ... 129

ART. 142 DO CTN: DEFINIÇÃO LEGAL DE LANÇAMENTO ... 129

2.1.1. “Competência privativa da autoridade administrativa” ... 129

2.1.2. Ato ou procedimento administrativo? ... 129

2.1.3. Efeitos do lançamento ... 129

2.1.4. “Atividade vinculada e obrigatória sob pena de responsabilidade funcional”... 130

ART. 144 DO CTN: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO PROCEDIMENTO DE LANÇAMENTO... 131

(7)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 6

2.2.1. Qual lei é aplicável no momento do lançamento? ... 131

2.2.2. “Novos procedimentos de fiscalização” ... 131

2.2.3. “Outorga de maiores garantias ou privilégios ao crédito tributário” ... 132

ART. 144 §2º: NÃO APLICAÇÃO A TRIBUTOS LANÇADOS POR PERÍODOS CERTOS 132 3. CONSUMAÇÃO DO LANÇAMENTO ... 132

4. MODALIDADES DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO ... 134

LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO OU MISTO (ART. 147 CTN) ... 134

LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO (ART. 150 DO CTN) ... 136

4.2.1. Considerações iniciais ... 136

4.2.2. Lançamento por homologação padrão (extensão da atividade do sujeito passivo na literalidade do art. 150 do CTN) ... 137

4.2.3. Lançamento por homologação “sofisticado” (extensão da atividade do sujeito passivo na prática do direito tributário) ... 139

4.2.4. “Tese dos 05 + 05” ... 141

4.2.5. Esquema gráfico sobre as espécies de lançamento por homologação ... 141

LANÇAMENTO DE OFÍCIO (ART. 149 DO CTN). ... 142

4.3.1. I - Quando a lei assim o determine ... 142

4.3.2. II a IV – Quando o lançamento ou revisão de ofício foram realizados tendo em vista uma falha na declaração prestada pelo sujeito passivo ... 142

4.3.3. V - Quando se comprove omissão ou inexatidão no pagamento dos tributos lançados por homologação ... 143

4.3.4. VI - Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. ... 143

4.3.5. VII - Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. ... 143

4.3.6. VIII - Quando deva ser apreciado FATO não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento anterior; ... 144

4.3.7. IX - Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. ... 145

ART. 148 DO CTN: ARBITRAMENTO DE BASE DE CÁLCULO ... 145

4.4.1. Arbitramento de base de cálculo x Regime de pauta fiscal. ... 145

POR ATO JUDICIAL, NO PROCESSO TRABALHISTA ... 146

5. DECADÊNCIA ... 146

PREVISÃO LEGAL ... 146

CONCEITO ... 147

DECADÊNCIA NO LANÇAMENTO DE OFÍCIO E NO LANÇAMENTO POR DECLARAÇÃO (REGRA GERAL) ... 147

DECADÊNCIA NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO ... 148

5.4.1. Lançamento que segue a literalidade do art. 150 do CTN ... 148

5.4.2. Lançamento “sofisticado” (por homologação com dever de declarar) ... 148

OUTRAS REGRAS DE DECADÊNCIA ... 149

5.5.1. “Interrupção” do prazo decadencial (Art. 173, II do CTN) ... 149

5.5.2. Antecipação da contagem do prazo decadencial (art. 173, parágrafo único do CTN) 150 5.5.3. Súmula vinculante n. 8... 150

(8)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 7

DECLARAÇÃO (CORRETA) NOS TRIBUTOS LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO ... 151

DEPÓSITO JUDICIAL ... 151

DECLARAÇÃO DE COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS (DECOMP) ... 152

6.3.1. Noção geral ... 152

6.3.2. Procedimento da compensação ... 153

7. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 151) ... 154

INTRODUÇÃO ... 154

EFEITOS DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE ... 155

7.2.1. Suspensão ANTES da constituição do crédito tributário ... 155

7.2.2. Suspensão DEPOIS da constituição do crédito tributário... 156

QUADRO SINÓPTICO ... 157

8. HIPÓTESES ESPECÍFICAS DE SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ... 157

MORATÓRIA ... 158

Previsão legal ... 158

8.2.1. Noções gerais ... 159

PARCELAMENTO ... 160

8.3.1. Previsão legal e noções gerais ... 160

DISCIPLINA LEGAL ... 161

DIFERENÇA PARA A MORATÓRIA ... 161

DEPÓSITO INTEGRAL ... 162

8.6.1. Previsão legal e regras gerais ... 162

8.6.2. Conclusões sobre o depósito ... 163

8.6.3. Distinção entre medida liminar e depósito do tributo controvertido ... 163

8.6.4. Depósito judicial X Depósito recursal ... 163

RECURSO E PROCESSO ADMINISTRATIVO ... 164

8.7.1. Previsão legal e noções gerais ... 164

LIMINAR EM MS E TUTELA ANTECIPADA EM AÇÕES ORDINÁRIAS ... 165

8.8.1. Previsão legal e noções gerais ... 165

8.8.2. Efeitos: antes de depois da constituição do CT ... 165

8.8.3. Incidência sobre a multa de mora ... 166

9. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 175) ... 167

PREVISÃO LEGAL ... 167

ASPECTOS GERAIS ... 167

ISENÇÃO ... 168

9.3.1. Noções gerais ... 168

9.3.2. Revogação da isenção ... 168

9.3.3. Isenção em caráter geral e isenção em caráter individual... 170

9.3.4. A aplicação para o futuro da isenção ... 170

9.3.5. Isenção heterônoma ... 170

ANISTIA ... 172

9.4.1. Previsão legal e noções gerais ... 172

10. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 156) ... 173

PAGAMENTO (ART. 156, INC. I) ... 174

10.1.1. Previsão legal e regras gerais ... 174

10.1.2. Repetição de indébito tributário ... 178

COMPENSAÇÃO (ART. 156, INC. II) ... 181

(9)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 8

10.2.2. Condições para a compensação na esfera federal... 182

10.2.3. Qual a ação adequada para discutir o direito de realizar a compensação? ... 183

TRANSAÇÃO (ART. 156, INC. III) ... 184

REMISSÃO (ART. 156, INC. IV) ... 184

10.4.1. Previsão legal e noção geral ... 184

10.4.2. Importante: Remissão X Anistia X Isenção ... 185

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (ART. 156, INC. V) ... 185

CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA (ART. 156, INC. VI) ... 185

HOMOLOGAÇÃO DO PAGAMENTO NOS TRIBUTOS LANÇADOS POR HOMOLOGAÇÃO (ART. 156, INC. VII) ... 186

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADA PROCEDENTE (ART. 156, VIII) ... 186

DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL (ART. 156, INC. IX) ... 188

DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO (ART. 156, INC. X) ... 188

(10)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 9

APRESENTAÇÃO

Olá!

Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem hoje, cada dia surge algo novo. Porém, o ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova.

O Caderno Sistematizado de Direito Tributário possui como base as aulas do Prof. Eduardo Sabbag e do Prof. Renato de Pretto.

Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito (www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). Destacamos é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da semana para ler no site do Dizer o Direito.

Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina + informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa prova.

Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito importante!! As bancas costumam repetir certos temas.

Vamos juntos!! Bons estudos!! Equipe Cadernos Sistematizados.

(11)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 10

SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os arts. 145 a 162 da CF disciplinam o Sistema Constitucional Tributário. Aqui, é muito importante a leitura dos dispositivos mencionados, pois muitas questões são a literalidade da lei.

2. CONCEITO

O Sistema Constitucional Tributário é um conjunto de normas jurídicas (princípios e regras) que regula a tributação. Em outras palavras, trata-se da ação estatal de instituir e exigir tributos.

NORMAS JURÍDICAS

NORMA-REGRA NORMA-PRINCÍPIO

Específicas Genéricas

Impõem, permitem ou proíbem algo Estabelecem verdadeiros programas

Cuidam de situação específica Abstratas

Ordinariamente, são escritas (advém de um texto normativo necessário)

Podem estar implícitos no ordenamento jurídico (ex.: duplo grau de jurisdição) Na colisão com outra norma regra, aplica-se

apenas uma delas. Não há ponderação

Na colisão entre normas princípios, aplica-se a ponderação, a proporcionalidade. Não há

exclusão de um em detrimento de outro

São rígidas, fechadas, permitem pouca discricionariedade do intérprete

São flexíveis, abertos. Razão pela qual sua aplicação, sem as normas regras, poderia gerar insegurança jurídica, tendo em vista a

grande discricionariedade concedida ao intérprete

Salienta-se que a repartição da receita tributária é objeto de estudo do Direito Financeiro.

3. FUNÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Inicialmente, importante consignar que a Constituição Federal não criou tributos, mas sim trouxe a estrutura do Direito Tributário, com as hipóteses que autorizam a sua criação pela lei.

A seguir iremos analisar os cinco pontos importantes, previstos na Constituição, sobre o Direito Tributário.

(12)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 11 DISCRIMINAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Entende-se por competência tributária a aptidão para criar tributos. Coube à Constituição indicar os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) que podem criar determinado tributo (por meio de lei).

Por exemplo, a CF determina que a competência do IPTU (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana) é dos Municípios.

Obs.: Em regra, os tributos são criados por meio de lei ordinária. Contudo, há quatro casos (apenas de tributos de competência da união) em que a criação dependerá de lei complementar, quais sejam: empréstimo compulsório, imposto sobre grandes fortunas, impostos residuais da união e contribuições de seguridade social residuais.

A diferença entre lei ordinária e lei complementar está no processo legislativo constitucional. Por exemplo, o quórum de aprovação da lei ordinária é simples, basta a maioria dos presentes; já a lei complementar exige quórum qualificado, maioria absoluta. Ademais, quando a CF faz referência apenas à lei, trata-se de lei ordinária. As matérias reservadas à lei complementar trazem a previsão expressa.

Importante consignar que, de acordo com o STF, não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar. Há campos de atuação específicos delimitados pela Constituição.

STF: RE-377457: inexistência de hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinária, espécies normativas formalmente distintas exclusivamente tendo em vista a matéria eventualmente reservada à primeira pela própria CF. (...) Com base nisso, afirmou-se que o conflito aparente entre o art. 56 da Lei 9.430/96 e o art. 6º, II, da LC 70/91 não se resolve por critérios hierárquicos, mas, sim, constitucionais quanto à materialidade própria a cada uma dessas espécies normativas. No ponto, ressaltou-se que o art. 56 da Lei 9.430/96 é dispositivo legitimamente veiculado por legislação ordinária (CF, art. 146, III, b, a contrário sensu, e art. 150, § 6º) que importou na revogação de dispositivo inserto em norma materialmente ordinária (LC 70/91, art. 6º, II). Salienta-se que o STJ possuía entendimento de que a Lei Complementar era superior a Lei Ordinária, tendo inclusive editado a Súmula 276 (já revogada) que confirmava a isenção de COFINS para as sociedades civis de prestação de serviço (não reconhecia, portanto, a revogação da LC 70/91 pela Lei 9.430/96). Com a decisão do STF, a súmula foi cancelada. Em 2014, o STJ editou a Súmula 508 reconhecendo que a isenção conferida pela LC 70/91 (lei materialmente ordinária) havia sido revogada pela Lei 9.430/96.

Súmula 276 (cancelada em 2008) - As sociedades civis de prestação de serviços profissionais são isentas da COFINS, irrelevante o regime tributário adotado

Súmula 508-STJ: A isenção da COFINS concedida pelo art. 6o, II, da LC n. 70/1991 às sociedades civis de prestação de serviços profissionais foi revogada pelo art. 56 da Lei n. 9.430/1996.

(13)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 12 Obs.: A competência tributária (aptidão para criar tributos) não se confunde com a competência para legislar sobre Direito Tributário que é da União, dos Estados e do DF (competência concorrente).

Pertinente, ainda, apontar as quatro características da competência tributária, quais sejam: • Privativa ou exclusiva – como a Constituição indicou exatamente o ente responsável pela

criação do tributo, não pode ser ele criado por outro ente. Por exemplo, a União é o ente responsável pela criação do imposto sobre grandes fortunas, não pode um Estado criar tal tributo, mesmo diante da inércia da União (até hoje não foi criado).

• Incaducável – a criação de um tributo não se submete a prazo, a qualquer momento o ente federado poderá criar o tributo que lhe foi outorgado pela Constituição. Como exemplo, cita-se o imposto sobre grandes fortunas ainda não criado, mas isso não retira a competência da União para fazê-lo;

Não confundir com a capacidade tributária ativa (capacidade para cobrar o tributo) que está sujeita a prazo decadencial e prescricional, nos termos do art. 173 e 174 do CTN.

• Exercício facultativo – o ente federado possui discricionariedade (juízo de conveniência e oportunidade) para criar ou não o tributo, nos termos do art. 8º do CTN;

• Indelegável – a competência tributária não pode ser delegada pelo ente que a recebeu da Constituição. Por exemplo, a União é competente para criar o imposto sobre grande fortuna não poderá delegar aos Municípios a competência para a criação.

Lembrar que a capacidade tributária ativa poderá ser delegada.

Por fim, é importante que você memorize a competência tributária de cada ente federado para a instituição de imposto (pode parecer irrelevante, mas não é).

Estados/DF ITCMD ICMS IPVA Municípios/DF IPTU ITBI ISS

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CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 13

CLASSIFICAÇÃO DE TRIBUTOS

A Constituição apontou os tributos, suas espécies e suas subespécies.

Segundo o STF, adotando a Teoria Pentapartida, há cinco espécies tributárias, quais sejam: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais.

União II IE IR IPI IOF ITR IGF Impostos Residuais Impostos Extraordinários

ES

P

ÉCIE

S T

R

IB

UT

Á

R

IA

S

IMPOSTOS distritais e municipaisFederais, estaduais,

TAXAS Federais, estaduais,

distritais e municipais CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA Federais, estaduais, distritais e municipais EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS União CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS1 Sociaisd Gerais - União Seguridade Social - União

(REGRA), Estados, DF e Municípios De intervenção no domínio econômicoc De interesse de categorias profissionais ou econômicasb União CIP/COSIPa Municípios e DF Art. 145 da CF Art. 149 da CF Art. 148 da CF Art. 149-A da CF

(15)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 14 A seguir breves observações sobre as espécies tributárias. Lembrando que em momento oportuno haverá o estudo detalhado.

1. Há quatro espécies de contribuições especiais:

a) CIP ou COSIP – para fins de custeio de iluminação pública, competência apenas dos Municípios e do DF;

b) De interesse de categorias profissionais e econômicas – também chamadas de contribuições corporativas. São as contribuições dos conselhos de fiscalização profissional (anuidades), a exemplo do CREA, do CRM. Criadas por meio de lei federal, de competência da União;

c) De intervenção no domínio econômico (CIDE) – competência da União. Sua finalidade é concretizar os princípios previstos no art. 170 da CF. Cita-se, como exemplo, a contribuição especial para o INCRA, para o SEBRAE;

d) Sociais – subdividem-se em:

o Gerais – são destinadas a diversas áreas, a exemplo da contribuição do salário-educação. É de competência da União.

o De seguridade social – é destinada as áreas da seguridade social (saúde, assistência social e previdência social). Em regra, é criada apenas pela União. Contudo, os Estados, o DF e os Municípios possuem competência para instituir contribuições previdenciárias sobre os seus servidores.

Destaca-se que a competência dos Estados, DF e Municípios não possuem competência para instituir contribuições para saúde e para a assistência social (STF já declarou algumas leis estaduais inconstitucionais). Somente podem criar contribuições previdenciárias de seus servidores.

Abaixo colacionamos os dispositivos mencionados. Vejamos:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

(16)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 15 II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º-A. Quando houver déficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mínimo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o déficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas para equacionamento do déficit e vigorará por período determinado, contado da data de sua instituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;

II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços;

III - poderão ter alíquotas:

a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.

§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.

§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez.

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.

(17)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 16 Em momento oportuno, iremos analisar detalhadamente.

Apenas, como exemplo, a regra matriz da taxa é um serviço público ou o exercício do poder de polícia, já a da contribuição de melhoria é uma obra pública.

LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR

As limitações ao poder de tributar compreendem os princípios constitucionais tributários e as imunidades tributárias.

Igualmente, analisaremos em tópico específico.

DELIMITAÇÃO DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

A delimitação da repartição das receitas é objeto de estudo do Direito Financeiro, prevista nos arts. 157 a 162 da CF.

Obs.: quando cobrado em provas, o tema tende a ser a literalidade dos artigos da Constituição. Por isso, é de extrema importância que você leia e releia os dispositivos mencionados.

A seguir breves considerações acerca dos dispositivos constitucionais. 3.5.1. Art. 157 da CF – Estados e Distrito Federal

O art. 157 da CF trata da repartição direta das receitas pertencentes aos Estados e ao DF, a primeira hipótese refere-se ao IR sobre os servidores (100% vai para o referido ente, que retém na fonte) e a segunda hipótese refere-se aos impostos residuais (20% será destinado aos Estados e ao DF).

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

Importante destacar que em eventual ação de repetição de indébito, a União será parte ilegítima. Como os Estados e o DF ficam com 100% da arrecadação do IR são as partes legítimas. Súmula 447 do STJ – Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.

(18)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 17 3.5.2. Art. 158 da CF – Municípios

O art. 158 da CF trata da repartição de receitas destinadas aos municípios, ficando com 100% do valor de IR retido dos seus servidores e dos servidores de suas autarquias.

Destaca-se a Súmula 447 do STJ também se aplica aos municípios. Art. 158. Pertencem aos Municípios:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;

III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: Além disso, receberá, no mínimo, 50% do ITR dos imóveis localizados em seu território, bem como 50% do valor arrecadado com IPVA licenciados em seu território. E, por fim, 25% do que for obtido com ICMS.

Em suma:

Repasse de tributos federais para os

Estados e DF

Imposto de Renda 100% do que for retido na fonte

Imposto Residual 20%

Repasse de tributos federais e estaduais para os Municípios

Imposto de Renda 100% do que for retido na fonte ITR 50% IPVA 50% em relação aos automóveis licenciados em seu território ICMS 25%

(19)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 18 Em relação ao ICMS, é possível que os Estados, ao concederem benefícios fiscais, com a diminuição de sua receita, possam diminuir o valor repassado aos Municípios? R: A questão foi decidida pelo STF, entendendo que o Município possui direito ao repasse integral, não interferindo eventual benefício fiscal concedido pelo Estado.

FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS. REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS. PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS NO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS (CF, ART. 158, IV). PRODEC (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA CATARINENSE). LEI CATARINENSE Nº 11.345/2000. Concessão, pelo estado, de incentivos fiscais e creditícios, com recursos oriundos da arrecadação do ICMS - Pretensão do município ao repasse integral da parcela de 25%, sem as retenções pertinentes aos financiamentos do prodec - Controvérsia em torno da definição da locução constitucional " produto da arrecadação " (CF, art. 158, IV) - Pretendida distinção, que faz o estado de Santa Catarina, para efeito da repartição constitucional do ICMS, entre arrecadação (conceito contábil) e produto da arrecadação (conceito financeiro) - Parcela de receita tributária (25%) que pertence, por direito próprio, ao município - Consequente inconstitucionalidade da retenção determinada por legislação estadual (RE 572.762/SC, pleno) - Direito do município ao repasse integral - Recurso de agravo improvido. (STF; RE-AgR 587.645-4; SC; Segunda Turma; Rel. Min. Celso de Mello; Julg. 11/11/2008; DJE 06/02/2009; Pág. 285).

3.5.3. Art. 159 da CF

Trata-se de participação em fundos, a repartição poderá ser direita ou indireta.

Em primeiro lugar, tem-se a repartição do IR e do IPI para os Estados e DF, na fração de 49%. Além disso, conforme as exportações, a União repartirá 10% do IPI, não podendo ultrapassar 2% por Estado. Por fim, 29% do que for arrecado com a CIDE combustíveis ou CIDE petróleo, serão distribuídos aos Estados e DF.

Art. 159. A União entregará:

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;

c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano;

e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

(20)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 19 II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.

§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.

§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.

§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.

OBS.: atenção para a alinha “e” do inciso I, do art. 159 da CF, que prevê a destinação de 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano.

Conforme entendimento do STF (Tema 653), a isenção de IPI e IR poderá diminuir a repartição de receitas.

TEMA 653 STF (RE 705.423) – É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções discais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e Respectivas quotas devidas às Municipalidades.

3.5.4. Art. 160 da CF

Prevê a proibição de retenção ou restrição de repasses, ressalvadas as hipóteses do parágrafo único.

Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.

Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos:

I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.

O STF, na ACO 1.357 AgR, entendeu que o repasse poderá deixar de ser feito quando pendente discussão acerca da exigibilidade dos créditos não constituídos ou contestados.

(21)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 20 A publicação da Portaria PGFN 708/2009 importa em reconhecimento do pedido por parte da União e alcança o pleito do Estado do Rio de Janeiro, porquanto impede que o ente central deixe de repassar as quotas do FPE, quando pendente discussão quanto à exigibilidade dos créditos ainda não constituídos ou contestados em processos administrativos e judiciais de índole fiscal. (STF, ACO 1.357 AgR, rel. min. Edson Fachin, j. 1º-9-2017, P, DJE de 12-9-2017)

3.5.5. Art. 161 da CF

Caberá a Lei Complementar dispor sobre as repartições de receita tributária. Art. 161. Cabe à lei complementar:

I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;

II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio socioeconômico entre Estados e entre Municípios;

III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos arts. 157, 158 e 159. Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

3.5.6. Art. 162 da CF

Por fim, trata da divulgação dos valores arrecadados, consagrando o princípio da publicidade, da transparência.

Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município.

4. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

FORMA DE REGULAMENTAÇÃO

Conforme disposto no art. 146 da CF, a regulamentação ao poder de tributar será feita por meio de lei complementar.

Art. 146. Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

(22)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 21 III - estabelecer normas gerais (o CTN é a norma principal) em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: Rol Exemplificativo

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:

I - será opcional para o contribuinte;

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

Salienta-se que qualquer lei ordinária que trate sobre matéria destinada à lei complementar será considerada inconstitucional, salvo quando tratar de aspectos meramente procedimentais referentes à certificação, à fiscalização e ao controle administrativo. Nesse sentindo:

STF: (...) a reserva de lei complementar aplicada à regulamentação da imunidade tributária, prevista no art. 195, § 7º, da Constituição Federal (CF), limita-se à definição de contrapartidas a serem observadas para garantir a finalidade beneficente dos serviços prestados pelas entidades de assistência social, o que não impede seja o procedimento de habilitação dessas entidades positivado em lei ordinária. (...) Portanto, não se pode conceber que o regime jurídico das entidades beneficentes fique sujeito a flutuações legislativas erráticas, não raramente influenciadas por pressões arrecadatórias de ocasião. É inadmissível que tema tão sensível venha a ser regulado por medida provisória. (...) Aspectos meramente procedimentais referentes à certificação, à fiscalização e ao controle administrativo continuam passíveis de definição em lei ordinária. A lei complementar é forma somente exigível para a definição do modo beneficente de atuação das entidades de assistência social contempladas pelo art. 195, § 7º, da CF, especialmente quanto às contrapartidas a serem observadas por elas. ADI 2028/DF, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 23.2 e 2.3.2017. ADI 2036/DF, rel. orig. Min. Joaquim

(23)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 22 Barbosa, red. p/ o ac. Min. Rosa Weber, julgamento em 23.2 e 2.3.2017. ADI 2621/DF, rel. orig. Min. Joaquim Barbosa, red. p/ o ac.

Para melhor fixação, observe o fluxograma abaixo com os temas que só podem ser tratados por lei complementar:

CONCEITO

A limitação constitucional ao poder de tributar é gênero formado por duas espécies, quais sejam: princípios constitucionais tributários e imunidades tributárias. Em regra, estão concentradas no art. 150 da CF (rol exemplificativo). Contudo, ao longo do Texto Constitucional, encontram-se outras limitações.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de

LEI

C

OM

P

LEM

EN

TA

R

Conflito de competência em matéria tributária (entre entes

federados)

Regular as limitações ao poder de tributar

Traçar as normas gerais de legislação tributária Critérios especiais de tributação, para prevenir desequilíbrios da concorrência

(24)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 23 educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.

§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

CLASSIFICAÇÃO

(25)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 24 NATUREZA JURÍDICA

De acordo com o entendimento do STF, as limitações ao poder de tributar devem ser consideradas como cláusulas pétreas, tendo em vista que estão relacionadas aos direitos individuais dos contribuintes.

OBJETIVOS

As limitações ao poder de tributar possuem como objetivo: • Resguardar a segurança jurídica

• Resguardar a justiça tributária • Resguardar a liberdade • Resguardar a federação

GERAIS

Aplicadas a todos os entes federados (União, Estados, DF e Municípios) Art. 150 da CF

ESPECÍFICAS

Aplicadas apenas a entes específicos Art. 151 da CF (apenas para União; Art. 152 da

CF (Estados, DF e Municípios)

(26)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 25

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Antes de estudarmos os princípios constitucionais tributários, previstos no art. 150 da CF, analisaremos os princípios gerais do direito tributário, seu conhecimento garante substrato tanto para prova oral quanto para prova discursiva.

São eles:

1. Princípio da segurança jurídica; 2. Princípio da isonomia

3. Princípio da capacidade contributiva 4. Princípio da capacidade de colaboração 5. Princípio da praticabilidade da tributação

2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA NA TRIBUTAÇÃO

CONCEITO

É um subprincípio decorrente do Princípio do Estado Democrático de Direito, a fim de evitar surpresas.

Segundo o STF, trata-se de um sobreprincípio em matéria tributária, ou seja, servirá de alicerce para todo o Direito Tributário.

CONTÉUDO 2.2.1. Certeza do direito

Busca evitar excessos e abusos, já que matéria que não é tributada, por exemplo, não pode passar a ser do dia para noite.

Decorrem da certeza do direito: • Princípio da legalidade; • Princípio da anterioridade;

• Princípio da irretroatividade das leis tributárias. 2.2.2. Intangibilidade das posições jurídicas

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CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 26 É o respeito ao ato jurídico perfeito, ao direito adquirido. Por exemplo, ao assinar um parcelamento de débito tributário, não pode o fisco querer cancelar, pois está abrangido por um ato jurídico perfeito.

2.2.3. Estabilidade das situações jurídicas

Significa que há tempo determinado para cobrar, para lançar o tributo, está ligada à prescrição e à decadência.

2.2.4. Confiança no tráfico jurídico

Significa o respeito à boa-fé, à lealdade. O art. 100 do CTN é um excelente exemplo deste conteúdo. Vejamos:

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

2.2.5. Devido processo legal

A tributação deve respeitar o devido processo legal (ampla defesa, contraditório, vedação às provas ilícitas), tanto em seu enfoque formal quanto substantivo

3. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

CONCEITO

Significa igualdade em matéria tributária, nos termos do art. 150, II da CF.

Art. 150 - II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Sua intenção é proibir diferenciações abusivas, os chamados privilégios odiosos. Contudo, é possível distinções razoáveis que respeitem a licitude, por exemplo, não são todas as pessoas que irão pagar IR, já que nem todas auferem renda.

De acordo com a doutrina, a distinção poderá ocorrer sob o enfoque da capacidade contributiva (quem ganha mais, paga mais) e para fim extrafiscal, com o objetivo de desestimular determinado comportamento (diminuir importação, por exemplo).

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CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 27 O mesmo ocorre com a propriedade, quando não se dá a função social, será possível a cobrança de IPTU progressivo, com a finalidade de desestimular o comportamento do proprietário (fim extrafiscal).

O art. 146, III, b da CF permite tratamento diferente, por lei complementar, das micro e pequenas empresas, exemplo do princípio da isonomia.

ENTEDIMENTO JURISPRUDENCIAL

Os concursos, em relação ao princípio da isonomia, costumam cobrar o entendimento jurisprudencial. A seguir, abordaremos algumas decisões.

• Isenção de taxa de inscrição em concurso público para desempregado (ADI 2672): constitucionalidade;

• IR incidente sobre produtos financeiros resultantes de atividades criminosas (STF, HC n° 77.530-RS): possibilidade;

• Não é possível ao Judiciário estender isenção (alíquota do IPI diferenciada para os produtores de açúcar localizados nos Estados das regiões norte e nordeste, por exemplo) a contribuintes não contemplados pela lei, a título de isonomia, visto que a concessão de tal benesse é ato discricionário, no qual o Poder Executivo implementa suas políticas fiscais, sociais e econômicas (RE 344.331-PR). O art. 108, §2º do CTN e o art. 111, II, do CTN, consagram este entendimento.

Art. 108, § 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: II - outorga de isenção;

• Inconstitucionalidade de lei estadual que concedia isenção de IPVA aos proprietários de veículos destinados a transporte escolar, devidamente regularizados perante uma cooperativa municipal específica (ADIMC 1655/AP);

• Inconstitucionalidade de lei municipal que pretendeu conceder isenção de IPTU em razão da qualidade de servidor estadual do contribuinte (AGRAG 157.871-9);

• Inconstitucionalidade de lei estadual que concedeu, indevidamente, isenção aos membros do Ministério Público de custas e emolumentos (ADI 3260/RN);

• Simples Nacional: vedação e isonomia - É constitucional a exigência contida no art. 17, V, da LC 123/2006.

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte:

V - que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

Sublinhou-se que a Corte já teria afirmado não haver ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprimisse tratamento

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CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 28 desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, ao afastar do Simples Nacional as pessoas jurídicas cujos sócios teriam condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. A Corte, ainda, teria reconhecido a possibilidade de se estabelecerem exclusões do regime simplificado com base em critérios subjetivos. Dessa forma, reputou-se não haver óbice a que o legislador infraconstitucional criasse restrições de ordem subjetiva a uma proteção constitucionalmente prevista. (...) Dessa perspectiva, a norma em discussão não violaria o princípio da isonomia, mas o confirmaria, pois o adimplente e o inadimplente não estariam na mesma situação jurídica. (STF, RE 627543/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 30.10.2013) (Informativo 726, Plenário, Repercussão Geral).

• É INCONSTITUCIONAL lei estadual que concede isenção de ICMS para operações de aquisição de automóveis por oficiais de justiça estaduais.

STF, ADI N. 4.276-MT, RELATOR: MIN. LUIZ FUX EMENTA: (...) 3. A isonomia tributária (CF, art. 150, II) torna inválidas as distinções entre contribuintes “em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida”, máxime nas hipóteses nas quais, sem qualquer base axiológica no postulado da razoabilidade, engendra-se tratamento discriminatório em benefício da categoria dos oficiais de justiça estaduais. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (Informativo 755).

• É CONSTITUCIONAL a previsão legal de diferenciação de alíquotas em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de salários de instituições financeiras ou de entidades a elas legalmente equiparáveis, após a edição da EC 20/1998.

Segundo entendeu o STF, não houve a instituição de nova modalidade de contribuição, mas apenas de majoração de alíquota. Em outras palavras, o § 1º do art. 22 não criou uma nova contribuição ou fonte de custeio para a Previdência. Ele apenas previu uma alíquota diferenciada para as instituições financeiras. Logo, não há qualquer inconstitucionalidade sob o ponto de vista formal. As instituições financeiras possuem maior capacidade produtiva, de forma que não há qualquer inconstitucionalidade na exigência de uma alíquota maior para que estas entidades contribuam para a manutenção do sistema de seguridade social. Dessa forma, não houve violação ao princípio da igualdade nem aos seus dois subprincípios: o da capacidade contributiva e o da equidade para manutenção do sistema de seguridade social.

4. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

PREVISÃO LEGAL

O Princípio da Capacidade Contributiva encontra-se previsto no art. 145, §1º da CF. Vejamos:

Art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses

(30)

CS – TRIBUTÁRIO 2020.1 29 objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

(IM) POSSIBILIDADE DE EXTENSÃO

Conforme se observa pelo dispositivo legal, há menção apenas a impostos. Contudo, no entender do STF, na medida do possível, tal princípio deve ser aplicado as demais espécies de tributo.

IPVA. Progressividade. Todos os tributos submetem-se ao princípio da capacidade contributiva (precedentes), ao menos em relação a um de seus três aspectos (objetivo, subjetivo e proporcional), independentemente de classificação extraída de critérios puramente econômicos (STF, RE 406.955-AgR).

A Súmula 677 do STF que prevê um limite para o pagamento da taxa judiciária é clássico exemplo do princípio da capacidade contributiva. Vejamos:

Súmula nº 667, STF: Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

CONTEÚDO

A capacidade contributiva é meio termo, ou seja, compreendida entre o mínimo existencial (vital para a sobrevivência) e o máximo (tributo com efeito confiscatório).

É o que ocorre, por exemplo, com as alíquotas diferenciadas do IR.

ASPECTOS

a) Subjetivo – devem ser levadas em consideração as particularidades do contribuinte. b) Objetivo – é retratado nos signos presuntivos de riquezas, ou seja, presume-se a

capacidade da pessoa para o pagamento de tributos pelos sinais de que dispõe patrimônio. Por exemplo, o dono de uma Ferrari, presumir-se-á sua capacidade para o pagamento de IR.

c) Proporcional – razoabilidade da tributação, quando ultrapassada gera o caráter confiscatório.

A Súmula 539 do STF consolidada as explicações acima. Vejamos:

Súmula nº 539, STF. É constitucional a lei do município que reduz o imposto predial urbano sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário que não possua outro.

CONCRETIZAÇÃO

Analisaremos quatro formas de concretização do princípio da capacidade contributiva, são elas: imunidade, isenção, seletividade e progressividade.

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